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Semiologia Pediátrica - Sinais Vitais na Criança

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Semiologia Pediátrica: Sinais Vitais na Criança (PRÁTICA) – Prof. Ricardo (19.02.19)
SINAIS VITAIS
· Temperatura: pode ser medida na boca, no ânus, na axila, na testa, na orelha, etc. Existem diferenças de temperatura em cada uma delas, as temperaturas serão mais altas no ânus e na boca. O local mais utilizado é a axila que possui a mesma temperatura que na testa. O melhor termômetro é o de mercúrio.
· 
· Hipotermia: abaixo de 36°C
· Normotermia: 36°C a 37°C
· Subfebris: 37°C a 37,5°C
· Febre baixa: 37,5°C a 38,5°C
· Febre moderada: 38,5°C a 39,5°C
· Febre alta: 39,5°C a 40,5°C
· Febre muito alta: acima de 40,5°C
O grau da febre quer dizer alguma coisa sobre a doença? Febre é pré-disposição pessoal, cada pessoa responderá de uma forma diferente. É mais comum ter febre mais altas em infecções bacterianas, por conta da liberação de toxinas, mas não é uma verdade universal. 
Para medir a febre:
1. Primeiro passar álcool 70% líquido;
2. Ver a marcação do mercúrio e descer a linha até abaixo de 35°C;
3. Enxugar a axila, explicar para mãe que está enxugando não por nojo, mas para aferir melhor, pois o suor pode fazer com que o termômetro saia do lugar certo e o líquido pode reter calor;
4. Colocar no meio da axila, 45°C para cima, e esperar 3 min.
Obs.: se a criança não parar quieta é preciso segurar a criança.
· Frequência cardíaca: pode ser medida no pulso (artéria radial), na carótida, fúrcula esternal, no coto umbilical (dedo em pinça no coto e conta a frequência), ou com o estetoscópio no précordio. Taquicardia, normocardia, bradicardia.
· 
· Adulto: 60-100
· Recém-nascido (0-28dias): 130 – 160bpm
· 1° ano de vida: 120 – 140bpm
· 2° ano de vida: 110 – 130bpm
· 3 a 5 anos: 100 – 120bpm
· 6 a 11 anos: 90 – 120bpm
*Não precisa decorar, a cada faixa etária decai 10bpm.	
*Contar a FC em 1 min, principalmente em provas, utilizado principalmente para auscultar a regularidade do ritmo cardíaco, extra-sístoles, entre outras anomalias. Obs.: na sala de parto os pediatras contam 6s e multiplicam por 10, pois existe o minuto de ouro, em um minuto tem que avaliar se a criança está com boa vitalidade, em seguida prosseguir com os cuidados humanizados ou realizar o procedimento de reanimação, as vezes a criança necessita ser ventilada. 
ATENÇÃO! A contagem de FC por fontanela não é correta, se o pulso estiver forte na fontanela desconfiar de malformação arteriovenosa do polígono de Willis.
· Frequência respiratória: pode ser medida palpando o tórax ou o abdome, pode-se também visualizar o movimento, mas a mais fidedigna é por ausculta.
· Recém-nascido (0 a 28 dias): 40 – 60 incursões por minuto;
· Lactente (29 dias – 2 anos): 25 – 35, até dois meses a gente considera normal 50, até 2 anos consideramos normal até 40);
· Pré escolar (2anos e 1 dia – 5anos 11meses e 29dias): 20 – 25;
· Escolar (a partir dos 6 anos): 18 – 20; 
· Adolescente (para a OMS de 10 até 20 anos/ ECA de 12 até 18 anos): 16 – 20.
*ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente.
· Pressão arterial: primeiro desafio é escolher o manguito, que deve alcançar cerca de 80% do braço. 
1. Pegar a parte do velcro, envolver o braço e segurar, pegar a outra parte e fixar. Tem a setinha da artéria, colocar na região da artéria braquial. Tem que passar um dedo dentro do manguito, não pode estar frouxo nem muito apertado. O relógio tem que estar na altura do coração.
2. Palpar a artéria radial, inflar o manguito até parar de sentir o pulso.
3. Inflar mais 20 a 30 mmHg e colocar o estetoscópio na fossa cubital.
4. Desinflar o manguito de 2 a 3 mmHg por segundo.
5. Quando começar a ouvir os batimentos é a sistólica, quando parar é a diastólica, sons de korotkoff (são cinco fases).
ANTROPOMETRIA
Utiliza-se uma fita métrica, sempre observar se está medindo do lado dos centímetros.
· Comprimento/altura: para a altura, pedir para tirar calçado. Estadiômetro, já vem na parede, paciente com as costas encostada na parede e vem de cima para baixo, em vez de você subir. O bebê da primeira balança usar régua de medição. Abordar pela direta, régua de medir lactente, parte fixa na cabeça do bebê, e parte móvel nos pés. Boto a régua na cabeça dele, estico o máximo possível (pois o bebe está em flexão) e vou medir. O mais reto possível (evitar pé torto).
· Peso: 
· A balança tem que ser colocada em superfície plana e rígida. 
· Balança tem que ser destravada. 
· Tem que estar tarada (“biquinho com biquinho” mexer com o contrapeso), ela deve ser tarada com os pesos todos no zero. 
· Pegar o neném segurando as perninhas e apoiando a cervical, a criança deve estar no centro da balança, sem fralda e sem roupa. 
· Movimentar o peso de maior até descobrir a casa decimal do peso da pessoa e depois movimentar o peso menor até descobrir as unidades do peso da pessoa, sabe que é o peso correto quando ficar no meio. Existe o peso maior que marca de 10kg em 10kg, e existe o peso menor que marca as gramas de quilo em quilo, até 10kg. 
· No momento da pesagem, é necessário prestar atenção pois, o bebê tem a musculatura ainda frágil, não sustenta a cabeça. Então a primeira coisa é tirar a roupa do neném, apoiar a coluna dele, segurar as pernas de maneira firme, levantar suavemente e com a outra mão você vai rente à coluna até chegar à cabeça para segurá-la. No momento de soltá-lo, colocar a cabeça cuidadosamente em uma superfície plana para que não ocorra chicote e venha a lesar a cervical. 
· Peso normal no nascimento: 3 a 3,300.
APH: a balança não estará tarada. Passo a passo: primeiro destravar a balança e depois jogar tudo para o 0, depois se inicia o processo de tarar até que ela esteja nivelada/ em equilíbrio. Depois, pego o bebê e peso ele. O ideal é pesá-lo com o mínimo de roupa possível, os meninos de short e as meninas de calcinha. Para bebês ou recém-nascidos que não conseguem ficar de pé, deve-se usar a balança onde eles ficam deitados. 
· Perímetro cefálico: fita métrica em centímetros, cabeça é medida da protuberância occipital até a glabela, dessa forma, pretende-se atingir o maior perímetro cefálico possível. A padronização é medir de frente para trás, entretanto, é mais fácil, principalmente em bebês, medir de trás para frente. O tamanho do cérebro não influência na capacidade cognitiva. Na caderneta da criança tem o perímetro cefálico até os 2 anos, mas até 5 anos ainda podem haver alterações. A média do nascimento é de 33 a 35cm.
Obs.: a cabeça deveria ser redonda, então tem outras duas medidas que podem ser feitas. Biauricular, da ponta de uma orelha a outra “um arco” e a outra da glabela até a protuberância occipital por cima da cabeça, essas medidas são feitas apenas quando está suspeitando de anormalidade.
A importância de medir o perímetro cefálico todo mês, principalmente do 1º ano de vida, é devido às patologias que podem crescer ou comprimir. Anencefalia já nasce. Hidrocefalia, causa congênita principal. Seios cerebrais, que se juntam num triângulo (3º ventrículo), que sai um pouquinho e pega o 4º ventrículo, losangular. Dali pra baixo é medula. Quando se tem agenesia entre os dois ventrículos laterais e o 3º ventrículo por proximidade, se tem hidrocefalia unilateral, estreitamento, calcificação. Maioria é entre o 3º e o 4º, pode estar entupido. Os seios continuam produzindo ali e os ossos do bebê são todos soltos, cresce muito no primeiro ano de vida. Nasce com 44, chega até 47. A maior parte do crescimento é no primeiro ano de vida. Tumores, hemangiomas, meningite.
· Perímetro torácico: vamos passar a fita pelas costas do bebê pela linha intermamilar e fechar em cima do zero, o neném deve estar sem blusa. O que pode elevar o perímetro torácico? Obstrução intestinal, hepato ou esplenomegalia 
· Perímetro abdominal: quando o volume abdominal é importante para o caso, uma queixa abdominal, suspeita de aumento do volume abdominal. Medir na linha do umbigo, em RN logo acima ou logo abaixo do coto umbilical.
ATENÇÃO! De 0 a 29 dias, é recém-nascido; de 29 dias até 2 anos, é lactente; de 2 a 5 anos, é pré-escolar e; de 5 a 10, escolar.

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