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Prática Clínica e Cuidados de Saúde do Adulto


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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Cristina Rodrigues Padula Coiado
Colaboradoras: Profa. Raquel Coutinho Machado
 Profa. Renata Guzzo Souza Belinelo 
 Profa. Laura Cristina da Cruz Dominciano
Prática Clínica e 
Processos de Cuidar da 
Saúde do Adulto
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Professora conteudista: Cristina Rodrigues Padula Coiado
Cristina Rodrigues Padula Coiado é formada em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (1993), 
realizou especialização (modalidade residência) em enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (1996) e 
tem mestrado em Medicina na área de Ciências da Saúde na mesma Universidade (2000). Atuou como enfermeira 
intensivista e preceptora da residência de Enfermagem no Hospital São Paulo, além de implantar programas de 
tratamento do tabagismo e de feridas na comunidade. Desde 2002 é docente do curso de graduação de Enfermagem 
da Universidade Paulista, atuando nas diversas áreas de saúde do adulto. É autora de quatro artigos científicos na área 
de saúde do adulto e dois capítulos de livros, um na área de educação em saúde e outro sobre terapia intravenosa. É 
palestrante do Conselho Regional de São Paulo (Coren‑SP) e da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben‑SP).
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C678q Coiado, Cristina Rodrigues Padula.
Prática Clínica e Processos de Cuidar da Saúde do Adulto/ 
Cristina Rodrigues Padula Coiado. ‑ São Paulo: Editora Sol, 2018.
128 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXIV, n. 2‑036/18, ISSN 1517‑9230.
1. Práticas clínicas. 2. Saúde do adulto. 3. Processos e cuidados. 
I. Título
CDU 616‑083‑053.8
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona‑Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Talita Lo Ré
 Giovanna Oliveira
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Sumário
Prática clínica e processos de cuidar 
da saúde do adulto
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 10
Unidade I
1 ATENÇÃO PRIMÁRIA: PROCESSO DE ENVELHECIMENTO COM 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES POR PRESSÃO ..................................................................... 13
1.1 Consulta de enfermagem em unidade básica de saúde (UBS): saúde do idoso ......... 19
2 ATENÇÃO PRIMÁRIA: PROCESSO DE ENVELHECIMENTO COM DOENÇA 
CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL (DCNT) – HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) .......... 21
2.1 Consulta de enfermagem em UBS: idosa com doença crônica não 
transmissível (DCnT) – hipertensão arterial sistêmica (HAS) ..................................................... 25
Unidade II
3 ATENÇÃO SECUNDÁRIA: CONSULTA DE ENFERMAGEM EM AMBULATÓRIO DE 
ESPECIALIDADES – ASMA BRÔNQUICA ..................................................................................................... 31
3.1 Diagnóstico clínico .............................................................................................................................. 32
3.2 Caso clínico: consulta de enfermagem em ambulatório de 
especialidades – asma brônquica .......................................................................................................... 33
4 ATENÇÃO SECUNDÁRIA: CONSULTA DE ENFERMAGEM EM AMBULATÓRIO DE 
ESPECIALIDADES – DIABETES MELITOTIPO II ........................................................................................... 35
4.1 Classificação ........................................................................................................................................... 35
4.2 Fisiopatologia do diabetes melito tipo II .................................................................................... 36
4.3 Sinais e sintomas da hiperglicemia ............................................................................................... 37
4.4 Coma hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico ................................................................... 37
4.5 Cetoacidose diabética ......................................................................................................................... 38
4.6 Hipoglicemia .......................................................................................................................................... 38
4.7 Complicações crônicas ....................................................................................................................... 38
4.8 Caso clínico: consulta de enfermagem em ambulatório 
de especialidades – diabetes melito tipo II ....................................................................................... 39
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Unidade III
5 ATENÇÃO TERCIÁRIA: RECUPERAÇÃO DA SAÚDE COM AFECÇÕES CLÍNICAS 
CARDIORRESPIRATÓRIAS................................................................................................................................. 45
5.1 Dor precordial por síndrome coronariana aguda (SCA) ....................................................... 45
5.1.1 Diagnóstico ............................................................................................................................................... 46
5.1.2 Tratamento inicial: monab .................................................................................................................. 48
5.1.3 Tratamento: trombólise química ...................................................................................................... 48
5.1.4 Tratamento: angioplastia ..................................................................................................................... 48
5.1.5 Tratamento: cirurgia de revascularização do miocárdio ........................................................ 48
5.1.6 Intervenções de enfermagem para a dor torácica relacionada à
isquemia do miocárdio .................................................................................................................................... 49
5.1.7 Caso clínico de SCA em unidade clínica de internação hospitalar .................................... 50
5.2 Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ....................................................................................... 52
5.2.1 Insuficiência cardíaca direita ............................................................................................................. 54
5.3 Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) .......................................................................... 59
5.3.1 Entendendo o processo de respiração ............................................................................................60
5.3.2 Exames e avaliação ................................................................................................................................ 63
5.3.3 Intervenções .............................................................................................................................................. 63
5.3.4 Fatores de risco ........................................................................................................................................ 64
5.3.5 Características .......................................................................................................................................... 64
5.3.6 Manifestações clínicas do DPOC ...................................................................................................... 65
5.3.7 Sinais e sintomas na DPOC ................................................................................................................. 65
5.3.8 Diagnóstico do DPOC ............................................................................................................................ 66
5.3.9 Intervenções de enfermagem para o diagnóstico de enfermagem 
“troca de gases prejudicada” relacionado ao DPOC ............................................................................. 66
5.3.10 Caso clínico de DPOC em unidade clínica de internação hospitalar............................... 67
6 ATENÇÃO TERCIÁRIA: RECUPERAÇÃO DA SAÚDE COM AFECÇÕES 
CLÍNICAS RENAIS E NEUROLÓGICAS .......................................................................................................... 69
6.1 Insuficiência renal crônica (IRC) ..................................................................................................... 69
6.1.1 Exames para avaliar função glomerular ........................................................................................ 70
6.1.2 Tipos de insuficiência renal: aguda e crônica ............................................................................. 70
6.1.3 Caso clínico de IRC em unidade clínica de internação hospitalar ...................................... 77
6.2 Acidente vascular cerebral isquêmico (AVC I) .......................................................................... 79
6.2.1 Caso clínico de AVC I em unidade clínica de internação hospitalar .................................. 82
Unidade IV
7 ATENÇÃO TERCIÁRIA: RECUPERAÇÃO DA SAÚDE COM AFECÇÕES 
CIRÚRGICAS NEOPLÁSICAS ............................................................................................................................ 89
7.1 Lobectomia direita com ressecção de tumoral ........................................................................ 89
7.1.1 Principais complicações no pós‑operatório mediato e cuidados 
de enfermagem relacionados ....................................................................................................................... 90
7.1.2 Caso de lobectomia direita com ressecção de tumoral em unidade 
cirúrgica de internação hospitalar .............................................................................................................. 93
7.2 Mastectomia direita por câncer (CA) de mama em tratamento 
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quimioterápico com complicação ......................................................................................................... 95
7.2.1 Processo fisiopatológico ...................................................................................................................... 96
7.2.2 Fatores de risco ........................................................................................................................................ 96
7.2.3 Tratamento ................................................................................................................................................ 96
7.2.4 Assistência de enfermagem para sintomas específicos de paciente 
em tratamento de câncer ............................................................................................................................... 97
7.3 Caso de plaquetopenia por complicação de tratamento 
quimioterápico em unidade cirúrgica de internação hospitalar ............................................100
8 ATENÇÃO TERCIÁRIA: RECUPERAÇÃO DA SAÚDE COM AFECÇÕES 
CIRÚRGICAS DO SIATEMA DIGESTÓRIO ...................................................................................................103
8.1 Colectomia parcial com colostomia por doença de Crohn ...............................................103
8.1.1 Caso de colectomia parcial com colostomia em unidade cirúrgica 
de internação hospitalar ...............................................................................................................................105
8.2 Cirrose hepática e nutrição enteral ............................................................................................107
8.2.1 Caso de cirrose hepática em unidade cirúrgica de internação hospitalar .................... 113
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APRESENTAÇÃO
A disciplina Prática Clínica do Processo de Cuidar na Saúde do Adulto fundamenta o processo de 
formação profissional por oferecer embasamento teórico e prático para as ações do cuidar nos âmbitos 
da assistência ao indivíduo, enfatizando a avaliação clínica e a determinação de demandas de cuidar, 
produto da interação com o cliente, a equipe interdisciplinar e o contexto organizacional.
Este livro‑texto tem como objetivo primordial capacitar o estudante a planejar, executar e avaliar 
o cuidado de enfermagem relacionado ao adulto nos diferentes cenários de atuação do enfermeiro, 
relacionando a avaliação clínica e psicossocial ao raciocínio diagnóstico para a tomada de decisão, 
mediante a articulação dos conteúdos teóricos apreendidos em disciplinas estudadas anteriormente, 
adotando o processo de enfermagem como metodologia de trabalho.
O aluno, ao final do curso, deverá estar apto a compreender e executar as fases do processo de 
enfermagem (investigação, diagnóstico, plano assistencial, implementação e avaliação) nos diferentes 
níveis de atenção à saúde do adulto, analisando as situações que demandem tomada de decisão e 
buscando soluções clínicas na literatura especializada, estando capacitado para realizar a Sistematização 
da Assistência de Enfermagem (SAE) por meio da consulta de enfermagem.
Segundo decisão Cofen 001/2000 de 4 de janeiro de 2000, a SAE é a dinâmica das ações 
sistematizadas e inter‑relacionadas que visa à assistência ao ser humano com o objetivo de atender as 
necessidades individualizadas do cliente, da família e da comunidade por meio de método específico. O 
Processo de Enfermagem é utilizado como método para sistematizar o cuidado, propiciando condições 
para individualizar e administrar a assistência, possibilitando maior integração do enfermeiro com o 
paciente, a família, a comunidade e com a própria equipe. A SAE consiste em uma atividade privativa 
do enfermeiro. Na resolução de número 159 do Cofen (2017), explicita‑se que em todos os níveis 
de assistência à saúde, seja em instituição pública ou privada, a consulta de enfermagem deve ser 
obrigatoriamente desenvolvida na assistência de enfermagem.
Este material está dividido em quatro partes que abordam a assistência de enfermagem para o 
cliente/paciente nos diferentes cenários de atuação do enfermeiro, envolvendo a atenção primária, 
atendimento que demanda baixo grau de complexidade tecnológica e aborda a promoção e prevenção 
da saúde, realizado em Unidade Básica de Saúde (UBS). A atenção secundária, atendimento que 
demanda nível intermediário de complexidade tecnológica e especialidade e aborda a recuperação da 
saúde, realizado em ambulatórios específicos é abordada na sequência. A apresentação da atenção 
terciária, que demanda um maior grau de complexidade tecnológica e especialidades, falando da 
recuperaçãoda saúde e sendo realizado com o paciente internado em hospital, foi dividida em duas 
partes, uma abordando a assistência ao paciente com problemas de saúde clínicos, e a outra, tratando da 
assistência ao paciente com problemas de saúde cirúrgicos. Com muito carinho e cuidado, este material 
foi elaborado para que você possa usufruir de mais uma ferramenta para seus estudos, lendo novos 
textos, treinando a resolução de casos clínicos e exercícios sobre a disciplina Prática Clínica do Processo 
de Cuidar na Saúde do Adulto.
Bom estudo!
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INTRODUÇÃO
O processo de trabalho do enfermeiro se divide nas dimensões: gerencial, assistencial, educativa 
e de pesquisa. Esta disciplina aborda o processo de trabalho do enfermeiro na dimensão assistencial, 
isto é, prestação do cuidado direto ao paciente, através do desenvolvimento da Sistematização da 
Assistência de Enfermagem (SAE) em estudos de casos, utilizando o raciocínio crítico para correlação 
das alterações descritas no caso, identificadas na entrevista e exame físico, relacionando‑as à 
fisiopatologia do quadro em questão. Após isso, é realizado o raciocínio diagnósticos com elaboração 
dos diagnósticos de enfermagem do sistema de classificação de diagnóstico de enfermagem da North 
American Nursing Diagnosis Association – International (taxonomia Nanda‑I) e o planejamento da 
assistência individualizada com elaboração das intervenções de enfermagem utilizando o sistema de 
classificação Nursing Interventions Classification (taxonomia NIC) e dos resultados esperados, usando 
o sistema de classificação Nursing Outcomes Classification (taxonomia NOC) e, por último, é proposta 
a implementação da assistência de enfermagem segura e individualizada para a pessoa do caso em 
questão. A utilização da SAE contribui para uma assistência mais segura ao paciente por promover um 
cuidado individualizado centrado no indivíduo e na sua família, não apenas na doença, mas voltado para 
a eficiência dos resultados, prevenindo erros e repetições desnecessárias e melhorando a comunicação 
entre os membros da equipe, o paciente e a família.
O método científico que utilizamos para realização da SAE é o Processo de Enfermagem, que 
corresponde a um instrumento que provê um guia sistematizado para o desenvolvimento de um estilo 
de pensamento direcionador dos julgamentos clínicos necessários para o cuidado de enfermagem. O 
Processo de Enfermagem é composto por cinco fases.
A primeira é a Investigação, que consiste na coleta de dados ou histórico de enfermagem, momento 
em que são realizados entrevista e exame físico, procurando evidências do funcionamento anormal ou 
de fatores de risco que possam contribuir para os problemas de saúde. Na segunda fase, o Diagnóstico 
de Enfermagem, são identificados, após análise dos dados coletados na primeira fase, os problemas 
vigentes ou potenciais, que constituem a base para a seleção de intervenções de enfermagem e dos 
resultados esperados pelos quais o enfermeiro é responsável. A terceira fase é o Planejamento da 
Assistência, que consiste na determinação das prioridades que serão o foco do enfermeiro, definindo 
quais serão delegadas e quais serão encaminhadas, com a determinação das intervenções de enfermagem 
e o estabelecimento dos resultados esperados (metas), além do prazo para tal. A quarta fase é a 
Implementação da Assistência de Enfermagem, isto é, a real prestação de cuidados de enfermagem 
através das prescrições de enfermagem (quem realiza o cuidado prescrito deve registrar na anotação 
de enfermagem). A quinta e última fase é a Avaliação, que determina se os resultados desejados foram 
atingidos ou se são necessárias modificações; é registrada na forma de Evolução de Enfermagem.
Os sistemas de classificação em enfermagem são instrumentos tecnológicos que nos fornecem uma 
linguagem padronizada (taxonomia) a ser utilizada no processo de enfermagem e na documentação da 
prática profissional.
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Para a fase diagnóstica do processo de enfermagem, utilizamos o sistema de classificação de 
diagnósticos de enfermagem da North American Nursing Diagnosis Association – International 
(Nanda‑I), que conceitua diagnóstico de enfermagem como um julgamento clínico sobre as respostas 
do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde/processos vitais reais ou potenciais.
Elaborar um diagnóstico de enfermagem requer análise, síntese e acurácia ao interpretar e fazer com 
que dados clínicos complexos tenham sentido, isto é, processo de pensamento crítico que permite ao 
enfermeiro tomar decisões quanto aos resultados esperados do paciente e às intervenções necessárias 
para ajudar a obter esses resultados.
Um dos tipos de diagnóstico de enfermagem apresentados nessa taxonomia é o real, que descreve 
respostas humanas a condições de saúde/processos vitais que existem em um indivíduo, família ou 
comunidade. É sustentado pelas características definidoras (manifestações clínicas ou sinais e sintomas) 
e o fator relacionado, a causa do problema ou fator etiológico. Outro tipo de diagnóstico de enfermagem 
é o de risco, que descreve respostas humanas a condições de saúde/processos vitais que podem 
desenvolver‑se em um indivíduo, família ou comunidade vulneráveis. É sustentado por fatores de risco 
que contribuem para uma vulnerabilidade aumentada. Também temos os diagnósticos de enfermagem 
de bem‑estar, que descrevem respostas humanas a níveis de bem‑estar em um indivíduo, família ou 
comunidade que tem um potencial de aumento para um estado mais alto.
Assim, os elementos estruturais de um diagnóstico de enfermagem da Nanda consistem na definição 
do diagnóstico, nas características definidoras e nos fatores relacionados.
O uso do diagnóstico de enfermagem oferece aos enfermeiros uma linguagem comum para 
a identificação dos problemas do paciente e proporciona a base para a seleção de intervenções de 
enfermagem para atingir resultados pelos quais o enfermeiro é responsável (etapa de planejamento da 
assistência de enfermagem).
Para a fase de planejamento da assistência de enfermagem, utilizamos o sistema de classificação das 
intervenções de enfermagem NIC (Nursing Interventions Classification) e o sistema de classificação de 
resultados de enfermagem NOC (Nursing Outcomes Classification).
Para a seleção de intervenções de enfermagem, devemos levar em conta as características definidoras 
do diagnóstico de enfermagem, o resultado esperado para o cliente/paciente, a viabilidade da execução da 
intervenção e a aceitação da intervenção pelo cliente/paciente. A classificação inclui intervenções que os 
enfermeiros realizam de forma independente ou colaborativa no cuidado direto ou indireto dos clientes.
Para a seleção de resultados de enfermagem, devemos levar em consideração as características 
definidoras, os fatores relacionados ao diagnóstico de enfermagem que foram estabelecidos 
e as características do cliente que podem afetar o alcance dos resultados – nos casos serão 
apresentados os resultados NOC (Nursing Outcomes Classification) para mensurar a resolução 
dos diagnósticos de enfermagem.
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Exemplo de como classificar um NOC: o autocontrole da doença crônica pode ser definido como 
as ações pessoais para controlar uma doença crônica, seu tratamento e prevenção da progressão da 
doença e suas complicações. Ao classificar o diagnóstico de enfermagem falta de adesão avaliamos 
que a capacidade de autocontrole da doença crônica está prejudicada. Essa classificação é feita 
através de uma escala de Likert, que vai de 1 a 5 (1 = nunca demostrado, 2 = raramente demostrado, 3 
= algumas vezes demostrado, 4 = frequentemente demostrado, 5 = consistentemente demostrado). Na 
primeira consulta, a capacidade de autocontrole da doença crônicapode estar em 1 e o enfermeiro, a 
partir das orientações e da sensibilização do paciente para o autocuidado, propõe a meta do resultado 
para 3. Deve‑se lembrar que mudar um comportamento ou um hábito de vida é muito difícil e não 
devemos impor uma alta expectativa de mudança num primeiro momento, pois isso pode frustrar tanto 
a nós quanto ao paciente, podendo até fazer com que o paciente não volte e abandone o tratamento.
Assim, mensurar os resultados e identificar os progressos do cliente/paciente ao logo do tempo 
fornece uma ferramenta para mensurar a qualidade do cuidado prestado ao cliente.
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PRÁTICA CLÍNICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO
Unidade I
1 ATENÇÃO PRIMÁRIA: PROCESSO DE ENVELHECIMENTO COM PREVENÇÃO E 
TRATAMENTO DE LESÕES POR PRESSÃO
O caso que será apresentado para realizar a SAE é de uma senhora de 72 anos com vários problemas 
identificados durante a consulta de enfermagem. Para realizar o raciocínio crítico, o julgamento 
diagnóstico e planejar a assistência no sentido de atingir os resultados esperados, vamos rever a 
fundamentação científica sobre o processo do envelhecimento e a prevenção de lesão.
O envelhecimento engloba alterações no curso da vida comum a todas as pessoas, alterações essas 
que envolvem componentes biológicos, sociais e psicológicos. A idade cronológica da pessoa nem sempre 
é indicativa da idade biológica, e as alterações relacionadas à idade são modificadas por ambiente, 
cultura, raça, etnia, hereditariedade e eventos patológicos.
 Observação
A capacidade de manter as habilidades físicas e mentais necessárias 
para uma vida independente e autônoma é chamada de capacidade 
funcional. Estudos revelam que cerca de 40% dos indivíduos com 65 anos 
ou mais precisam de algum tipo de ajuda e 10% requerem auxílio para 
realizar tarefas básicas.
A dependência física e a mental constituem fatores de risco significativos para mortalidade, 
mais relevantes até que a própria doença que levou à dependência. Nem todo o dependente perde a 
autonomia, mas a dependência mental é a que mais leva à perda da autonomia.
No período de 1950 a 2025, segundo projeções da OMS (IBGE, [s.d.]), no Brasil o grupo de idosos 
deverá ter um aumento de 15 vezes, enquanto a população total em cinco, ocupando o sexto lugar 
quanto ao contingente de idosos, sendo a diminuição da fecundidade a partir dos anos 1960 o principal 
contribuinte para esse fato. Também temos um aumento da expectativa de vida, que nos anos 1950 era 
de 43,2 anos e, em 2000, passou para 68,5 anos.
As mulheres idosas superam o número de homens idosos em duas a três vezes, sendo problemas 
relacionados à viuvez: viver sozinho, enfrentar a perda do companheiro, dificuldade de encontrar outra 
companhia, falta de um cuidador e problemas financeiros.
A Lei nº 8.842 (BRASIL, 1994) define a atuação do governo, indicando as ações específicas das 
áreas envolvidas e buscando criar condições para que sejam promovidas a autonomia, a integração e 
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Unidade I
a participação do idoso na sociedade, assim consideradas as pessoas com 60 anos ou mais, conforme 
consta no Estatuto do Idoso – descrito na Lei 10.741 de 1º de outubro de 2003 (BRASIL, 2003).
O Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003) destina‑se a regular os direitos assegurados às pessoas com idade 
igual ou superior a 60 anos. Em seus artigos relata‑se que o idoso goza de todos os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, sendo assegurado, por lei ou outros meios, todas as oportunidades e 
facilidades para a preservação da sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, 
espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Também define que é obrigação da família, da 
comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação 
do direito à vida, à saúde, à educação, à alimentação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à 
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Porém, em nossa sociedade, ainda existe preconceito em relação ao idoso, havendo atitudes e 
estereótipos contra pessoas por causa de sua idade. Um exemplo de estereótipo é a visão das pessoas 
idosas como dependentes, inúteis, vulneráveis, dementes ou carentes de assistência. Atitudes negativas 
também incluem não valorizar opiniões e contribuições dos idosos, tratá‑los com desrespeito, ignorá‑los 
ou subestimá‑los. O preconceito pode afetar a atitude dos profissionais e o cuidado: por exemplo, 
encarar o envelhecimento como uma experiência negativa ou como um inevitável declínio cognitivo e 
físico influenciará os cuidados de enfermagem.
As alterações biológicas relacionadas ao processo de envelhecimento normal envolvem vários sistemas.
• Sistema cardiovascular: ocorre a diminuição do débito cardíaco, o aumento da pressão sanguínea 
e da resistência vascular.
• Sistema respiratório: ocorre diminuição da capacidade vital, da troca gasosa e da eficiência da 
tosse.
• Sistema genitourinário: a redução do fluxo sanguíneo renal, hiperplasia da próstata e relaxamento 
dos músculos perineais.
• Sistema gastrointestinal: ocorre diminuição na salivação, retardo no esvaziamento do esôfago e 
estômago, redução da motilidade intestinal e retardo na liberação da insulina.
• Sistema musculoesquelético: acontece minoração da massa óssea, muscular e da altura, havendo 
também degeneração da cartilagem articular.
• Sistema tegumentar: ocorre diminuição da espessura epiderme‑derme e da elasticidade, há 
redução da secreção de sebo pelas glândulas sebáceas e do número de glândulas sudoríparas, 
além da diminuição do leito vascular com fragilidade dos vasos sanguíneos.
Assim, a pele é considerada um dos órgãos que mais sofre transformações à medida que a 
idade avança. A integridade cutânea é importante para que o organismo mantenha a barreira de 
proteção ao meio externo, defendendo‑se das diversas agressões. Tal fato evidencia a necessidade 
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de cuidados específicos para a pele do idoso que atendam às alterações do sistema tegumentar e 
mantenham sua integridade.
Quando ocorre ruptura da pele, temos uma ferida que é definida como qualquer lesão em tecidos 
epitelial, mucosa ou órgãos que provoquem prejuízo das suas funções.
A cicatrização é a transformação do tecido de granulação em tecido cicatricial, sendo a cicatriz a 
etapa final do processo curativo da ferida. A cicatrização envolve três fases:
• Primeira fase: resposta inflamatória ou exsudativa, caracterizada por sinais de inflamação (dor, 
calor, rubor, edema) e perda da função, mediada por leucotrienos G para realizar a limpeza do 
leito da ferida, fator ativador das plaquetas para a hemostasia, serotonina e histamina para 
vasodilatação com aumento da permeabilidade vascular e estimulação das fibras nervosas. Essa 
fase se estende de um a seis dias.
• Segunda fase: resposta proliferativa, essa fase se estende de dois a 24 dias e se inicia com a 
formação do tecido de granulação, um tecido conjuntivo muito vascularizado (grânulos). Assim, 
nessa fase ocorre a angiogênese e fibroblastos sintetizam colágeno. O tecido de granulação é 
vermelho brilhante com nódulos violáceos. Também nessa fase ocorre a contração, relacionada 
à presença dos fibroblastos que liberam miosina e actínia, diminuindo o tamanho da lesão e 
o tempo de cicatrização. A epitelização é a última etapa da fase proliferativa, consistindo na 
multiplicação e na migração das células epiteliais das bordas para o centro da ferida, durante o 
processo cicatricial. Representa a primeira cicatriz, e o epitélio novo possui aspecto róseo.
• Terceira fase: maturação, essa fase se estende por até dois anos ou mais, ocorrendodiminuição 
da permeabilidade capilar, reorganização do colágeno e formação da cicatriz (que, no início clara 
e plana, vai se tornando mais rígida e escurecida com o depósito de colágeno, para, então, com 
o passar do tempo, ficar mais clara, menos rígida e mais plana). Temos uma cicatriz hipertrófica 
quando existe deposito anormal de grande quantidade de colágeno.
As feridas são classificadas em quatro estágios de acordo com o comprometimento tecidual:
• Estágio I: ocorre o comprometimento da epiderme, com formação de eritema em pele íntegra e 
sem perda tecidual.
• Estágio II: caracterizado por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento da 
epiderme, derme ou ambas.
• Estágio III: ocorre presença de úlcera profunda, com comprometimento total da pele com necrose 
de tecido subcutâneo.
• Estágio IV : ocorre extensa destruição do tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou muscular.
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Úlcera é a perda delimitada de estruturas da pele, ocorrendo em diferentes estágios de acordo 
com o comprometimento tecidual. As causas podem ser a estase venosa, gerando a úlcera venosa, 
vasculopatias, causando a úlcera arterial e neuropatias (como a diabética), causando a úlcera 
neuropática ou pé diabético.
A úlcera ou lesão por pressão é uma lesão localizada na pele e/ou tecido subjacente, normalmente 
sobre uma proeminência óssea submetida à pressão contínua do peso do paciente, cisalhamento e 
umidade no tecido, causando um processo de isquemia e morte celular.
 Observação
Cisalhamento é a deformação que sofre a pele quando sujeita à ação 
de forças cortantes, durante a mobilização do paciente em que este é 
arrastado e não erguido.
Quadro 1 – Avaliação de risco de lesão ou úlcera por pressão (Escala de Braden)
Percepção 
sensorial
Umidade da 
pele Atividade física Mobilidade Nutrição Fricção/cisalhamento
Não prejudicada 
(4)
Livre de 
umidade (4)
Caminha com 
frequência (4)
Sem 
limitação (4) Excelente (1)
Movimentos 
independentes (3)
Pouco limitada (3) Umidade ocasional (3)
Caminha 
ocasionalmente (3)
Pouca 
limitação (3) Adequada (3)
Pequena ou mínima 
dependência (2)
Muito limitada (2) Úmida (2) Senta‑se com ajuda (2)
Muito 
limitado (2) Inadequada(2)
Moderada ou máxima 
dependência (1)
Completamente 
limitada(1)
Umidade 
constante(1) Acamado (1) Imóvel (1) Pobre (1) –
Fonte: Prefeitura Do Município De São Paulo ([s.d.], p. 20).
A relação entre a pontuação e o grau de risco de lesão por pressão se dá da seguinte forma:
• maior ou igual a 16: baixo risco;
• de 11 a 15: risco moderado;
• menor que 11: alto risco.
São cuidados específicos para a prevenção de lesão por pressão:
• fazer avaliação diária da pele de pessoas com maior risco;
• manter a pele limpa e hidratada, utilizando água morna e produtos neutros;
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• proporcionar posicionamento adequado e uso de técnicas para transferência e mudança de decúbito;
• realizar mudança de decúbito pelo menos a cada duas horas;
• manter a posição lateral a 45º (e não a 90º), evitando proeminências ósseas;
• usar proteções em proeminências ósseas e colchão especial;
• aliviar a pressão a cada 15 minutos erguendo o paciente, quando sentado ou sendo cadeirante;
• avaliar aceitação da dieta e, se necessário, utilizar suplementos alimentares.
 Lembrete
A pontuação abaixo de 16 na escala de Braden significa que o indivíduo 
tem risco de moderado a alto de desenvolver lesão por pressão, sendo 
necessária a implementação de cuidados específicos para sua prevenção.
Na ocorrência de feridas/úlceras, devemos avaliá‑las em relação a três fatores:
• Diâmetro: comprimento, largura e profundidade da ferida, para acompanhar a evolução do tratamento.
• Tecido no leito da ferida: de granulação, que consiste em tecido vitalizado (composto de tecido 
conjuntivo que irá preencher o leito da ferida para a cicatrização) ou tecido desvitalizado (o qual 
deve ser retirado para ocorrer o fechamento da ferida, pois consiste de um tecido morto que irá 
prejudicar o crescimento do tecido de granulação).
• O tipo e quantidade de exsudato: o tipo de exsudato nos informa se existe infecção no 
local e como está o processo inflamatório. Os tipos de exsudato são seroso (aspecto claro, 
mais favorável ao processo de cicatrização), purulento com odor fétido (significa processo 
infeccioso) e sanguinolento (presença de sangramento). Uma quantidade excessiva prejudica 
a cicatrização em andamento.
Para tratamento das feridas/úlceras, utilizamos o curativo, que consiste em um meio terapêutico 
com aplicação de uma cobertura estéril sobre uma ferida previamente limpa. O curativo tem como 
finalidades evitar a contaminação em feridas limpas, reduzir a infecção nas feridas contaminadas, 
facilitar a cicatrização, remover as secreções, proteger a ferida e diminuir a dor.
As indicações terapêuticas para o tratamento de feridas são realizadas conforme a avaliação do 
tecido no leito da ferida e do exsudato. Assim, para feridas com tecido de granulação ou para prevenção 
de lesões, é indicada a cobertura de hidrocoloide, que consiste em espuma de poliuretano externa mais 
gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica interna. Esse produto estimula a angiogênese, sendo 
contraindicado para feridas infectadas e queimaduras de 3° grau. A troca deve ocorrer sempre que o 
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gel extravasar ou a cada sete dias, deixando uma margem de 3 cm além da ferida, não necessitando 
cobertura. Também pode ser usado para feridas com tecido de granulação ou para prevenção de lesões 
o ácido graxo essencial (AGE), Dersani (ácido linoleico), que promove quimiotaxia (atração de 
leucócitos), angiogênese, mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual. A troca é 
diária e necessita de cobertura.
Para feridas com tecido desvitalizado é indicado o hidrogel, realizando o desbridamento autolítico 
(hiper‑hidratação do tecido sem manter excesso de umidade para não proliferar microorganismos) e 
a hidratação das fibras nervosas. A troca é diária e necessita de cobertura. Também pode‑se utilizar a 
papaína, que se trata de um complexo de enzimas proteolíticas retirado do látex do mamão papaia, 
capaz de realizar o desbridamento enzimático. A troca é diária e necessita de cobertura.
Para feridas sangrantes e altamente exsudativas, com exceção de lesões por queimaduras, 
deve‑se usar o alginato de cálcio, que consiste em fibras derivadas de algas marinhas com grande 
poder de absorção. A troca ocorre quando for atingida a capacidade de absorção e necessita de 
cobertura secundária.
Para feridas infectadas é indicada a placa de carvão ativado, que absorve o exsudato, atrai os 
microrganismos e filtra o odor. Deve‑se ressaltar que o carvão ativado não pode ser cortado para 
não ocorrer liberação do carvão na lesão e que a troca se dá entre 24 e 72 horas, de acordo com a 
capacidade de absorção, avaliando‑se sempre a ferida. É necessário cobertura secundária.
 Observação
Um bom curativo deve fornecer isolamento térmico, proteção mecânica, 
diminuir o tempo da troca, manter o meio úmido para cicatrização, ser 
absorvente, impermeável e aceito pelo paciente. Assim, o melhor curativo é 
aquele que mais se assemelha à pele.
 Saiba mais
O material indicado a seguir é uma ótima fonte para estudo e resolução 
de caso.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de 
Saúde. Comissão de Prevenção e Tratamento de feridas – Cogest. Atenção 
à saúde: protocolo de prevenção e tratamento de feridas. São Paulo, [s.d.]. 
Disponível em: <www.ee.usp.br/departamento/ens/sel/protocol_feridas.
pdf>. Acesso em: 18 out. 2017.
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1.1 Consulta de enfermagem em unidade básica de saúde (UBS): saúde do 
idoso
Passou em consulta de enfermagem uma senhora de 72 anos com história de queda da própria altura 
em sua residência, fraqueza, tontura, perda de 7 kg em 2 meses após morte do marido, pele e mucosas 
secas, turgor diminuído, sentindo‑se sozinha, chora ao falar no marido, mostra sinais de nervosismo e 
inquietação durante a entrevista, já não consegue andar sem auxílio, tem temperatura de 38 ºC, pressão 
arterial (PA) de 80 mmHg x 50 mmHg, pulso de 56 bpm. Apresenta lesão por pressão em região sacral 
diâmetro 5 x 3 x 1 cm, com tecido desvitalizado e pequena quantidade de secreção amarelada sem 
odor fétido. Relata que se sente sozinha e desamparada, não consegue permanecer dormindo, não tem 
vontade de comer e sabe que vai adoecer caso não se alimente, mas demonstra interesse na melhoria 
da situação em que se encontra.
Quadro 2 – Diagnósticos de enfermagem identificados de acordo com os dados de 
enfermagem coletados no caso da senhora de 72 anos
Dados de enfermagem Diagnóstico de enfermagem
Características 
definidoras Fator relacionado/risco
História de tombo da própria 
altura, fraqueza, tontura, não 
consegue andar sem auxílio
Risco de quedas/
mobilidade física 
prejudicada
Alterações na marcha
História de quedas, 
fraqueza, tontura
intolerância à atividade
Pele e mucosa secas, turgor 
diminuído, temperatura de 
38 ˚C, pressão arterial (PA) 
diminuída e pulso aumentado
Volume de líquido 
deficiente
Turgor da pele diminuído, 
pele e mucosa secas, pulso 
>, PA <
Falha dos mecanismos 
reguladores
Sinais de nervosismo e 
inquietação. Sente‑se sozinha 
e desamparada, chora ao falar 
no marido
Ansiedade
Preocupações expressas 
devido a mudanças em 
eventos da vida, insônia, 
nervosismo
Ameaça de mudança na 
função do papel e nos 
padrões de interações
Lesão por pressão em região 
sacral com diâmetro de 5 x 3 x 
1 cm, com tecido desvitalizado 
e pequena quantidade de 
secreção amarelada sem odor 
fétido.
Integridade da pele 
prejudicada
Rompimento da superfície 
da pele
Mudança no estado 
hídrico, turgor, nutrição 
desequilibrada
Temperatura de 38 ºC Hipertermia
Aumento da temperatura 
corporal acima dos 
parâmetros normais
Desidratação
Demonstrou interesse na 
melhoria da situação em que 
se encontra, sabe que vai 
adoecer caso não se alimente
Disposição para 
esperança melhorada
Expressa desejo de reforçar 
o sentimento à vida ‑
Perdeu 7 kg e não tem 
vontade de comer
Nutrição 
desequilibrada: menor 
que as necessidades 
corporais
Relato de ingestão 
inadequada de alimentos 
menos que a porção diária 
recomendada (PDR)
Incapacidade para ingerir 
nutrientes causada por 
fatores psicológicos
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Quadro 3 – Resultados esperados e intervenções de enfermagem de acordo com os 
diagnósticos de enfermagem no caso da senhora de 72 anos
Diagnóstico de enfermagem Resultado esperado (NOC) Intervenções de enfermagem (NIC)
Risco de quedas/mobilidade 
física prejudicada
Conhecimento sobre prevenção 
de quedas/ambiente domiciliar 
seguro
1) Prevenção de quedas
2) Controle do ambiente: segurança
3) Terapia com exercícios: equilíbrio e 
transporte
Volume de líquido deficiente Equilíbrio de líquido
1) Controle de líquido
2) Monitorização de líquido
Ansiedade Enfrentamento
1) Facilitação do pesar
2) Suporte emocional
3) Relaxamento muscular
4) Técnicas para acalmar
5) Terapia de grupo
Integridade da pele 
prejudicada
Integridade tissular: pele e 
mucosas
1) Cuidados com lesões por pressão
2) Controle de pressão
3) Supervisão da pele
Hipertermia Termorregulação
1) Tratamento da febre
2) Monitorização dos sinais vitais (SSVV)
3) Banho
Disposição para esperança 
melhorada
Bem‑estar pessoal/resolução do 
pesar
1) Promoção de esperança
2) Comunicação terapêutica
Nutrição desequilibrada: 
menor que as necessidades 
corporais
Estado nutricional
1) Assistência para ganhar peso
2) Planejamento da dieta
Quadro 4 – Prescrição de enfermagem de acordo com os diagnósticos de enfermagem 
identificados no caso da senhora de 72 anos
Diagnósticos de 
enfermagem Prescrição de enfermagem
Risco de quedas/
mobilidade física 
prejudicada
1. Orientar sobre o perigo de outros acidentes
2. Atenção quanto ao uso de sapato apropriado para esse momento
3. Uso de apoio ao caminhar
4. Evitar movimentação brusca
5. Realizar exercícios ativos e passivos de membros inferiores (MMII)
6. Realizar caminhadas diariamente, conforme o tolerado, com acompanhamento (grupo 
de caminhada)
Volume de líquido 
deficiente
1. Orientar sobre a importância da ingestão hídrica de 2.000 ml/dia
2. Utilizar para ingestão hídrica água, suco da preferência ou chá claro
3. Orientar a observação das eliminações vesical e intestinal
4. Hidratar a pele após higiene corporal
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Ansiedade
1. Estimular a participação em grupos afins (grupo de terceira idade, grupo religioso, 
grupo de artesanato etc.)
2. Estimular diálogo com familiares, vizinhos e amigos
3. Participar de terapia ocupacional
4. Orientar a realizar técnicas de relaxamento antes de dormir
Integridade da pele 
prejudicada
1. Realizar curativo com jato de soro fisiológico (SF) 0,9% aquecido, cobrir com hidrogel, 
utilizar cobertura secundária e anotar aspecto
2. Orientar a não ficar na mesma posição por mais de duas horas consecutivas
3. Realizar higiene íntima após evacuações
4. Hidratar a pele após o banho com AGE
5. Utilizar coxins nas proeminências ósseas
Hipertermia
1. Orientar a ingestão de líquido
2. Retirar o excesso de roupas
3. Realizar banho morno
4. Utilizar medicamento antipirético conforme prescrição
Disposição para esperança 
melhorada
1. Auxiliar na identificação de razões que contribuam para aumentar a esperança de vida
2. Envolver ativamente no próprio cuidado
3. Encorajar relações com pessoas importantes
4. Introduzir em grupo de apoio
Nutrição desequilibrada: 
menor que as 
necessidades corporais
1. Estimular a ingestão alimentos de sua preferência
2. Realizar refeições de forma fracionária de duas em duas horas
3. Ingerir alimentos ricos em carboidratos e proteínas
4. Orientar o autoconhecimento sobre suas necessidades nutricionais
2 ATENÇÃO PRIMÁRIA: PROCESSO DE ENVELHECIMENTO COM DOENÇA 
CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL (DCNT) – HIPERTENSÃO ARTERIAL 
SISTÊMICA (HAS)
O caso que será apresentado para realizar a SAE é de uma senhora de 80 anos portadora de HAS 
com vários problemas decorrentes dessa patologia, identificados durante a consulta de enfermagem. 
Para realizar o raciocínio crítico, o julgamento diagnóstico e planejar a assistência no sentido de atingir 
os resultados esperados, vamos rever a fundamentação científica sobre o processo do envelhecimento 
com DCnT–HAS.
Envelhecer sem nenhuma doença crônica é uma exceção, no entanto, não significa que o idoso 
não possa gerir sua própria vida de forma independente. Idoso saudável é aquele que não necessita de 
ajuda mesmo que seja portador de doença crônica. Assim, o envelhecimento pode ser definido como 
um processo biológico no qual ocorrem alterações das características morfológicas e fisiológicas no 
organismo ao longo do tempo.
Aproximadamente 80% dos idosos têm pelo menos uma doença crônica, como diabetes, doenças 
cardíacas, artrites, entre outras. A hipertensão arterial sistêmica é o principal problema de saúde e 
programas que ajudem o idoso a desenvolver estilos de vida saudáveis e a aprender a viver bem com a 
doença crônica auxiliam a diminuir o seu impacto e a prevenir complicações.
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Unidade I
As doenças mentais mais comuns são as demências(causadas principalmente por Alzheimer), 
isquemias cerebrais, alcoolismo e depressão. Problemas comuns relacionados ao idoso são a osteoporose, 
quedas, déficit auditivo, lesão por pressão, desidratação e constipação. A incidência de doenças agudas 
no idoso é menor, porém, quando presentes, requerem longos períodos de recuperação e costumam 
provocar mais complicações.
O idoso consome mais serviços de saúde, suas internações são mais frequentes e longas do que na 
população em geral, porém esse custo não é revertido em seu benefício, pois a abordagem é focada na 
queixa principal, não sendo avaliado o psicossocial. Ações preventivas, assistenciais e de reabilitação 
devem objetivar a melhoria da capacidade funcional ou sua manutenção ou recuperação.
A internação em casas de repouso, asilos e similares está sendo questionada até em países 
desenvolvidos, pois, em termos de custo/benefício, não se trata de um investimento muito favorável, 
e ainda existem as dificuldades relacionadas a sua manutenção. O número crescente de divórcios, de 
segundos (ou terceiros) casamentos, a migração de jovens em busca de mercados mais promissores e o 
aumento de famílias em que a mulher exerce o papel de chefe são situações que dificultam à família 
continuar a ser considerada o sistema mais efetivo de apoio aos idosos, gerando a necessidade de 
avaliação de um suporte informal a eles na sociedade brasileira. O apoio ao idoso no Brasil ainda é 
precário, uma atividade considerada preponderantemente restrita ao âmbito familiar.
O apoio informal à família constitui um dos aspectos da atenção à saúde do idoso. O Estado deve 
exercer seu papel de promoção, proteção e recuperação nos três níveis de gestão do SUS, otimizando 
o suporte familiar sem transferir para a família toda a responsabilidade. A assistência domiciliar aos 
idosos, cuja capacidade funcional está comprometida, demanda programas de orientação, informação 
e assessoria de especialistas. Assim, a dependência gera um alto custo social e familiar, além dos custos 
de saúde, compensando o investimento na assistência domiciliar, além de proporcionar a melhoria da 
qualidade de vida do idoso.
No caso mencionado anteriormente, a idosa é portadora de hipertensão arterial sistêmica. Segundo 
a 7ª Diretriz Brasileira De Hipertensão Arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016, p. 1), 
hipertensão arterial (HA) é
Condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada 
dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa 
a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de 
órgãos‑alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), 
como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes 
melito (DM). Mantém associação independente com eventos como morte 
súbita, acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio 
(IAM), insuficiência cardíaca (IC), doença arterial periférica (DAP) e doença 
renal crônica (DRC), fatal e não fatal.
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PRÁTICA CLÍNICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO
 Observação
Pressão arterial (PA) é a força exercida pelo sangue no interior das 
artérias, sendo influenciada pelo volume sistólico (VS) e pela resistência 
vascular periférica (RVP).
PA = VS x RVP
A RVP é determinada pelo tônus da musculatura vascular, pelo 
diâmetro dos vasos sanguíneos, pela viscosidade do sangue e pela 
elasticidade do vaso.
A pressão sistólica (PAS) é a pressão no sistema arterial quando os 
ventrículos estão contraídos (isto é, durante a sístole). Já a pressão diastólica 
(PAD) reflete a pressão remanescente no interior das artérias quando os 
ventrículos estão relaxados (isto é, durante a diástole).
Tabela 1 – Classificação da PA de acordo com a medição casual (ou no consultório) para 
pacientes a partir de 18 anos de idade
Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)
Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré‑hipertensão 121–139 81–89
Hipertensão estágio 1 140–159 90–99
Hipertensão estágio 2 160–179 100–109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016, p. xx).
As causas da HAS são a doença hipertensiva, porém os problemas renais, cardíacos e de 
tireoide também causam hipertensão arterial secundária. Os principais fatores de risco estão 
designados a seguir.
• Histórico familiar de hipertensão: filhos com um dos pais hipertenso apresentam 25% de 
chances de desenvolver a doença (se o pai e a mãe forem hipertensos, a probabilidade aumenta 
para 60%).
• Dieta rica em sal: o sódio presente no sal faz o corpo reter líquido, elevando a carga sobre o 
coração e aumentando o risco de hipertensão arterial. O brasileiro consome cerca de 12 g/dia de 
sal, este valor é bem acima do recomendado pela Sociedade Brasileira de Hipertensão. Segundo a 
Organização Mundial de saúde, os adultos deveriam consumir menos de dois gramas de sódio por 
dia ou menos de cinco gramas de sal.
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Unidade I
• Idade: a PA aumenta linearmente com a idade e a maioria dos casos é diagnosticada após os 40 anos.
• Fatores socioeconômicos: nível mais baixo está associado à maior prevalência e a fatores de risco.
• Sedentarismo: aumenta o risco de HAS; manter atividade física com regularidade, por sua vez, 
diminui esse risco.
• Gênero e etnia: a hipertensão é mais comum em pessoas negras, principalmente mulheres, com a 
HAS aparecendo mais cedo e evoluindo mais rápido.
• Álcool: consumir bebidas alcoólicas com regularidade e de forma abusiva pode provocar um 
aumento na pressão arterial.
• Anticoncepcionais orais: aumentam o risco de HAS, sendo indicado interromper seu uso caso 
tenha início um quadro de HAS.
• Obesidade: predispõe à HAS, sendo responsável por 20% a 30% dos casos. Sabe‑se que há um 
maior risco quando o índice de massa corpórea (IMC) é maior que (ou igual a) 30 kg/m2, e (ou) a 
circunferência abdominal é maior que (ou igual a): 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres. 
A redução de peso pode diminuir a PAS de 5 mmHg a 20 mmHg, para cada 10 kg de peso perdido.
• Colesterol: o risco é maior quando a taxa de LDL é superior a 115 mg/dl.
• Resistência à insulina aumenta o risco de HAS e, para sua identificação, temos exames como o de 
glicemia plasmática em jejum, havendo aumento de risco quando acima de 100 mg/dl (o valor 
de referência de normalidade entre 70 mg/dl a 99 mg/dL); o exame de teste oral de tolerância à 
glicose, acima de 140 mg/dl em duas horas (com valor de referência de normalidade entre 70 mg/
dl a 140 mg/dL); a hemoglobina glicada acima de 5,7% (com valor de referência de normalidade 
entre 4,5% a 5,6%).
• Diabetes melito e lesões em órgão‑alvo: considerados de alto risco cardiovascular 
independentemente dos valores de pressão arterial.
• Pré‑hipertensos: maior probabilidade de se tornarem hipertensos e maiores riscos de 
desenvolvimento de complicações cardiovasculares quando comparados a indivíduos com PA 
normal, necessitando, por isso, de acompanhamento periódico.
O aumento da pressão arterial normalmente é assintomático, ocasionando uma baixa aderência 
ao tratamento. Por isso, é responsabilidade do enfermeiro assistir essa pessoa, sensibilizando‑a sobre a 
necessidade de aderência ao tratamento e de mudança de hábitos de vida, a fim de manter os níveis 
pressóricos dentro da normalidade e evitar complicações futuras.
As complicações agudas da HAS são decorrentes das crises hipertensivas (elevação significativa 
da pressão arterial), podendo chegar a emergências hipertensivas com lesões agudas e graves na 
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microcirculação, sendo exemplos dessas lesões o acidente vascular cerebral (AVC) com lesão grave na 
microcirculação cerebral e o infarto agudo do miocárdio (IAM) com lesão gravenas coronárias.
As complicações crônicas da hipertensão arterial sistêmica ocorrem por lesões na microcirculação 
decorrentes do aumento crônico da pressão nesses vasos. Alguns exemplos são insuficiência renal 
crônica, demência vascular e retinopatia hipertensiva. Uma das principais complicações crônicas é 
a insuficiência cardíaca, causada pelo esforço crônico do coração ao bombear o sangue contra uma 
pressão aumentada, levando à hipertrofia e à dilatação da musculatura cardíaca.
 Lembrete
A manutenção dos níveis pressóricos dentro da normalidade é 
importante no acompanhamento do cliente hipertenso para evitar as 
complicações irreversíveis da HAS. Nesse caso, cabe ao enfermeiro, como 
educador em saúde, sensibilizar esse cliente para a mudança de hábitos de 
vida e para a aderência ao tratamento de um problema que, muitas vezes, 
não causa sintomas.
 Saiba mais
Para saber mais sobre o assunto, consulte o material indicado a seguir.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VII Diretriz Brasileira de 
Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 
107, n. 3, p. 1‑83, 2016.
2.1 Consulta de enfermagem em UBS: idosa com doença crônica não 
transmissível (DCnT) – hipertensão arterial sistêmica (HAS)
A senhora J. F. C., de 80 anos, é portadora de hipertensão arterial sistêmica e reside com a 
família da filha, que é sua cuidadora. A filha, no entanto, está com dificuldade para cuidar da 
mãe, relatando que ela é muito teimosa, não quer tomar a medicação e cria muitas brigas, o 
que está levando a filha a pensar na possibilidade de internar a mãe em uma casa de repouso. A 
paciente é consciente, mas desorientada com relação a tempo e espaço, falando às vezes palavras 
desconexas. Apresenta diminuição na acuidade visual e auditiva com boas condições de higiene. 
Hipocorada +/4+, desidratação leve +/4+, com ressecamento de pele, afebril, eupneica com 
murmúrio vesicular (MV) presente sem ruídos adventícios (RA). Normotensa, normocárdica, bulhas 
rítmicas normofonéticas (BRnF) em dois tempos sem sopro (BRnF em 2T s/s). Alimenta‑se com 
dificuldade, tem índice de massa corpórea (IMC) igual a 17, abdome escavado, indolor à palpação, 
ruídos hidroaéreos (RHA) diminuídos e evacuação ausente há dois dias, tendo sido regra geral 
evacuar a cada quatro ou cinco dias, com dor, fezes endurecidas. Apresenta incontinência urinária, 
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utilizando fralda com hiperemia na pele em região genital. Deambula com dificuldade, apresenta 
musculatura hipotrófica, boa perfusão periférica e ausência de edemas.
Quadro 5 – Diagnósticos de enfermagem identificados de acordo com os dados de 
enfermagem coletados no caso da senhora JFC
Dados de enfermagem Diagnóstico de enfermagem
Características 
definidoras Fator relacionado/risco
Filha com dificuldade de cuidar 
da mãe, levando‑a a pensar na 
possibilidade de interná‑la em 
uma casa de repouso
Tensão do papel de 
cuidador
Nervosismo aumentado, 
apreensão quanto à 
possível institucionalização 
do receptor de cuidados
Aumento da necessidade de 
cuidados, padrão de relações 
ineficazes
Desorientada no tempo e 
espaço, alimenta‑se e deambula 
com dificuldade
Déficit no autocuidado/ 
nas atividades de vida 
diária
Incapacidade de completar 
uma refeição, de lavar o 
corpo e se vestir, alterações 
na marcha
Prejuízo cognitivo e 
musculoesquelético
Diminuição na acuidade visual 
e auditiva Risco de quedas –
Dificuldades na marcha, 
problemas auditivos e visuais
Hipocorada, desidratação leve, 
IMC 17, abdome escavado, 
musculatura hipotrófica
Nutrição 
desequilibrada: menor 
que as necessidades 
corporais
Relato de ingestão 
inadequada de alimentos 
(menos que PDR)
Capacidade prejudicada de 
ingerir os alimentos
Uso de fralda com hiperemia 
na pele em região genital, pele 
ressecada
Risco de integridade da 
pele prejudicada –
Extremos de idade, 
emagrecimento, mudança 
no turgor de pele, fatores 
mecânicos, pele úmida
RHA diminuídos, evacuação 
ausente há dois dias (rotina tem 
sido evacuar a cada quatro ou 
cinco dias)
Constipação
Dor durante a evacuação, 
com fezes duras e 
frequência diminuída, 
mudanças nos ruídos 
abdominais
Desidratação, hábitos 
alimentares deficientes, 
fraqueza nos músculos 
abdominais
Quadro 6 – Resultados esperados e intervenções de enfermagem de acordo com os 
diagnósticos de enfermagem identificados no caso da senhora JFC
Diagnóstico de 
enfermagem Resultado esperado (NOC) Intervenções de enfermagem (NIC)
Tensão do papel de 
cuidador
Relacionamento: cuidador/
paciente
1) Melhora do enfrentamento
2) Ensino: processo de doença, dieta e 
medicamentos
3) Mediação de conflitos
Déficit no autocuidado: 
atividades de vida diária
Autocuidado: atividades de vida 
diária
1) Determinar a necessidade do indivíduo de 
assistência nas atividades essenciais à vida
2) Determinar a necessidade de mudanças para a 
segurança do lar
3) Oferecer meios de apoio e auxílio
4) Assistência no autocuidado: atividades 
essenciais da vida diária (orientar o cuidador)
Risco de quedas
Conhecimento, prevenção de 
quedas/ambiente domiciliar 
seguro
1) Prevenção de quedas
2) Controle do ambiente: segurança
3) Terapia com exercícios: equilíbrio e transporte
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Nutrição desequilibrada: 
menor que as necessidades 
corporais
Estado nutricional: ingestão de 
alimentos e líquidos
1) Assistência para ganhar peso
2) Planejamento da dieta
3) Monitorização de líquidos
Risco de integridade da 
pele prejudicada Controle de riscos
1) Cuidados com repouso no leito
2) Cuidados na incontinência
3) Controle de pressão
4) Cuidados com a pele
Constipação Eliminação intestinal
1) Treinamento intestinal
2) Terapia com exercício: controle muscular
3) Controle hidroeletrolítico e nutricional
Quadro 7 – Prescrição de enfermagem de acordo com os diagnósticos de enfermagem 
identificados no caso da senhora JFC
Diagnósticos de enfermagem Prescrição de enfermagem
Tensão do papel de cuidador
1) Orientação sobre processo de envelhecimento, doença, dieta e medicamentos
2) Encorajar a compreender a perspectiva do idoso em situação estressante
3) Oferecer sistema de apoio
4) Auxiliar o idoso a desfazer ideias errôneas
5) Encorajar o idoso a avaliar seu próprio comportamento
Déficit no autocuidado/ atividades 
de vida diária
1) Orientar o cuidador sobre como auxiliar durante as refeições
2) Ensinar ao cuidador técnicas de transferência e mobilização
3) Ensinar ao cuidador técnicas de higiene e conforto
4) Orientar o cuidador a estimular o idoso a participar do seu autocuidado
Risco de quedas
1) Orientar sobre o perigo de outros acidentes
2) Atenção quanto ao uso de sapato apropriado
3) Uso de apoio ao caminhar
4) Evitar movimentação brusca
5) Realizar caminhadas diariamente, conforme o tolerado, com acompanhamento 
(grupo de caminhada)
Nutrição desequilibrada: menor que 
as necessidades corporais
1) Manter repouso uma hora antes e duas horas após as refeições
2) Estimular e auxiliar a ingestão de alimentos de sua preferência
3) Estimular, auxiliar e anotar a ingestão de líquidos de sua preferência
4) Realizar refeições de forma fracionária (de duas em duas horas)
5) Ingerir dieta hipossódica, com baixo teor de gorduras insaturadas e rica em 
proteínas de alto valor biológico e carboidratos 
Risco de integridade da pele 
prejudicada
1) Orientar a não ficar na mesma posição por mais de duas horas consecutivas
2) Higiene íntima três vezes ao dia e após evacuação (usar pomada de prevenção 
de assaduras)
3) Utilizar coxins nas proeminências ósseas
4) Hidratar o corpo após banho com AGE 
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Constipação
1) Realizar massagem abdominal (sentidocólon ascendente, transverso e 
descendente) ao acordar
2) Estimular evacuação após desjejum
3) Realizar exercícios ativos e passivos de MMII
4) Estimular consumo de fibras com hidratação adequada
 Resumo
Nesta unidade foram apresentados dois casos clínicos para elaboração 
da SAE na atenção primária à saúde. Os casos abordaram o processo do 
envelhecimento (que engloba alterações no curso da vida comum a todas 
as pessoas, alterações essas envolvendo componentes biológicos, sociais e 
psicológicos). A idade cronológica da pessoa nem sempre é indicativa da 
idade biológica. A capacidade de manter as habilidades físicas e mentais 
necessárias para uma vida independente e autônoma é o objetivo da 
assistência de enfermagem para esse segmento da população.
O primeiro caso apresentado foi de uma senhora de 72 anos com vários 
problemas decorrentes do processo de envelhecimento, incluindo lesões 
por pressão. Os principais diagnósticos identificados foram ansiedade 
(evidenciada por sinais de nervosismo e inquietação, referir se sentir 
sozinha e desamparada e chorar ao falar no marido) e integridade da pele 
prejudicada (evidenciada por lesão por pressão em região sacral diâmetro 
5 x 3 x 1 cm, com tecido desvitalizado e pequena quantidade de secreção).
As ações prescritas pelo enfermeiro para esses problemas, com o 
objetivo de atingir os resultados esperados (NOC), para o diagnóstico de 
ansiedade foram: 1. estimular a participação em grupos afins (grupos de 
terceira idade, religiosos, de artesanato etc.); 2. estimular o diálogo com 
familiares, vizinhos e amigos; 3. participar de terapia ocupacional; 4. 
orientar a realização de técnicas de relaxamento antes de dormir.
Para o diagnóstico de integridade da pele prejudicada: 1. realizar 
curativo com jato de SF 0,9% aquecido, cobrir com hidrogel, utilizar 
cobertura secundária e anotar aspecto; 2. orientar a não ficar na mesma 
posição por mais de duas horas; 3. realizar higiene íntima após evacuações; 
4. hidratar pele após o banho com AGE.
O segundo caso foi de uma senhora de 80 anos portadora de HAS. 
Envelhecer sem doença crônica é uma exceção, no entanto, a presença de 
doença crônica não significa que o idoso não possa gerir sua própria vida 
de forma independente. O idoso saudável é aquele que não necessita de 
ajuda mesmo que seja portador de doença crônica, sendo esse o objetivo 
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da assistência de enfermagem para idosos. Os principais diagnósticos 
identificados nesse caso foram tensão do papel de cuidador (evidenciado 
pela filha com dificuldade de cuidar da mãe, levando‑a a pensar na 
possibilidade de internar a mãe em uma casa de repouso) e autocuidado 
para as atividades de vida diária (evidenciado por desorientação com 
relação a tempo e espaço, alimentação inadequada e deambulação com 
dificuldade necessitando de ajuda).
As ações prescritas pelo enfermeiro para esses problemas, com o objetivo 
de atingir os resultados esperados (NOC), para o diagnóstico de tensão do 
papel de cuidador foram: 1. orientação sobre processo de envelhecimento, 
doença, dieta e medicamentos; 2. auxiliar a compreender a perspectiva do 
idoso em situação estressante; 3. oferecer sistema de apoio; 4. auxiliar o 
idoso a desfazer ideias errôneas; 5. encorajar o idoso a avaliar seu próprio 
comportamento.
Para o diagnóstico de déficit no autocuidado atividades de vida diária: 
1. orientar ao cuidador como auxiliar durante as refeições; 2. ensinar ao 
cuidador técnicas de transferência e mobilização; 3. ensinar ao cuidador 
técnicas de higiene e conforto; 4. orientar o cuidador a estimular o idoso a 
participar do seu autocuidado.
Assim, a SAE foi realizada pautando‑se em evidências científicas, 
permitindo maior autonomia e melhora da qualidade de vida dessas idosas.
 Exercícios
Questão 1. (FCC/TRT, 2017) Para orientação de familiares quanto aos cuidados com idoso acamado 
que apresenta úlcera por pressão − UPP na região sacral em estágio I, ao reposicionar o idoso no leito, 
recomenda‑se:
A) Elevar o corpo do idoso ao invés de escorregá‑lo ao longo das superfícies.
B) Arrastar o corpo do idoso com uso de lençóis para prevenir lesões osteoarticulares no cuidador.
C) Realizar a massagem na área da lesão para melhorar a circulação local.
D) Manter o idoso na posição de proclive, para melhorar a drenagem de secreção broncopulmonar.
E) Manter a cabeceira do leito elevada com o idoso em posição dorsal, reduzindo o cisalhamento.
Resposta correta: alternativa A.
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Unidade I
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: a elevação do corpo pode ser feita por dispositivo mecânico (cama) ou com o auxílio 
de forro móvel.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: deve‑se elevar o corpo do idoso com uso de forro móvel para prevenir lesões; quanto 
menos se movimentar o corpo do idoso, maior será a prevenção.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: deve‑se evitar o risco de fricção ou forças de cisalhamento. O paciente deve ser 
posicionado de forma que seu peso seja distribuído pelo corpo, evitando pontos de pressão; é importante 
ensinar o paciente e se sentar em uma posição que possibilite tal distribuição de peso. A ferida deve ser 
limpa diariamente, para haver um controle da carga bacteriana.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o correto é manter o idoso em posição elevada para evitar a pressão na ferida.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: deve‑se manter a cabeceira do leito elevada com o idoso em posição sentada, para 
evitar forças de fricção ou cisalhamento.
Questão 2. (FCC/TRF, 2010) Segundo as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, é considerada 
hipertensão estágio I quando a pressão sistólica:
A) É menor que 120 mmHg e a diastólica menor que 80 mmHg.
B) É maior que 130‑135 mmHg e a diastólica menor que 90 mmHg.
C) É igual a 139 mmHg e a diastólica igual a 85 mmHg.
D) Está entre 140‑159 mmHg e a diastólica entre 90‑99 mmHg.
E) É maior ou igual a 140 mmHg e a diastólica menor que 90 mmHg.
Resolução desta questão na plataforma.