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Curso de Auxiliar Veterinário Aula 7: Noções Semiologia – Cap. 8 da Apostila. Professor: Fabiano Martins, Médico Veterinário, Pós-graduado em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal, Mestrando em Biotecnologia. Semiologia Semiologia • O papel do Auxiliar Veterinário no ato da consulta é primordial para uma boa avaliação do doente pelo Médico Veterinário. • Para que este auxílio seja feito da forma correta é sempre bom lembrar de algumas coisas: O auxiliar veterinário deve se lembrar sempre durante a consulta: • O animal não fala e não entende o motivo de estar sendo manipulado, e as vezes até sendo ferido (quando se faz uma injeção por exemplo), forçado a engolir alguma coisa normalmente de sabor desagradável, penetrado (em exames como verificação de temperatura), apertado (no momento de palpação abdominal), forçado a abrir a boca etc. Desta forma a reação dele será e morder, arranhar, grunhir, ameaçar... Por isso. O auxiliar veterinário deve se lembrar sempre durante a consulta: • Não conhece o animal? Use focinheira! Peça ao proprietário do animal que ajude a colocar, alguns proprietários dizem não precisar, não acredite. Use! • Gatos também possuem focinheira e luvas. As focinheiras dos gatos tampam também os olhos e ajudam na diminuição do estresse. O auxiliar veterinário deve se lembrar sempre durante a consulta: • A focinheira deve ser colocada com cuidado, alguns animais não podem ficar internados sem ela. • Animais com situações dolorosas estremas, por mais bonzinhos que sejam, podem morder: focinheira! • Quando não tiver focinheira use uma corda e faça uma laçada. Como fazer a mordaça (açaime) • Como colocar a mordaça. (A), promova uma laçada de duplo nó com o dobro do diâmetro do focinho do animal. (B), desloque as pontas da mordaça para que elas permaneçam atrás das orelhas. Vamos treinar? Como fazer a mordaça (açaime) • Utilize um cordão de algodão ou tira de gaze resistente com aproximadamente 125cm de comprimento. • Promova uma laçada de duplo nó com o dobro do diâmetro do focinho do animal antes de sua aproximação. • Coloque a laçada ao redor do focinho, posicionando o nó duplo acima deste. Aperte o nó e cruze as extremidades sob o queixo do cão. • Desloque as pontas da mordaça para que elas permaneçam atrás das orelhas e amarre-as com firmeza; caso contrário, o animal conseguirá tirá-la com as patas dos membros anteriores. Como fazer a mordaça • Cuidado: • Verificar se há dificuldade respiratória após a colocação da mordaça. Em caso afirmativo, ela deve ser prontamente retirada. • Nunca apertar demais, pode ferir! • Nunca deixar tempo demais, pode ferir! • Animais em geral (mais os braquicefálicos) podem ferir a própria língua com os dentes, observe a boca do animal antes de concluir a mordaça. • Gatos podem se soltar mais facilmente, mesmo se a mordaça for corretamente colocada, imagina se não for! E quando solta podem ficar bem agressivos! Contenção lateral • O objetivo é conter sem causar dor. A firmeza física não é apertar e sim segurar firmemente. Vamos entender? Contenção em decúbito lateral Contenção com o animal deitado Cambão • É pra ser usado em último caso, animais extremamente agressivos necessitam dele. • Estressa muito ao animal. • Cão em seu território, mesmo dóceis, podem ser bem agressivos, leve sempre um cambão na visita. A técnica dos dois cambões garante mais segurança e diminui traumas físicos. Contenção em gatos • A contenção de gatos é uma das tarefas mais difíceis e requer muito cuidado e habilidade motora por parte do examinador ou do auxiliar. A contenção de gatos é bem mais complicada que a de cães por: • a) Serem mais ágeis e se desvencilharem muito facilmente, principalmente quando a contenção for realizada por pessoa inabilitada; • b) Serem animais relativamente pequenos, tornando a sua imobilização mais trabalhosa, o que pode ocasionar acidentes quando se utiliza força excessiva; • c) Se defenderem com as unhas e os dentes; • d) Por possuírem características territoriais, são mais sujeitos ao estresse causado pela mudança de ambiente. • OBS: Gatos possuem uma característica chamada leucograma de estresse, apesar dos cães também terem, os gatos são mais suscetíveis. A manipulação deve ser a mínima possível, principalmente antes de retirada de sangue para exame. Cuidados com o gato • O primeiro passo na contenção dos gatos é lembrar-se de fechar as janelas e portas do local de exame para se evitar evasão ou acidentes. • Devem ser mantidos com os seus proprietários (dentro de caixas de contenção ou de transporte) e retirados somente no momento da sua avaliação. • A interação veterinário-paciente não é tão fácil como a observada na grande maioria dos cães, mas pode-se tentar uma aproximação do animal. Cuidados com o gato • O exame deve ser inicialmente tentado com o mínimo de imobilização, bastando, para tanto, a colocação de botinhas de esparadrapo após a colocação do animal na mesa. Não aperte! Cuidado ao retirar! • As unhas devem ser aparadas caso haja necessidade de um procedimento de maior duração. • Se o animal estiver mantido dentro de caixas de papelão, madeira ou mesmo sacolas de pano, a retirada do animal deve ser feita por seu proprietário. Cuidados com o gato • Os gatos mudam rapidamente de comportamento e, muitas vezes, a cooperação inicial é substituída por inquietação ou hostilidade. • Gatos muito agressivos ou assustados podem ser segurados pela pele que reveste a porção superior da região cervical, logo atrás das orelhas, o que o impedirá de virar a cabeça e morder a pessoa que realiza a contenção. • Uma outra opção seria a junção de ambos os pavilhões auriculares, com os dedos polegar e indicador de uma das mãos. Cuidados com o gato Fitas de Aviso nas Baias e Coleiras • A ideia inicial foi criada nos locais de criação de cavalos e avisa quanto ao temperamento do animal. Esta ideia foi passada para os cães com o mesmo objetivo. • Através de um laço ou de uma coleira amarela, as pessoas podem identificar se o cão é agressivo com outros animais. Ou se ele não gosta de crianças, ou mesmo se ele não aceita pessoas de certas características. Fitas de Aviso nas Baias e Coleiras • Friendly Dog Collars • Vermelho: não devemos abordá-los. Cuidado. • Laranja: o animal não se dá bem com outros cães. • Amarelo: nervoso e imprevisível. Também pode significar que está para adoção. • Verde: livre para se aproximar sozinho ou com animais. Ele é amigável. • Azul: está de plantão ou sendo treinado, portanto não pode ser incomodado. • Branco: um cão que é surdo, cego ou com alguma deficiência. • Roxo: você não pode alimentá-lo (por algum motivo, como por questões de saúde). Outros cuidados • Animais cardiopatas podem sofrer uma parada cardíaca se muito estressados. CUIDADO! • Algumas raças possuem a característica de sofrerem parada cardíaca fulminante, cuidado com elas: Doberman e Boxer. • Observar a cor das mucosas, animais ficando roxos é sinal de que está parando de respirar! • Nunca solte o animal de vez, solte devagar, uma parte por vez. • Durante a consulta evite entrar ou sair do ambiente, só o faça em extrema necessidade. • Fale baixo durante a consulta. Desligue o som do celular. • Fale com o animal em tom de carinho, se quiser cante musica calma. Ajudando ainda mais: • Se o vet não estiver anotando os sinais vitais, pergunte se ele quer que você faça. Ao fazer faça da seguinte forma: • Peso: X,XX Kg • Tº: XX,X ºC • FR: XX I/m • FC: XXX bpm • Etc... • Não demonstre qualquer reação às anormalidades, só comente o que o vet perguntar, não dê opinião ao proprietário. Motivos? Me pergunte que eu respondo. Vamos Marcar uma aula prática de contenção? Obrigado!
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