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Sérgio Rodrigues 1927-2014 D E S IG N E R E A R Q U IT E T O Cursou arquitetura entre 1947 e 1951 na Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil (FNA, atual UFRJ), no Rio de Janeiro. Em 1949 atuou como monitor auxiliar de David Xavier de Azambuja, que, em 1951 o convidou a participar do projeto do Centro Cívico de Curitiba. Sérgio Rodrigues ficou responsável pelo prédio das Secretarias de Estado. Neste projeto, participam os arquitetos Olavo Redig de Campos e Flávio Regis do Nascimento, por intermédio de quem é apresentado a Lucio Costa. Antiga FNA do Rio de Janeiro, atual UFRJ. Atual Centro Cívico em Curitiba - PR. Sérgio Rodrigues acreditava que todo arquiteto deveria também se dedicar ao planejamento de interiores. Isso incluía, obviamente, o projeto mobiliário. E criar móveis com a “cara do Brasil” virou sua especialidade. Os móveis criados por Sérgio Rodrigues refletem as características de uma raiz cultural, de uma “brasilidade”. Algumas peças são tão originais que parecem brincar com o imaginário coletivo. Isso está impresso nas formas, nos volumes e nos materiais empregados. São exemplos as fibras naturais, como o algodão e a palha; as madeiras, como o eucalipto, jacarandá, pau-rosa e a imbuia; e outros mais – o que, em parte, remonta ao design colonial brasileiro. Mesa fabricada em meados de 1965, à base de madeira de jacarandá Sofá Moleca; produzido em 1950 à base de madeira de Jacarandá. Poltrona fabricada em 1950 à base de pau-rosa brasileiro (Rosewood) O designer desenvolveu uma linguagem muito particular. Apesar das formas robustas, as peças de Sérgio Rodrigues ainda parecem modernas. E o mais importante, elas sempre contribuem verdadeiramente para a vida cotidiana dos usuários. Década de 1960 Cadeira fabricada à base de Jacarandá, estofamento feito em pele de animal e couro. POLTRONA "KILIN" - 1973 Composta por dois lados e duas travessas, com as costas e o assento em couro, formando uma peça única. O nome é uma homenagem ao apelido carinhoso, dado por ele sua esposa, Vera Beatriz. Utilização de madeira brasileira bruta e palha. Após sua graduação em Arquitetura, fundou uma das primeiras lojas modernas de móveis e arte em Curitiba - Móveis Artesanal Paranaense. em 1954 foi convidado por seus sócios a comandar o setor de criação da Forma S.A. em São Paulo. Em 1955, no Rio de Janeiro, Rodrigues abriu a empresa Oca, que é um estúdio de arquitetura de interiores e galeria de arte brasileiro tornando-se um marco na evolução do mobiliário no Brasil. Ainda na década de 50 construiu as Poltronas Mole, e em 1960 se aplica aos estudos de mobiliario em madeira com foco industrial e pré-fabricado pra construção habitacional. Os protótipos das construções são expostos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro É certamente, um dos exemplares mais importantes do design brasileiro de mobiliário. Foi projetada especialmente para Otto Stupakoff, em 1957. Seu modelo é composto porpeças em couro e madeira jacarandá. Sua aparência transmite robustez e conforto, lembrando uma cesta, um grande “almofadão”adaptando-se facilmente ao corpo humano. Conquistou o 1º Lugar da IV Bienal do Móvel em Cantu, Itália e atualmente ela faz parte do acervo do Museu de Arte Moderna (Nova Iorque) (MoMA) Poltrona Mole Com o objetivo de comercializar móveis produzidos em série a preços acessíveis, cria em 1963 a empresa Meia-Pataca, que se mantém no mercado até 1968. Nesse ano, vende a Oca e monta ateliê no Rio de Janeiro, onde trabalha com arquitetura de interiores para residências, escritórios e hotéis e realiza projetos para o Banco Central em Brasília e a sede da Editora Bloch, no Rio de Janeiro, além de desenvolver linhas de móveis para produção industrial. Uma das últimas peças que Sergio Rodrigues desenhou em 2013. A poltrona Tetê possui recortes circulares exclusivos com uma confortável almofada de assento flutuando em uma tipóia de couro, apoiada sob madeira brasileira Freijó. chifruda poltrona - 1962 Foi projetada para uma exposição na OCA, cujo tema era "o móvel como obra de arte". Por considerar o nome “poltrona chifruda”, Rodrigues também a batizou, na época, “poltrona Aspas”. Foi reeditada em série limitada e numerada, segundo os padrões mais elevados da marcenaria tradicional. BEG POLTRONA - 1967 criada originalmente para a mesa de reuniões do Banco do Estado da Guanabara, em 1967. Extremamente confortável, é fabricada com madeira e tem assento e encosto estofados. Foi relançada em 2005 VOLTAIRE POLTRONA - 1965 interpretação de Sergio Rodrigues para a clássica Bergère, foi desenhada em 1965. Teve sua reedição incentivada por ter sido escolhida pelo designer Philippe Starck para o projeto do hotel Fasano no Rio de Janeiro. Poltrona Bergère de 1720, não apenas um modelo, mas um estilo. Foi introduzida em meio ao período do Rococó presente na França do século XVII. Transmitindo luxo e poder e aspecto de riqueza.
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