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Investimento e Depreciação em TI

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INVESTIMENTO X DEPRECIAÇÃO DOS ATIVOS DE TI
Eliezer Cerqueira de Farias
Regivaldo de Jesus Santos
Rogaciano dias dos Santos
Wesley dos Santos Benevides
Prof. Ridis Pereira Ribeiro
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Gestão da Tecnologia da Informação (GTI0211) – Investimento x Depreciação 18/06/2019
RESUMO
O presente resumo visa explanar sobre investimento x depreciação dos ativos de TI, os conceitos, conta um pouco de sua história e de como as organizações e a sociedade tornaram-se dependentes aos equipamentos, bem como o que leva as empresas a investirem em Tecnologia da informação, os tipos de depreciação, Qual a base para se calcular a depreciação de um ativo e quais medidas, um gestor deve tomar para que esta depreciação não se torne um prejuízo para a organização. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, extraindo os assuntos inerentes à Tecnologia da Informação. Em economia, em linhas gerais, investimento significa a aplicação de capital com a expectativa de um benefício futuro, enquanto a depreciação ou desvalorização é o custo ou despesa da obsolescência (avanço tecnológico) dos ativos, como por exemplo, computadores, impressora e projetores. Ao longo do tempo, com a obsolescência natural ou desgaste com uso na produção, os ativos vão perdendo valor e os gestores devem estar atentos a esta situação, para que esta perda de valor dos ativos não se torne um prejuízo real e a organização possa repor o ativo, ao término de sua vida útil.
Palavras-chave: Investimento; Benefício; Depreciação; Desgaste.
1 INTRODUÇÃO
Estamos vivenciando, sem dúvida alguma, a era da tecnologia da informação, onde se torna clara a dependência das pessoas e organizações aos equipamentos tecnológicos e esse fato os levam a investir para ter, ainda que seja o equipamento mais básico, para não ficarem tão distantes, no tempo e espaço. Através da TI, as empresas têm otimizado cada vez mais seus sistemas computacionais, objetivando atender às necessidades de seus clientes no que diz respeito à fabricação de produtos e ao fornecimento de serviços. Portanto, viver sem a tecnologia da informação torna-se um desafio, pois estamos conectados 24 horas por dia, 7dias por semana.
Os computadores foram introduzidos nas empresas e organizações, surgindo assim a TI. Antes da chegada dessas máquinas, os processos de tratamento das informações eram primitivos, datilografavam-se as planilhas, memorandos e tabulações, sendo distribuídas aos funcionários, por meio de malotes. 
	Investimento é a aplicação de capital, visando um retorno satisfatório. O investimento em tecnologia da informação se destaca por proporcionar uma integração entre os setores de uma organização, com maior segurança e o acesso em tempo real às informações. A tecnologia da informação desempenha um papel importante na estratégia, execução, crescimento e expansão frente aos seus concorrentes e consumidores. 
	Falar em investimento é necessário para que as organizações possam avançar em direção ao crescimento é tocar no assunto de que este investimento vai trazer custos, principalmente com os ativos de Tecnologia da Informação, já que sofrerão com a depreciação mensal, principalmente os computadores. Sá e Sá, (1995), define a depreciação como a perda de valor que os ativos sofrem com o tempo ou uso na gestão. Segundo a Secretaria da Receita Federal existe a depreciação fiscal e a gerencial e através de cálculo, é determinado o valor da depreciação mensal dos ativos de uma organização, sendo que, alguns deles, inclusive o computador, não possui uma depreciação residual, sendo que, ao final de sua vida útil, todo valor investido será depreciado. Neste estudo pretende-se esclarecer de que maneira os gestores atuarão para que a depreciação não se torne um prejuízo para a organização.
2 INVESTIMENTO EM TI
	Dentre as novas tecnologias, destaca-se a Tecnologia da Informação (TI), que passou a ser um importante fator competitivo para as organizações (ALBANO, 2001). Partindo do conceito de que investimento é a aplicação de capital, com expectativa de um benefício futuro, através de estudos, é possível afirmar que as empresas investem em tecnologia da informação, em busca de gerenciar a qualidade e integrar todos os sistemas a um único sistema. Logo, conhecer um pouco sobre as tecnologias da informação é o primeiro passo a ser dado pelas empresas para informatizar seus empreendimentos e integrar seus sistemas a um único sistema, tendo como foco, um melhor gerenciamento de processos para tomada de decisões eficazes e eficientes. 
 Adquirir os recursos advindos da tecnologia da informação (TI) é um investimento que as empresas realizam, os quais são aplicados em toda a gestão de processos das organizações, através de máquinas, ferramentas, softwares e treinamento de colaboradores e funcionários. 
Portanto, podemos concluir, conforme o pensamento de SANTOS (2010, p. 21), que a TI está ligada à gestão do conhecimento, o que leva as empresas a investirem nessas áreas constantemente, pois elas precisam desenvolver e inovar seus produtos e serviços continuamente, o que as torna empresas competitivas no mundo dos negócios. Para reduzir custo e aumentar a produtividade, além da inovação tecnológica, é preciso otimizar processos organizacionais, o que leva as empresas a atuarem com mais precisão na era globalizada da informação e do conhecimento, bem como analisar com mais cautela as empresas que fornecem serviços na área de TI, por meio de recursos tecnológicos, objetivando a capacidade provisória no que diz respeito à tomada de decisão no mercado.
As empresas sabem que a tecnologia da informação é um fator estratégico e que, mesmo com o avanço de tais tecnologias, o desafio enfrentado pelas organizações ainda é grande, por exemplo, no que diz respeito à segurança das informações existem custos, portanto, os investimentos nem sempre são pequenos nessa área, pois é preciso alta tecnologia para sua garantia. Conforme Santos e Popadiuk (2010), a era tecnológica implica a gestão do conhecimento, que é uma prática cíclica, onde sua aplicação consiste na criação, inovação e na funcionalidade de produtos e serviços
3 DEPRECIAÇÃO DOS ATIVOS DE TI	
	Depreciação é um assunto da contabilidade que gera grande debate, por não haver uma única definição. Conforme Sá e Sá (1995) que define a depreciação como “o fenômeno contábil que expressa a perda de valor que os bens imobilizados sofrem no tempo, por força de seu emprego na gestão e/ou perda de valor pelo seu uso. Essa perda de valor está ligada a duas razões distintas que são: desgaste ou obsolescência, onde o desgaste é a perda de valor, em decorrência do uso, enquanto a defasagem tecnológica é que determina obsolescência do ativo. O Comitê de Terminologia do American Institute of Accountants (AIA), em 1942, definiu depreciação como método sistemático e racional de alocação de custos aos períodos nos quais os benefícios são recebidos e Segundo a NBC T 19.1 - Ativo Imobilizado, depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil, ou seja, o registro da redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
	Tanto quanto aos conceitos, existem também, tipos de depreciação, como a fiscal e a gerencial, sendo que o interessante aqui é mostrar o primeiro tipo. A tabela abaixo, baseada em dados de tempo de uso determinado pela secretaria da Receita Federal, mostra a depreciação de alguns ativos imobilizados e como calcular a depreciação fiscal. Para encontrar a depreciação fiscal mensal, divide os meses, pelo valor de aquisição do bem. Entre os bens demonstrados abaixo está o computador, que tem uma depreciação fiscal ou contábil, onde o seu valor é reduzido a zero (R$ 0,00) após determinado período de tempo. 
	
TABELA 1- Depreciação Fiscal ou Contábil de um bem.
	BENS
	VALOR DE AQUISIÇÃO
	VIDA ÚTIL EM MESES
	VIDA ÚTIL EM ANOS
	DEPRECIAÇÃO FISCAL MENSALMÁQUINAS
	100.000,00
	120
	10
	833,33
	MÓVEIS
	7.000,00
	120
	10
	58,33
	COMPUTADORES
	10.000,00
	60
	5
	166,67
FONTE: Secretaria da Receita Federal
	Os equipamentos tecnológicos, devido a sua depreciação, devem ser substituídos, para que garantam a continuidade dos serviços prestados pela organização, evitando gastos com manutenção. Alguns autores destacam a apuração da depreciação na administração do imobilizado, pois, ela registra o desgaste dos bens, se bem alocada ao custo, pode ajudar a recuperar o valor investido. Entretanto, Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007) destacam que a empresa precisa gerar lucro suficiente para cobrir as despesas e os custos, inclusive este da depreciação apurada, para então assegurar-se da recuperação parcial do investimento.
	As empresas podem gerar fundos para investimentos em renovação tecnológica de seus maquinários e equipamentos, através da apuração da depreciação de seus ativos imobilizados que estão em uso. 
Para tanto é necessário que a informação contábil seja expressa de maneira precisa e correta, pois é a partir dela que o gestor administrativo baseará suas decisões esse convencerá de que a depreciação não representa um desembolso de caixa, no sentido de que a empresa não desembolsa pela despesa de depreciação como o faz para pagar salários e ordenados [...] ela produz fluxos de caixa adicionais para a empresa (GROPPELLI; NIKBAKHT, 1999, p. 33).
Pois, a ela registra que ativos fixos estão sendo desgastados e tornando-se obsoletos (BRIGHAM; GAPENSKI; EHRHARDT, 2001) e “quando as despesas de depreciação aumentam, o fluxo de caixa da empresa melhora, provendo mais fundos para fornecer as suas atividades [...]” (GROPPELLI; NIKBAKHT, 1999).
Quando abordamos assuntos referentes a depreciação já conseguimos analisar alguns critérios importantíssimos pelos quais toda a organização necessita seguir, dentro da gestão de t.i. encontramos uma gama e forte demanda de padrões que precisam acontecer para maior obtenção dos resultados esperados, sendo assim a partir de agora iremos abordar o que chamamos de DEFASAGEM TECNOLOGICA, ou seja, um problema letal que pode acontecer dentro de qualquer organização por não acompanhar a forte tendência das novas tecnologias que surgem, o que causa a perda da competitividade no negócio. Também ressaltamos que nas organizações acontece o que denominamos de sintomas não ignoráveis o que é isso? Sintomas são sinais de alerta que acontecem na vida humana consequentemente resultando em doenças, assim acontece com a empresa também por não elaborar soluções de tecnologia e comunicação, veja alguns exemplos que acontece: reclamações dos colaboradores por gerar insatisfação na utilidade de sua ferramenta de trabalho prejudicando a produtividade, energia mais cara porque os equipamentos antigos consomem mais eletricidade causando o aumento do valor na conta de energia, segurança digital insuficiente simbolizando grande risco na perda de informações da empresa. 
Essa desvalorização ocorre porque com tempo de uso o equipamento sofre um desgaste natural e também porque os dispositivos de T.I ficam defasados em pouco tempo devido aos avanços tecnológicos importante ficar atento a esse processo de depreciação, pois com o tempo os hardwares ficam ineficientes o que impacta na produtividade do equipamento, e também ocasionam defeitos trazendo gastos para a organização.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tecnologia da informação tornou-se um fator estratégico e competitivo entre as organizações e isso impulsionou a aplicação de capital, investimento em equipamentos, ferramentas, software e treinamento de funcionários, na expectativa de sair na frente, em relação à qualificação de produtos e serviços prestados. Para Santos (2017), a presença da tecnologia da informação em nosso mundo físico e virtual é indiscutível, assim, como as vantagens proporcionadas pela mesma. Por outro lado, existe a depreciação, que segundo alguns autores, está associada ao uso, para produzir bens e serviços ou a obsolescência, em relação ao aparecimento de novas tecnologias dos ativos de uma organização. Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007), destacam que a empresa precisa gerar lucro suficiente para cobrir as despesas e os custos, inclusive este da depreciação apurada, para então assegurar-se da recuperação parcial do investimento.
A depreciação é um custo para a organização, mesmo não estando ligada ao desembolso de capital específico. A depreciação também vai de acordo com a forma como o ativo está sendo utilizado, podendo durar muito além do tempo estabelecido pela Secretaria da receita Federal para sua desvalorização. Porém o gestor deve estar atento e apurar este fenômeno, no intuito de que a empresa produza e tenha lucro suficiente para a reposição dos ativos de TI e dar continuidade, com qualidade, na produção e prestação de serviços.
5 CONCLUSÕES
O investimento em tecnologia da informação tornou-se indispensável, como forma de poder na produção e na prestação de serviços das organizações, no contexto de uma sociedade desigual, aumentando a competitividade entre ambas, pois melhora os processos da empresa e a produtividade, reduzindo tempo e custos, na tentativa de dominar os mercados. O investimento em T.I é fundamental para que a empresa se mantenha competitiva, porem deve ser feito de forma consciente, sempre avaliando as necessidades de mudança do parque tecnológico e verificando qual equipamento é necessário para o cenário que será utilizado.
A T.I é importante para segurança dos dados, pois podemos proteger informações importantes, evitando que pessoas mal intencionadas tenha acesso a dados restritos da empresa e também porque computadores ultrapassados tem um risco maior de sofrer ataques por conta dos softwares instalados, pois muitas vezes o hardware da máquina não consegue acompanhar a evolução do software e acaba perdendo atualizações importantes que ajudariam na segurança. Outro fator importante para se investir em T.I é a produtividade do funcionário, pois um computador com hardware antigo e com muito tempo de uso, muitas vezes acaba deixando o profissional desmotivado, pois as atividades demoram a ser executadas devido a lentidão do computador, o que acaba diminuindo o lucro da empresa.
A Depreciação é algo comum nas empresas, os equipamentos de T.I assim como outros materiais perde o valor de mercado com o tempo, e essa desvalorização necessita ser observada para que não ocasione um prejuízo maior na organização. Essa desvalorização ocorre porque com tempo de uso o equipamento sofre um desgaste natural e também porque os dispositivos de T.I ficam defasados em pouco tempo devido aos avanços tecnológicos. É importante ficar atento a esse processo de depreciação, pois com o tempo os hardwares ficam ineficiente o que impacta na produtividade do equipamento, e também ocasionam defeitos trazendo gastos para a organização.
As tecnologias possuem tempo curto de uso e o investimento deve ser analisado com base no tempo de vida útil para que a empresa esteja preparada para arcar com os custos e aproveite melhor os recursos computacionais que a T.I oferece, mantendo sempre a tecnologia a favor do negócio.
REFERÊNCIAS
SÁ, Antonio Lopes de; SÁ, Ana Maria. Dicionário de Contabilidade. 9a ed. São Paulo: Atlas, 1995.
OLIVEIRA, Álvaro Guimarães. Introdução à Contabilidade - como elaborar demonstrações financeiras analiticamente. São Paulo: Saraiva, 2002.
ALBANO, Cláudio S. Problemas e ações na adoção de novas tecnologias de informação: um estudo em cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado PPGA/EA/UFRGS. Porto Alegre: UFRGS, 2001, 122 p.
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 1. ed. Campinas: Papirus, 2007.
PARECER NORMATIVO COSIT Nº 1, DE 29 DE JULHO DE 2011. Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=54216>
SANTOS, Ruy Sidney Nascimento dos. Tecnologia da Informação. Indaial: Uniasselvi,2017.
SANTOS, André Eduardo Miranda dos; POPADIUK, Silvio. A gestão do conhecimento e a capacidade de competição. Contextus, v. 8, n. 1, 2010.
ALESSIO, Simone Cristina. Gestão da Tecnologia da Informação. Indaial: Uniasselvi, 2018.
https://www.google.com/search?ei=ug8JXfatB9WV0AaUpYngBA&q=Iud%C3%ADcibus%2C+Martins+e+Gelbcke+%282007%29&oq=Iud%C3%ADcibus%2C+Martins+e+Gelbcke+%282007%29&gs_l=psy-ab.3...1657.4253..5893...0.0..3.220.1306.0j6j2......0....1j2..gws-wiz.....0..0i71j33i22i29i30.Vbgww1XEFJg.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Consolidação das demonstrações contábeis. In: ___. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2007. Cap. 36, p. 512-553.
POSITIVO, a importância da gestão de ativos de ti. Disponível em: https://www.meupositivo.com.br/panoramapositivo/infografico-defasagem-tecnologica/ Acesso em: 16 de junho de 2019.
https://www.meupositivo.com.br/panoramapositivo/gestao-de-ativos-de-ti/ Acesso em: 12 de junho de 2019.

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