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ÁCORDÃO É o nome dado a uma decisão dada em um processo ou recurso, por um colegiado de juízes, desembargadores ou ministros, em segunda instância ou tribunais superiores. É um instituto diferente da sentença, da decisão interlocutória e do despacho, que emanam de um órgão monocrático, no caso um juiz de primeiro grau, ou um desembargador ou ainda um ministro de tribunais. Em outras palavras, a sentença é elaborada por um indivíduo, enquanto que o acórdão é decisão de um órgão revisor colegiado, um grupo responsável por elaborar a sentença. Ele analisa apenas alguns aspectos da sentença, aqueles que foram objeto de recurso. Art.458 do Código Processo Civil- Lei 5869/73 Art.458. São requisitos essenciais da sentença: I) O relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II) Os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III) O dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeterem. Art.563.CPC. Considerada suficiente a justificação, o juiz fará logo expedir mandado de manutenção ou de reintegração. De acordo com os artigos 458 e 563 do CPC, o acórdão é composto de emenda, relatório, motivação (ou fundamentação) e dispositivo. Analisando em detalhes, temos. • A ementa é a síntese do acórdão, onde está resumido em algumas palavras-chave o tema discutido, servindo de apresentação do dispositivo julgado. É na ementa em que normalmente se resumem os seus pontos fundamentais. • No relatório encontra-se a parte inicial do acórdão, que contém a narrativa e a descrição dos fatos do processo, o esclarecimento acerca do direito que está sendo discutido pelas partes, bem como onde se estabelecem os princípios de fato e de direito sobre os quais se conduzirá o julgamento. • Na motivação ou fundamentação está a análise feita pelos juízes ou ministros sobre as questões de fato e de direito expostos no relatório. É a partir daí que são construídas as bases lógicas para a decisão, onde se exteriorizam as razões que determinam o convencimento do órgão judicial. • No dispositivo está a parte final do acórdão, que abriga a conclusão do silogismo até então desenvolvido no relatório e na motivação. Esta parte traz a manifestação, o posicionamento do judiciário. O termo acórdão designa também o documento em que essa manifestação é veiculada. inconstitucionalidade recepção Fala-se em inconstitucionalidade quando estamos diante de normas posteriores a CF/88 Fala-se em não recepção quando estamos diante de normas editadas antes da CF/88 Critério de nulidade: declara-se a nulidade Aqui há a revogação ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE Também chamada de incidente de inconstitucionalidade. É o procedimento decorrente do princípio da reserva de plenário, previsto no Art.97 da Constituição Federal, que proclama que somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros do tribunal ou do respectivo órgão especial poderá ser reconhecida a inconstitucionalidade de ato normativo de Poder Público. Por meio de arguição de inconstitucionalidade, as pessoas ou entidades descritas no art.103 da constituição impugnam atos ou legislação de natureza normativa que contrariem os preceitos da Carta Magna. Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I -O Presidente da República; II - A Mesa do Senado Federal; III - A Mesa da Câmara dos Deputados; IV – A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V -O Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI -O Procurador-Geral da República; VII -O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - Partido político com representação no Congresso Nacional; IX -Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. § 4º (Revogado). CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Art.5. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, á segurança e á propriedade, nos termos seguintes: LV- Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. PRÍNCIPIO DO CONTRADITÓRIO: Em linhas gerais, pode ser dito que o princípio do contraditório significa que cada ato praticado durante o processo seja resultante da participação ativa das partes.
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