Prévia do material em texto
AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO AO TRAUMATIZADO AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 1 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Somente após estar completo todos os passos da avaliação primária , com identificação e tratamento de todas as lesões que ameaçam a vida é que se inicia a avaliação secundária. A avaliação secundária é o exame físico detalhado , céfalo caudal, do doente. Objetivo: Identificar lesões ou problemas não observados durante a avaliação primária, tratar de problemas com menor gravidade. As lesões são identificadas, e os achados físicos são correlacionados por região, começando pela cabeça e prosseguindo pelo pescoço, tórax e abdome até as extremidades, concluindo-se com um exame neurológico detalhado. 2 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Na avaliação secundária, a abordagem “ver, ouvir e sentir” é usada para avaliar a pele e tudo que contem nela. A frase seguinte capta a essência do processo inteiro da avaliação. Veja, não apenas olhe. Ouça, não apenas escute. Sinta , não apenas toque. A definição da palavra ver é “ perceber com o olho” ou “descobrir”, ao passo que olhar é definido como “exercitar o poder da visão”. Escutar é definido como “monitorar sem participação”, e ouvir é definido como “escutar com atenção”. Enquanto se examina o doente, deve-se usar todas as informações disponíveis para formular um plano de atendimento ao doente. 3 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA VER: examine a pele de toda região corporal em busca de sinais de hemorragia externa ou interna, como distensão do abdome, tensão exagerada, hematoma expansivo, lesões de pele, contusões, hematomas, lacerações e ferimentos penetrantes. Observe se há presença de massa, inchaço, deformidade de ossos, e cor da pele. OUVIR: busque por sons incomuns na inspiração e expiração, na ausculta do tórax se há murmúrio vesicular semelhante em ambos os pulmões. SENTIR: palpe com firmeza todas as partes do corpo, busque por crepitação, dor ou movimento incomum, se há alguma pulsação que não deveria estar ali, e se todas as pulsações estão presentes ou a presença de pulsação onde não deveria ter. 4 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA SINAIS VITAIS: Deve ser obtido e registrado a cada 3 a 5 minutos ou a cada alteração na condição do doente. Reavaliar constantemente a qualidade do pulso ,a frequência ventilatória e os outros componentes da avaliação primária, porque estão sujeitos a mudanças repentinas. HISTÓRIA SAMPLA São informações ao histórico de saúde do doente e devem ser documentadas no prontuário e transmitidas a equipe do hospital.Fazem parte do método mnemônico : Sintomas: quais as queixas do doente? Dor, dificuldade respiratória, dormência ou formigamento? Alergias: Principalmente a medicamentos Medicações: que são usadas regularmente, sejam elas prescritas ou não. Passado médico: cirurgias, doenças crônicas, medicações de uso diário. Líquidos e alimentos: horário da última alimentação e líquidos ingeridos. Ambiente: eventos que levaram ao trauma. 5 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Sequência do exame cefalo caudal: Cabeça: O exame visual da cabeça e da face revelará contusões, abrasões, lacerações, assimetria óssea, hemorragia, defeitos ósseos da face da caixa craniana e anormalidades dos olhos, das pálpebras, ouvido externo, da boca e da mandíbula. 6 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Pescoço: O exame visual do pescoço para identificar contusões, abrasões, lacerações e deformidades. A palpação pode revelar enfisema subcutâneo que pode ser de origem laríngea, traqueal ou pulmonar, crepitação da laringe, rouquidão pode indicar fratura de laringe. 7 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Tórax : O tórax é muito forte, flexível e elástico, o que permite a absorção significativa de trauma. O exame minucioso pode identificar deformidades, áreas de movimentação paradoxal, contusões, abrasões, posição de defesa contra dor, retração intercostal, supraesternal ou supraclavicular. 8 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Abdome: O exame visual pode identificar abrasões e equimoses, na área próxima ao umbigo verificar sinais de posicionamento do cinto de segurança, esse sinal pode sugerir lesões de vísceras ocas e fratura de coluna lombar. O exame do abdome também inclui palpação de cada quadrante para verificar rigidez, se há dor, posição de defesa ou massas. 9 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Pelve: A pelve é avaliada mediante observação e palpação.Procucura-se por abrasões, lacerações, contusões, fraturas expostas e sinais de distensão. Fraturas pélvicas podem produzir hemorragias interna maciça. 10 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Dorso: O exame do dorso é realizado quando o doente é lateralizado em bloco para realizar o rolamento para a prancha longa. Procede-se a ausculta do murmúrio vesicular na face posterior do tórax, e a coluna deve ser palpada para identificar sensibilidade e deformidade. 11 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Extremidades: O exame das extremidades deve ser iniciada na clavícula na extremidade superior e na pelve na extremidade inferior e seguir em direção distal de cada membro. Ossos e articulações devem ser avaliadas em busca de deformidades, hematomas ou equimoses, dor, crepitação, sensibilidade, verificação da circulação, da função motora ou movimento incomum. Exame Neurológico: Deve-se incluir o cálculo do score da ECG, a avaliação da função motora e sensitiva e a observação da resposta pupilar. Pupilas anisocóricas no doente traumatizado inconsciente podem indicar aumento da pressão intracraniana. 12 EXAME NEUROLÓGICO 13 TRATAMENTO DEFINITIVO NO LOCAL DO TRAUMA As tarefas de acondicionamento, transporte e comunicação estão incluídas na avaliação e no atendimento . O tratamento definitivo é a fase final do atendimento ao doente, exemplos: Para o doente em PCR; desfibrilação e retorno do ritmo a normalidade. Para o doente diabético em coma hiperglicêmico: glicose endovenosa e o retorno da glicose a níveis normais. Para o doente em hemorragia grave: controle da hemorragia e reanimação volêmica. Qualquer coisa que atrase a realização do tratamento definitivo do traumatizado irá reduzir sua chance de sobrevivência, o tratamento dado na cena é geralmente temporário. 14 TRATAMENTO DEFINITIVO NO LOCAL DO TRAUMA O tratamento definitivo é a fase final do atendimento ao doente. Para o doente traumatizado o tratamento dado na cena , geralmente é temporário. As tarefas de acondicionamento, transporte e comunicação estão incluídas na avaliação e no atendimento. 15 REFERENCIAS PHTLS – Atendimento Pré-hospitalar ao traumatizado – Tradução da 7ª Edição. Google. OBRIGADA! 16