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FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM BIOMEDICINA BRUNA CARDOSO DE JESUS SIRLEIDE DA SILVA CONCEIÇÃO RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: HEMATOLOGIA LABORATORIAL GOVERNADOR MANGABEIRA-BA 2019 BRUNA CARDOSO DE JESUS SIRLEIDE DA SILVA CONCEIÇÃO RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: HEMATOLOGIA LABORATORIAL Relatório de aulas práticas apresentado à Disciplina de Hematologia do curso de Graduação em Biomedicina da Faculdade Maria Milza, como requisito parcial de avaliação. Docente: Profª Ohana Luiza Santos de Oliveira GOVERNADOR MANGABEIRA 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................4 2. PROCEDIMENTOS...............................................................................................5 2.1. CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS........................................................5 2.2. CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS...............................................6 2.3. TIPAGEM SANGUÍNEA DIRETA E REVERSA.................................................7 3. CONCLUSÃO........................................................................................................8 4. ANEXOS................................................................................................................9 REFERÊNCIAS.........................................................................................................7 INTRODUÇÃO As mudanças da hematologia laboratorial nos dias atuais são consequências dos avanços científicos e tecnológicos que vem levando-a cada vez mais à modernidade. Este fato reflete especialmente no diagnóstico laboratorial e nos procedimentos terapêuticos de algumas patologias com destaques para anemia falciforme, hemofilias e leucemias. O avanço da automação dos laboratórios além de produzir maior grau de reprodutibilidade dos resultados de exames e rapidez nas suas determinações avançou para um grau de especificidade tal que exige dos biomédicos e profissionais de laboratórios constantes atualizações. O leucograma é uma parte do hemograma tão importante quanto o eritrograma, através dele podemos analisar as células responsáveis pela defesa do organismo e, portanto, podemos avaliar a capacidade de resposta destas células frente a diferentes situações. O leucograma é composto pela contagem total e diferencial de leucócitos e pela avaliação morfológica dos mesmos no esfregaço sanguíneo. As câmaras de Neubauer são utilizadas para contagem total ou global de leucócitos. Estas são dispositivos que consistem em uma lâmina grossa de uso microscópico com uma profundidade específica para depósito da amostra. Seu centro é formado por duas câmaras nas quais são gravadas linhas divididas em quadrantes de dimensões conhecidas, chamadas de malhas de leitura. Como há a padronização destes quadrantes é possível visualizar a amostra ao microscópio e assim realizar a contagem determinando o número de células presentes naquela área determinada. A contagem diferencial também é um método de grande importância, pois este pode definir perfis patológicos, e é fornecida pela análise conjunta dos equipamentos automatizados e pela leitura do esfregaço corado, que avalia as diferentes formas leucocitárias, facilitando o diagnóstico. Diversos exames possuem grande relevância para o contexto da hematologia laboratorial e a tipagem sanguínea direta e reversa também é um destes. Este teste classifica o sangue de acordo com a presença dos antígenos principais A e B na superfície das hemácias e de acordo com os anticorpos séricos anti-A e anti-B. A tipagem sangüínea ABO, usando tanto o método direto quanto o reverso, é necessária antes de uma transfusão, por exemplo, para evitar uma reação letal. Na tipagem direta, as hemácias do paciente são misturadas ao soro anti-A, e, então, com o soro anti-B, a presença ou ausência de aglutinação determina o tipo sanguíneo. Na tipagem reversa, os resultados do método direto são verificados pela mistura do soro do paciente com células conhecidas do grupo A e grupo B. A determinação do grupo sanguíneo é confirmada quando os resultados da tipagem direta e reversa coincidem perfeitamente. Sendo estes exames de grande importância para o entendimento sobre hematologia laboratorial, o objetivo das aulas práticas foi respectivamente realizar a contagem global e específica dos leucócitos, representados pela leucometria e pelo estudo quantitativo; obter esfregaços sanguíneos para análise diferencial dos leucócitos e estabelecer o grupo sanguíneo de acordo com o sistema ABO. 2. PROCEDIMENTOS 2.1. CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS MATERIAIS · Tubo de ensaio para coleta à vácuo (EDTA) · Seringas com agulha (5 mL) · Garrote para coleta · Algodão (pacote) · Luvas · Bandagem de Proteção pós Coleta · Pipeta de 100µL · Pipeta de 20µL · Ponteiras para pipetas de 100µL · Ponteiras para pipetas de 20µL · Microscópios · Câmara de Neubauer · Frasco de Álcool 70% · Líquido de Turck PROCEDIMENTO · Colher 5 mL de sangue por punção venosa (Tubo com EDTA); · Pipetar 400µL do líquido diluidor (Turck) em um tubo de ensaio. · Com a pipeta transferir 20µL de sangue. Limpar a parede externa da ponteira com auxílio de papel absorvente. · Transferir os 0,02 ml de sangue para o tubo com o líquido diluidor, lavando com ele o interior da ponteira por aspiração e expulsão do líquido. A diluição é de 1:21 · Agitar suavemente por inversão para uma correta homogeneização. · Com uma pipeta preencher os retículos da câmara de contagem, evitando excesso de líquido e bolhas de ar sob a lamínula aderida firmemente à câmara. · Deixar repousar por dois minutos para sedimentação dos glóbulos. · Focalizar a preparação com pequeno aumento no microscópio para localizar o retículo e observar a distribuição uniforme dos leucócitos. Observar então, com aumento de 100X ou 400X, conforme necessidade. · Fazer a contagem de todas as hemácias encontradas nos quadros marcados “L” na figura relativa ao retículo de Neubauer, ou seja, 4mm². · Sistematizar a contagem e contar os elementos em negro. 2.2. CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS MATERIAIS · 1 Centrífuga para tubos 3-5ml · 5 Suporte para coloração de lâminas hematológicas · 3 Microscópios · 200 ml de corante panótico em frasco conta gotas · 1L de água destilada · 200 ml de corante Romanowsky em frasco conta gotas · 200 ml de metanol absoluto PROCEDIMENTO · Colocar uma pequena gota de sangue na extremidade da lâmina fosca. · Tocar o rebordo de uma lâmina de bordo íntegro, de preferência lapidada, na gota de sangue, formando um ângulo de 45º, deixando o sangue se espalhar por capilaridade. · Impelir a lâmina, guardando sempre o mesmo ângulo, da direita para esquerda com um movimento firme e uniforme sem separar uma lâmina da outra. Forma-se então uma delgada camada de sangue. Secar. Identificar · Cobrir o esfregaço com corante por 2 a 4 minutos ( observar o tempo do corante). Fase de fixação. · Colocar o mesmo volume de água destilada, gotejando sobre a lâmina sem derramar. Marcar de 7 a 10 minutos ( ver o tempo do corante). Fase de coloração. · Nas colorações tipo Panótico ou de Pappenheim, merecidamente chamadas de rápidas, a coloração é realizada imergindo a extensão sanguínea por 10 segundos em cada um dos três componentes da coloração, na ordem indicada, alternando o mesmo tempo de imersão com a retirada do excesso de corante tocando a ponta da lâmina de vidro em um papel absorvente. · A coloração de um esfregaço por um corante tipo Romanowski possui fases, separadas em: - Fixação: na qual a preparação a ser corada é previamente fixada, geralmente com metanol. O corante Romanowski, preparado em solução alcoólica, quando aplicado sobre a lâmina realiza esta etapa. - Coloração: adiciona-se água de coloração (água tamponada com pH=7,0 ou água destilada recentemente fervida) sobre o corante, ionizam-se os sais contidos na solução. - Lavagem: após a coloração, as lâminas são lavadas sob jato de água corrente e então secas ao ar. · Observarao microscópio. 2.3. TIPAGEM SANGUÍNEA DIRETA E REVERSA MATERIAIS PARA PROVA DIRETA · 1 lâmina · Anticorpos anti-A, anti-B e anti-AB · Identificar na lâmina A, B, AB; · Amostra sanguínea PROCEDIMENTO · Nas lâminas adequadamente identificadas, colocar uma gota de sangue; · A cada marcação de identificação colocar os anticorpos antiA, antiB e antiAB, respectivamente; · Homogeneizar as gotas; · Fazer a leitura da aglutinação contra um fundo iluminado MATERIAIS PARA PROVA REVERSA · 1 Lâmina com identificações a e b; · Amostra sanguínea · Soro da amostra PROCEDIMENTO · Identificar lâmina com a e b; · Colocar gota do soro da amostra · Adicionar a lâmina uma gota de hemácias A1 a 5% e, uma gota de hemácias B a 5%, respectivamente nas suas marcações; · Homogeneizar; · Fazer a leitura da aglutinação contra um fundo iluminado; 3. CONCLUSÃO O presente relatório retificou a importância do conhecimento em hematologia laboratorial para fechar um diagnóstico com devida precisão. Patologias podem ser identificadas a partir da contagem global de leucócitos, indicando deficiência ou não no Sistema Imunológico do paciente, bem como a contagem diferencial de leucócitos auxilia na identificação da diferentes formas leucocitárias, podendo verificar se há algum patógeno envolvido em uma possível alteração ou se existe algum distúrbio proveniente da medula óssea. O conhecimento sobre tipagem sanguínea direta e reversa também promoveu o entendimento sobre a determinação correta do grupo sanguíneo e sua importância para realizar uma transfusão, por exemplo. 4. ANEXOS Anticorpos Câmara de Neubauer Materiais para a tipagem sanguínea Reação de aglutinação 5. REFERÊNCIAS Contagem Diferencial de leucócitos. Disponível em: < https://www.ufrgs.br/lacvet/diferencial.htm> . Acesso em 29 de Outubro de 2019. Imuno-hematologia Laboratorial, Minstério da Saúde, Brasília – DF, 2014. NAOUM, P. C. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. vol.23 no.2 São José do Rio Preto May/Aug. 2001. Técnico em Hemoterapia, Livro Texto, Brasília – DF, 2013.
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