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Matéria Direito Empresarial II

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DIREITO EMPRESARIAL II
TÍTULOS DE CRÉDITO
TÍTULO DE CRÉDITO – teoria – histórico: Itália, França – LU Genebra – art 870CC 
 PRÓPRIOS geral Alemanha, era + conceito de 
 contemporânea CC (e não CCom) Cessare Vivante 
 +
 Leis especiais 
CONCEITO 
Está previsto no código civil nos artigos 887 a 926 C.C
Art. 887 - O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeitos quando preenche os requisitos da lei. 
- documento necessário: princípio da circularidade
- direito literal: princípio da literalidade
- autônomo: princípio da autonomia
O conceito de Título de Crédito (art. 887 CC) foi desenvolvido pela doutrina italiana, especialmente pelo jurista CESARE VIVANTE e as legislações que se formaram a respeito do assunto mantiveram o conceito, positivando-o (colocá-lo na lei). Era um conceito doutrinário que se tornou legal. 
Portanto, no Brasil a matéria de títulos de crédito está atualmente tratada NO CÓDIGO CIVIL (art. 887 a 926), tendo sido o Código Comercial derrogado, mas continua em vigor e o assunto títulos de crédito é tratado portanto: 
1- PELA LEI UNIFORME DE GENEBRA, JÁ QUE O BRASIL É SIGNATÁRIO DA CONVENÇÃO 
2- PELO CÓDIGO CIVIL QUE TRATA DE REGRAS GERAIS 
3- POR LEIS ESPECIAIS
Direito cambiário ou direito cambial é o sub-ramo do direito empresarial que disciplina todo o regime jurídico aplicável aos títulos de crédito.
HISTÓRICO
Desenvolvimento dos títulos de crédito permitiu que o mundo moderno mobilizasse suas próprias riquezas, vencendo o tempo e o espaço.
Títulos de crédito é o documento que instrumentaliza o crédito e permite sua mobilização – síntese – instrumentos de circulação de riqueza.
A evolução histórica dos títulos de crédito teve o seu ápice da idade média até final de revolução francesa pelo fato de colocar num papel ou cédula ou cártula, o valor representativo do crédito e identificar os participantes da relação, com dois principais objetivos: 
1- dar mais segurança no transporte
2- facilitar a troca do cambio
A doutrina italiana foi o berço da teoria de materializar (tornar físico) o crédito, tendo sido a teoria aperfeiçoada pelos franceses e alemães. 
Atualmente, idade contemporânea, os documentos são eletrônicos ou virtuais O QUE A DOUTRINA TEM CHAMADO DE RELATIVIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE. 
Tem a regra e teve uma mudança.
Recebe o boleto, paga, aí será dada baixa na duplicata. Nem todo boleto tem a duplicata por trás. Se no campo espécie tá escrito DM tem a Duplicata Mercantil virtual/eletrônica no banco, se não pagar, o banco envia pro cartório de protesto.
Código comercial: mais velho, continua em vigor. Um pedaço do comercial veio parar dentro do civil – 
Itália, França, Alemanha – Lei Uniforme de Genebra. 
Art. 887 CC – princípios {cartularidade – classificação 1 quanto a forma de circulação 
 conceito {literalidade	 (nominal/ao portador)
 {abstração 2 quanto ao modelo (livre/vinculado) 	 3 quanto a vinculação ao negócio jurídico
 (causal-não abstrato/não causal-abstrato)
PRINCÍPIOS
a) Cartularidade (materialização): Os títulos de crédito próprios só existem uma cártula original. Por este princípio, o crédito deve estar materializado numa cártula, que é sinônimo de cédula, que é sinônimo de papel. De forma que, a validade do título depende de sua apresentação no original e em via única, PORÉM HÁ ALGUNS JULGADOS QUE PERMITEM A APRESENTAÇÃO DE CÓPIA AUTENTICADA, DESDE QUE JUSTIFICADO O MOTIVO RELEVANTE. 
A cártula dá ao crédito uma existência material (MATERIALIZAÇÃO), permitindo ao mercado identificar, do exame do título, sua existência e suas qualidades subjetivas e objetivas. A necessidade jurídica de apresentação do título para o exercício do direito nele contido trabalha a favor da cambiariedade e protege o devedor. Qualquer pessoa pode ser o credor, já que o título pode circular. A exigência da via original do título executivo extrajudicial como requisito à propositura do processo de execução e visa atender duas finalidades: primeiro, certifica a autenticidade do título, e, segundo, afasta a possibilidade de ter a cártula circulado. 
Este princípio precisou ser atualizado à nossa realidade do século XXI que é a do documento eletrônico, tendo sido, portanto relativizado, mitigado, suavizado ou flexibilizado, PORTANTO, O DOCUMENTO HOJE É VÁLIDO DESDE QUE SE APRESENTE NUM SUPORTE FÍSICO ADEQUADO - STJ – 3 turma – “a juntada de título executivo original é essencial para a validade do processo de execução. Entretanto, não há nulidade se, aparelhada em cópia do título extrajudicial, for juntada a via original, ainda que posterior à oferta dos embargos do devedor, e se não houver impugnação à autenticidade da cópia apresentada”. ESSA POSIÇÃO TEM SIGNIFICAÇÃO EXCLUSIVAMENTE PROCESSUAL – não afasta o império do princípio da cartularidade. (princípio da instrumentalidade das formas – pas de nulitté sans grief)
OBS: aplica-se aos títulos de crédito a regra do art. 309 do CC? Não, pois face ao regime jurídico específico não se aplica a regra de que o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor; pois há no título de crédito uma FORTE VINCULAÇÃO entre a obrigação e a sua REPRESENTAÇÃO MATERIAL (a cártula); somente a vista do título de crédito a obrigação é exigível, pressupondo-se uma relação direta entre sua existência e a existência do crédito – mutatis mutantis – entre sua inexistência e a inexistência do mesmo.
“Títulos cambiários são títulos de apresentação”, pois, “sem a posse do título ou da legitimação judicial em casos de amortização não é possível exercer-se o direito cambiário; e alguns direitos são exercíveis com a simples detenção”. Também são títulos de resgate – “pois quem paga deve exigir que se lhe entregue o título e, por uma no título, e outra em separado”
b) Literalidade: Por este princípio os títulos só valem pelo que está expressamente escrito, não se admitindo analogia e nem suposições. 
A Jurisprudência (vários julgados) tem algumas exceções:
*assinatura no verso do título, SE NÃO ESTIVER ESCRITO O QUE ELA REPRESENTA PRESUME-SE ENDOSSO 
*assinatura na frente (anverso ou face anterior) do título presume-se aval 
c) Abstração ou Autonomia: Uma vez colocado ou materializado o crédito no título, não é mais relevante o motivo de sua criação.
*impossibilidade das exceções pessoais contra terceiros de boa-fé
OBS: não existe JurisprudênciaS, pois Jurisprudência já significa coletivo. Reiteradas decisões do mesmo Tribunal no mesmo sentido. Não tem número fixo pra isso. Não tem artigo e nem plural. 
Nas costas endosso, na frente aval. Ambos são perigosos, endossou pagou.
Aval: garantia melhor que a fiança. Não impede o pagamento ou a responsabilidade. É autônomo, não é acessório. 
“ao portador” sai da relação, se livra. Mas a lei quer que seja nominal.
Diferença entre Prescrição e Decadência:
-prescrição: a dívida nunca deixou de existir. Depois de um período (máximo 10 anos), tirou o direito de cobrar, tirou as armas jurídicas. Mas a dívida nunca acabou. A pessoa poderia não mais honra-la por não poderem mais cobrar. Prazo prescricional se suspende e se prorroga, se acaba no sábado pode na segunda.
-decadência: sinônimo de caducidade. Morrido a própria dívida. Uma coisa que o direito já matou. Exemplo: casamento em cartório – prazo de 90 dias. Prazo decadencial se acaba sábado tem que propor na sexta.
A lei tem que falarque todas as leis de título de crédito são prescricionais. 
A cobrança judicial do Título de Crédito é feita por meio do processo de execução, que não precisa fazer menção da origem do crédito. JÁ QUE A DÍVIDA APRESENTADA É LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL, O QUE GARANTE MAIOR ACEITABILIDADE E CIRCULAÇÃO DO CRÉDITO. 
Diferentemente do direito civil a garantia no Título, que se chama Aval, é autônoma e independente, DE MANEIRA QUE O CREDOR PODE EXECUTAR DIRETAMENTE O AVALISTA E ESTE NÃO PODE FAZER USO DO BENEFÍCIO DE ORDEM, NEM ALEGAR ACESSORIEDADE.
Analítica, rígida, promulgada, formal... = CF/88
CLASSIFICAÇÃO
OBS: há quatro títulos próprios 
1- Letra de câmbio – livre
 (deve seguir apenas requisitos básicos, mas sua forma é livre)
2- Nota promissória – livre 
3- Cheque – vinculado 
 (deve seguir um modelo especifico por lei)
4- Duplicata – vinculado 
1- Quanto a forma de transferência – nominal (circulação jurídica, assinatura, mas segura, comprova o pagamento, endosso transferência com responsabilidade, solidariedade, pode cobrar de qualquer um) e ao portador (circulação física, cessão civil, geralmente para comprovar pagamento far-se-á junto um recibo). 
Pelas leis dos títulos de crédito todos os títulos deveriam ser nominais, acontece que na prática é comum a emissão ao portador, inclusive havendo súmula do STF, dizendo que o título é válido, DESDE QUE ELE SEJA PREENCHIDO INTEGRALMENTE ANTES DO PAGAMENTO OU DA EXECUÇÃO (princípio da literalidade). 
A consequência jurídica é que importa coisa distinta; já que no título ao portador não há como identificar os participantes da relação, de maneira que em eventual ação de execução não serão cobrados; o título nominal, por sua vez só pode ser transferido com a identificação dos participantes, por endosso, de maneira que todos se obrigam ao pagamento por solidariedade (no direito empresarial não há benefício de ordem) é possível transferir o título nominal sem se tornar responsável pelo pagamento, DESDE QUE AQUELE QUE TRANSFERE COLOQUE A EXPRESSÃO “NÃO A SUA ORDEM” E ESCREVA “CESSÃO CIVIL”. É algo intermediário, que faz com que o cheque mesmo nominal não seja responsabilidade daquele que o transferiu, “por cessão civil” impede a responsabilidade daquele que transferiu “endosso”, somente aquele que entregou assinou originalmente o cheque se responsabiliza – cessão civil deve ser expressa, não é presumida. Nada impede que após a cessão civil continue o endosso, ou que depois do endosso haja uma cessão civil. Endosso sem garantia significa a mesma coisa (sinônimo) que cessão civil – a pessoa do endosso não será responsabilizada. 
2- Quanto ao modelo ser obrigatório ou não por lei (livre ou vinculado) – a legislação de cada país escolhe quais serão os títulos de modelo livre ou vinculado, entende-se por vinculado aquele que obedece além dos requisitos legais, regulamentação do banco central e do conselho monetário, inclusive em relação ao papel e a disposição dos elementos, exemplo, cheque. Livres são os títulos que não exigem um padrão obrigatório de emissão, basta que conste os requisitos mínimos exigidos por lei, exemplo, letra de câmbio e nota promissória.
3- Quanto a vinculação ou não ao negócio jurídico subjacente (causais ou abstratos) – causais são aqueles que guardam vínculo com a causa que lhes deu origem, constando expressamente no título a obrigação pelo qual o título foi assumido, sendo assim, só poderão ser emitidos se ocorrer o fato que a lei elegeu como uma possível causa para o mesmo. Podem circular por endosso, exemplo, duplicatas. Títulos abstratos são aqueles que não mencionam a relação que lhes deu origem, podendo ser criados por qualquer motivo, exemplo, letra de câmbio, cheque.
A classificação que leva em conta a causalidade ou a abstração do título é uma das características mais interessantes para o mercado dos títulos de crédito, já que, PROMISSÓRIA E CHEQUE UMA VEZ EMITIDOS DESVINCULAM-SE DO MOTIVO JURÍDICO QUE OS CRIOU (tem vida própria), SENDO POSSIVEL COBRA-LOS JUDICIALMENTE PELA AÇÃO DE EXECUÇÃO, DURANTE O PRAZO PRESCRICIONAL. FINDO O PRAZO DE PRESCRIÇÃO A COBRANÇA JUDICIAL É FEITA POR AÇÃO MONITÁRIA QUE NOS TERMOS ATUAIS DO STJ, EXIGE A COMPROVAÇÃO DA CAUSA. 
Dos títulos próprios, somente a duplicata é sempre causal, pois a lei exige a emissão de nota fiscal e somente em duas situações jurídicas: compra e venda e prestação de serviços. 
4- Quanto à formação do título/quanto ao número de relações jurídicas/participantes. Promessa de pagamento e diferente de ordem de pagamento. 
Promessas de pagamento: temos a figura do sacador/emitente/emissor (devedor) que é aquele que promete (emite o título) pagar ao tomador/beneficiário (credor do título de crédito) o valor designado no título de crédito. Nessa espécie de título há somente duas figuras o sacador e o tomador. Exemplo dessa espécie de título de crédito é a nota promissória.
Ordem de pagamento: temos a figura do sacador que dá uma ordem ao sacado que por sua vez deverá efetuar um pagamento ao tomador. Nessa espécie, via de regra, há três figuras que são o sacador (devedor), sacado (prestador de serviço – figura diferenciadora) e tomador (credor). Então o sacador ordena ao sacado que pague uma quantia ao tomador sendo o sacador o devedor principal, sacado co-devedor e tomador será o credor. 
É um Plus em relação a promessa, em toda ordem está contida uma promessa de pagamento que se o sacado aceitar vira ordem, se ele não aceitar volta a ser uma promessa de pagamento (ex. do elástico). O elo de ligação entre o sacado e o tomador é o sacador (deve para o beneficiário/tomador). O sacado deve para o sacador, portanto, faz um “bem bolado” entre o sacado e o beneficiário/tomador. 
So existe sacado cuja a estrutura é uma ordem de pagamento. 
Como exemplo de ordem de pagamento citamos João que ordena à Maria que o pagamento, que ela deve a ele, seja pago ao Manuel. Ou seja, ao invés de joão pegar o dinheiro e pagar Manuel diretamente o primeiro irá ordenar a um terceiro que seja seu credor para pagar seu devedor. Como exemplo de Título de “ordem de pagamento” temos o cheque, duplicata,letra de câmbio.
Com relação as estruturas dos titulos é possivel estabelecer uma comparacão entre a promessa e a ordem no sentido de continente conteúdo. A estrutura basica é entre sacador – devedor e o beneficiario – credor; a ordem de pagamento representa um Plus na qual a figura do sacado é o diferencial, pois este (o sacado) é alguem que é credor do sacador e para facilitar o pagamento o sacador emite uma ordem a este seu credor sacado, que não é obrigado a aceita-la, para que este efetue firetamente o pagamento ao beneficiário, que é credor do sacador. 
EXERCÍCIO 
Soraia Dantas emitiu uma nota promissória em favor de Carine Monteiro, decorrente da aquisição de uma máquina de costura padrão industrial, com vencimento para 03/06/2010. O título foi endossado, sem data indicada, em favor de Leonardo D’Ângelo, que, em seguida, endossou a cambial, sem garantia, para Amadeus Pereira. O endosso de Leonardo foi avalizado por Frederico Guedes. Procurado para pagamento, a obrigada principal alegou não ter condições, no momento, para quitar o débito. Diante dessa situação, o portador, após levar o título a protesto, ajuizou a competente ação de execução em face de Frederico Guedes. Em sede de embargos, o executado aduziu não ter legitimidade para figurar no polo passivo da demanda, porquanto Leonardo, cuja obrigação foi por Frederico avalizada, é ainda menor de idade, o que ficou comprovado com a apresentação da certidão de nascimento, dando conta de que ele nasceu em 1996.
Com base no cenário acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Qual é a contra-argumentação a ser adotada em relação à alegação suscitada nos embargos de Frederico? (Valor: 0,4)
R: o avalista não se exime de sua obrigação por conta de eventual nulidade da obrigaçãoavalizada, nos termos do art. 899, § 2º, do CC (princípio da autonomia das obrigações cambiais).
b) Caso Leonardo não fosse menor de idade, qual seria a finalidade do endosso feito por ele a Amadeus? (Valor: 0,2)
R: o endosso transmite o título de crédito e, no caso da promissória, o endossante garante o pagamento, salvo disposição em contrário. No caso, houve cláusula excludente da garantia – art. 15 c/c art. 77 da Lei Uniforme (promulgada pelo Decreto 57.663/1966).
c) Pode a nota promissória circular ao portador? (Valor: 0,4)
R: A promissória deve obrigatoriamente indicar “o nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga”, sob pena de não produzir efeitos como título de crédito – arts. 75 e 76 da Lei Uniforme. Na prática, entretanto, ocorre a circulação do título “ao portador” por aposição de endosso em branco (sem indicação do endossatário), considerando que o portador de boa-fé pode preencher a cártula com os elementos faltantes, em conformidade com os ajustes realizados – art. 891 do CC.
CONSTITUIÇÃO DO TÍTULO DE CRÉDITO
1. ENDOSSO
– transfere (juridicamente) com garantia
– assume a responsabilidade pelo pagamento 
É a forma pela qual se transfere o direito de receber o valor que consta no título através da tradição da própria cártula.
De acordo com o art. 893 do Código Civil: "a transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes" e, por assim dizer, entende-se que não só a propriedade da letra que se transfere, como também a garantia de seu adimplemento.
Figuram dois sujeitos no endosso:
- endossante ou endossador: quem garante o pagamento do título transferido por endosso;
- endossatário ou adquirente: quem recebe por meio dessa transferência a letra de câmbio.
O endosso responsabiliza solidariamente o endossante ao pagamento do crédito descrito na cártula caso o sacado e sacador não efetuem o pagamento. Portanto, se o devedor entregar a seu credor um título, por mera tradição e sem endosso, não estará vinculado ao pagamento deste crédito caso as outras partes se tornem inadimplentes.
O beneficiario, caso não deposite o cheque no banco (saque estático), decida “passar pra frente” (endosso) é o primerio endossante (quem assina), quem recebe é endossatário, caso essa pessoa decida passar pra frente se torna endossante (será endossatário e endossante) e assim sucessivamente até que seja depositado. Depende do ponto de vista o sujeito no endosso, à partir do beneficirio, possuem duas nominações, endossatário e endossante. Endosso = transferir pagando. 
Sacador Beneficiário (primeiro endossante) endossatário 
 endossante endossatário 
 endossante assim por diante..
Exemplo: beneficiário endossa cheque para A que endossa para B que endossa para C e que endossa para D. Se o D depositar o cheque e não houver fundos (inadimplemento) ele pode estrar com ação com os sujeitos anteriores, caso B pague o valor, desonera a dívida com C e D, no entanto B pode entrar com ação de regresso contra A. 
A unica forma de “derrubar todo o dominó” é quando o cheque é sacado e tem fundos, na teoria, o sacador pagou o valor, não houve inadimplemento. 
· Conceito: o endosso é o instituto especifico do direito cambial pago a transferência do crédito, que além de transferir obriga o endossante ao pagamento.
Os títulos de crédito foram pensados para circular, por tanto, é o beneficiário, seja na promessa ou na ordem de pagamento, que decide se o título permanecerá estático ou se será circulante e por obviedade, o primeiro endossante de um título é sempre o beneficiário 
Os endossos clássicos ou próprios, tem uma classificação que leva em consideração a identificação ou não do endossatário (quem recebe): 
a) Endosso em branco, vazio ou ao portador – quando apenas constar a assinatura do endossante, sem qualquer indicação de quem seja o endossatário. Deverá este ser feito sempre no verso do título e se tornará um título ao portador. Não está identificado o endossatário (só assina, não coloca para quem está passando o cheque)
b) Endosso em preto, cheio ou nominal – quando na própria letra traz a indicação do endossatário do crédito. É aquele que identifica o nome do endossatário 
Pode começar em branco, depois ser em preto e assim por diante. 
Título nominal transfere – à ordem 
 “trancado” – ou não a ordem – cessão civil (endosso sem garantia) – é como se tivesse proibido de endossar, mas a pessoa ainda pode transferir mas por cessão civil e não endosso, a diferença é que não se garante o pagamento
· Classificações doutrinárias de endosso:
- Endosso próprio: Transfere ao endossatário não só a titularidade do crédito como também o exercício de seus direitos.
- Endosso impróprio: – caução garantia ou penhor
 – procuração ou mandato 
Entregar o título como garantia, o credor aceita o título do devedor como garantia do pagamento e depois do prazo combinado, caso haja o devido pagamento o título volta para pessoa que o entregou
Parece um endosso por ter entregado o título a alguém, mas não é, pois não houve uma real transferência, apenas uma garantia. 
Difere do anterior uma vez que não transfere a titularidade do crédito, mas tão somente o exercício de seus direitos. Este se subdivide em:
Endosso-mandato ou endosso-procuração: permite que o endossatário haja como representante do endossante, podendo exercer os direitos inerentes ao título. É um contrato de mandato e a produção é o instrumento jurídico pelo qual se transfere o direito. É parecido com o endosso, mas não é necessariamente.
Endosso-caução ou pignoratício: figura como mera garantia ao endossatário de uma dívida do endossante para com ele. Deve sempre conter a cláusula: “valor em garantia” ou “valor em penhor”. Tendo, portanto, o endossante cumprido a obrigação para a qual se destinou a garantia, poderá rever o título de crédito.
Há dois tipos de operações no direito empresarial, especificamente cambial que se assemelham ao endosso, mas não tem natureza jurídica de endosso. O endosso caução, garantia ou penhor é aquele em que o devedor transfere o título para o credor para garantir a dívida entre eles, de modo que o credor fica em posse do título até que o devedor venha paga-lo e o credor devolverá o título.
Já o endosso procuração, mandato ou poderes é aquele em que o próprio papel do título passo poderes para que outro receba o valor em meu nome. Não haveria impedimento nenhum que a procuração fosse feita em papel separado. 
- mandado – ordem do juiz. 
- mandato – contrato 
a. Aval – garantia – o aval é para garantir e não transferir
Fiança é diferente de aval.
Fiança: é acessório; admite benefício de ordem; ou direito exceção 
Aval: independente automático; não admite benefício de ordem. 
O avalista surge da negociação, geralmente conhecida por ambas as partes, que possui boa saúde financeira. O avalista surge para dar uma dupla garantia, além do endosso. Assina por aval (em preto ou em branco). 
Só pode entrar com ação de regresso sob quem avalizou. Aval não aceita arrependimento. 
Presunção da jurisprudência: assinou atrás e não colocou nada é endosso, assinou na frente e não assinou nada é aval. 
CONCEITO: Versa o art. 30 da LU, "o pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval". Com isso estabelece-se que aval é a garantia cambial, pela qual terceiro (avalista) firma para com o avalizado, se responsabilizando pelo cumprimento do pagamento do título se este último não o fizer.
Poderá o aval se apresentar:
- em preto: indica o avalizado nominalmente;
- em branco: não indica expressamente o avalizado, considerando o sacador como o mesmo.
É permitido o aval parcial ou limitado, segundo o art. 30 da Lei Uniforme.
O aval difere da fiança pelo fato desta última se caracterizarem contratos cíveis e não sob títulos de crédito, como a primeira, e o aval não tem benefício de ordem ou direito de excussão, pois é autônomo e independente. 
PERGUNTA: para eu provar um título é necessário protestar? Não - a função do protesto é coagir alguém a pagar, pois a partir o momento do protesto o nome fica “sujo” no Serasa e no SPC, em cinco dias após o protesto se a dívida for paga o nome não é encaminhado ao Serasa e SPC (é feito um aviso), depois desse prazo se não pago o nome é enviado e só fica “limpo” após o pagamento da dívida, nesse meio tempo o valor aumenta. O protesto só é obrigatório se você quiser cobrar endossantes e avalistas. 
Protesto – é meio de coerção de pagamento de dívidas, previsto em lei especial (Lei 9.492/97) que dá publicidade a dívida, chamando o devedor no cartório de protesto para pagamento do título, acrescido de taxa no tríduo legal (3 dias) e caso não pague será feito ou tirado o protesto, e neste caso a taxa é maior para o devedor e seu nome será encaminhado aos órgãos de proteção de crédito (principais – Serasa e SPC). Só pode ficar negativado por 5 anos, da data que o nome entrou – prescrição de casa negativação (3 negativações são 3 prazos diferentes de prescrição). 
O protesto só é obrigatório para a cobrança dos co-devedores que são avalistas e endossantes, por tanto, contra o sacador que é o devedor principal não há obrigatoriedade. 
b. Formas de cobrança do título 
1 – o atual CPC privilegia as formas alternativas de solução de conflitos especialmente a conciliação e mediação, e esta audiência acontece já no início do processo. É possível até que as partes façam um acordo sem inicial um processo.
2 – se o acordo não acontecer, durante o prazo de prescrição do título, a cobrança em juíza é feita por meio do processo de execução, que já parte de uma certeza do direito que está escrito no título, sendo na verdade uma maneira de retirar bens do devedor à força para o pagamento. 
· Regra jurisdição
Ação de cobrança dos títulos de crédito – é gênero não está previsto assim no código 
Ação de? - o que dá nome a uma ação é o pedido mediato. Se for ação de divórcio, o nome será ação de divórcio. 
O termo cobrança é termo genérico usado na linguagem corriqueira e se usado na linguagem jurídica significa gênero que na realidade será: pedido condenatório, ação de execução, ação monitoria e etc. Os elementos da ação, que pertencem a teoria geral do processo são três: 
a) Partes 
b) Pedido - sempre se subdivide em imediato (que é a procedência) e mediado (que é o bem da vida desejado pelo autor). De forma que o imediato é sempre igual, sendo o variante o mediato, e é este que dá o nome da ação
c) Causa de pedir 
Formas alternativas da solução de litígios 
No estudo processual contemporâneo, antes de se considerar a jurisdição como forma de solução, é necessário privilegiar as formas alternativas de solução de litígios, que estão previstas na CF e CPC, que são: 
a. Autotutela – “fazer justiça com as próprias mãos”, exemplo, legitima defesa da posse; penhor legal 
b. Auto composição – que classicamente era conhecida com transação, desistência ou reconhecimento e que foi complementada pela lei nacional de conciliação de mediação (lei 13.140/2015), e que atualmente tem agregado mais uma forma de solução chamada constelação (resolução 225 CNJ – justiça restaurativa), que pode ser aplicada na área de família, empresarial e outras sem limitação. Nessa modalidade as partes chegam a uma conclusão “ou entramos com um acordo (partes abrindo mão) ou o autor desistia, ou o réu reconhece o que deve”. Há um empoderamento das partes, eles entram em um acordo, é bem melhor que a jurisdição, pois é mais fácil cumprir algo que concordaram do que uma decisão imposta pelo juiz, que muitas vezes pode não ser a desejada pela parte. 
A audiência de conciliação e mediação, não era feita no início, antes da reforma do CPC, isso dificultava o acordo, pois o processo estava mais próximo da sentença, não valeria a pena para as partes entrarem em acordo naquele momento. Agora, após a reforma, a audiência para acordo ocorre antes de se inicial o processo – audiência de mediação ou conciliação. Mediação envolve aspecto psicológico se torna mais difícil um acordo (método sessão de constelação).
c. Arbitragem 9.3017/96 – um terceiro com habilidade de resolução decide o conflito, sempre existiu no Brasil, mas o grande problema é que sua aplicação é rara em razão do valor. 
d. CPC/93 x negócio jurídico processual – 190 NCPCP – as partes podem desde que disponíveis, decidir como serão resolvido os conflitos futuros de determinada relação jurídica, limitando, por exemplo, uma clausula no contrato que estabeleça que caso o litigio vá para uma segunda instância, ambas desistiram e entraram em acordo – não pode inibir a jurisdição do juiz, a intenção é resolver o conflito. 
Estrutura clássica do processo judicial:
1 audiência fase recursal fase de cumprimento de sentença
 Processo de conhecimento	tem J – coisa julgada
Estrutura extrajudicial
2 
 Processo de execução (melhor que o de conhecimento, vai direto ao pagamento)
Os títulos de crédito próprios que são: letra de cambio (LC), nota promissória (MB), cheque e duplicata, são por lei títulos executivos extrajudiciais, o que possibilita a cobrança judicial deles por meio do processo de execução, no qual não se discute de quem é o direito, pois este já está materializado na cártula (documento), de forma que o papel do juiz é o de proporcionar, dentro da lei, medida coercitivas para que o devedor cumpra o previsto no título. 
No novo CPC no artigo 139, inciso 4, dá poderes ao juiz de, desde que requerido conceder soluções atípicas (não está na lei) para coagir o devedor ao pagamento – como prender CNH, passaporte ou cartão de crédito. 
A outra maneira de ingressar em juízo e pelo processo de conhecimento e este parte de um conflito ou uma incerteza, para que o juiz na sentença decida, criando o título executivo judicial, que somente será estável depois do transito em julgado e daí a parte vencedora pode entrar na fase de cumprimento de sentença.
Título executivo judicial – cumprimento de sentença 
Título executivo extrajudial – execução 
O processo de execução tem que ser interposto durante o prazo prescricional, que varia de seis meses a três anos nos títulos de crédito. Tem salvação para título prescrito? Sim a ação monitória. 
O título prescrito pode ser cobrado judicialmente por ação monitória, que foi uma ação coloca no sistema após o CPC de 73 estar pronto, que exige um começo de prova escrita que o prazo de prescrição já tenha passado, só que os tribunais tem exigido a demonstração da causa do negócio jurídico.
2. LETRA DE CÂMBIO
· Saque
Este instituto somente será encontrado pela emissão de letras de câmbio, já que estas são ordens de pagamento que, por meio do saque, criam três situações jurídicas distintas, sendo estas: a figura do sacador, o qual dá a ordem de pagamento e que determina a quantia que deve ser paga; a figura do sacado, àquele para quem a ordem é dirigida, o qual deve realizar o pagamento dentro das condições estabelecidas; e, por último, o tomador, credor da quantia mencionada no título.
Saque, portanto, é o ato de criação, ou seja, da emissão da letra de câmbio. Neste sentido, a letra de câmbio é uma ordem de pagamento, no qual o sacador emite a ordem, para que o sacado pague e o tomador se beneficie. O saque autoriza o tomador a procurar o sacado para, ocorridas determinadas condições, poder receber a quantia no título, e vincula o sacador ao pagamento da letra de câmbio.
Na hipótese em que o sacado não pague o valor mencionado na letra de câmbio ao tomador, poderá o tomador cobrar o valor do sacador, na medida em que este, ao praticar o saque, tornou-se codevedor.
Letra de cambio, cheque e duplicata possuem a mesma estrutura (nota promissória é diferente): Exemplo: João deve para Maria, ao mesmo tempo o Antônio devepara João, a letra de câmbio propõe que o João, que é a única ligação entre os demais sujeitos e ao mesmo tempo é devedor e credor, sai de cena e ordene que Antônio pague diretamente a Maria, quitando as obrigações. Mas Antônio pode aceitar isso ou não, no Brasil as pessoas não acreditam na boa-fé, em razão disso, essa prática não “pegou” na cultura do Brasil. A Maria também não é obrigada a aceitar, mas como é credora da relação provavelmente aceitará a proposta pensando na Garantia de recebimento. 
Em razão dessa não adequação na cultura, foi criada a duplicada no Brasil, um título com identificação, que traz mais segurança às partes e depois foi criado o cheque, mas o fato do banco substituir o Antônio na relação não torna o título mais seguro, pois só ocorre o pagamento se houver fundos suficientes. 
1 – histórico: não há certeza se o primeiro título a existir foi a letra de câmbio ou a promissória, fato é que a maioria dos autores colocará a letra de câmbio como a mais antiga. O grande avanço deste título foi o de proteger as viagens e permitir a rápida troca do câmbio, razão pela qual é conhecida como câmbio trajetício ou cambial trajetícia, tudo isso por que ao se materializar numa cártula uma obrigação que era apenas verbal trouxe segurança, principalmente se o título era nominal. 
2 – utilização no Brasil – boa-fé: a lei da letra de câmbio apesar de antiga, em desuso, continua em vigor, de maneira que seria plenamente possível utiliza-la nos dias atuais. A maioria dos doutrinadores, justifica o desuso a falta de boa-fé objetiva do sacado que fica em dúvida em participar da relação e estar pagando bem, lembrando que o aceite do sacado é facultativo. 
3 – saque da letra: a palavra saque é sinônimo de emissão e obviamente em razão desta palavra derivam os participantes da relação sacador, sacado e beneficiário ou tomador. É um título de modelo livre, mas que para ter validade necessita da observância dos requisitos previstos em lei, que neste caso são oito: 
a) Expressão letra de cambio
b) Ordem incondicional de pagar quantia determinada – não pode ter condição, termo ou encargo. Tem que ser quantia, não pode ser algo um objeto diferente do que se deve (pagar com sacas de arroz, a pessoa pode até aceitar esse pagamento mas não será feito com título de câmbio). 
c) Nome do sacado
d) Nome do tomador
e) Assinatura do sacador
f) Data do saque
g) Lugar de pagamento ou a menção de um lugar junto ao nome do sacado 
h) Lugar de saque ou menção de um lugar junto ao nome do sacador. 
No mundo teórico a previsão é de que os títulos fossem sacados com todos os requisitos, porém na vida real são emitidos com lacunas e até erros (isso veio para permitir a cobrança). A súmula 387 do STF e o artigo 891 do CC deixam claro que se houver omissão ou o título estiver incompleto porém tais situações forem sanadas (resolvidas) antes do pagamento ou do protesto ou ainda da execução o título é válido. 
· Aceite 
É por meio deste que o sacado se compromete ao pagamento do título ao beneficiário, na data do vencimento. Para que seja válido este aceite deverá conter o nome e assinatura do aceitante. Importante frisar que, se este aceite se der no verso do título, deverá acompanhar a palavra "aceito" ou "aceitamos", para que não se confunda com endosso; mas se no anverso do título, bastará a assinatura do aceitante.
Só existe aceite do sacado, por tanto, na promessa de pagamento não existe o aceite – não existe aceita na nota promissória (só tem a figura do sacador e beneficiário), só existe aceite quando existir a figura do sacado, casos de letra de câmbio, cheque e duplicata.
O aceite tem que obedecer o princípio da carturalidade de maneira que tem que ser expresso – tem que escrever no papel se aceita ou não participar da letra de câmbio. 
É necessária a manifestação de vontade do sacado, porém, na letra de câmbio o aceite é um ato facultativo que deve estar expresso preferencialmente pelas palavras, aceito ou recuso, mas doutrina e jurisprudência entendem ser possível expressões sinônimas, ainda que com erros de português, para demonstrar a intenção do sacado 
É possível aceite e/ou recusa parcial já que a dívida do sacado com o sacador pode não ser do mesmo valor da que o sacador tem com o beneficiário. 
Havendo endossantes neste título, deverão estes responder como devedores cambiários solidários e, assim sendo, deverão pagar o que estabelece o título ao beneficiário, caso o sacado não o aceite. O aceite é facultativo, porém irretratável, porém passível de nulidade ou anulação (nos outros títulos o aceite é obrigatório). No cheque é obrigatório, desde que dinheiro. Na duplicata é obrigatório desde que art. 8º letra de câmbio. 
O aceite deverá ser puro e simples, não podendo ser condicionado, não pode haver nenhuma condição nos títulos de crédito, exemplo, só vou te pagar se aquela herança chegar. Se houver condição, considera-se essa parte não escrita, e o aceite valerá. Não pode constar no título ao invés de dinheiro algum objeto, exemplo, sacas de café, mas na prática ocorre. No título a quitação deve ser feita em reais, mas na prática muitas vezes a quitação é feita em dólares ou euro. 
Como a letra de câmbio depende da boa-fé do sacado e este muitas vezes não aceita por receio, a legislação brasileira prevê que no cheque o aceite do sacado é obrigatório, desde que tenha fundo no banco. E na duplicata o aceite é obrigatório sendo que só pode haver recusa por escrito e por motivos justificados tais como: produto diferente, produto avariado ou quebrado, não cumprimento da prestação de serviço no prazo e etc. 
Uma vez sacada a letra de câmbio não pode o beneficiário fingir que foi atrás do sacado, pra voltar e cobrar o sacador. De maneira que para que se tenha certeza do comportamento do sacado é obrigatório levar o título a protesto por falta de aceite, cujo a ideia é trazer o sacado no cartório para que ele se manifeste pelo aceito ou pela recusa, por que o ato é facultativo. O não comparecimento do sacado leva ao entendimento de que houve recusa tácita ou implícita. 
O sacado se aceitar passa a ser o devedor principal do título; por óbvio que se ele recusar o devedor principal volta a ser o sacador. 
O aceite como já dito é instituto ligado ao sacado, que pode ser total, se não houver nenhuma restrição no título, ou parcial equivalendo a recusa parcial, é necessário consignar no título a limitação ou a modificação do aceite, sob pena de entendimento que o aceite foi total. 
Por tanto, aceite limitativo é aquele em que o sacado aceita parte do título (valor – tudo é parcial, até o valor limite) ou o aceite é modificativo, alterando outro item que não o valor (ex. data ou lugar). Não é possível que o sacado condicione ou altere o objeto do pagamento, por tanto, sempre nos títulos o objeto é quantia determinada e a promessa é incondicional.
A letra de câmbio por lei tem quatro tipos de vencimento 
i. Letra com dia certo (exemplo: saque/emissão 16.09.2019 e vencimento 16.11.2019)
ii. Letra à vista 
iii. Letra a certo termo da vista: (saque 16/09/2019 - vencimento 3 meses a contar da vista, quem dá visto é o sacado). Por lei o beneficiário tem um ano para colher o visto do sacado. Se o beneficiário apresentar-se para visto do sacado na própria data de vencimento, a lei permite que ele faça uso do prazo de respiro, ou seja, 24h para o pagamento válido. Quando o beneficiário entrega o título para o aceito do visto é obrigatória a devolução pelo sacado, inclusive a retenção é crime de apropriação indébita artigo 168 CP. 
iv. Letra a certo termo da data: (saque 16/2019, vencimento em dois meses).
Prazo para apresentação e pagamento: 
- À vista – 1 ano a partir da emissão do título
- 168 CP apropriação indébita – devolução imediata. 24h “prazo de respiro”. Prazo de respiro é o prazo de um dia dado em virtude da primeira apresentação do título para aceite do sacado. De acordo com o art. 24 da LU: "o sacado pode pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeiraapresentação".
- Prescrição execução: 3 anos (por isso é melhor para garantia que o cheque, pois o cheque tem prazo de 6 meses e os títulos de 3 anos). 
· Exercício 
PREENCHER O TÍTULO COM AS INFORMAÇÕES:
SACADOR: Roberto Andrade - única ligação entre Maria e Joaquim (devedor de Joaquim)
SACADO: Maria das Dores (devedora de Roberto)
BENEFICIÁRIO OU TOMADOR: Joaquim Rangel 
VALOR: 4.000,00 (quatro mil reais)
SAQUE: 16.09.2019 em Ribeirão Preto/SP
VENCIMENTO: a dia certo 16.11.2019
LOCAL DE PAGAMENTO: UNAERP – sala 34 B – ala direito. 
APRESENTAÇÃO: 4 meses
DEMAIS DADOS: XXX
3. NOTA PROMISSÓRIA 
1 – é o único título próprio cuja a estrutura é uma promessa de pagamento, por tanto, envolvendo duas pessoas e uma relação jurídica. 
2 – é título de modelo livre que por tanto, pode ser sacado em qualquer suporte físico, desde que contenha os requisitos da lei. Há a figura do devedor (sacador, emitente, subscritor) que promete ao credor (beneficiário ou tomador)
3 – a promissória é título abstrato ou não causal, ou seja, uma vez materializada a promessa no título, desvincula-se da causa e pode ser cobrada judicialmente por processo de execução durante o prazo prescricional que é de 3 anos. 
4 – Requisitos (art. 75 Lei Uniforme de Genebra - LU). A nota promissória é título de modelo livre, porém tem que obedecer no mínimo aos seis requisitos da lei uniforme, valendo acrescentar as seguintes observações:
i. É válida a NP ao portador por que a súmula 387 do STF permite que ela seja completada posterior, desde que antes do protesto, do pagamento ou da execução (colocar data retroativa, caso tenha esquecido de colocar na hora do preenchimento)
ii. Doutrina e jurisprudência entendem que a identificação do subscritor e tomador deve ser feita de maneira mais completa possível 
iii. Se não houver data de vencimento a NP é considerada à vista 
a) Expressão nota promissória – em qualquer lugar 
b) Promessa incondicional de pagamento de quantia determinada – não pode ter termo, encargo ou condição. Não pode ser colocado no título outra forma de pagamento além de dinheiro, na vida real as pessoas pagam com outros bens, como sacas de café, mas não se coloca no título, deve ser valor exato. 
c) Nome do tomador
d) Data do saque
e) Assinatura do subscritor 
f) Lugar do saque ou a menção de um lugar junto ao nome do subscrito 
5 – é comum que a promissória seja utilizada como caução ou garantia de outro negócio jurídico, que pode ser desde um aluguel de roupa até parcelas vincendas de um contrato de compra e venda de bem imóvel (mais comum, mas também pode ser móvel). No último caso, vincula-se expressamente a parcela do contrato a àquela promissória e vice versa, de maneira que um título que foi criado como não causal ou abstrato pela lei, pode por vontade das partes tornar-se causal, o que não pode permitir a dupla cobrança. 
EXERCÍCIOS
Devedor: Maria
Credor: Henrique
Data saque: 25/09/2019 (não tem local nesse título para colocar, mas poderia colocar) 
Vencimento: 04/12/2020
Local de pagamento: praça XV Ribeirão Preto/SP
R$ 3.529,37
ROTEIRO DE PROVA – introdução e nota promissória (ler artigos 887 ao 926 CC)
1. Teoria geral:
a) Histórico e origem dos títulos de crédito
b) O código civil de 2002 e títulos de crédito (art. 887 a 926) – o primeiro código e o comercial até hoje em vigor, em 2002 o legislador colocou esse código dentro do código civil 
c) Conceito de título – art. 887 
d) Princípios: cartularidade, literalidade e autonomia 
e) Estrutura do título: ordem de pagamento e promessa de pagamento ** 
f) Modelo: livre ou vinculado 
g) Formas de circulação – título ao portador que circula por mera tradição e títulos nominais que circula por endosso ou cessão civil (quem decide se ficará estático ou vai circular é o beneficiário, primeiro endossante). 
h) Quanto as hipóteses de emissão: são causais ou não abstratos ou não causais e abstratos – de nascença pela lei o único título causal é a duplicata, cheque, nota promissória e letra de câmbio nascem livre, sem causa, mas podem ser vinculados ao negocio
i) Diferença entre endosso e cessão civil – endosso em branco ou em preto e endossos impróprios: mandato e caução 
j) Diferença entre aval e fiança 
k) Conceito de aceite, sacado e o fato de ser facultativo ou obrigatório. – aceite é facultativo só na letra de cambio, nos outros títulos ele é obrigatório, na nota promissória não tem aceite. 
l) Protesto e sua obrigatoriedade 
m) Desmaterialização do títulos – títulos eletrônicos 
2. Nota promissória 
a) Conceito 
b) Emissão ou saque – requisitos 
c) Causalidade da MP 
· Ler caderno, livro e lei seca. 
MATÉRIA EXAME 
CHEQUE
1. Ordem de pagamento
O cheque tem a estrutura de ordem de pagamento, tendo por tanto, três figuras envolvidas: sacador ou emitente (quem emite o cheque – assinatura), sacado que é sempre banco ou instituição financeira (canto esquerdo do título) e beneficiário ou credor. 
Na vida real sacador e sacado tem uma relação contratual, de liberalidade e o sacador tem relação com o beneficiário que é o seu credor.
O sacado, banco, somente aceita fazer o pagamento se houver dinheiro ou fundos em conta, e não há pagamento parcial do título. Por tanto, o aceite do sacado no cheque depende da existência de fundos e não pode ser parcial como na teoria geral. 
O cheque é título de modelo vinculado, e o papel do talonário ou talão tem regras determinadas pelo banco central. 
Não é obrigatória a aceitação do cheque, porém pelo CDC o aviso da não aceitação deve ser prévio e ostensivo, e caso o estabelecimento aceite cheques não pode fazer exigência de tempo de abertura de conta corrente. 
É permitido ao beneficiário consultar em sistemas próprios se o sacador tem inscrições em órgãos de proteção do crédito (CPC e SERASA), sendo que, se houver alguma situação que permite a recusa o aviso ao consumidor deve ser feito de maneira não vexatória. 
O cheque pela lei é um título à vista, porém no Brasil o costume é que ele seja utilizado para pagamentos futuros, comumente chamado de pré-datado e na jurisprudência e doutrina pós datado – melhor exemplo de costume contra a lei (costume contra legem) e que é admitido pelo ordenamento. 
O aceite não pode ser parcial ou modificativo – o aceite é obrigatório condicionado a fundos e não aceita ser modificado 
SACADOR/EMITENTE: Fulano da Silva
SACADO: Banco Exemplo S/A
CREDOR/BENEFICIÁRIO: Beltrano Oliveira
2. Pós-datado (pré-datado) 
O pré-datado é valido feito em qualquer lugar do título, é costume colocar a data na parte de baixo, mas não há um lugar especifico, obrigatório, é valido em qualquer lugar. Mas é necessário tomar cuidado, pois cheque sem data se considera à vista. 
Existe uma previsão legal que a jurisprudência majoritária não concorda, que diz que mesmo o cheque sendo pré-datado, se apresentado no banco deverá ser pago por se tratar de um título à vista. 
A lei do cheque prevê que o título e para pagamento a vista, somente se considerando quitado após a compensação, porém, é costume contra a lei utilizar o cheque como título para pagamento a prazo e este costume é reconhecido pelos tribunais e doutrina. 
O prazo prescricional do cheque é de 6 meses, mas o início da contagem de 6 meses é diferente se o cheque for de mesma praça 30 dias mais 6 meses; e se de praças diferentes 60 dias mais 6 meses (dá mais tempo neste caso, pois quando o cheque foi criado, a diferença de cidades dificultava a cobrança). 
A confrontação de praça que é sinônimo de cidade é feita entre local do banco sacado e local de emissão. 
É importante que a pré-datação seja escrita na própria cártula, sob pena de o beneficiário arrancar o papel avulso (chamado de bom para ou chorão) e o sacador não ter como comprovar que houve negócio jurídico que permitia o prazo (vale lembrar que os novos meios de prova, como vídeo de captação de áudio, podem alterar alguns dogmas como o princípio da cartularidade – sendo isso permitido em razão do princípio da busca da verdade real). 
O banco para pagamento do chequeleva em consideração a data de emissão de maneira que ainda que o cheque esteja pré-datado pode ser pago pelo banco e neste caso por quebra de confiança ou contrato poderá o sacador ingressar com ação de danos matérias e/ou morais contra o beneficiário e haverá indenização ainda que somente moral de no mínimo R$ 5.000,00.
3. Endosso no cheque 
Pela lei do cheque nunca houve limitação no número de endossos, na vigência da lei que criou a CPMF a própria lei limitou a um endosso forçando dessa maneira o título a entrar no banco para sobre ele incidir o tributo, com o fim do tributo não há mais limitação no número dos endossos. 
4. Tipos de cheque 
a) Cheque nominal: é aquele que identifica o beneficiário – e a lei prevê o preenchimento completo do cheque, as partes é que entram em acordo e deixam em branco. 
b) Cheque cruzado: é a colocação de duas linhas paralelas e transversais que obrigam o beneficiário ao depósito, impedindo desta maneira o resgate, saque, ou desconto na boca do caixa.
c) Cheque administrativo: é um produto que o cliente (correntista) compra do banco para provar ao beneficiário que o dinheiro realmente existe, e a operação é a seguinte: o valor da conta corrente é transferido para o banco e o banco é o sacador do cheque. 
d) Cheque visado: é aquele em que o gerente da conta vista o cheque garantindo que o dinheiro ficará disponível e bloqueado na conta durante o prazo de apresentação (30 na mesma praça e 60 praça diferente). 
SUSTAÇÃO 
1. Sustação = contraordem= necessidade de motivação?
A sustação só pode ser efetiva até o pagamento
Se a natureza jurídica do cheque é de ordem de pagamento é plenamente possível que o emitente sacador, antes do pagamento do cheque, de maneira expressa, por meio escrito, pode dar uma contraordem, também chamada sustação, e o banco sacado não pode exigir comprovação da motivação alegada pela sacador.
A sustação apenas bloqueia o título, não tendo qualquer relação com o negócio jurídico que o gerou. 
Alguns bancos, maioria deles, cobra por sustação, se for furto ou roubo comprovado por B.O está isento da taxa. Os banco, com o central, possuem tabela de preço dessas taxas. 
2. Prescrição = 30 dias + 6 meses} execução (mesma praça)
 60 dias + 6 meses} execução (praças diferentes) 
Especificamente no cheque a prescrição para o ingresso de ação de execução é de 6 meses a contar do termino do prazo de apresentação, que pode ser de 30 dias se de mesma praça ou 60 dias se de praças diferentes. 
Na lei do cheque a expressa previsão, em vigência da ação da vedação ao locupletamento ou enriquecimento ilícito que tem prazo prescricional de 2 anos e começa a contra o prazo ao fim da prescrição da execução (essa ação já era o embrião da monitoria, porem essa ação atualmente foi “esquecida” ou “englobada” pelo uso da monitoria que é prevista desde 2001, com prazo maior de prescrição que é de 5 anos, e pela súmula 503 STF o prazo da monitoria começa sua contagem a partir do dia seguinte da data de emissão que está no título). A ação da lei do cheque, a semelhança da monitoria, dispensa a explicação da causa ou motivo do negócio, porém o STF, por entendimento jurisprudencial exige a demonstração de causa na monitoria. 
DUPLICATA
Último título próprio;
Recebe em casa algo que representa a duplicata, não a própria duplicata;
 
O SACADOR É A MESMA PESSOA QUE O BENEFICIÁRIO!
O ACEITE É OBRIGATÓRIO!
Aqui o aceite é a regra, você não aceitar é a exceção da exceção! 
Só não vai aceitar se tiver um motivo justo e por escrito! Exemplo: pediu 40l de shampoo e veio 40l de condicionador. Não aceita e justifica de acordo com o que foi pedido. 
1- É título próprio, de criação brasileira, para ocupar o lugar da letra de câmbio, que não foi utilizada no Brasil PORQUE O ACEITE DO SACADO NESTA É FACULTATIVO – A GRANDE DIFERENÇA DA DUPLICATA É QUE O ACEITE DO SACADO É OBRIGATÓRIO, SENDO A RECUSA EXCEÇÃO. Na década de 60, funcionou também como instrumento de fiscalização tributária, já que por ser um título de nascença ou nascimento causal, sempre deve existir anteriormente uma nota fiscal, que no passado chamava-se nota “fiscal fatura”.
2- A duplicata somente pode ser emitida em dois negócios jurídicos: 1 compra e venda, 2 prestação de serviço, os demais títulos podem ser emitidos para qualquer tipo de negócio. 
3- Se o sacado que é o devedor não concordar com a duplicata pode fazer a recusa, motivada e por escrito (quando nós compramos algo fora do estabelecimento, o código de consumidor dá o direito de devolver o item em 7 dias úteis sem motivo)
4- Na década de 60 era feita por carta epistolar havia perda e extravio do título, razão pela qual a lei prevê a emissão de triplicata, que é igual ao primeiro título. Não é obrigatório que o empresário emita duplicata, mas se o fizer tem que manter obrigatoriamente o livro registro de duplicatas. 
*Filósofo Harari – Ditadura Digital
5- Se o empresário optar pela emissão de duplicatas, que é título de modelo vinculado, passa a ser obrigatório o livro “Registro de Duplicata”. É possível, então, a partir das informações desse livro, recriar o título com o nome de triplicata.
- Na nota fiscal, quando a mercadoria é enviada ao comprador, é costume assinar-se o canhoto da primeira via, que comprova o recebimento, entregando-se a nota fiscal ao comprador e retendo o canhoto.
É possível (já está pacificado pelo STJ) o protesto do canhoto acompanhado das informações do livro “Registro de DUPLICATA”. Na vida real é mais comum o vendedor emitir uma triplicata e leva-la ao protesto, do que protestar os canhotos.
6- A execução da duplicata tem de ser obrigatoriamente acompanhada da nota fiscal e o prazo prescricional é de 3 anos, a contar da emissão da duplicata.
Para executar, precisa da NF, não adianta só a duplicata.
TITULOS IMPROPRIOS 
1. A nomenclatura improprio é utilizada por que os títulos que não entram nos quatro próprios tem alguma diferença com relação aos princípios (cartularidade, literalidade e autonomia/abstração).
2. Basicamente os títulos impróprios são materializados em cédulas ou notas e de maneira geral as cédulas tem garantia real e as notas não. 
3. Pela doutrina os títulos impróprios foram aglutinados em áreas, exemplo: industrial, exportação, rural e mais recentemente agronegócio – e todos tem em comum o fato do empréstimo ou financiamento ter obrigação de aplicação na área mencionada no título, a única exceção são os títulos bancários que podem ser aplicados em qualquer finalidade. 
4. Os títulos de crédito impróprios e mais antigos (1903) são o conhecimento de depósito e o Warrant (garantia) – no momento em que a mercadoria é depositada em armazéns gerais, que são regulamentados pelo governo, este armazém emite um título que comprova o depósito. É possível que seja emitido um segundo título, com o nome de Warrant que é uma comprovação ou ratificação de que o produto está depositado e que será utilizado como garantia ou penhor de uma outra operação. 
ROTEIRO
1 – emissão: requisitos do cheque 
2 – cheque pré ou pós datado
3 – modalidades de cheque (nominal, administrativo e etc.)
4 – prazo de apresentação e prescrição (30/60 + seis meses)
5 – sustação do cheque 
6 – múltiplos ou variados endossos 
7 – cobrança do cheque prescrito 
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