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Intencionalidade da avaliação em Língua Portuguesa A socialização de alguns exemplos de atividades desenvolvidas por professores de escolas públicas retomando conceitos e princípios que fundamentam tais práticas é a proposta desta aula. Considerando o defendido por Hadji (2001:45), "a avaliação é uma leitura orientada por uma grade que expressa um sistema de expectativas julgadas legítimas, que constitui o referente da avaliação". Neste sentido, é de suma importância que os objetivos do ensino sejam seriamente avaliados e coletivamente construídos. Uma das tarefas da escola é decidir sobre o que esperamos dos alunos em cada série escolar e sobre como avaliá-los. Não podemos, então, realizar a avaliação nos momentos estanques de ensino (unidades, períodos, bimestres, semestres, anos letivos), pois a aquisição de conhecimento pelo aluno necessita da mediação do professor, referente ao acompanhamento sistemático do processo de sistematização do conhecimento, pelo aluno. Em relação à produção de textos, vale como sugestão avaliar se os alunos sabem escrever cartas, se organizam seqüencialmente as idéias, se estruturam o texto em partes/ parágrafos, se utilizam os recursos de coesão, se utilizam sinais de pontuação. Exemplo disto pode ser visto quando, ao propor a leitura de um texto e de uma discussão acerca da poluição de um rio provocada por uma indústria, foi solicitado aos alunos que redigissem uma carta ao proprietário dessa indústria reclamando da poluição e dando sugestões de como resolver o problema. Neste contexto, ao se avaliar está produção, temos que verifi car: o aluno atendeu o gênero textual (carta)? O aluno destinou corretamente a carta (o diretor proprietário da indústria)? O aluno contemplou a finalidade (reclamar sobre a poluição e dar sugestões para resolver o problema)? O atendimento às questões de comando e todos os outros aspectos da textualidade deveriam vir logo após. Para atender estes aspectos, situações em que os alunos precisem resolver problemas através de atividades lingüísticas podem ser observadas no texto original. Discutir, além das atividades propostas, deve ser o princípio para a aquisição de novos saberes, no sentido de o aluno aperceber-se enquanto sujeito, uma vez que ao resolver problemas ele se sente ativo no processo educativo. O modelo de avaliação defendido nestes exemplos aponta que não é preciso interromper o processo de aprendizagem para avaliar os alunos; eles podem ser avaliados no percurso da construção das atividades. Segundo Leal, "é possível que em determinada situação apenas alguns alunos e não todos sejam avaliados. No exemplo 3, apenas um aluno poderia ser avaliado na parte da linguagem oral; no exemplo 1, nem todos os alunos iriam falar durante a atividade do júri simulado, apenas alguns poderiam ser avaliados". Desta forma, no caderno de avaliação, o professor registra ora um aluno, ora um grupo e, em outras situações, faz as anotações referentes aos outros grupos. Assim, em momentos diversos, os alunos podem ser avaliados e o professor, com seu caderno de registros de avaliação, pode acompanhar suas evoluções. O importante é garantir que a avaliação seja encarada como um instrumento para redimensionamento da prática, diagnosticando as dificuldades e os avanços dos alunos. Para um bom aproveitamento do curso, é necessário que você vá sempre além do conteúdo das aulas. Clique no botão abaixo e inicie uma leitura complementar referente à exemplos de atividades linguísticas. Para um bom aproveitamento do curso, é necessário que você vá sempre além do conteúdo das aulas. Clique no botão abaixo e inicie uma leitura complementar referente à expansão da avaliação da SAEB. REFERÊNCIA JANSSEN, Felipe, HOFFMANN, Jussara, ESTEBAN, Maria Teresa. Práticas avaliativas e aprendizagens signifi cativas: em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, SOUSA, Clarilza Prado de (org). Avaliação do rendimento escolar. Campinas: Papirus, 1997. DAVID, Célia Maria; GUIMARAES, J. Geraldo M. (Orgs.). Pedagogia cidadã: Cadernos de formação. São Paulo: UNESP, Pró-Reitoria de Graduação, 2004.
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