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Aula 08 -Texto - sistema urinário

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1 
SISTEMA URINÁRIO 
Anatomia macroscópica dos rins e do trato urinário superior 
(cálices renais, pelve renal e ureter) e inferior (bexiga urinária e uretra) 
 
 As atividades orgânicas resultam na decomposição de proteínas, lipídeos e carboidratos, acompanhada da 
liberação de energia e formação de produtos que devem ser eliminados para o meio externo. O sistema urinário 
contribui para a manutenção da homeostase, produzindo a urina, através da qual são eliminados diversos resíduos do 
metabolismo, além de água, eletrólitos e não-eletrólitos, em excesso no meio interno. Consta de dois rins, que produzem 
a urina, excretando resíduos do metabolismo e mantendo o balanço iônico do sangue, dos ureteres, que a transportam 
para a bexiga urinária, da bexiga urinária, para o armazenamento temporário da urina e da uretra, por meio da qual a 
bexiga urinária se esvazia. 
 
Rins 
 
Os rins excretam os produtos finais das atividades metabólicas e o excesso de água, com ambas as ações sendo 
essenciais para o controle das concentrações das diversas substâncias nos líquidos do corpo. Os rins excretam restos 
nitrogenados como uréia, amônia, creatinina e ácido úrico; regulam o volume de sangue, determinando a quantidade 
de água excretada; ajudam a regular a quantidade de eletrólitos contidos no sangue; têm função importante na 
regulação do pH sanguíneo, controlando a excreção de H
+
; participam da regulação da pressão sanguínea através da 
secreção de renina e atuam na regulação de produção de células sanguíneas vermelhas através da secreção da 
eritropoietina. 
Os rins estão localizados retroperitonealmente, paralelamente à coluna vertebral, sobre o músculo psoas maior, 
ocupando o rim direito uma posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita. Estes 
órgãos apresentam cerca de 11 a 13 cm de comprimento, sendo o esquerdo um pouco mais longo e maior que o direito. 
Seus longos eixos estão deslocados anterior e lateralmente, assim como inferiormente. Na posição de decúbito, os rins 
situam-se ao nível da 12ª VT até a 3ª VL. Porém, na posição ereta, os rins estendem-se do nível da 1ª VL à 4ª VL. Essas 
posições podem ser alteradas durante a respiração e com as modificações de postura. Um rim muito móvel é 
encontrado, às vezes, próximo à cavidade pélvica ou à parede abdominal anterior, e sabe-se que ele pode virar de 
cabeça para baixo e torcer-se sobre seus vasos sanguíneos. 
Anteriormente, o rim direito relaciona-se com uma parte da glândula supra-renal direita, fígado, segunda parte 
do duodeno, colo ascendente ou flexura direita do colo e intestino delgado. O rim esquerdo está relacionado com uma 
parte da glândula supra-renal esquerda, estômago, pâncreas, colo descendente ou flexura esquerda do colo, baço e 
intestino delgado. 
As relações posteriores importantes são os músculos diafragma, psoas maior e quadrado do lombo, tendão 
aponeurótico do músculo transverso do abdome, ramos do plexo lombar, juntamente com a 12ª costela e a margem 
lateral do músculo eretor da espinha. 
Os rins são um par de órgãos de coloração marrom-avermelhada, com a forma de um grão de feijão, recobertos 
por uma cápsula fibromuscular, fina e brilhante, denominada cápsula fibrosa, que se descola facilmente em um rim 
normal. Quase sempre é abundante o tecido adiposo perirrenal, constituindo, assim, a cápsula adiposa. O tecido 
conjuntivo fibroso que cerca esta gordura é condensado como a fáscia renal, a qual é responsável por manter o rim em 
posição. Por sua vez, o tecido adiposo que se localiza externamente à fáscia renal, tanto anterior quanto posteriormente, 
é denominado gordura pararrenal. 
Cada rim apresenta pólos superior e inferior, faces anterior e posterior e margens medial e lateral. Sobre o pólo 
superior do rim situa-se a glândula supra-renal, que se apresenta envolvida pela fáscia renal, juntamente com o rim. O 
pólo inferior do rim pode estar próximo ao trígono lombar. A margem lateral do rim é convexa e a medial contém uma 
fissura vertical, o hilo renal. Este dá passagem a vasos renais, vasos linfáticos, nervos e à extremidade superior do 
ureter, elementos que, em conjunto, constituem o pedículo renal. O hilo conduz a um recesso, o seio renal, que está 
revestido pela continuação da cápsula fibrosa e, além de tecido adiposo, contém os vasos renais, a pelve renal e os 
cálices renais maiores e menores. 
A pelve renal é a expansão da extremidade superior do ureter que, no interior do seio, divide-se em 2 ou 3 
tubos largos e curtos, os cálices renais maiores. Cada um destes cálices se subdivide em 7 a 14 cálices renais menores 
que se prendem ao parênquima renal em torno das bases de uma quantidade variável de papilas renais que constituem as 
pontas das pirâmides renais. A cápsula fibrosa que reveste a face externa do rim e o seio renal funde-se com os 
revestimentos adventícios dos cálices renais menores. Cada cálice renal menor é uma estrutura em forma de funil ou 
trompete que circunda uma única ou grupos de duas ou três papilas renais, em cujos ápices se abrem os túbulos 
coletores. A urina é conduzida pelos túbulos coletores para os cálices renais menores dos quais passa para os cálices 
renais maiores, pelve renal e ureter. A parede da pelve renal e dos cálices renais é composta de uma túnica adventícia, 
de uma túnica muscular lisa e de uma túnica mucosa interna. 
O pedículo renal é constituído pelo ureter, pela artéria e veia renais e pelos vasos linfáticos e nervos que 
passam pelo hilo renal. No pedículo, a veia renal situa-se anteriormente e o ureter posteriormente. As veias tendem a 
ficar anteriormente e as artérias e as veias localizam-se, frequentemente, anteriores à pelve renal e ao ureter. As artérias 
segmentares do rim, frequentemente, têm origem na artéria renal próximo ao hilo ou no próprio hilo renal; porém, uma 
ou mais artérias segmentares podem originar-se antes da artéria renal alcançar o hilo ou podem originar-se da aorta ou 
da artéria supra-renal inferior (ramo da artéria renal). Ambas as veias renais tendem a localizar-se anteriormente às 
artérias; a esquerda é necessariamente a mais longa. A veia renal esquerda é raramente múltipla, porém pode dividir-se 
 2 
e envolver a aorta. Um rim retirado do corpo pode frequentemente ser identificado como direito ou esquerdo 
colocando-o de uma maneira que o ureter fique posteriormente e apontando em direção inferior e medialmente. Uma 
parte da pelve renal localiza-se por fora do seio renal e, desta maneira, constitui uma parte do pedículo. 
Estrutura – Cada rim contém um milhão ou mais de néfrons, a unidade morfofuncional do rim. Uma 
extremidade do néfron termina cegamente, enquanto a outra se esvazia num túbulo coletor, um ducto excretor que 
conduz a urina para o cálice renal menor. Há cerca de 500 túbulos coletores. A extremidade cega de cada néfron está 
invaginada por capilares, para formar uma cápsula glomerular de dupla camada. O novelo de capilares é denominado 
glomérulo renal, enquanto que a cápsula e o glomérulo renal juntos são denominados corpúsculo renal. Estes se 
encontram no córtex e nas colunas renais. O néfron compreende, então, o corpúsculo renal, relacionado com a filtração 
do plasma, e o túbulo secretor (túbulo contorcido proximal, alça do néfron e túbulo contorcido distal), relacionado com 
a secreção e reabsorção seletiva do filtrado glomerular para formar a urina. Os túbulos coletores conduzem o líquido 
proveniente de diversos túbulos secretores, abrindo-se num cálice renal menor, no ápice de uma papila renal. 
O rim possui uma fina cápsula fibrosa composta de tecido rico em colágeno com algumas fibras elásticas e 
musculares lisas. Este órgão é composto de um córtex, mais pálido e externo, e de uma medula, mais escura e interna. A 
medula renal consiste das pirâmides renais cônicas e estriadas, com suas bases periféricas e seus ápices convergindo 
para o seio renal, onde se projetamnos cálices renais menores como papilas renais, sendo que cada cálice recebe de 
uma a três papilas renais. As pirâmides renais contêm partes dos túbulos secretores e os túbulos coletores que, por sua 
vez, se abrem num cálice renal menor no ápice de uma papila renal. O córtex renal é subcapsular, arqueando-se sobre as 
bases das pirâmides e estendendo-se entre elas em direção ao seio renal como as colunas renais (tecido cortical que se 
localiza entre duas pirâmides adjacentes). O córtex contém os corpúsculos renais, partes dos túbulos secretores e o 
início dos túbulos coletores. Porém, o prolongamento dos túbulos das pirâmides no interior do córtex dá um aspecto 
estriado ao córtex. O tecido cortical estriado imediatamente externo a cada pirâmide é denominado raios medulares. 
O lobo renal é constituído por uma pirâmide e o seu córtex associado. No feto, há de cinco a seis lobos, que se 
fundem, no adulto, para que o rim apresente uma face lisa, embora traços da lobulação possam persistir. No adulto, o 
número de lobos é variável podendo chegar a dezenove ou mais. 
Os rins mantêm o balanço iônico do sangue e, desta maneira, excretam produtos do catabolismo sob a forma de 
urina. Concentrações de componentes urinários, tais como uratos e outros compostos cristalínicos, podem se formar no 
cálice ou na pelve renal e constituir o que é conhecido por cálculos renais. Estes variam de tamanho e podem tornar-se 
fixos no cálice, na pelve ou no ureter. Se um cálculo é pequeno o suficiente para penetrar no ureter e grande o suficiente 
para obstruí-lo, pode dar origem a uma cólica renal. 
Irrigação sanguínea e drenagem linfática – as artérias renais originam-se da parte abdominal da aorta, 
imediatamente abaixo da origem da artéria mesentérica superior, próximo ao nível do disco entre a primeira e a segunda 
vértebras lombares. A artéria renal direita passa posteriormente à veia cava inferior. Cada artéria renal divide-se em 
artérias segmentares, próximo ao hilo ou no próprio hilo, podendo ainda estas se originarem antes da artéria renal 
alcançar o hilo renal. Com base na distribuição arterial, são descritos segmentos renais, cada um consistindo de vários 
lobos e supridos somente por uma única artéria segmentar. Embora os segmentos existam e tenham importância 
cirúrgica, há muita variação na distribuição de ramos de um rim para outro. As artérias segmentares dividem-se em 
artérias interlobares que, por sua vez, recebem a denominação de artérias arqueadas, das quais se originam as artérias 
interlobulares que dão origem às arteríolas aferentes e às arteríolas retas. As arteríolas aferentes dão origem aos 
glomérulos renais, de onde emergem as arteríolas eferentes que se dividem em arteríolas retas para formar um denso 
plexo capilar peritubular. Várias veias drenam o rim e se unem de uma maneira variável para formar a veia renal, que 
drena para a veia cava inferior. As extremidades venosas dos plexos peritubulares e as veias retas drenam para as veias 
interlobulares que terminam nas veias arqueadas que, por sua vez, drenam para as veias interlobares, que se 
anastomosam e convergem para formar a veia renal. Às vezes há mais de uma veia renal do lado direito, porém o rim 
esquerdo está comumente drenado por uma única veia, a veia renal esquerda, que também recebe sangue da glândula 
supra-renal e gônada esquerda, diafragma e parede do corpo. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos adjacentes e 
daí para os linfonodos lombares. 
Inervação – o rim apresenta uma extensa inervação a partir de extensões dos plexos celíacos (aórtico-renais) e 
intermesentérico que acompanham a artéria renal, assim como de ramos diretos dos nervos esplâncnicos torácicos e 
lombares. Estes contêm também as fibras para a sensibilidade dolorosa, principalmente a partir da pelve renal e da parte 
superior do ureter. 
 
*** Água, sódio, potássio, cloreto, glicose, ácido úrico e creatinina passam facilmente através dos poros da membrana 
glomerular durante a filtração glomerular. A água e as substâncias dissolvidas filtradas formam o filtrado glomerular. 
*** A secreção tubular envolve a secreção ativa de diversas substâncias como, por exemplo, as drogas dos capilares 
peritubulares para o túbulo secretor. 
*** A taxa de filtração glomerular diminui com a idade. Como resultado, a pessoa idosa excreta drogas mais 
lentamente e corre o risco de acumulá-la em excesso. A insuficiência renal é a falência renal, onde os rins não 
produzem mais urina. Os resíduos não são eliminados e as substâncias que deveriam ser excretadas na urina 
permanecem no sangue – uremia (urina no sangue). 
 ** Eletrólitos são substâncias que formam íons quando dissolvidas em água, como o NaCl = Na
+
 Cl
- 
 
Ureter 
 
 3 
 O ureter é um tubo muscular, de 25 a 30cm de comprimento, que conecta o rim com a bexiga urinária, sendo 
capaz de contrair-se e realizar movimentos peristálticos. As ondas de contração peristáltica do ureter, originadas na 
parte proximal do trato urinário superior e propagadas em uma direção anterógrada até a bexiga, conduzem a urina dos 
rins para a bexiga urinária, preservando assim a função renal e mantendo o estado fisiológico normal do trato urinário. 
A urina passa em direção inferior pelo ureter, através de ondas de contração, e entra na bexiga urinária em esguichos de 
intervalos frequentes (1 a 6 vezes por minuto). 
Contínuo superiormente com a pelve renal, o ureter é retroperitoneal, sendo a metade superior abdominal e a 
metade inferior, pélvica. O ureter continua-se à pelve renal ao nível do hilo ou próximo a ele, posteriormente aos vasos 
renais. Desce sobre o músculo psoas maior, cruza a artéria ilíaca comum ou a primeira parte da artéria ilíaca externa e 
penetra na cavidade pélvica, onde transita por sua parede lateral. Encontra-se, inicialmente, anterior e inferiormente à 
artéria ilíaca interna e, então, cruza a face medial da artéria umbilical e dos vasos e nervos obturatórios. Ao nível da 
espinha isquiática, volta-se anterior e medialmente para atingir a face posterior da bexiga urinária. Na mulher, o seu 
trajeto pélvico é de importância especial, pois está relacionado aos vasos uterinos, próximo ao colo do útero. Devido à 
assimetria do ureter e da vagina, o ureter esquerdo está mais intimamente relacionado com a vagina, algumas vezes, 
cruzando o plano mediano anteriormente a ela. A relação do ureter com o colo do útero e a vagina determina um risco 
de lesão do mesmo durante as histerectomias. 
Na sua origem, o ureter direito localiza-se posteriormente à segunda parte do duodeno e, durante o seu trajeto, 
é cruzado pela raiz do mesentério e pelos vasos gonadais. Da mesma maneira, o ureter esquerdo está cruzado pelos 
vasos gonadais e, ao nível da abertura superior da pelve, passa posteriormente ao colo sigmóide, no ápice do mesocolo 
sigmóide. 
Os ureteres perfuram a face posterior da bexiga urinária e correm obliquamente através de sua parede por uma 
distância de 1,5 a 2cm antes de terminarem nos óstios dos ureteres, distantes um do outro cerca de 2,5cm quando a 
bexiga está vazia e aproximadamente 5cm quando a bexiga está distendida. Os óstios dos ureteres, situados nas 
extremidades da prega interuretérica, ao nível dos ângulos póstero-laterais do trígono da bexiga, geralmente são 
semelhantes a fendas, delimitadas por lábios superior ou ventral e inferior ou dorsal. No seu trajeto oblíquo através da 
parede da bexiga urinária, o ureter intramural é comprimido e achatado à medida que a bexiga se distende, talvez 
impedindo o refluxo da urina, embora o peristaltismo também seja um fator importante. 
O diâmetro do ureter é de aproximadamente 3mm, mas ligeiramente menor na sua junção com a pelve renal, 
quando cruza a abertura superior da pelve e durante seu trajeto através da parede da bexiga urinária, onde o lúmen do 
ureter tem seu diâmetro mínimo, sendo estes locais potencialmente passíveis de obstrução. 
Os ureteressão muito distensíveis e se tornam dilatados com suas paredes espessadas quando há uma 
obstrução crônica em suas partes inferiores ou na uretra. Uma obstrução aguda é comumente resultante de um cálculo 
renal e, frequentemente, causa dor. 
A parede do ureter, assim como dos cálices e da pelve renal, é constituída por três camadas histológicas, a 
saber: uma túnica adventícia de tecido conjuntivo fibroelástico, externa; uma túnica muscular lisa (fibras musculares 
longitudinais e circulares) e uma túnica mucosa, interna. A última consiste de dois componentes: o epitélio de transição 
ou urotélio e o tecido conjuntivo subjacente, a lâmina própria. Próximo à junção ureterovesical, alguns centímetros 
antes de atravessar a parede vesical, o ureter é envolvido por uma bainha fibromuscular, a bainha do ureter (de 
Waldeyer), que permite que o ureter se movimente de 1 a 2cm para fora e para dentro da bexiga urinária. Esta é 
constituída por um colar incompleto de músculo detrusor que circunda os centímetros distais de cada ureter separado da 
túnica muscular do ureter por uma conexão de tecido conjuntivo. Distalmente, estes fascículos musculares se continuam 
com a túnica muscular vesical e formam o músculo profundo do trígono da bexiga. Por outro lado, os feixes musculares 
orientados longitudinalmente na parte terminal do ureter tornam-se contínuos com o músculo superficial do trígono da 
bexiga. 
 O ureter é irrigado por um número variável de “artérias longas”, ramos das artérias renais, gonadal e vesical 
inferior, assim como por um número de outras artérias. As veias acompanham as artérias e os vasos linfáticos drenam 
para os linfonodos adjacentes. As fibras nervosas chegam ao ureter a partir dos plexos renal e hipogástricos superior e 
inferior, que contêm fibras para a sensação dolorosa. A cólica renal, que resulta de uma distensão aguda, 
frequentemente devido a uma obstrução por cálculo renal, caracteriza-se por uma dor súbita e muito forte. Dependendo 
do nível da obstrução, a dor de uma cólica renal pode ser referida à região lombar ou à hipogástrica, à genitália externa 
ou aos testículos. Embora os nervos responsáveis pela inervação do ureter não sejam essenciais para a ocorrência 
normal da atividade peristáltica do ureter, eles podem exercer uma influência moduladora sobre a contratilidade das 
células musculares não estriadas do ureter. 
 
Bexiga urinária 
 
 É uma bolsa situada posteriormente à sínfise púbica e que funciona como reservatório de urina. O fluxo 
contínuo de urina que chega pelos ureteres é transformado, graças a ela, em emissão periódica ( micção ). A forma, o 
tamanho, a situação e as relações da bexiga com os órgãos vizinhos variam com as suas fases de vacuidade, plenitude 
ou intermediárias, com as mesmas fases em que se encontram os órgãos vizinhos e ainda com a idade e o sexo, embora 
não exista nenhuma diferença significante entre as bexigas masculinas e femininas relativas ao tamanho e a forma. A 
bexiga vazia num adulto vivo é arredondada, embora sua circunferência seja alterada por pressões e por inserções de 
estruturas adjacentes. Localiza-se inteiramente, ou quase inteiramente, no interior da pelve e repousa sobre a pube e na 
parte adjacente do soalho da pelve. Está situada ligeiramente mais baixa na mulher do que no homem. No adulto, vazia, 
ela se achata contra a sínfise púbica; cheia, toma a forma de um ovóide e faz saliência na cavidade abdominal. Com o 
 4 
enchimento, ela gradualmente se eleva no abdome, podendo atingir o nível do umbigo. No feto e recém-nascido, a 
bexiga vazia é fusiforme e ocupa a posição abdominal, desce progressivamente, atingindo a pelve na época da 
puberdade. No sexo masculino, o reto coloca-se posteriormente a ela; no sexo feminino, entre o reto e a bexiga situa-se 
o útero. 
 A bexiga vazia de um adulto vivo é um tanto tetraédrica e apresenta quatro superfícies ou faces: uma superior, 
duas inferolaterais e uma posterior. Esta é também chamada de fundo ou base da bexiga. Apresenta ainda um ápice e 
um colo. O fundo ou base é triangular e póstero-inferior. Embora o fundo da bexiga devesse ser, por definição, a região 
mais inferior, o colo é de fato mais baixo e também o mais fixo; ele está a 3 ou 4cm posteriormente à parte inferior da 
sínfise púbica e é perfurado pelo óstio interno da uretra. O ápice da bexiga, em ambos os sexos, olha para a parte 
superior da sínfise púbica; dele, o ligamento umbilical mediano ( constituído pelo restante do úraco ) sobe 
posteriormente à parede anterior do abdome até o umbigo, constituindo o peritônio sobre ele a prega umbilical mediana. 
A face superior, triangular, é limitada pelas margens laterais, do ápice até as entradas do ureter, e por uma margem 
posterior que as une. A parte da bexiga entre o ápice, anteriormente, e a base posteriormente, é o corpo. 
 Nos homens, a face superior da bexiga é completamente recoberta pelo peritônio, que se estende ligeiramente 
sobre a base e continua-se posteriormente na escavação retovesical. Esta face está em contato com as alças do intestino 
delgado ou com o colo sigmóide. Nas mulheres, a face superior da bexiga também é amplamente revestida pelo 
peritônio, mas, posteriormente, este é refletido para o útero, formando assim a escavação vesicouterina. A base da 
bexiga está voltada posterior e ligeiramente para baixo. No homem, ela se encontra intimamente relacionada à vesícula 
seminal e com o reto, entre as ampolas dos ductos deferentes. Sua parte superior está separada do reto pela escavação 
retovesical. Na mulher, a base é conectada por um tecido fibroso frouxo com a parede anterior da vagina, abaixo, e com 
a parte supravaginal do colo do útero, acima. As faces inferolaterais, não recobertas por peritônio, e a borda 
arredondada que apresentam entre si localizam-se adjacentes ao espaço retropúbico, que contém o coxim gorduroso 
retropúbico. 
 O colo é a parte menos móvel da bexiga e está firmemente ancorado ao diafragma pélvico. No homem, ele se 
continua, inferiormente, com a próstata, embora haja um sulco separando os dois órgãos externamente. O colo da 
bexiga feminina está mais baixo do que o da masculina e repousa sobre as partes pubococcígicas dos músculos 
levantadores do ânus. 
Três ligamentos auxiliam na fixação da bexiga: o puboprostático medial ( ou pubovesical medial ), o 
puboprostático lateral ( ou pubovesical ) e o ligamento lateral da bexiga. Todos os três são espessamentos localizados da 
fáscia superior do diafragma pélvico. Além destes ligamentos responsáveis por suas fixações, três remanescentes de 
estruturas fetais estão associados com a bexiga: o ligamento umbilical mediano e dois ligamentos umbilicais mediais ( 
partes obliteradas das artérias umbilicais ). Nenhum destes ligamentos é importante na fixação da bexiga. 
 Interior da bexiga – a túnica mucosa da bexiga, presa apenas frouxamente na sua maior parte ao músculo 
subjacente, dobra-se, quando a bexiga se esvazia, com as pregas sendo eliminadas quando se enche. Porém, sobre o 
trígono da bexiga é aderente à lâmina muscular subjacente e sempre lisa e chata. O trígono da bexiga forma um 
triângulo, aproximadamente equilátero, cujos ângulos são formados, inferior e anteriormente, pelo óstio interno da 
uretra e, superiormente e posteriormente, pelos dois óstios dos ureteres a cada lado. Quando examinada ao cistoscópio, 
aparece vermelha, se a bexiga está vazia, e pálida, se está cheia. Em qualquer local, o revestimento da bexiga aparece 
amarelo-pálido através de um cistoscópio e apresenta-se pregueado e enrugado quando a bexiga se encontra vazia. 
 Uma elevação, a prega interuretérica, estende-se entre os dois óstios dos ureteres e é produzida pela 
continuação, na parede da bexiga, do músculo longitudinal interno do ureter. Lateralmente esta prega estende-se além 
dos óstios dos ureteres como pregas uretéricas, produzidas pelas partes terminais dos ureteres correndo obliquamenteatravés da parede da bexiga. A úvula da bexiga é uma crista mediana acima e abaixo do óstio interno da uretra. É 
formada por um feixe subjacente de fibras musculares, pelo lobo mediano da próstata ou ambos. É comum ser mais 
proeminente em homens idosos. Os ureteres, durante a sua passagem pela camada muscular da bexiga, produzem 
pregas, que são evidentes no seu interior. 
 Estrutura – a bexiga apresenta as quatro seguintes camadas: 
a) a membrana mucosa. 
b) a submucosa, que está ausente na região do trígono. 
c) a camada muscular, cujos feixes entrelaçados de fibras musculares lisas que a formam são coletivamente 
denominados de músculo detrusor da bexiga. Na região do trígono, existem duas camadas musculares distintas, 
denominadas músculos superficial e profundo do trígono, este último sendo simplesmente a porção póstero-
inferior do músculo detrusor propriamente dito. O músculo superficial do trígono é uma camada angular de 
músculos que está presente, na região do trígono, entre o detrusor e a mucosa. As fibras desta camada que passam 
entre os óstios dos dois ureteres são responsáveis pela prega interuretérica no interior da bexiga, e um 
espessamento deles no plano mediano é responsável pela elevação denominada úvula da bexiga. As fibras do 
músculo superficial do trígono são contínuas proximalmente com aquelas da parte terminal do ureter. Algumas das 
fibras do detrusor passam anteriormente para formar o músculo pubovesical a cada lado; outras passam 
posteriormente para formar o retovesical. Descreve-se também, nos homens, um músculo esfíncter da bexiga, 
composto de músculo liso, ao nível do óstio interno da uretra que corresponde ao início da uretra. Nas mulheres, as 
fibras musculares lisas desta região não estão dispostas circularmente, mas sim oblíqua ou longitudinalmente, 
consequentemente o músculo esfíncter da bexiga não é formado. O músculo esfíncter da bexiga, bem como a 
camada muscular do órgão estão envolvidos no fenômeno da micção. 
d) a camada serosa, constituída de peritônio recobre a face superior e a parte superior da base da bexiga. 
 5 
 Irrigação sanguínea e drenagem linfática – frequentemente, duas ou três artérias vesicais superiores 
originam-se da parte permeável da artéria umbilical e irrigam a parte superior da bexiga. No homem, a base está 
irrigada pela artéria do ducto deferente. A parte inferior da bexiga, inclusive o colo, está irrigado pela artéria vesical 
inferior e, na mulher, também pela artéria vaginal. Na mulher, a base está provavelmente irrigada pelas artérias vesicais 
inferior e vaginal. As veias passam em direção inferior para se reunirem ao plexo prostático de veias, o qual drena para 
o interior da veia ilíaca interna. Os vasos linfáticos das faces superior e inferolateral passam para os linfonodos ilíacos 
externos. Os da base drenam para os linfonodos ilíacos externo e interno. Os do colo passam para os linfonodos sacrais 
e ilíacos comuns. 
 Inervação – a bexiga está inervada por fibras provenientes dos plexos vesical e prostático, que são extensões 
anteriores dos plexos hipogástricos inferiores para os lados do colo da bexiga. Estas fibras se ramificam através de toda 
a parede vesical e incluem fibras motoras parassimpáticas para o músculo detrusor; fibras sensitivas, que são 
estimuladas pelo estiramento do detrusor e que ativam vários reflexos ou que dão origem a sensação de plenitude, fibras 
que estão relacionadas às sensações de queimação ou espasmo e fibras simpáticas, a maior parte para a inervação dos 
vasos sanguíneos. Estas fibras podem ativar o músculo detrusor ( ou mais especificamente o músculo esfíncter da 
bexiga nos homens ) de tal modo que evitam o refluxo de sêmem para a bexiga durante a ejaculação. Devido à 
inervação da bexiga ter origem lateralmente ao reto, ela pode ser lesada durante a ressecção do reto. Dificuldades 
urinárias comumente se seguem a essas cirurgias. 
 Capacidade da bexiga – a capacidade média da bexiga nos homens adultos varia de 120 a 320 ml; a micção 
comumente ocorre com cerca de 280 ml. Um enchimento de até aproximadamente 500 ml pode ser tolerado, mas além 
disso a dor é causada pela tensão da parede, conduzindo a contrações reflexas e ao desejo urgente de urinar. A dor é 
referida às áreas cutâneas supridas pelos segmentos espinais que irrigam a bexiga ( T11-L2, S2-4 ), incluindo a parte 
inferior da parede anterior do abdome, o períneo e o pênis. 
 
Uretra 
 
 Constitui o último segmento das vias urinárias. Difere nos dois sexos, mas em ambos é um tubo fibromuscular 
mediano que estabelece a comunicação entre a bexiga urinária e o meio externo, dando passagem a urina. No homem, é 
uma via comum para a micção e a ejaculação, enquanto na mulher, serve apenas à excreção da urina. Encontra-se 
fechada quando não está dando passagem a urina ou ao líquido seminal. 
 A uretra masculina, que é um canal comum para a micção e para a ejaculação, com cerca de 20cm de 
comprimento, inicia-se, no óstio interno da uretra, no colo da bexiga e atravessa sucessivamente a próstata, os 
diafragmas pélvico e urogenital e a raiz e o corpo do pênis, terminando na extremidade deste órgão pelo óstio externo 
na uretra. Reconhecem-se, portanto, três partes na uretra masculina: parte prostática, quando atravessa a próstata; parte 
membranácea, quando atravessa os diafragmas pélvico e urogenital e parte esponjosa, localizada na raiz e corpo do 
pênis. ( Alguns autores consideram ainda uma parte intramural correspondente ao segmento da uretra que atravessa a 
parede da bexiga urinária ) 
A parte prostática atravessa a próstata, estendendo-se da base ao ápice deste órgão. Apresenta cerca de 3cm de 
comprimento e está curvada em direção ântero-posterior. É mais dilatável que as outras partes da uretra e, quando 
distendida, é a parte mais larga de toda a uretra. A parede posterior ( soalho ) é caracterizada por vários pontos. A crista 
uretral é mediana e, às vezes, continua-se com a úvula da bexiga superiormente. O colículo seminal é uma 
intumescência ovóide da crista, localizada aproximadamente na junção dos terços médio e inferior da parte prostática. 
No cume do colículo encontra-se a abertura de um divertículo, o utrículo prostático, que se estende para o interior da 
estrutura da próstata por uma curta distância. Acredita-se que este divertículo seja o remanescente de estruturas que 
formam o útero e a vagina na mulher. Os diminutos orifícios dos ductos ejaculatórios estão localizados a cada lado do 
óstio do utrículo. O seio prostático é um sulco a cada lado da crista uretral. Em sua maior parte, os ductos da próstata se 
abrem no soalho deste sulco, porém uns poucos do lobo mediano abrem-se lateralmente à crista uretral. 
A parte membranácea estende-se em direção inferior e anterior a partir do ápice da próstata até o bulbo do 
pênis, e passa através dos diafragmas pélvico e urogenital. É a parte mais curta da uretra e, exceto pelo óstio externo, a 
mais estreita e a menos dilatada. Apresenta cerca de 1 a 2cm de comprimento e está situada cerca de 2,5cm atrás da 
borda mais inferior da sínfise púbica. No interior do diafragma urogenital, é circundada pelo músculo esfíncter da 
uretra. Imediatamente abaixo do diafragma urogenital, entra em contato com o bulbo do pênis. Quando penetra no 
bulbo, a uretra volta-se em direção anterior, quase que num ângulo reto. Torna-se mais larga, sendo suas paredes mais 
finas imediatamente abaixo do diafragma urogenital, onde ela é mais passível de se romper durante um traumatismo e 
também mais capaz de ser penetrada durante a passagem de um instrumento. O músculo esfíncter da uretra é constituído 
por fibras musculares estriadas esqueléticas, inervadas por fibras que correm através dos nervos esplâncnicos pélvicos, 
tornando-se voluntário após a primeira infância. A localização do músculo esfíncter da uretra, em ambos os sexos, 
corresponde à zona onde são registradas normalmente as pressõesmáximas de fechamento da uretra. Este esfíncter está 
morfologicamente adaptado para manter o tônus durante períodos relativamente longos, sem fadiga, e desempenha um 
papel ativo importante na produção da oclusão da uretra em repouso. 
A parte esponjosa localiza-se no corpo esponjoso. Atravessa o bulbo, o corpo e a glande do pênis. Na primeira 
parte de seu trajeto, está fixa na posição e é praticamente reta, o lúmen é algo mais largo quando a uretra se localiza no 
bulbo ( fossa intrabulbar ). É mais larga na glande também, onde a porção dilatada é conhecida como fossa navicular da 
uretra. As pequenas aberturas dos ductos das glândulas bulbouretrais estão localizados sobre a parede inferior da uretra, 
imediatamente além do início da porção esponjosa. As lacunas uretrais são pequenas depressões na parede da uretra, 
aberturas comumente dirigidas ao óstio externo da uretra. 
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Estrutura – a uretra masculina consiste de uma membrana mucosa e de uma túnica muscular. Ductos de 
pequenas glândulas uretrais abrem-se na superfície interna da uretra. Alguns ductos se abrem nas lacunas uretrais, 
porém nem todas as lacunas contêm a abertura de ductos. 
Irrigação sanguínea e drenagem linfática – a parte prostática está irrigada pelas artérias retal média e vesical 
inferior. A parte membranácea é irrigada pela artéria do bulbo do pênis e, a esponjosa, pela artéria uretral e também por 
ramos da dorsal e profunda do pênis. Os vasos linfáticos das partes prostática e membranácea drenam para os 
linfonodos ilíacos internos e externos. Os vasos linfáticos da parte esponjosa passam para os linfonodos inguinais 
profundos. 
Inervação – a parte prostática é inervada pelo plexo prostático, que se continua como nervos cavernosos do 
pênis para inervar a parte membranácea. Ramos do nervo pudendo inervam a parte esponjosa. 
A uretra feminina apresenta cerca de 4cm de comprimento e é bastante distensível. Estende-se em direção 
inferior e ligeiramente para a frente, a partir do óstio interno da uretra, no colo da bexiga, até o óstio externo da uretra, 
situado entre os lábios menores, anteriormente ao óstio da vagina, e também abaixo e atrás da glande do clitóris. No seu 
trajeto, a uretra passa através dos diafragmas pélvico e urogenital. Ela se encontra fechada, exceto durante a passagem 
de urina. Sobre sua parede posterior encontram-se pregas longitudinais, sendo a mais proeminente delas denominada 
crista uretral. A uretra funde-se com a parede anterior da vagina e pode ser palpada per vaginam entre a parede vaginal 
anterior e a sínfise púbica. 
Estrutura – a uretra consiste de uma membrana mucosa e de uma túnica muscular. A membrana mucosa 
contém os óstios de numerosas glandular uretrais e pequenas depressões, as lacunas uretrais. A túnica muscular 
compreende uma túnica interna de fibras de músculo liso e também, ao nível do diafragma urogenital, o músculo 
esfíncter da uretra, constituído de fibras musculares estriadas esqueléticas, que assim como nos homens são capazes de 
manter o tônus sobre o lúmen da uretra durante períodos prolongados. 
Irrigação sanguínea e drenagem linfática – a parte superior da uretra é irrigada pela artéria vesical inferior, a 
parte média pela vesical inferior e uterina e, a parte inferior, pela artéria pudenda interna. As veias drenam para o plexo 
vesical e para a veia pudenda interna. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos ilíacos internos, alguns para os 
linfonodos ilíacos externos. 
Inervação – a parte superior está inervada pelos plexos vesical e uterovaginal. O nervo pudendo inerva a parte 
inferior. 
 
***URINA – é um líquido formado a partir da filtração do sangue arterial, através do qual são excretados os resíduos 
do metabolismo, água, eletrólitos e não eletrólitos, em excesso no organismo. A urina é um fluido estéril composto 
principalmente de água (95%) e resíduos contendo nitrogênio e eletrólitos. Os resíduos nitrogenados importantes 
incluem a uréia, ácido úrico, amônia e creatinina. A cor amarela clara da urina se deve a um pigmento denominado 
urocromo formado pela quebra de hemoglobina no fígado. 
 
Obs. As artérias renais após entrarem nos rins, ramificam-se em uma série de artérias, cada vez menores, que entram em 
contato com os néfrons, as estruturas produtoras de urina. Essa ramificação dá origem a arteríola aferente. Esta se 
ramifica em um tufo de capilares que constituem o glomérulo renal. Este é envolto pela cápsula e sai desta como 
arteríola eferente que forma um sistema de capilares secundários denominados capilares peritubulares 
 
Profª Drª Cíntia Bovi Binotti – 09/04/14 
 
Referências Bibliográficas: 
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. rev. São Paulo: Atheneu, 2011. 
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010. 
HERLIHY, B.; MAEBIUS, N. K. Anatomia e fisiologia do corpo humano saudável e enfermo. Barueri: Manole, 
2002. 
GRAY, H. Gray anatomia. 37. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. 2v. 
GARDNER, E.; GRAY, D. J.; O´RAHILLY, R. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1988.

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