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PSICOTERAPIA COGNITIVA (7º Semestre Psicologia 2020) Conteúdo Online UNIP

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PSICOTERAPIA COGNITIVA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Esta disciplina propiciará o estudo do surgimento 
e do desenvolvimento das Psicoterapias 
Cognitivas no decorrer dos últimos cinquenta 
anos. A partir das proposições originais de Aaron 
T. Beck às atuais vertentes construtivistas, você 
terá um panorama histórico, epistemológico, 
teórico e técnico da evolução do modelo 
cognitivista na prática clínica.
O material poderá ser utilizado como orientação 
para seu estudo e como complemento das 
atividades realizadas nas aulas presenciais.
O programa da disciplina está distribuído em 
nove módulos, que devem ser estudados ao 
longo do semestre letivo. Alguns tópicos serão 
objeto de avaliação na NP1 (Módulos 1, 2, 3 e 4) 
e outros módulos serão avaliados na NP2 
(Módulos 5, 6, 7, 8 e 9).
Sugerimos que você siga a ordem abaixo 
apresentada, ao planejar seu estudo, uma vez 
que os temas mantém entre si uma relação 
lógica. Seguem os módulos:
1. Apresentação do Panorama histórico da 
terapia cognitiva-comportamental e suas 
diferentes áreas de atuação.
2. Teoria e Metateoria da Terapia Cognitiva.
3. Bases metodológicas e conceituação 
cognitiva.
4. Identificação, avaliação e modificação de 
Crenças.
5. Terapia Cognitiva da Depressão.
6. Terapia Cognitiva da Ansiedade.
7. Principais técnicas da terapia cognitiva.
8. A perspectiva construtivista em terapia 
cognitiva.
9. Terapia cognitivo-comportamental em 
crianças e adolescentes.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BECK, J. Terapia Cognitivo-Comportamental – 
teoria e prática. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
PETERSEN, C. S. e WAINER, R. & Cols (Org.) 
Terapia cognitivo-comportamental para crianças e 
adolescentes. Ciência e Arte. Porto Alegre: Artmed, 
2011.
RANGÉ, B (Org.) Psicoterapias Cognitivo-
Comportamentais: Um diálogo com a Psiquiatria. 
Porto Alegre: Artmed, 2011.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
 
ABREU, C. N.; GUILHARDI, J. H. Terapia 
Comportamental e Cognitiva-Comportamental: 
Práticas Clínicas. São Paulo: Roca, 2004.
ABREU, C. N.; ROSO, M. Psicoterapias cognitiva e 
construtivista: novas fronteiras da prática clínica. 
Porto Alegre: Artmed, 2003.
BECK, A. T.; ALFORD, B. A. O poder integrador 
da terapia cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000.
FALCONE, E. As bases teóricas e filosóficas das 
abordagens cognitivo-comportamentais. In: JACÓ-
VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, 
F. T. (Orgs.) História da Psicologia: Rumos e 
Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. 
(pg. 223-244)
FERREIRA, R. F. Construtivismo: um momento de 
síntese ou uma nova tese? Cadernos de Psicologia, 
v. 4, n. 1, p. 27-39. Ribeirão Preto: 2001.
 
 
OUTRAS INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
 
HOFMANN, S. G. Introdução à Terapia Cognitivo-
Comportamental Contemporânea. Porto Alegre: 
Artmed, 2014.
 
KNAPP, P. (Org.) Terapia Cognitivo 
Comportamental na prática psiquiátrica. Porto 
Alegre: Artmed, 2004.
 
LEAHY, R. L. Técnicas de terapia cognitiva: 
Manual do terapeuta. Porto Alegre: Artmed; 2016.
 
WRIGHT, J.; BASCO, M. R.; THASE, M. E. 
Aprendendo a Terapia Cognitivo-comportamental 
– Um Guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008.
 
 
SITES E BANCO DE DADOS
 
Revista Brasileira de Terapias Cognitivas.
http://www.fbtc.org.br/fbtc/?area=rbtc
Revista Brasileira de Terapia Comportamental e 
Cognitiva.
http://www.rbtcc.org/
http://www.scielo.br/
http://bvsms.saude.gov.br
http://www.teses.usp.br/
http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php
www.bvs-psi.org.br
www.periodicos.capes.gov.br
 
Gostaríamos de lembrá-lo que se você 
necessitar de informações adicionais para 
http://www.fbtc.org.br/fbtc/?area=rbtc
http://www.rbtcc.org/
http://www.scielo.br/
http://bvsms.saude.gov.br/
http://www.teses.usp.br/
http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php
http://www.bvs-psi.org.br/
http://www.periodicos.capes.gov.br/
ampliar seus conhecimentos, solicite-as do 
professor, nas aulas presenciais. 
MÓDULO 1 - Apresentação do Panorama 
histórico da terapia cognitiva-comportamental e 
suas diferentes áreas de atuação.
Toda abordagem psicoterápica se insere e se 
desenvolve em um contexto histórico e dentro de 
u m a b a s e f i l o s ó f i c o - e p i s t e m o l ó g i c a . 
Compreender suas origens e processo de 
desenvolvimento é fundamental para poder se 
apropriar adequadamente da teoria e dos 
princípios que a embasam, possibilitando a 
i den t i f i cação de suas ca rac te r í s t i cas 
fundamentais e distintivas de outras práticas 
psicoterápicas. Neste sent ido torna-se 
fundamental ao aluno compreender o histórico 
de desenvolvimento das terapias cognitivas e o 
contexto histórico que possibilitou o seu 
surgimento, para melhor compreensão do lugar 
que as terapias cognitivas ocupam hoje, suas 
diferentes práticas e os princípios fundamentais 
que as unem.
 
Pontos a se rem prob lemat i zados e 
discutidos:
- A contextualização da Terapia Cognitiva dentro 
do histórico de desenvolvimento da psicologia,
- A terapia cognitiva como uma evolução das 
terapias comportamentais,
- O contexto histórico que possibilitou o 
desenvolvimento das terapias cognitivas,
- Os princípios básicos compartilhados por todas 
as terapias cognitivas,
- As duas principais vertentes organizadoras das 
abordagens cognitivas: O Racionalismo e o 
Construtivismo,
 
Bibliografia Básica:
Falcone, E. As bases teóricas e filosóficas das 
abordagens cognitivo-comportamentais. In: 
JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; 
PORTUGAL, F. T. (orgs. ) Histór ia da 
Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de 
Janeiro: Nau Editora, 2013. (pg 223-244)
 
 
 
 
 
A Terapia Cognitiva emerge da busca de Beck 
por evidências empíricas de proposições 
ps icod inâmicas re la t i vas aos quadros 
depressivos. A não validação empírica dessas 
proposições e o surgimento de evidências que 
contrariavam as proposições em questão, 
serviram como pontos de partida para a 
edificação do modelo denominado Terapia 
Cognitiva. Este modelo propõe a cognição como 
o elemento central na determinação do 
comportamento e da vivência emocional do 
indivíduo, submetendo assim todos os sistemas 
psicológicos – atenção, memória, percepção, 
comportamento, emoção - prioritariamente à sua 
influência. Nas palavras de Beck (2000,pg.
23), cognição é definida como aquela função que 
envolve deduções sobre nossas experiências e 
sobre a ocorrência e o controle de eventos 
futuros... a cognição inclui o processo de 
identificar e prever relações complexas entre 
eventos, de modo a facilitar a adaptação a 
ambientes passíveis de mudanças. 
 
Desta forma a teoria da Terapia Cognitiva 
apresenta-se como uma teoria formal acerca da 
influência que teorias pessoais – as cognições 
automáticas do indivíduo – exercem sobre seus 
sistemas psicológicos. Podendo assim ser 
entendida como uma teoria de teorias.
Ao subordinar os diversos sistemas psicológicos 
à influência das cognições, a terapia cognitiva 
eleva a cognição ao estatus de lócus 
determinante da adaptação psicológica e 
consequentemente atribui àquelas cognições 
distorcidas o papel de causador e mantenedor 
dos diversos distúrbios psicológicos.
A termo "cognições distorcidas" como o 
elemento comum a todos os quadros de 
distúrbios psicológicos, a correção destas passa 
a ser entendida como o caminho para promoção 
da remissão dos sintomas psicopatológicos.
Atividade recomendada:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos 
indicados, observando os argumentos utilizados 
pelos autores, em defesa de suas teses.
2) A partir do modelo de determinação do 
comportamento apresentado pelos autores, faça 
uma reflexão quanto a sua característica dualista 
e mediacional deste processo de determinação, 
elencando seus componentes.
Vejamos no exemplo:
O modelo cognitivo proposto por Aaron T. Beck 
se caracteriza pelo seguinte paradigma:
A) Estímulo, Resposta, Emoção, Consequência
B) Estímulo, Resposta, Consequência
C) Estímulo, Pensamento, Consequência, 
Comportamento
D ) E s t í m u l o ,P e n s a m e n t o , E m o ç ã o , 
Comportamento
E ) E s t í m u l o , E m o ç ã o , P e n s a m e n t o , 
Comportamento
 
Se você compreendeu corretamente a proposta 
do autor, você deve ter assinalado a alternativa 
D que atribui à variável Pensamento a posição 
de elemento determinante e regente dos 
sistemas psicológicos, como por exemplo, 
Emoções e Comportamento.
-----------------------------------------------------------------
--------
Qualquer teoria, seja ela científica, filosófica, 
teológica ou de senso comum, deriva suas 
proposições de pressupostos tomados como 
válidos ‘a priori’. Ou seja, suas proposições se 
sustentam em postulados com os quais os 
adeptos daquele corpo teór ico devem 
necessariamente concordar. Para que uma teoria 
científica tenha seu estatus de cientificidade 
validado dentro da comunidade acadêmico-
científica faz-se necessário que todas as 
proposições que componham um dado corpo 
teórico apresentem-se como congruentes com 
seus pressupostos fundamentais. Para que tal 
congruência possa ser explicitada é necessário 
que estes pressupostos sejam apresentados. No 
primeiro capítulo de seu livro "O poder 
integrador da terapia cognitiva" , (Beck & 
Alford, 2000) os autores apresentam o que 
entendem serem os dez axiomas do modelo 
teórico.
Nestes pressupostos estão descritas as relações 
de influências entre variáveis cognitivas, 
emocionais, comportamentais, ambientais, de 
caráter interpessoal e de caráter sócioculturais 
que balizam o modelo teórico proposto por Beck.
São contemplados nesses axiomas: a natureza 
das cognições, a relação entre cognições e os 
diversos sistemas psicológicos, o caráter 
maladaptativo de cognições disfuncionais, os 
diversos níveis de cognição e de significados, 
bem como o caráter contextualista da terapia 
cognitiva.
Atividade recomendada: 
Leia cuidadosamente os axiomas apresentados 
pelo autor e responda a questão abaixo:
Mediante os axiomas propostos por Beck, 
podemos afirmar que é uma característica da 
terapia cognitiva:
A) tomar as variáveis ambientais como os 
elementos de maior relevância no processo de 
determinação do comportamento.
B) Que apesar de as cognições automáticas 
serem sempre inconscientes a análise cuidadosa 
da função dos comportamentos poderá permitir a 
descoberta desses conteúdos inconscientes.
C) Tomar a estrutura cognitiva como algo 
determinado pelas experiências emocionais 
intensas vividas pelo indivíduo nos primeiros 
anos de vida.
D ) Q u e a s e x p e r i ê n c i a s e m o c i o n a i s 
desagradáveis são necessariamente produtos de 
cognições disfuncionais e por isso devem ser 
alteradas sempre que surgirem.
E) A qualidade de funcional ou disfuncional 
apresentada pelas cognições automáticas deve-
se não a sua estrutura interna, mas a sua 
relação com o ambiente.
Se você compreendeu corretamente o texto a 
alternativa D foi a sua escolha, pois enfatiza a 
qualidade contextualista da terapia cognitiva em 
q u e n e n h u m a c o n c l u s ã o a c e r c a d a 
funcionalidade ou não das crenças pode ser 
tirada se não em relação ao contexto ao qual ela 
se relaciona.
 
Realize os exercícios deste módulo, anotando as 
dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas 
dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas 
bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso 
elas persistam, apresente-as ao professor, nas 
aulas presenciais. 
MÓDULO 2 - Teoria e metateoria da terapia 
cognitiva
Qualquer teoria, seja ela científica, filosófica, 
teológica ou de senso comum, deriva suas 
proposições de pressupostos tomados como 
válidos ‘a priori’. Ou seja, suas proposições se 
sustentam em postulados com os quais os 
adeptos daquele corpo teór ico devem 
necessariamente concordar. Para que uma teoria 
científica tenha seu estatus de cientificidade 
validado dentro da comunidade acadêmico-
científica faz-se necessário que todas as 
proposições que componham um dado corpo 
teórico apresentem-se como congruentes com 
seus pressupostos fundamentais. Para que tal 
congruência possa ser explicitada é necessário 
que estes pressupostos sejam apresentados. No 
primeiro capítulo de seu livro "O poder 
integrador da terapia cognitiva" , (Beck & 
Alford, 2000) os autores apresentam o que 
entendem serem os dez axiomas do modelo 
teórico.
Nestes pressupostos estão descritas as relações 
de influências entre variáveis cognitivas, 
emocionais, comportamentais, ambientais, de 
caráter interpessoal e de caráter sócioculturais 
que balizam o modelo teórico proposto por Beck.
São contemplados nesses axiomas: a natureza 
das cognições, a relação entre cognições e os 
diversos sistemas psicológicos, o caráter 
maladaptativo de cognições disfuncionais, os 
diversos níveis de cognição e de significados, 
bem como o caráter contextualista da terapia 
cognitiva.
Atividade recomendada: 
Leia cuidadosamente os axiomas apresentados 
pelo autor e responda a questão abaixo:
Mediante os axiomas propostos por Beck, 
podemos afirmar que é uma característica da 
terapia cognitiva:
A) tomar as variáveis ambientais como os 
elementos de maior relevância no processo de 
determinação do comportamento.
B) Que apesar de as cognições automáticas 
serem sempre inconscientes a análise cuidadosa 
da função dos comportamentos poderá permitir a 
descoberta desses conteúdos inconscientes.
C) Tomar a estrutura cognitiva como algo 
determinado pelas experiências emocionais 
intensas vividas pelo indivíduo nos primeiros 
anos de vida.
D ) Q u e a s e x p e r i ê n c i a s e m o c i o n a i s 
desagradáveis são necessariamente produtos de 
cognições disfuncionais e por isso devem ser 
alteradas sempre que surgirem.
E) A qualidade de funcional ou disfuncional 
apresentada pelas cognições automáticas deve-
se não a sua estrutura interna, mas a sua 
relação com o ambiente.
Se você compreendeu corretamente o texto a 
alternativa D foi a sua escolha, pois enfatiza a 
qualidade contextualista da terapia cognitiva em 
q u e n e n h u m a c o n c l u s ã o a c e r c a d a 
funcionalidade ou não das crenças pode ser 
tirada se não em relação ao contexto ao qual ela 
se relaciona.
 
Realize o exercício deste módulo, anotando as 
dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas 
dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas 
bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso 
elas persistam, apresente-as ao professor, nas 
aulas presenciais.
Bibliografia Básica:
BECK A.T., ALFORD B.A. O poder integrador da 
terapia cognitiva. Cap. 1. Porto Alegre, Artmed, 2000. 
MÓDULO 3 - Bases metodológicas e 
conceituação cognitiva
O te rapeu ta começa a cons t ru i r uma 
conceituação cognitiva durante seu primeiro 
contato com um paciente e, continua a refinar 
sua conceituação até a últ ima sessão. 
Conceituar um paciente em termos cognitivos é 
crucial para determinar a trajetória mais efetiva 
de t ra tamento. Isso também auxi l ia a 
desenvolver a empatia, um ingrediente essencial 
para estabelecer um bom relacionamento de 
trabalho com o paciente.
 
Bibliografia Básica:
BECK, J. S. Terapia Cognitivo-
Comportamental. Teoria e Prática. 2 edição. 
Porto Alegre: Artmed, 2013. Cap. 3, 9 e 11
Bibliografia Complementar:
Wright, J; Basco, MR; Thase, ME. Aprendendo a 
terapia Cognitivo-comportamental – Um Guia 
ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008. (cap. 3 – 
Avaliação e formulação. Pg 45-58 e cap. 5 - 
Trabalhando com pensamentos automáticos, pg. 
77-101).
 Dentro do modelo de psicoterapia proposto 
por Aaron T. Beck, os pensamentos automáticos 
estão alocados no nível mais superficial da 
estrutura cognitiva. Este fato faz dessas 
cognições automáticas as de mais fácil 
identificação e modificação. Porém, esta 
superficialidade não pode ser entendida como 
algo que diminua sua importância dentro do 
processo terapêutico. O trabalho de identificação 
e avaliação dos pensamentos automáticos é 
fundamental para que a terapia cognitiva possa 
produzir os frutos a que se propões. Este 
processo de identificação e avaliação é bemdescrito por Judith S. Beck (1997). Há varias 
possibilidades de interação com o paciente que 
favorecem a identificação dos pensamentos 
automáticos, a pergunta “o que está passando 
pela sua cabeça neste momento” amplamente 
utilizada na busca por essas cognições já é um 
clássico dentro os terapeutas cognitivistas, 
entretanto uma série de outras estratégias pode 
ajudar terapeuta e paciente na tarefa de 
identificação dessas cognições. A correta 
identificação dos pensamentos automáticos pode 
ser dificultada pela maneira que ele é expresso 
pelo paciente, que muitas vezes pode relatá-los, 
em forma de pergunta, como uma interpretação 
racional, envolto e outros pensamentos 
automát icos menos ú te is ,na forma de 
pensamentos telegráficos ou mesmo de modo 
implícito no discurso. Uma vez identificados, 
cabe ao terapeuta decidir por abordar, ou não tal 
pensamento automático. Há algumas dimensões 
que devem ser levadas em conta na decisão de 
abordar ou não um pensamento automático em 
uma sessão de terapia. A pertinência de tal 
abordagem se caracteriza pelas seguintes 
condições:
- A situação em que tal pensamento ocorre é 
re lavante para o at ingimento da meta 
estabelecida para a terapia? Quanto o paciente 
acredita nesse pensamento.
- O quanto o paciente acredi ta neste 
pensamento?
- Qual a relevância do estado emocional regido 
por este pensamento automático?
- Quais as sensações corporais relacionadas a 
ocorrência destes pensamentos?
 Atividade recomendada:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos 
indicados, observando os argumentos utilizados 
pelos autores, e dos procedimentos por eles 
descritos.
Tendo os pensamentos automáticos como o 
elemento mais superficial da estrutura cognitiva, 
ao mesmo tempo que seu importância para o 
processo terapêutico não é diminuída, a 
identificação deste tipo de cognição automática 
passa a ser entendida como fundamental na 
aplicação da terapia cognitiva. Sobre os 
pensamentos automáticos podemos afirmar que:
A) São pensamentos brever que resultam da 
nossa pouca instrução e que podemos superá-
los através de um aprofundamento das reflexões 
que fazemos acerca de nossas vidas.
B) São cognições automáticas que dão 
s u s t e n t a ç ã o a s c r e n ç a s c e n t r a i s e 
intermediárias.
C) São cognições automáticas que coesistem 
com um nível manifesto de pensamento e se 
relacionam com situações específicas sendo 
menos amplas ou generalizadas como as 
cognições subjacentes a elas.
D) São sempre imagens que nos conduzem a 
experiências emocionais de dor e sofrimento.
E) São crenças centrais que ao aflorar à 
consciência passam a interferir no processo de 
metacognição como descrito nos axiomas da 
terapia cognitiva.
Se você compreendeu corretamente as 
proposições da autora em relação aos 
pensamentos automáticos, sua natureza, 
características e função, a resposta assinalada 
por você deve ter sido a alternativa ‘C’ que 
explicita a sua qualidade de cognição automática 
e sua delimitação a situações específicas.
-----
 Tendo o processo de avaliação dos 
pensamentos automáticos como de fundamental 
importância para a terapia cognitiva, cabe 
compreendermos oque será avaliado quando 
mencionamos tal avaliação. Esta avaliação tem 
por objetivo determinar a funcionalidade ou não 
destes pensamentos. A idéia de funcionalidade é 
entendida aqui como relativa à validade e 
utilidade dos pensamentos automáticos. Quando 
nos referimos à validade dos pensamentos 
au tomát icos es tamos en fa t i zando sua 
congruência com a realidade. Para concebermos 
a possibilidade de fazer tal análise temos que 
entender o Mundo como dotado de uma 
realidade dada passível de ser conhecida pelo 
observado, e mediante tal realidade podemos 
fazer a checagem da congruência de um 
determinado pensamento automático e a 
realidade a que este se refere. Quando 
percebemos que um pensamento automático 
distorce uma determinada realidade podemos 
afirmar que tal pensamento é disfuncional. A 
outra dimensão a ser avaliada neste processo é 
a u t i l idade deste pensamento. A lguns 
pensamentos automáticos, apesar de serem 
congruentes com a realidade, nos conduzem a 
estados emocionais e a comportamentos que 
não nos ajudam na adaptação ao contexto em 
que nos encontramos. Estes pensamentos 
automáticos avaliados como não úteis tornam-se 
também alvo do processo terapêutico por não 
serem favorecedores da adaptação do indivíduo 
ao meio. 
 Atividade recomendada:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos 
indicados, observando os argumentos utilizados 
pelos autores, bem como as concepções de 
Homem e mundo que sustentam as propostas 
terapêuticas ali descritas.
A partir das formas de intervenções propostas 
pela autora, podemos compreender como 
c o n c e p ç õ e s d e H o m e m e d e m u n d o 
característico deste modelo terapêutico:
A) O conhecimento verdadeiro não reflete uma 
realidade dada mas apenas se caracteriza como 
uma possibilidade de entendimento do real.
B) As interpretações feitas pelo indivíduo são 
sempre o reflexo do real que a ele se apresenta.
C) A realidade dada pode ou não ser apreendida 
de forma fidedigna pela pessoa que nela está 
inserida, sendo a distorção uma ocorrência 
comum a todos os seres humanos.
D) A realidade é uma construção que se dá na 
relação do indivíduo com o seu mundo não 
sendo possível para um outro avaliar a possível 
congruência de uma interpretação e a realidade 
por ele construída.
 Se você compreendeu claramente as 
concepções que sustentam as proposições da 
terapia cognitiva a alternativa que assinolou foi a 
‘C’ que caracteriza a visão racionalista do 
modelo Beckiano de psicoterapia. 
MÓDULO 4 - Identificação, avaliação e 
modificação de crenças.
O modelo cognitivo afirma que a interpretação de 
uma situação (em vez da situação em si), 
frequentemente expressa em pensamentos 
automáticos, influencia as respostas emocionais, 
c o m p o r t a m e n t a i s e f i s i o l ó g i c a s 
s u b s e q u e n t e m e n t e . O s P e n s a m e n t o s 
automáticos são um fluxo de pensamento que 
coexiste com um fluxo de pensamento mais 
manifesto. Esses pensamentos não são 
peculiares a pessoas com angústia; eles são 
uma experiência comum a todos nós. A maior 
parte do tempo, nós mal estamos cientes desses 
pensamentos, embora com um pouco de 
treinamento possamos facilmente trazer esses 
pensamentos à consciência. Quando nos 
tornamos cientes dos nossos pensamentos, 
podemos automaticamente fazer uma verificação 
de realidade quando não estamos sofrendo de 
uma disfunção psicológica.
Avaliando os Pensamentos Automáticos.
Os pacientes têm milhares de pensamentos em 
um dia, alguns disfuncionais, alguns não. 
Visando a eficácia terapêutica, o profissional 
seleciona apenas um ou alguns pensamentos 
chaves para serem aval iados em uma 
determinada sessão.
 Respondendo aos Pensamentos Automáticos.
O uso de questionamento para ajudar um 
paciente a avaliar um pensamento automático e 
determinar a efetividade da sua avaliação é 
frequente e o Registro de Pensamento 
Disfuncional é a principal ferramenta para que os 
pacientes os avaliem e respondam por escrito 
aos seus pensamentos automáticos. O RPD 
como é conhecido o registro do pensamento 
disfuncional (ou automático) é uma minuta que 
ajuda o paciente a responder mais efetivamente 
a seus pensamentos automáticos, reduzindo sua 
disforia.
 
Bibliografia Básica:
B E C K , J . S . T e r a p i a C o g n i t i v o -
Comportamental. Teoria e Prática. 2 edição. 
Porto Alegre: Artmed, 2013. Cap.9, 11, 12, 13 e 
14.
 
Bibliografia Complementar:
Wright, J; Basco, MR; Thase, ME. Aprendendo a 
terapia Cognitivo-comportamental – Um Guia 
ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008. (cap. 5 – 
Trabalhando com pensamentos Automáticos. Pg 
77-101)
 
 Uma vez identificados, os pensamentos 
automáticos são submetidos à avaliação. O 
primeiro passo no processo de avaliação é a 
definição sobre abordar ou não o pensamento 
automáticoidentificado. Nesta direção o 
elemento central a ser contemplado é a relação 
que este pensamento automático tem com a 
situação problema e as potenciais alterações 
emocionais e comportamentais que a alteração 
deste pensamento automático identificado 
poderá promover. Uma vez definido como um 
pensamento automático a ser abordado em 
sessão, inicia-se o processo de desafio a este 
pensamento. Este processo deve se dar de 
forma colaborativa de acordo com o princípio do 
empirismo colaborativo proposto por Beck. Esta 
e tapa da t e rap ia ca rac te r i za - se pe lo 
levantamento de evidências, contra e a favor 
destes pensamentos, pela elaboração de 
explicações alternativas àquelas apresentadas 
pelos pensamentos automáticos, pela criação de 
novas perspec t i vas de ava l iação das 
consequências descritas pelo pensamento 
automático e pela tentativa de promover um 
entendimento distinto acerca da situação em 
questão do promovido pelo pensamento 
automático identificado. Este trabalho é 
conduzido sempre de modo que o Cliente 
colabore ativamente, envolvendo-se no processo 
terapêutico de maneira ativa e, muitas vezes, 
mesmo nos períodos compreendidos entre as 
sessões.
 Atividade recomendada:
 1) Faça uma leitura criteriosa dos textos 
indicados, observando os argumentos utilizados 
pelos autores, bem como as concepções de 
Homem e mundo que sustentam as propostas 
terapêuticas ali descritas.
 Na Terapia Cognitiva não se pretende tomar 
todas as cognições automáticas do paciente 
como alvo do processo terapêutico. Desta forma, 
a seleção dos pensamentos a serem trabalhados 
deve ser precisa para que evitemos perda de 
tempo com intervenções ineficazes no decorrer 
do processo. A avaliação dos pensamentos 
automáticos deve contemplar quais dos aspectos 
listados abaixo:
A) Sua congruência com a realidade, sua 
utilidade e sua relevância para o estado 
emocional relacionada à queixa do paciente.
B) Sua lógica interna, sua validade, sua utilidade, 
e seu sentindo dentro do projeto de vido do 
paciente.
C) Sua congruência com a realidade e sua 
pertinência mediante os valores fundamentais da 
cultura em que o paciente esta inserido.
D) Sua lógica interna, sua correção semântica e 
sua relevância para o estado emocional 
relacionada à queixa do paciente.
E) Sua intensidade, seu pertencimento ao nível 
metacognitivo de cognição e sua teleonomia.
 Se você compreendeu corretamente o 
processo de avaliação dos pensamentos 
automáticos, você deve ter assinalado a 
alternativa ‘A’ que explicita os dois aspectos que 
determinam a disfuncional idade de um 
pensamento automático e o aspecto que 
determina a relevância deste pensamento 
disfuncional para o atingimento da meta da 
psicoterapia. 
MÓDULO 5: Terapia cognitiva da depressão e 
ansiedade
Modelo cognitivo da Depressão
A terapia cognitiva fundamenta-se na premissa 
de que, o comportamento e a emoção de uma 
pessoa são determinados, em grande parte, pela 
forma como ela estrutura o mundo em termos de 
suas cognições, abrangendo eventos verbais ou 
pictóricos no fluxo da consciência.
Mediante a investigação do conteúdo das 
cognições dos pacientes deprimidos, Beck e 
colaboradores criaram uma tipologia das 
distorções cognitivas. As distorções cognitivas 
permeiam todos os sintomas afetivos, 
comportamentais e motivacionais da pessoa 
deprimida.
EXERCÍCIO: 
A depressão é um transtorno muito comum e 
frequente no mundo, que afeta o ambiente social 
e ocupacional. Para Beck e cols (1997), a 
alteração do humor e comportamento comum no 
quadro depressivo, são em decorrência de 
esquemas cognitivos disfuncionais. Sobre esse 
transtorno e a visão cognitivista, analise as 
assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I) O modelo cognitivo de depressão pressupõem 
dois elementos básicos: a tríade cognitiva e as 
distorções cognitivas.
II) As distorções cognitivas, compreendidas 
como erros sistemáticos na percepção e no 
processamento de informações, ocupam lugar 
central na depressão. 
III) Para que essas distorções cognitivas sejam 
alteradas, estratégias são utilizadas para que o 
cliente possa identificar as crenças negativas e, 
posteriormente aprender a transformá-las em 
positivas, pois pensando positivo reduzirá o 
estresse, se sentirá mais autoconfiante para 
enfrentar a depressão. 
a) Estão corretas I e II
b) Estão corretas a II e III
c) Está correta a I
d) Está correta a II
e) Estão corretas a I e III
Resposta Correta a – A assertiva I está correta - 
 O modelo cognitivo de Beck para a depressão 
pressupõe dois elementos básicos: a tríade 
cognitiva e as distorções cognitivas. A tríade 
cognitiva consiste na visão negativa de si 
mesmo, na qual a pessoa tende a ver-se como 
inadequada ou incapaz, uma visão negativa do 
mundo, e na visão negativa do futuro, o que 
parece estar cognitivamente vinculado ao grau 
de desesperança. A assertiva II está correta. As 
pessoas com depressão tendem a estruturar 
suas experiências de forma absolutista e 
in f lex íve l , o que resu l ta em er ros de 
interpretação quanto ao desempenho pessoal e 
ao julgamento das situações externas. A 
assertiva III está incorreta - na terapia cognitiva 
não se buscar mudar o pensamento negativo 
para positivo e sim em buscar as evidências que 
comprovem ou não as crenças, com base na 
realidade do cliente que mantém o estado 
depressivo.
 
Bibliografia Básica:
Lima, MS et al. Depressão. In: Knapp, P (org.). 
Terapia Cognitivo Comportamental na prática 
psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004. (pg 
168-192)
Bibliografia Complementar:
Hofmann, SG. Introdução à Terapia cognitivo-
Comportamental Contemporânea . Porto Alegre: 
Artmed, 2014. (cap. 8 - Lidando com a 
Depressão, pg 121-134)
 
Modelo Cognitivo da Ansiedade
Pode-se compreender que para cada transtorno 
há uma especificidade de conteúdo cognitivo. De 
acordo com Beck e cols (1985), os temas 
específicos dos transtornos de ansiedade 
centram-se na vulnerabilidade a possíveis danos 
futuros. De modo geral, os pacientes com 
a n s i e d a d e a p r e s e n t a m p e n s a m e n t o s 
a u t o m á t i c o s r e l a c i o n a d o s à a m e a ç a , 
favorecendo as respostas de ansiedade. 
Costumam superestimar eventos futuros como 
ameaçadores e, subestimam sua capacidade ou 
recursos próprios de enfrentamento.
A ideia de ameaça costuma aparecer em forma 
de pensamentos ou imagens e é causada pela 
interação de processos cognitivos básicos 
(atenção ou memória, por exemplo) e pelas 
estruturas cognitivas já existentes, incluindo a de 
vulnerabilidade à situações de ameaça ou 
perigo. Assim, o indivíduo que sofre de 
ansiedade apresenta esquemas de perigo que 
guiam o processamento de informação
Para lidar com essa situação, o ansioso 
desenvolve respostas de fuga/esquiva ou 
comportamentos de segurança, como controle 
excessivos e monitoramentos constantes em 
função da avaliação equivocada dos eventos 
estimuladores. Tais comportamentos impedem-
no de descofirmar a atribuição exagerada de 
ameaça, mantendo assim a ansiedade.
.
Exercício - 
Leia atentamente o caso clínico a seguir: “Mário 
terá logo mais uma apresentação de um projeto 
no seu trabalho. Já acordou pensando na 
apresentação que será uma desgraça, um 
desafio enorme. Fica imaginando que as 
pessoas que estarão lá são competentes e, 
certamente identificarão possíveis erros no seu 
projeto. Em seguida, pensa que as pessoas 
notarão sua insegurança no seu modo de falar e 
se expressar. Isso tudo ocasiona sensações 
físicas muito desconfortáveis, tais como: 
 taquicardia, sudorese, ativação motora e 
von tade de des is t i r, como já ocor reu 
anteriormente em situação semelhante.” Sobre o 
caso acima e o modelo cognitivo da ansiedade, 
assinale a alternativa correta:
a) Mário apresenta um trauma psicológico, que 
abalou seu ego, uma vez que já foi mal sucedido 
anteriormente, fazendo-o escapar mais uma vez 
de enfrentar uma situação semelhante.
b) Mário, está interpretandoo evento de modo 
disfuncional, ou seja, enxerga a situação a ser 
enfrentada (a apresentação), como algo muito 
difícil, como uma ameaça e subestima sua 
capacidade para enfrentá-la e, por isso responde 
com reações físicas intensas e desconfortáveis.
c) Mário possivelmente se auto sabota, teme ser 
bem sucedido, tem receio do desconhecido, por 
isso apresenta reações físicas que o impede de 
realizar a tarefa.
d) Para trabalhar a ansiedade o terapeuta 
cognitivo deve resgatar a história passada de 
Mário, para assim identificar os estímulos 
temidos sofridos e propor formas de superá-los.
e) A ansiedade é um transtorno biológico que é 
a f e t a d o p o r c o n t e ú d o s p s i c o l ó g i c o s 
inconscientes. Mário possivelmente está 
apresentando uma reação defensiva de algo que 
não quer enfrentar, por isso sofre as reações 
f í s i cas da ans iedade como fo rma de 
autopunição.
Resposta correta b: o modelo cognitivo da 
a n s i e d a d e p r e s s u p õ e u m a a v a l i a ç ã o 
superestimada de uma determinada situação de 
modo catastrófico e ao mesmo tempo, uma 
subestimação da capacidade de enfrentamento. 
Essa discrepância gera reações físicas 
(batimento cardíaco acelerado), emocionais 
(sentimento de insegurança e incapcidade) e 
comportamentais (desistência, fala acelerada) 
característicos da ansiedade.
 
Bibliografia Básica: 
Kapczinski, F; Margis, R. Transtorno de 
Ansiedade Generalizada. In: Knapp, P (org.). 
Terapia Cognitivo Comportamental na prática 
psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004. (pg 
209-216)
Bibliografia Complementar
HOFMANN, S.G. Introdução à Terapia 
cognitivo-Comportamental Contemporânea. 
Porto Alegre: Artmed, 2014. (Capítulo 7 - Lidando 
com o transtorno de Ansiedade Generalizada e a 
preocupação, pp. 105-120). 
MÓDULO 6: Principais técnicas 
cognitivas e comportamentais


A terapia cognitiva baseia-se na premissa que de 
as nossas cognições(modos de significação) são 
determinantes para nossas ações, ao 
influenciarem nossas emoções e 
comportamentos. As técnicas de terapia 
cognitivo-comportamental têm por objetivo 
influenciar o pensamento, o comportamento, o 
humor e a estimulação fisiológica do paciente. 
Neste sentido, as estratégias de reestruturação 
cognitiva estão na essência do trabalho de 
mudança proposto pela terapia Cognitiv. 
Entender estas estratégias e as técnicas 
associadas a elas é fundamental para a eficácia 
do trabalho do psicólogo cognitivo.
Algumas técnicas são muito empregadas com 
esse objetivo, tais como: solução de problemas, 
tomada de decisão, relaxamento, mindfulness, 
cartões de enfrentamento, lista de méritos e etc. 
(Beck, 2013). 
Outra forma de intervenção na terapia cognitiva, 
é a mudança de comportamentos. Em alguns 
casos, a alteração do comportamento é 
fudamental para aumentar a auto-eficácia e as 
habilidades de enfrentamentos das situações do 
dia-a-dia e de seus problemas.
 
 
Exercício:
Muitas vezes, alterar pensamentos disfuncionais 
torna-se um desafio para o terapeuta cognitivo. 
No entanto, em alguns casos, é possível utilizar 
as técnicas comportamentais para complementar 
o trabalho. Sobre essa possibilidade assinale a 
alternativa correta:
 
a) As técnicas comportamentais visam a 
mudança de comportamento, por isso não fazem 
parte dos objetivos da terapia cognitiva, já que 
nessa abordagem o foco central é a mudança 
dos pensamentos.
b) As técnicas cognitivas se sobressaem em 
relação às comportamentais, assim o terapeuta 
deve tentar usar todas as estratégias cognitivas 
para a alterar a cognição distorcida e, caso não 
tenha resultados, usar uma estratégia 
comportamental.
c) As técnicas comportamentais são também 
usadas na terapia cognitiva, principalmente 
quando o cliente apresenta dificuldades em 
identificar e avaliar as suas distorções cognitivas. 
Ao mudar o comportamento, o cliente poderá a 
partir disso alterar a sua cognição.
d) As dificuldades para alterar a cognição, 
podem estar associadas a uma história 
traumática, o que favorece ao cliente a resistir às 
técnicas cognitivas, assim independente da 
técnica, é fundamental que o terapeuta volte ao 
passado do cliente para depois usar uma técnica 
comportamental.
e) Quando um cliente está resistente a mudança, 
independente da técnica a ser utilizada o 
terapeuta deve confrontá-lo, pois caso contrário 
nenhuma técnica favorecerá a mudança de 
pensamento disfuncional.
 
Resposta correta C – quando o cliente está 
res is tente a ident i f icar e aval iar seus 
pensamentos disfuncionais, pode-se recorrer a 
técnicas comportamentais. Com elas o cliente 
pode aprender a se expor, a enfrentar certas 
situações (mudar seu comportamento) e, a partir 
disso, poderá identificar mais facilmente as 
crenças associadas e a ressignificá-las quando 
disfuncionais.
 
Bibliografia Básica:
 
Beck, J. Terapia Cognitivo-Comportamental – teoria e 
prática – 2ª ed. Capitulo 15 – Outras Técnicas. Porto 
Alegre: Artmed, 2013.
Knapp, P. Principais Técnicas. In: Knapp, P (org.). 
Terapia Cognitivo Comportamental na prática 
psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004. (pg 
133-158)
Guimarães, SS. Técnicas Cognitivas e 
Comportamentais. In: Rangé, B (org). Psicoterapias 
Cognitivo-Comportamentais: Um dialogo com a 
Psiquiatria. Porto Alegre: Artmed, 2011 (pg 170-193)
 
Bibliografia Complementar:
Leahy, RL. Técnicas de terapia Cognitiva: Manual do 
terapeuta. Porto Alegre: Artmed; 2006.
  
 
  MÓDULO 7: A perpectiva construtivista em 
terapia cognitiva
  Com o fim da idade média, uma nova forma 
de o lhar o mundo emerge na Europa 
renascentista. Na tentativa de construir novos 
referenciais de segurança e inteligibilidade do 
mundo, um novo empreendimento humano 
começa a tomar corpo, a "Modernidade". Essa 
nova forma de conceber o mundo e de produzir 
conhecimento coloca novamente o Homem no 
lugar de legitimador do saber produzido, alçando 
a razão à condição de elemento fundante do 
saber verdadeiro. O método científico surge 
então como o conjunto de procedimentos que, 
quando seguido pelos pesquisadores, garantiria 
um acesso direto e inequívoco ao real, 
propiciando assim um saber desprovido das 
distorções promovidas pelas emoções, desejos, 
interesses ou superstições; permitindo assim que 
o conhecimento científico, sustentado na razão, 
desvelasse a verdade contida no mundo. 
Podemos dizer então que a modernidade 
estabelece novos parâmetros de validação e de 
produção de saberes considerados legítimos, o 
que implica dizer que se estabelece uma nova 
concepção epistemológica, que passou a ser 
chamada de epistemologia moderna. É partir 
dessa nova concepção epistemológica é que é 
construído o edifício da ciência moderna. Essa 
ciência adota uma visão de mundo própria, 
en tendendo-o como sendo um mundo 
organizado por leis, dotado de essências, 
constituído por fenômenos regulares e que é 
passível de ser apreendido através da 
observação rigorosa e neutra. Para os modernos 
o pesquisador, quando munido de um método 
rigoroso, seria capaz de colocar-se na posição 
de "observador neutro" de um fenômeno e de 
“deixar-se impregnar” pela realidade de modo a 
construir representações fidedignas deste real, o 
que faria do conhecimento produzido uma 
representação fiel da essência do real. 
 Atividades recomendadas:
 1) Faça uma leitura criteriosa dos textos 
indicados, observando os argumentos utilizados 
pelos autores, em defesa de suas teses.
 2) Frente às concepções modernas de 
Homem, mundo e verdade, faça uma reflexão 
partindo do texto sugerido e responda a questão 
abaixo:
 O conhecimento produzido nos diferentes 
momentos históricos atendeu a diferentes 
critérios de validação pelas comunidades nos 
quais estes emergiram. A modernidade 
caracteriza-se dentre outras coisas por uma 
determinada concepção epistemológica, sobre 
ela é correto afirmar que:
A) A verdade deve ser reconhecida a partir das 
esc r i t u ras sagradas pe la sua co r re ta 
interpretação.
B)A verdade depende do olhar de quem produz 
o conhecimento já que as realidades são 
múltiplas.
C) A posição de neutralidade é imprescindível 
para a construção de um saber verdadeiro.
D) O pensamento filosófico em nada ajuda a 
definição dos parâmetros de derdade que devem 
ser adotados pelo cientista.
E) A razão não é confiável uma vez que ela pode 
nos trair pela sua imprecisão em relação aos 
fenômenos naturais
 Se você compreendeu corretamente as 
proposições do autor, você deve ter assinalado a 
alternativa ‘C’ uma vez que a neutralidade 
apresenta-se, dentro do pensamento moderno, 
como um elemento imprescindível para a 
construção de um conhecimento verdadeiro. 
Uma das principais funções da adoção do 
método científico moderno é a promoção de uma 
posição de neutralidade do observador frente ao 
objeto de pesquisa.
-----
 Na medida em que se avolumava o 
conhecimento construído a partir de preceitos 
modernos, cada vez mais fenômenos eram 
abordados pelos pesquisadores que, munidos de 
suas teorias e instrumentos, buscavam descobrir 
a verdade oculta neles. Tais empreendimentos 
se mostraram muito bem sucedidos, porém ao 
se depararem com fenômenos que se 
mostravam irregulares os pesquisadores 
modernos tiveram sua metodologia colocada em 
questão. A emergência dos paradigmas pós-
modernos se dá a partir da dificuldade dos 
modelos modernos de dar conta de explicar e 
compreender satisfatoriamente um conjunto de 
fenômenos que não se mostravam dotados de 
regularidade. Tal dif iculdade propicia o 
surgimento de uma nova maneira de se 
conceber o conhecimento e de um novo olhar 
pa ra os c r i t é r i os de va l i dação des te 
conhecimento como verdadeiro. É dentro desta 
crise paradigmática que o construtivismo 
terapêutico nasce. Nesta nova perspectiva 
critérios tão caros à ciência moderna são 
colocados em cheque, a ideia de neutralidade na 
relação entre sujeito e objeto, da existência de 
leis gerais regendo a totalidade dos fenômenos, 
a concepção de um mundo constituído de 
fenômenos regulares e, sobre tudo, a crença em 
um conhecimento que fosse uma representação 
fiel de uma realidade dada, são todas colocadas 
em questão. A partir destes questionamentos 
surge uma nova forma de entender o que é o 
conhecimento, a este novo modelo adotado no 
universo das psicoterapias é dado o nome de 
Construtivismo Terapêutico.
 Atividades recomendadas:
 1) Faça uma leitura criteriosa dos textos 
indicados, observando os argumentos utilizados 
pelos autores, em defesa de suas teses.
 2) Frente às concepções modernas de 
Homem, mundo e verdade, faça uma reflexão 
partindo do texto sugerido e responda a questão 
abaixo:
 A partir da chamada crise da modernidade, 
um novo modelo epistemológico é proposto. No 
universo das psicoterapias este modelo vem 
sendo chamado de construtivismo terapêutico. 
Sobre esta nova concepção é possível afirmar 
que:
A) O conhecimento verdadeiro é o reflexo da 
essência dos fenômenos estudados.
B) A realidade objetiva deve ser o referencial 
primeiro de legitimação do saber produzido pelo 
pesquisador.
C) Os saberes que se distanciam da realidade 
são vistos como distorcidos ou errados.
D) o estabelecimento de uma neutralidade entre 
sujeito e objeto é condição fundamental para a 
produção de um saber válido.
E ) O u n i v e r s o a p r e s e n t a - s e c o m o a 
potenc ia l idade de const rução de uma 
diversidade de mundos possíveis.
 Se você compreendeu corretamente as 
proposições do autor, você deve ter assinalado a 
alternativa ‘E’. A visão construtivista rompe com 
a concepção essencialista de mundo, própria da 
visão moderna, e passa a olhar os fenômenos 
como definidos nas relações.
 
 
Bibliografia Básica:
FERREIRA R.F. Construtivismo: um momento de 
síntese ou uma nova tese? Cadernos de Psicologia, 
Ribeirão Preto, v. 4, n. 1, p. 27-39, 2001.
ABREU, CN. Psicoterapia Construtivista: o novo 
paradigma dos modelos cognitivistas. In: Rangé, B 
(org). Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: Um 
diálogo com a Psiquiatria. Porto Alegre: Artmed, 2011
 
 
MÓDULO 8 -  Terapia cognitiva-comportamental 
(TCC) em crianças e adolescentes.
No início da década de 1980, trabalhos em TCC com 
crianças e adolescentes começaram a ser 
desenvolvidos com mais clareza e frequência. A 
literatura tem apontado que a TCC e as suas técnicas 
são tão efetivas para esse público, como já se mostrou 
em adultos. Dai a importância em conhecê-las. No 
entanto, é preciso considerar as diferenças, as 
particularidades existentes nestas fases de  
desenvolvimento ao nível cognitivo, comportamental 
e afetivo, utilizando para tanto,  estratégias 
específicas, para se alcançar os objetivos terapêuticos.
 
Bibliografia Básica:
PETERSEN, C. S.; WAINER, R. Princípios básicos 
da terapia cognitivo-comportamental de crianças e 
adolescentes. In: Petersen, C.S.; WAINER, R. e 
Cols. Terapia cognitivo- comportamental para 
crianças e adolescentes. Ciência e Arte. Porto 
Alegre: Artmed, 2011. (pg.16-31).

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