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Livro Texto - Unidade II

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Unidade II
Unidade II
5 O QUE É LEGISLAÇÃO
Nesta unidade trataremos de diversos assuntos relativos à ciência do direito, os quais estão 
relacionados com a atividade profissional para a qual você vem sendo preparado desde o momento em 
que escolheu o curso de Artes Visuais.
Conforme abordado anteriormente, a ética está relacionada com a vida em sociedade, em que 
são necessárias regras para o convívio social. Assim, é de extrema importância que essas regras sejam 
também apresentadas em relação ao convívio profissional, de que ciência do direito também faz parte.
Dessa forma, este tópico está relacionado com as leis, com as normas da ciência do direito voltadas 
para o curso de Artes Visuais. Por tratar-se de um assunto amplo, não seria possível esgotar o assunto 
nesta unidade, porém os assuntos que serão abordados são de extrema importância para o seu 
relacionamento profissional.
Como é de conhecimento de todos, as leis são publicadas de tal modo que todos tenham acesso, 
porém você já deve também ter passado por situações em que ocorre a leitura de determinada legislação. 
O entendimento acaba ficando comprometido pelo fato de a escrita atender as determinações exigidas 
pela área da ciência do direito, o que é totalmente correto. É uma escrita que precisa de uma formalidade 
a que, em muitos casos, não estamos acostumados, uma vez que não representam o nosso dia a dia.
Como tudo na vida, precisa de preparo, de estudo, conforme aborda Nunes (2011, p. 289-295):
Quando se fala em interpretar a norma jurídica, vale a mesma afirmação de 
“fixação do sentido” e deve ser acrescida a “fixação do alcance” da norma 
jurídica, isto é, quando o objeto de interpretação é a norma jurídica, é 
preciso, além do sentido, fixar seu alcance, de modo que se deixe patente a 
que situações ou pessoas a norma jurídica interpreta se aplica.
Em outras palavras, podemos entender que a lei, a norma jurídica, contém palavras, termos, 
expressões, proposições etc. que são utilizados somente na linguagem relacionada com a ciência do 
direito, ou seja, totalmente diferente da linguagem natural, a linguagem utilizada no cotidiano das 
sociedade, portanto será preciso termos em mente que a linguagem difere de situação para situação e, 
assim, será necessário termos esse preparo; caso contrário, a interpretação poderá ficar comprometida, 
bem como as respectivas situações dela advindas.
Então, é possível entender que a legislação nada mais é do que um conjunto de normas jurídicas 
emanadas de diversos órgãos púbicos.
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ÉTICA, LEGISLAÇÃO E DIREITO AUTORAL
Considerando-se a amplitude que há na ciência do direito, conforme você já deve estar observando, 
para a nossa disciplina Ética, Legislação e Direito Autoral, e sem comprometer de maneira alguma a 
informação, partiremos da tradicional distinção entre o Direito Público e o Privado, em que o critério 
estabelecido está relacionado com os sujeitos envolvidos, conteúdos, normas e interesse jurídico.
Assim, Nunes (2011, p. 173) define:
Direito Público como aquele que reúne as normas jurídicas que têm por 
matéria o Estado, suas funções e organização, a ordem e segurança internas, 
com a tutela do interesse público, tendo em vista a paz social, o que se faz 
com a elaboração e distribuição dos serviços públicos através dos recursos 
indispensáveis à sua execução. O Direito Público cuida, também, na ótica 
internacional, das relações entre os Estados.
Direito Privado, por sua vez, reúne as normas jurídicas que têm por matéria 
os particulares e as relações entre eles estabelecidas, cujos interesses são 
privados, tendo por fim a perspectiva individual (grifo nosso).
Apenas a título de conhecimento, são ramos do Direito Público: o Direito Constitucional; o 
Administrativo; o Tributário; o Processual; o Eleitoral; o Militar; e o Internacional Público.
Em relação aos ramos do Direito Privado, tem-se: o Direito Civil; o Comercial ou Empresarial; o do 
Trabalho; o Previdenciário; o Econômico; o do Consumidor; o Ambiental; e o Internacional Privado.
De acordo com essas definições relacionadas com o Direito Público e o Privado, a nossa disciplina 
envolve o Direito Privado, por contemplar relações particulares, em que traremos, em seguida, dois de 
seus ramos: o Direito Comercial ou Empresarial e o Direito do Consumidor.
5.1 O Direito Comercial ou Empresarial
De acordo com Nunes (2011, p.181):
Direito Comercial ou Empresarial engloba as normas jurídicas que regulam 
a atividade comercial ou empresarial, entendida esta como a de fabricação, 
produção, montagem, distribuição, comercialização etc. de produtos, nas 
relações estabelecidas entre as próprias pessoas que exercem tais atividades, 
bem como os serviços prestados de umas às outras. Ou, em outras palavras, 
o Direito Comercial ou Empresarial trata das relações entre empresários, que 
exercem aquelas atividades, com vistas ao lucro (grifo nosso).
Considerando-se a amplitude que as relações empresariais possuem, uma vez que as empresas 
estão envolvidas com a sociedade em geral, diversos instrumentos legais são necessários para que essas 
relações sejam adequadas. Dentre esses diversos instrumentos legais, destacam-se:
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Unidade II
• o Código Civil;
• o Código Comercial;
• a Lei de Falência e Recuperação de Empresas;
• a Lei das Sociedades por Cotas de Responsabilidade Limitada;
• a Lei das Sociedades Anônimas.
Considerando-se a amplitude do assunto que aborda a ciência do direito, é de extrema importância 
o estudo sobre as legislações do Direito Comercial ou Empresarial, uma vez que estão diretamente 
relacionadas com a atividade empresarial que envolve os interesses do empresário em relação ao 
investimento chamado empresa.
A constituição de empresa requer uma série de exigências legais, porém o empresário precisa estar 
preparado para cumpri-las de tal forma que possa garantir (ou buscar) o ressarcimento de todo investimento 
realizado para a constituição de tal empresa. Assim, conhecer as legislações que envolvem as relações 
empresariais trata-se de uma obrigação, e não uma opção para qualquer empresário; afinal de contas, faz 
referência ao investimento realizado por ele para a constituição de tal empresa.
Existem algumas situações no mundo empresarial que nem sempre o empresário estará apto para 
resolver; nesses casos, o envolvimento de um profissional habilitado na área do direito (advogado) 
torna-se necessário.
Uma empresa poderá ser constituída de diversas formas jurídicas, ou seja, tanto individualmente quanto 
em sociedade. No caso de sociedade, ainda poderá ser de responsabilidade limitada ou sociedade anônima.
Não tendo a pretensão de estender o assunto relacionado com as formas jurídicas de constituição 
de empresa, é importante, além de consultar um advogado, consultar um contador, uma vez que toda 
e qualquer empresa deverá ser respaldada por um contador, tendo suas Demonstrações Financeiras 
elaboradas e assinadas por ele.
Não podemos deixar de mencionar que as empresas também devem cumprir obrigações tributárias. 
Dessa forma, a consulta a um contador torna-se imprescindível, uma vez que este profissional está 
habilitado para informar ao futuro empresário a forma mais adequada de cumprir tais obrigações 
tributárias, as quais estão relacionadas, principalmente, com tributos que envolvem a atividade 
empresarial nas instâncias municipal, estadual e federal.Vale mencionar que as legislações que envolvem as atividades empresariais, quando se relacionam 
às obrigações tributárias, são estabelecidas pelos municípios, estados e pela federação. Assim, cada 
município e/ou estado tem autonomia para deliberar as respectivas legislações, em que será necessário 
obter os conhecimentos de acordo com o município e o estado do qual a empresa faz parte, uma vez 
que a legislação tributária federal é para todas as empresas sediadas em território brasileiro.
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ÉTICA, LEGISLAÇÃO E DIREITO AUTORAL
 Saiba mais
Sobre as obrigações tributárias, recomendamos a consulta do Código 
Tributário Nacional neste link:
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema 
Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis 
à União, Estados e Municípios. Brasília, 1966. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm>. Acesso em: 21 ago. 2017.
Sobre as Demonstrações Financeiras, consulte a Lei nº 6.404/1976, a 
qual foi alterada em alguns artigos pela Lei nº 11.638/2007.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as 
Sociedades por Ações. Brasília, 1976. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 21 ago. 2017.
5.2 O Direito do Consumidor
O Direito do Consumidor está relacionado com as operações que envolvem compra e venda de bens 
e serviços. Para tanto, existem normas que regulamentam tais atividades. Trata-se do Código de Defesa 
do Consumidor.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi instituído no Brasil por meio da Lei nº 8.078/1990, com 
a finalidade de regular as relações entre consumidores e fornecedores de bens e serviços.
Considerando-se que as necessidades humanas sofrem alterações com o passar do tempo, as 
legislações também devem atendê-las; assim, o CDC vem sendo alterado pelas seguintes legislações: 
Lei nº 8.884/1994; Lei nº 9.008/1995; Lei nº 9.870/1999; e Lei nº 13.425/2017, sempre amparado pela 
Constituição Federal de 1988.
O CDC é composto de 119 artigos distribuídos por quatro capítulos com seus respectivos títulos. 
Para o nosso estudo, vamos reproduzir alguns deles, que contemplam as definições de consumidor, 
fornecedor, produto e serviço:
Art. 1°. O presente código estabelece normas de proteção e defesa do 
consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 
5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas 
Disposições Transitórias.
Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final.
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Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda 
que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
produtos ou prestação de serviços.
§ 1°. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2°. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista 
(BRASIL, 1990).
É importante entender que o CDC regula as relações entre consumidor e fornecedor do respectivo 
bem e ou serviço, o que nos leva a compreender que tais relações têm como base a remuneração destas; 
logo, doações de qualquer tipo não fazem parte do CDC.
Mais uma situação que deve ser considerada é a relação entre os próprio fornecedores, ou seja, 
de fornecedor para fornecedor, por não tratar de consumidor; logo, essa relação também não será 
contemplada pelo CDC. Portanto, quaisquer divergências entre os fornecedores deverão ser resolvidas 
por meio de outras legislações (comercial, civil, penal etc).
Nunes (2011, p. 184), nos apresenta a seguinte situação, perguntado se deveria ou não ser 
contemplada pelo CDC:
Vamos supor que José da Silva adquira um automóvel em uma concessionária. 
Ele é consumidor e a revendedora é fornecedora. A relação é típica de 
consumo. Isso trará uma série de direitos a José: responsabilidade objetiva 
do fabricante em caso de vício e/ou defeito, declaração de nulidade das 
cláusulas contratuais abusivas, promessa prévia como integrante do contrato 
etc. Por outro lado, se José tivesse comprado o veículo de um amigo que 
queria vender seu automóvel antigo para adquirir um novo, essa relação 
estaria regulada pelo Direito Civil, já que seu amigo não é considerado 
fornecedor. Nessa relação as regras do CDC não incidiriam.
Como foi possível observar na situação exposta, nem toda relação está contemplada pelo CDC. 
Precisa realmente haver a figura do consumidor e do fornecedor, de acordo com as determinações do 
CDC; caso contrário, as relações passam a ser atendidas por outro ramo do direito.
Vale mencionar que no CDC constam os direitos e responsabilidades do consumidor e do fornecedor, 
bem como as respectivas penalidades. É obrigatório, em quaisquer estabelecimento comercial, o seu 
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acesso pelos agentes (consumidor e fornecedor), uma vez que, ali mesmo, muitas situações podem ser 
resolvidas, evitando outras instâncias do poder público.
6 DIREITO DE PROPRIEDADE MATERIAL, INDUSTRIAL E INTELECTUAL
Conforme aborda Flores (2013, p. 23), o ramo do Direito denominado Direito de Propriedade 
Intelectual divide-se em Autoral e de Propriedade Industrial.
Direito de Propriedade Intelectual
Direito de Propriedade IndustrialDireito Autoral
Figura 14
Primeiramente será tratado o assunto relacionado com o Direito de Propriedade Industrial, ficando 
o Direito Autoral na sequência, com as respectivas subdivisões.
O Direito de Propriedade Industrial é regulamentado por meio da Lei nº 9.279/1996, composta por 
244 artigos, distribuídos em diversos títulos com seus capítulos a seguir, os quais estão sendo grafados 
por conta da autora, para melhor entendimento:
Disposições Preliminares
Art. 1º. Esta Lei regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Art. 2º. A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado 
o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, 
efetua-se mediante:
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
III - concessão de registro de marca;
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
V - repressão à concorrência desleal.
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Art. 3º. Aplica-se também o disposto nesta Lei:
I - ao pedido de patente ou de registro proveniente do exterior e depositado 
no País por quem tenha proteção assegurada por tratado ou convenção em 
vigor no Brasil; e
II - aos nacionais ou pessoas domiciliadas em país que assegure aos 
brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade de direitos 
iguais ou equivalentes.
Art. 4º. As disposições dos tratados em vigor no Brasil são aplicáveis, 
em igualdadede condições, às pessoas físicas e jurídicas nacionais ou 
domiciliadas no País.
Art. 5º. Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de 
propriedade industrial (BRASIL, 1996, grifo nosso).
No Título I – Das Patentes, Capítulo I – Da Titularidade, composto pelos arts. 6º e 7º, os quais 
tratam da invenção do autor.
O Capítulo II – Da Patenteabilidade está contemplado pelos artigos 8º ao 18, mostrando o que é 
e o que não é considerado invenção. Reproduzimos na íntegra o artigo 10:
Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, 
financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer 
criação estética;
V - programas de computador em si;
VI - apresentação de informações;
VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos 
terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
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ÉTICA, LEGISLAÇÃO E DIREITO AUTORAL
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados 
na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma 
de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais (BRASIL, 1996).
O Capítulo III – Do Pedido da Patente, composto pelos arts. 19 ao 37, evidencia como deve ocorrer 
o respectivo pedido, bem como suas implicações.
No Capítulo IV – Da Concessão e da Vigência da Patente estão os arts. 38 ao 40. No art. 40 consta 
que a vigência de uma patente de invenção é de vinte anos.
Já no Capítulo V – Da Proteção Conferida pela Patente constam os arts. 41 ao 45, em que está 
mencionado inclusive o tipo de indenização a receber quando devido sobre uma determinada patente.
No Capítulo VI – Da Nulidade da Patente estão os arts. 46 ao 57, os quais mostram as situações 
em que é possível anular uma patente.
Em seguida está o Capítulo VII – Da Cessão e das Anotações, em que constam os arts. do 58 ao 60, 
que evidenciam inclusive o papel do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), do qual traremos 
com mais ênfase em momento apropriado.
No Capítulo VIII – Das Licenças estão os arts. 61 ao 74, que tratam tanto da oferta da licença 
quanto da licença compulsória, no caso de prática abusiva.
Dando continuidade à Legislação está o Capítulo IX – Da Patente de Interesse da Defesa Nacional, 
em que o art. 75 trata do pedido de patente originária do Brasil.
Para o Capítulo X – Do Certificado Da Adição de Invenção, os arts. 76 e 77 tratam do certificado 
de adição que é um acessório da patente.
No Capítulo XI – Extinção da Patente estão os arts. 78 ao 83, mostrando os procedimentos que 
levam a tal extinção.
No Capítulo XII – Redistribuição da Patente, os arts. 84 ao 86 evidenciam o momento em que será 
necessário efetuar esta redistribuição, ou seja, o pagamento de taxas complementares.
Já o Capítulo XIII – Da Restauração, em seu único artigo 87, o qual reproduzimos na íntegra:
“Art. 87. O pedido de patente e a patente poderão ser restaurados se o depositante ou o titular assim 
o requerer, dentro de 3 (três) meses, contados da notificação do arquivamento do pedido ou da extinção 
da patente, mediante pagamento de retribuição específica” (BRASIL, 1996).
A legislação contempla em seu Capítulo XIV – Da Invenção e do Modelo de Utilidade Realizado por 
Empregado ou Prestador de Serviço todos os procedimentos necessário para essa prática, os quais estão 
nos arts. 88 ao 93.
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Unidade II
Chega-se ao Título II – Dos Desenhos Industriais, composto por diversos capítulos, nos quais estão 
os arts. 94 ao 121, que evidenciam como devem ocorrer os respectivos registros.
Já o Título III – Das marcas, também composto por diversos capítulos, trata do registro da 
marca com suas implicações, os quais estão distribuídos do arts. 122 ao 175. Não mais de 
cinquenta artigos somente neste item, e, como é possível observar, em se tratando de legislação, 
esta precisa e deve ser sempre consultada com a finalidade de evitar possíveis transtornos entre 
as partes envolvidas.
Em seguida, tem-se o Título IV – Das Indicações Geográficas, onde estão os arts. 176 ao 182, 
identificando país, cidade, região, enfim, o lugar de procedência da fabricação de determinado produto 
ou de prestação de determinado serviço.
No Título V – Dos Crimes contra a Propriedade Industrial estão diversos capítulos, compostos dos 
arts. 183 ao 210, que tratam dos crimes contra patentes, desenhos industriais, marcas, bem como 
concorrência desleal, entre os outros crimes relacionados com a propriedade industrial, evidenciando a 
pena e a multa com a qual o infrator terá de arcar.
O Título VI – Da Transferência de Tecnologia e da Franquia, em seu único art. 211, o assunto é tratado.
No Título VII – Das Disposições Gerais, finalizando esta legislação, estão os arts. 212 ao 244, que 
contemplam situações não estabelecidas nos artigos anteriores, entre as quais se destacam o pedido em 
andamento sobre o registro da propriedade intelectual.
Conforme você observa, a legislação é vasta, mas é necessária para o bom andamento entre as 
partes, o que, em outras palavras, podemos entender como a aplicação da ética, uma vez que depende 
de regras para o bom convívio entre os envolvidos.
6.1 Registro de marcas e patentes
Antes de tratamos do registro da marca e da patente, é importante entender a diferença entre estes 
dois itens. Assim, temos que o significado de marca é:
“Marca de fábrica ou marca registrada, nome, símbolo ou sinal especial de um comerciante ou de 
um fabricante” (MARCA..., [s.d.]).
Grafamos os significados de marca que mais têm relação com a disciplina que estamos estudando: 
Ética, Legislação e Direito Autoral . Por tratar de assunto relacionado ao meio empresarial, a marca 
permite que uma empresa seja reconhecida pelo produto ou serviço que pratica, mais relacionado com 
a emoção do que com a razão.
Talvez haja uma dúvida: há diferença entre marca, logotipo, ícone e avatar?
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ÉTICA, LEGISLAÇÃO E DIREITO AUTORAL
A marca é o sentimento que uma pessoa tem em relação a uma entidade (empresa, produto, serviço 
ou outra pessoa). É algo marcado mais pela emoção e pela paixão do que pela razão e pelos 
sentidos vitais (como a visão).
Exemplo: quando queremos comprar uma Ferrari, estamos sendo movidos pela paixão de ter uma 
Ferrari, e não pela simples necessidade de comprar um carro. O exercício da razão e dos sentidos vitais 
fica por conta dos logotipos, ícones e avatares.
Um logotipo é uma representação gráfica do nome da empresa, por meio de uma tipografia específica. 
Ela funciona como uma assinatura, sendo estampada desde nas notas fiscais até nos seus produtos.
Figura 15 – Exemplos de logotipos: Panasonic, Sony, Microsoft, Fiat, Claro, Vivo, Ford, Coca Cola e Google
Um ícone é um símbolo visual que representa o posicionamento no mercado, a aplicação da 
entidade ou mesmo o sentimento pela marca. Muitas vezes, eles substituem os logotipos ou aparecem 
complementando-os.
Figura 16 – Exemplos de ícones: Pepsi, Audi, Polo, Firefox, Globo, Ferrari, Lacoste, Chevrolet e Nike.
Quanto ao avatar, podemos dizer que é a evolução do logotipo e do ícone. Éuma representação que 
pode envolver todos os sentidos humanos, usando principalmente animações e sons.
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Figura 17 – Exemplos de avatares: THX, Vivo e Intel
Tomando-se como base o mesmo o Dicionário Online de Português, o significado de patente é: 
“[Jurídico] Título dado ao autor que detém os direitos de sua produção (propriedade); carta patente” 
(PATENTE..., [s.d.]).
Por tratar-se de assunto relacionado ao meio empresarial, podemos afirmar que a patente indica 
um registro de uma marca, do nome de uma empresa, ou seja, de algo que outras pessoas não podem 
utilizar sem a permissão do respectivo proprietário.
Assim, ao final do registro e após cumprir todas as exigências do Inpi, a pessoa física ou jurídica 
(empresa) recebe a Carta Patente onde constam o número de registro, o item registrado, o prazo de 
validade da patente, entre outras informações pertinentes ao registro da propriedade industrial.
 Saiba mais
Veja um exemplo de patente em:
BRASIL. Carta Patente nº MU 8900466-3. Brasília, 30 maio 2017. 
Disponível em:<http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/Carta_Patente.
pdf>. Acesso em: 31 ago. 2017.
É importante fazer aqui uma advertência. Conforme demonstra Bittar (2002, p.148), há, em muitas 
situações, uma confusão entre nome comercial e marca, gerando transtornos no mercado de atuação 
da respectiva empresa.
Nome comercial é a designação que o empresário usa para identificar a atividade exercida pela 
empresa, fazendo-se conhecido no mundo dos negócios. Pode ter em sua razão social (nome da 
empresa) o nome ou sobrenome de seus proprietários ou outro nome que assim desejar. Exemplos de 
nome comercial: Casa Santos Ltda., Comércio São José S.A., Comércio e Indústria de Bolsas Bella Ltda., 
entre outros.
Já a marca, conforme mencionamos anteriormente, está vinculada com a identificação do produto 
ou serviço, com a finalidade de diferenciar tais produtos e serviços de outros da concorrência. Exemplos 
de marcas: Havaianas, Arisco, Mumps, entre outras
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ÉTICA, LEGISLAÇÃO E DIREITO AUTORAL
O assunto marca é vasto, uma vez que esta se torna sinônimo do produto, como é o caso de Bombril. 
Dificilmente se fala em palha de aço. Ainda temos Omo como sinônimo de sabão em pó, entre outras 
situações do gênero.
 Saiba mais
Há diversas obras que tratam do assunto marca. Para nosso estudo, é 
recomendada a leitura desta obra:
ZYMAN, S. A força da marca. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
Considerando-se que o desenvolvimento de uma marca está totalmente ligado ao 
desenvolvimento do próprio negócio, podemos entender que toda empresa deveria ter sua marca, 
porém não é bem assim. Em muitas atividades empresariais, a marca torna-se uma opção. É o caso, 
por exemplo, de uma empresa que conserta computadores; ela poderá exercer uma trabalho de 
qualidade sem possuir uma marca.
Para que uma pessoa física ou jurídica (empresa) tenha domínio de sua marca e patente, ela precisa 
efetuar o registro no Inpi, do qual vamos tratar a seguir.
O Inpi – Instituto Nacional de Propriedade Industrial é um órgão público vinculado ao 
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Apresenta, por meio de Guia Básico, 
como deve ser o registro de uma marca, desenvolvido nos seguintes passos:
Passo 1: Entenda
Para ter exclusividade sobre o nome de um serviço ou produto, ou ainda um logotipo 
que o identifique, você precisa registrar uma marca.
Passo 2: Faça a busca
Verifique se o que você pretende solicitar não foi protegido antes por terceiros. Mesmo 
não sendo obrigatória, a busca é um importante indicativo para decidir se você entra com 
o pedido ou não.
Passo 3: Pague a taxa
Confira os valores das taxas. Pessoas físicas e microempresas, entre outros, têm direito 
a desconto.
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Unidade II
Emita e pague a Guia de Recolhimento da União (GRU). Se for seu primeiro acesso, é 
preciso efetuar o cadastro no site do Inpi.
Guarde o número deste documento, pois ele será necessário para o início do processo.
Passo 4: Inicie o pedido
Apenas comece o processo após pagar a GRU. Acesse o e-Marcas e preencha o formulário 
on-line (site do Inpi). Nele, você precisará anexar a imagem da marca, se for o caso.
Passo 5: Acompanhe
O processo passará por diferentes etapas que poderão exigir do usuário o envio 
de documentos.
Para não perder os prazos, é importante acompanhar o andamento do pedido por uma 
das seguintes maneiras: consulta na Revista do Inpi ou no próprio site.
Fonte: Inpi, [s.d.]
 Saiba mais
Sendo o assunto sobre propriedade intelectual de extrema importância 
para as mais diversas profissões, em especial para os profissionais que 
atuam com artes visuais, segue o site do Inpi:
<http://www.inpi.gov.br>.
6.2 Contrato de Prestação de Serviços
Considera-se contrato um documento em que as partes envolvidas estejam de comum acordo com 
as respectivas normas a serem seguidas para execução de um determinado bem ou serviço. Porém, há 
outros tipos de contratos que não envolvem diretamente a execução de algo; por exemplo, o contrato 
de casamento, sendo de união estável ou não, pode-se entender que as partes estejam prontas para 
atender o prévio combinado.
Vale ressaltar que as pessoas (físicas e jurídicas), geralmente, mudam de ideia, o que, a princípio, 
pode ser até saudável; porém, quando há contrato sobre determinado item, o que foi proposto e 
acordado deve ser seguido, caso contrário, alguma parte sofrerá perda. Portanto, sabendo-se que onde 
há o relacionamento humano há também o conflito, um contrato deve, além de assinado pelas partes 
envolvidas, possuir também a assinatura de testemunhas e ser registrado em órgão público competente.
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ÉTICA, LEGISLAÇÃO E DIREITO AUTORAL
Em termos gerais, as atividades empresariais são classificadas em indústria, comércio e prestação 
de serviço.
A atividade industrial, conforme estudado anteriormente, refere-se à produção de itens que são 
classificados como tangíveis, ou seja, corpóreos. Já a atividade comercial nada produz, nada transforma; 
ela adquire bens tangíveis prontos e simplesmente os revende.
Em relação à atividade empresarial classificada como prestação de serviço, também ocorre a produção 
de um bem, porém este bem é intangível, incorpóreo.
Tanto as atividades empresariais industriais quanto as comerciais possuem características próprias, 
ou seja, as indústrias formam seus produtos a partir da transformação da matéria-prima, utilizando mão 
de obra específica e demais insumos necessários; as atividades comerciais são mais simples: conforme 
mencionado, as empresas comerciais apenas revendem os produtos e/ou mercadorias adquiridas.
Vale ressaltar que trata-se de produtos quando a empresa comercial adquire itens diretamente do 
produtor; caso contrário, estará adquirindo mercadorias. São apenas termos técnicos que necessitam 
de entendimento, uma vez que a empresa comercial, como o próprio nome diz, comercializa itens, ou 
seja, nada produz.
Em relação às empresas prestadoras de serviços, é importante entendermos que também há 
caraterísticas específicas, uma vez que não é possível comparar a prestação de serviço hoteleira com a 
prestação de serviços bancários, ou até mesmo com a prestação de serviçoseducacionais, e assim por 
diante. Logo, é de extrema importância conhecer o serviço que será prestado, justamente para entender 
as respectivas características e, assim, elaborar o contrato de prestação de serviço adequado à situação, 
tendo as partes envolvidas em um acordo.
Para melhor entendimento, segue um modelo de Contrato de Prestação de Serviço 
relacionado com a atividade empresarial voltada para as artes visuais:
Contrato de serviços de comunicação visual e gráfica
Pelo presente contrato de prestação de serviços, de um lado, como CONTRATANTE, (razão 
social da empresa contratante) .........., com sede em ........../(UF), Rua ....................., nº ....., inscrita no 
CNPJ sob nº .........., neste ato representada por seu representante (nome) .........., e de outro lado, 
como CONTRATADA, (razão social da empresa contratada)..... com sede na cidade de ..................../
(UF), à Rua ......................., nº ....., inscrita no CNPJ sob nº ..........................., neste ato representada por 
seu sócio-gerente, ................., têm entre si como justo e contratado o que segue:
1. A CONTRATADA compromete-se a prestar à CONTRATANTE serviços de criação, arte final 
(em meio magnético) e produção gráfica (fotolito e impresso), com produto final impresso.
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Unidade II
1.1 – São partes integrantes deste contrato os pedidos, aprovações de layouts, aditivos 
ou outras formas documentais de comunicação que evidenciem as formalidades específicas 
dos serviços solicitados pela CONTRATANTE.
2. O presente instrumento vigorará por prazo indeterminado, podendo ser rescindido a 
qualquer tempo pelas partes, mediante prévio aviso com 60 dias de antecedência.
3. Em remuneração pelos serviços prestados, a CONTRATADA receberá a quantia de 
R$ ............ (................), que será paga e reajustada de acordo com a variação dos custos de 
materiais impressos e serviços terceirizados, devidamente informados, mediante orçamento 
prévio, à CONTRATANTE, para sua aprovação.
3.1 – O pagamento será mensal, contraentrega dos impressos, salvo quando 
convencionado de forma diferente no próprio pedido.
3.2 – A falta de pagamento implicará multa de 2% (dois por cento) do valor do atraso, 
mais juros de 1% (um por cento) por mês e correção monetária pelo IGP-M, desde o mês 
do inadimplemento, acrescido ainda de custas de cobrança, cominações e honorários 
advocatícios, independentemente de notificação judicial ou extrajudicial.
3.3 – Na hipótese de aceitação de pedido sob forma de pagamento parcelado, este será 
efetuado como segue:
a) 40% na data da aprovação do pedido;
b) 30% na data da aprovação do layout;
c) 30% na entrega do material impresso.
4. No preço dos serviços não estão inclusas as eventuais despesas de locomoção, 
deslocamento e estadia para execução fora da região metropolitana de ........................, bem 
como ligações interurbanas, que serão responsabilidade da CONTRATANTE, sendo paga à 
vista dos comprovantes respectivos.
5. Ao preço fixado no presente contrato, será acrescido o frete para entrega, remessa, 
recepção ou devolução de materiais, quando efetuados fora da região metropolitana de 
...................
6. São de responsabilidade da CONTRATANTE os textos, fotos, legendas, correções 
ortográficas e correção geral final.
7. Fica eleito o foro da Comarca em ................. para dirimir quaisquer dúvidas decorrentes 
deste instrumento, renunciando as partes a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
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E assim, por estarem justas e contratadas, as partes assinam o presente em 2 (duas) vias 
de igual teor, na presença das testemunhas abaixo.
.........................., ....... de .......................... de ................
__________________________ ________________ 
 CONTRATADA CONTRATANTE
Testemunhas:
1ª) Ass. __________________________
Nome:
RG:
2ª) Ass. __________________________
Nome:
RG:
Fonte: Contrato... [s.d.]
Por tratar-se de um modelo, tanto a contratante (quem busca o serviço) quanto a contratada (quem 
irá prestar o serviço) têm todo o direito de incluir e/ou excluir cláusulas, de modo que o contrato possa 
realmente expressar o que as partes necessitam.
Considerando que a ciência do direito é ampla e que em muitas situações não se tem o conhecimento 
necessário (de ambas as partes, ou seja, contratante e contratada) para a compreensão das cláusulas 
mencionadas, recomendamos a consulta a um advogado e, assim, mesmo tendo esse gasto com o 
pagamento dos honorários, inúmeros transtornos poderão ser evitados no caso de haver quaisquer 
conflitos entre as partes.
Vale aqui ressaltar que mesmo com a anuência (concordância) de um advogado sobre o contrato 
estipulado entre as partes, divergências poderão ocorrer durante a prestação do serviço; assim, tenta-se 
resolver o impasse de forma amigável ou recorre-se às instâncias judiciais, e aqui, novamente, haverá a 
dependência de um advogado.
7 LEI DOS DIREITOS AUTORAIS
Neste item, trataremos dos direitos autorais e da respectiva legislação.
Os direitos autorais estão contemplados na Lei nº 9.610, de 1998, em conjunto com a Lei nº 12.853, 
de 2013, por revogar/alterar alguns dos artigos da lei ora mencionada, ou seja, altera os arts. 5º, 68, 97, 
98, 99 e 100, acrescenta os arts. 98-A, 98-B, 98-C, 99-A, 99-B, 100-A, 100-B e 109-A e revoga o art. 94 
da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, para dispor sobre a gestão coletiva de direitos autorais, e dá 
outras providências.
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Unidade II
A Lei nº 9.610, de 1998, é composta por 115 artigos distribuídos em oito títulos com diversos capítulos, 
da seguinte maneira: no Título I – Disposições Preliminares estão os arts. 1º ao 6º, que tratam de forma 
geral o teor da lei, em que destacamos o art. 5º, que evidencia os efeitos da lei, a qual grifamos para 
melhor destaque. Assim, temos que:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – publicação – o oferecimento de obra literária, artística ou 
científica ao conhecimento do público, com o consentimento do 
autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer 
forma ou processo;
II – transmissão ou emissão – a difusão de sons ou de sons e imagens, por 
meio de ondas radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou outro condutor; 
meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético;
III – retransmissão – a emissão simultânea da transmissão de uma empresa 
por outra;
IV – distribuição – a colocação à disposição do público do original ou cópia 
de obras literárias, artísticas ou científicas, interpretações ou execuções 
fixadas e fonogramas, mediante a venda, locação ou qualquer outra forma 
de transferência de propriedade ou posse;
V – comunicação ao público – ato mediante o qual a obra é colocada ao 
alcance do público, por qualquer meio ou procedimento e que não consista 
na distribuição de exemplares;
VI – reprodução – a cópia de um ou vários exemplares de uma obra literária, 
artística ou científica ou de um fonograma, de qualquer forma tangível, 
incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário por meios 
eletrônicos ou qualquer outro meio de fixação que venha a ser desenvolvido;
VII – contrafação – a reprodução não autorizada;
VIII – obra:
a) em coautoria – quando é criada em comum, por dois ou mais autores;
b) anônima – quandonão se indica o nome do autor, por sua vontade ou 
por ser desconhecido;
c) pseudônima – quando o autor se oculta sob nome suposto;
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d) inédita – a que não haja sido objeto de publicação;
e) póstuma – a que se publique após a morte do autor;
f) originária – a criação primígena;
g) derivada – a que, constituindo criação intelectual nova, resulta da 
transformação de obra originária;
h) coletiva – a criada por iniciativa, organização e responsabilidade de uma 
pessoa física ou jurídica, que a publica sob seu nome ou marca e que é 
constituída pela participação de diferentes autores, cujas contribuições se 
fundem numa criação autônoma;
i) audiovisual – a que resulta da fixação de imagens com ou sem 
som, que tenha a finalidade de criar, por meio de sua reprodução, a 
impressão de movimento, independentemente dos processos de sua 
captação, do suporte usado inicial ou posteriormente para fixá-lo, 
bem como dos meios utilizados para sua veiculação;
IX – fonograma – toda fixação de sons de uma execução ou interpretação 
ou de outros sons, ou de uma representação de sons que não seja uma 
fixação incluída em uma obra audiovisual;
X – editor – a pessoa física ou jurídica à qual se atribui o direito exclusivo 
de reprodução da obra e o dever de divulgá-la, nos limites previstos no 
contrato de edição;
XI – produtor – a pessoa física ou jurídica que toma a iniciativa e tem a 
responsabilidade econômica da primeira fixação do fonograma ou da obra 
audiovisual, qualquer que seja a natureza do suporte utilizado;
XII – radiodifusão – a transmissão sem fio, inclusive por satélites, de sons 
ou imagens e sons ou das representações desses, para recepção ao público 
e a transmissão de sinais codificados, quando os meios de decodificação 
sejam oferecidos ao público pelo organismo de radiodifusão ou com seu 
consentimento;
XIII – artistas intérpretes ou executantes – todos os atores, cantores, músicos, 
bailarinos ou outras pessoas que representem um papel, cantem, recitem, 
declamem, interpretem ou executem em qualquer forma obras literárias ou 
artísticas ou expressões do folclore.
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XIV – titular originário – o autor de obra intelectual, o intérprete, o 
executante, o produtor fonográfico e as empresas de radiodifusão. 
(Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013) (BRASIL, 1998, grifo nosso).
No Título II – Das obras intelectuais estão os arts. 7º ao 21, detalhando autorias e registros das 
respectivas obras.
Para o Título III – Dos Direitos do Autor temos os arts. 22 ao 52, dos quais destacamos o artigo 
24, por tratar-se dos direitos morais do autor:
Art. 24. São direitos morais do autor:
I – o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;
II – o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou 
anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra;
III – o de conservar a obra inédita;
IV – o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações 
ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou 
atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra;
V – o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;
VI – o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de 
utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem 
afronta à sua reputação e imagem;
VII – o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se 
encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio 
de processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua 
memória, de forma que cause o menor inconveniente possível a seu 
detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou 
prejuízo que lhe seja causado.
§ 1º Por morte do autor, transmitem-se a seus sucessores os direitos a que 
se referem os incisos I a IV.
§ 2º Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra caída em 
domínio público.
§ 3º Nos casos dos incisos V e VI, ressalvam-se as prévias indenizações a 
terceiros, quando couberem (BRASIL, 1998).
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No Título IV- Da Utilização de Obras Intelectuais e dos Fonogramas estão contemplados os arts. 
53 ao 88, tratando inclusive da publicação das respectivas obras.
Para o Título V – Dos Direitos Conexos, os arts. 89 ao 96 tratam dos direitos inclusive das empresas 
de radiodifusão; destacamos o art. 95:
Art. 95. Cabe às empresas de radiodifusão o direito exclusivo de autorizar ou 
proibir a retransmissão, fixação e reprodução de suas emissões, bem como 
a comunicação ao público, pela televisão, em locais de frequência coletiva, 
sem prejuízo dos direitos dos titulares de bens intelectuais incluídos na 
programação (BRASIL, 1998).
Em continuidade à legislação, temos no Título VI – Das Associações de Titulares de Direitos de 
Autor e dos que lhes são Conexos os arts. 97 ao 100-B, tratando do respectivo assunto, dos quais 
destacamos o artigo 98-A por evidenciar o exercício da atividade:
Art. 98-A. O exercício da atividade de cobrança de que trata o art. 98 
dependerá de habilitação prévia em órgão da Administração Pública Federal, 
conforme disposto em regulamento, cujo processo administrativo observará: 
(Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
I – o cumprimento, pelos estatutos da entidade solicitante, dos requisitos 
estabelecidos na legislação para sua constituição; (Incluído pela Lei nº 
12.853, de 2013)
II – a demonstração de que a entidade solicitante reúne as condições 
necessárias para assegurar uma administração eficaz e transparente 
dos direitos a ela confiados e significativa representatividade de 
obras e titulares cadastrados, mediante comprovação dos seguintes 
documentos e informações: (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
a) cadastros das obras e titulares que representam; (Incluído pela Lei nº 
12.853, de 2013)
b) contratos e convênios mantidos com usuários de obras de seus repertórios, 
quando aplicável; (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
c) estatutos e respectivas alterações; (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
d) atas das assembleias ordinárias ou extraordinárias; (Incluído pela Lei nº 
12.853, de 2013)
e) acordos de representação recíproca com entidades congêneres 
estrangeiras, quando existentes; (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
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f) relatório anual de suas atividades, quando aplicável; (Incluído pela Lei nº 
12.853, de 2013)
g) demonstrações contábeis anuais, quando aplicável; (Incluído pela 
Lei nº 12.853, de 2013)
h) demonstração de que as taxas de administração são proporcionais aos 
custos de cobrança e distribuição para cada tipo de utilização, quando 
aplicável; (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
i) relatório anual de auditoria externa de suas contas, desde que 
a entidade funcione há mais de 1 (um) ano e que a auditoria seja 
demandada pela maioria de seus associados ou por sindicato ou 
associação profissional, nos termos do art. 100; (Incluído pela Lei nº 
12.853, de 2013)
j) detalhamento do modelo de governança da associação, incluindo 
estrutura de representação isonômica dos associados; (Incluído pela Lei 
nº 12.853, de 2013)
k) plano de cargos e salários, incluindo valor das remuneraçõesdos 
dirigentes, gratificações, bonificações e outras modalidades de remuneração 
e premiação, com valores atualizados; (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
III – outras informações estipuladas em regulamento por órgão da 
Administração Pública Federal, como as que demonstrem o cumprimento 
das obrigações internacionais contratuais da entidade solicitante que 
possam ensejar questionamento ao Estado Brasileiro no âmbito dos acordos 
internacionais dos quais é parte. (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
§ 1º Os documentos e informações a que se referem os incisos II e III do 
caput deste artigo deverão ser apresentados anualmente ao Ministério da 
Cultura. (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
§ 2º A habilitação de que trata o § 1º do art. 98 é um ato de qualificação 
vinculado ao cumprimento dos requisitos instituídos por esta Lei e por seu 
regulamento e não precisará ser renovada periodicamente, mas poderá ser 
anulada mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, 
quando verificado que a associação não atende ao disposto nesta Lei, 
assegurados sempre o contraditório e ampla defesa, bem como a comunicação 
do fato ao Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
§ 3º A anulação da habilitação a que se refere o § 1º do art. 98 levará em 
consideração a gravidade e a relevância das irregularidades identificadas, a 
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boa-fé do infrator e a reincidência nas irregularidades, conforme disposto em 
regulamento, e somente se efetivará após a aplicação de advertência, quando 
se concederá prazo razoável para atendimento das exigências apontadas pela 
autoridade competente. (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
§ 4º A ausência de uma associação que seja mandatária de determinada 
categoria de titulares em função da aplicação do § 2º deste artigo não isenta 
os usuários das obrigações previstas no art. 68, que deverão ser quitadas 
em relação ao período compreendido entre o indeferimento do pedido de 
habilitação, a anulação ou o cancelamento da habilitação e a obtenção 
de nova habilitação ou constituição de entidade sucessora nos termos deste 
artigo, ficando a entidade sucessora responsável pela fixação dos valores dos 
direitos autorais ou conexos em relação ao período compreendido entre o 
indeferimento do pedido de habilitação ou sua anulação e a obtenção de nova 
habilitação pela entidade sucessora. (Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
§ 5º A associação cuja habilitação, nos termos deste artigo, seja anulada, 
inexistente ou pendente de apreciação pela autoridade competente, ou 
apresente qualquer outra forma de irregularidade, não poderá utilizar 
tais fatos como impedimento para distribuição de eventuais valores já 
arrecadados, sob pena de responsabilização direta de seus dirigentes nos 
termos do art. 100-A, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. (Incluído 
pela Lei nº 12.853, de 2013)
§ 6º As associações de gestão coletiva de direitos autorais deverão manter 
atualizados e disponíveis aos associados os documentos e as informações 
previstos nos incisos II e III deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.853, de 
2013) (BRASIL, 1998, grifo nosso).
Finalizando, temos o Título VII – Das Sanções às Violações dos Direitos Autorais, com os arts. 
101 ao 115 evidenciando as respectivas sanções. Aqui destacamos o art. 108:
Art. 108. Quem, na utilização, por qualquer modalidade, de obra intelectual, 
deixar de indicar ou de anunciar, como tal, o nome, pseudônimo ou sinal 
convencional do autor e do intérprete, além de responder por danos morais, 
está obrigado a divulgar-lhes a identidade da seguinte forma:
I – tratando-se de empresa de radiodifusão, no mesmo horário em que tiver 
ocorrido a infração, por três dias consecutivos;
II – tratando-se de publicação gráfica ou fonográfica, mediante inclusão de 
errata nos exemplares ainda não distribuídos, sem prejuízo de comunicação, 
com destaque, por três vezes consecutivas em jornal de grande circulação, 
dos domicílios do autor, do intérprete e do editor ou produtor;
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III – tratando-se de outra forma de utilização, por intermédio da imprensa, 
na forma a que se refere o inciso anterior (BRASIL, 1998, grifo nosso).
Aqui vale mencionar que toda legislação deve ser consultada sempre que necessário, uma vez que 
sua alteração ocorre sempre que esta já não atende novos conflitos surgidos da relação humana.
7.1 Direito do autor
De acordo com Bittar (2002, p.17), o direito do autor está relacionado com os direitos da personalidade, 
ou seja, aqueles reconhecidos ao homem tanto em si quanto pela sociedade da qual faz parte.
Em relação aos direitos da personalidade, segundo Bittar (2002, p.18), são divididos em:
a) físicos: referentes a elementos materiais da estrutura humana 
(integridade corporal);
b) psíquicos: relativos a componentes intrínsecos da personalidade 
(integridade psíquica);
c) Morais: respeitantes a atributos valorativos da pessoa na sociedade 
(patrimônio moral).
Assim, o direito autoral está totalmente relacionado com o direito da personalidade, tanto pelo atributo moral 
quanto pelo direito patrimonial, por referir-se ao direito de autoria de determinada obra, produto e/ou serviço.
Assim, Bittar (2002, p.19) continua:
O elemento moral é a expressão do espírito criador da pessoa, 
manifesta-se com a criação da obra. O elemento patrimonial consiste na 
retribuição econômica pela produção intelectual, ou seja, na participação do 
autor nos proventos que da obra de engenho possam advir.
É de extrema importância que os direitos da personalidade e os autorais sejam preservados, e os 
objetivos específicos que os norteiam, segundo Bittar (2002, p. 20), são:
a) cessão de práticas lesivas;
b) apreensão de materiais oriundos de tais práticas;
c) submissão do agente ao cumprimento de pena;
d) reparação de danos materiais e morais;
e) perseguição criminal do agente.
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Dessa forma, é possível compreender que está acima de tudo a dignidade humana, por ser 
necessária sua preservação dos mais diversos tipos de ataques, conforme também aponta a 
própria Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 1º, inciso III, o qual 
reproduzimos na íntegra:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição 
(BRASIL, 1988, grifo nosso).
Manso apud Flôres (2013, p. 23), para melhor entendimento, nos comtempla com o seguinte conceito 
sobre direito autoral:
Direito autoral é o conjunto de prerrogativas de ordem patrimonial e de 
ordem não patrimonial atribuídas ao autor de obra intelectual que, de 
alguma maneira, satisfaça algum interesse cultural de natureza artística, 
científica, didática, religiosa, ou de mero entretenimento.
É importante ressaltar que embora o direito autoral seja mais conhecido quando empregado à 
obra literária, artística e científica, na realidade, o direito autoral estárelacionado a quaisquer criações, 
conforme mencionado no item 7 – Lei dos Direitos Autorais, em que se destacam as situações que 
amparam legalmente o respectivo autor.
Costa Netto apud Flôres (2013, p. 35-36) estabelece uma divisão dos direitos autorais em duas 
categorias: os direitos morais e os direitos patrimoniais, ambos derivados da mesma fonte, ou seja, 
da obra intelectual.
Em relação aos direitos autorais morais concedidos aos autores, Flôres (2013, p. 36) informa que 
podem ser divididos em três grupos: indicação da autoria da obra; manutenção da integridade da obra; 
e controle da exposição pública da obra.
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Flôres (2013, p. 36, 78-79) informa que são cinco as principais características dos direitos 
autorais morais:
• Perpetuidade: os direitos morais sobre a criação da respectiva obra cabem ao autor durante sua 
vida. Após sua morte, tais direitos são repassados para seus herdeiros, havendo algumas exceções, 
conforme determina a Lei nº 9.610/1988, art. 24 § 2º: Compete ao Estado a defesa da integridade 
e da autoria da obra caída em domínio público.
• Irrenunciabilidade: o autor não renuncia a sua própria obra, conforme determina a Lei 
nº 9.610/1988, art. 27: Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.
• Inalienabilidade: os direitos morais não podem ser negociados, e mesmo que o autor assine 
um contrato de cessão de todos os direitos autorais, os direitos morais não serão transferidos, 
conforme determina a Lei nº 9.610/1988, art. 27: Os direitos morais do autor são inalienáveis 
e irrenunciáveis.
• Imprescritibilidade: significa dizer que os direitos morais são imprescritíveis, ou seja, não 
prescrevem com o tempo; portanto, a qualquer tempo, poderão ser defendidos e reconhecidos.
• Impenhorabilidade: não é possível penhorar o direito moral, tampouco aliená-lo, por não ser 
possível ser arrematado em leilão.
Em relação aos direitos autorais patrimoniais, Flôres (2013, p. 38) informa que trata da utilização, 
fruição e disposição da obra literária, artística ou científica, uma vez que a utilização de quaisquer obras 
por terceiros envolve autorização prévia expressa do respectivo autor.
Assim, é possível, de forma genérica, apresentar a figura a seguir, com os principais direitos autorais, 
de acordo com Flôres (2013, p. 39):
 Direitos Morais
• Reconhecimento da autoria da obra.
• Anunciação de seu nome quando da 
utilização da sua obra.
• Integridade da sua criação.
• Opor-se que outrem a modifique, de 
qualquer forma que possa prejudicar 
sua obra ou atingir o autor em sua 
reputação ou honra.
 Direitos Patrimoniais
• Prerrogativa exclusiva de retirar da sua 
produção todos os benefícios que seu 
modo de expressão possa proporcionar.
 Direitos Autorais
Figura 18
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Flôres (2013, p. 40) nos adverte que o direito autoral protege a forma, e não a ideia, o que em outras 
palavras significa dizer que:
É consenso, no mundo inteiro, que as ideias não são protegidas pelo 
Direito Autoral, pois devem fazer parte de um “bem comum” da humanidade. 
Assim, esse ramo do direito não concede ao autor nenhuma exclusividade 
de utilização de sua ideia, mesmo que inovadora. O que o Direito Autoral 
protege é a “forma” de exteriorização da ideia, isto é, a maneira física 
que o autor da obra (que não é, necessariamente, o autor da ideia) escolheu 
para materializar a ideia, ou seja, protege-se a criação perceptível pelos 
sentidos humanos (grifo nosso).
7.2 Jurídico da internet
Partindo do princípio de que a tecnologia, em especial a internet, é um fato, em que todas as pessoas 
e empresas, de um modo direto ou indireto, estão interligadas a uma rede, podemos considerar que o 
e-mail, um endereço eletrônico que permite a comunicação pela internet por meio de mensagens, seja 
um dos usos mais populares na internet.
Pelo alcance que a internet propicia, o e-mail, hoje, torna-se um documento, considerando-se a 
negociação entre as empresas, consumidor e empresa, e entre pessoas nas mais diversas relações.
Talvez haja mais pessoas no mudo com acesso ao e-mail do que aos sites da internet, espaços 
acessados por meio do World Wide Web, ou seja, pelo www.
Conforme menciona Allen (2002, p. 68):
Claro, como muitas tecnologias relacionadas à Internet, existe muita 
controvérsia que, nesse caso, pode ser resumida em uma palavra: spam. 
Spam são distribuições não solicitadas de e-mail que são indiscriminadas, 
não segmentadas, não amigáveis com as larguras de banda e quase 100% 
das vezes não bem-vindas.
Sabemos que a internet é muito mais que mensagens trocadas, sendo também utilizada para as 
mais diversas atividades, nas áreas de vendas, marketing, saúde, educação, entretenimento, entre outras. 
Assim, conflitos podem surgir destas relações e a ciência do Direito precisou adaptar-se a essa nova 
realidade. Portanto, regras, normas legais, surgem com esta finalidade: resolver e/ou reduzir os mais 
diversos conflitos.
Assim, a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, “Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres 
para o uso da Internet no Brasil” (BRASIL, 2014), o que significa informar em seus 32 artigos a respectiva 
legislação de como se deve utilizar esta ferramenta – a internet – de modo que todos sejam contemplados 
com uma tecnologia que não tem retorno (e também não queremos que tenha), porém, que possa 
garantir ou, se for o caso, reduzir os impasses que surgem em toda relação pessoal/empresarial.
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Apenas como ilustração ao nosso estudo desse item, reproduzimos os arts. 2º e 3º da Lei nº 12.965/2014 
(os negritos são nossos, para melhor compreensão):
Art. 2º A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o 
respeito à liberdade de expressão, bem como:
I – o reconhecimento da escala mundial da rede;
II – os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício 
da cidadania em meios digitais;
III – a pluralidade e a diversidade;
IV – a abertura e a colaboração;
V – a livre-iniciativa, a livre-concorrência e a defesa do consumidor; e
VI – a finalidade social da rede.
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:
I – garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de 
pensamento, nos termos da Constituição Federal;
II – proteção da privacidade;
III – proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
IV – preservação e garantia da neutralidade de rede;
V – preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por 
meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo 
estímulo ao uso de boas práticas;
VI – responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos 
termos da lei;
VII – preservação da natureza participativa da rede;
VIII – liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que 
não conflitem com os demais princípios estabelecidos nesta Lei (BRASIL, 
2014, grifo nosso).
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Assim como em toda relação, se há direitos, também há deveres; logo, antes de disponibilizarmos algo na 
internet, é de extrema importância que tais direitos e deveres sejam conhecidos a ponto de evitarconflitos. 
Porém, também sabemos que a complexidade da natureza humana nem sempre permite tal situação – evitar 
sempre os conflitos –, deixando para a legislação e, consequentemente, para o poder público inerente a 
responsabilidade de chegar a algum consenso, tendo sempre, como pano de fundo, uma base legal.
Reproduzimos o artigo 7º, que trata dos Direitos e Garantias dos Usuários:
Art. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário 
são assegurados os seguintes direitos:
I – inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
II – inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, 
salvo por ordem judicial, na forma da lei;
III – inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, 
salvo por ordem judicial;
IV – não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente 
decorrente de sua utilização;
V – manutenção da qualidade contratada da conexão à internet;
VI – informações claras e completas constantes dos contratos de prestação 
de serviços, com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de 
conexão e aos registros de acesso a aplicações de internet, bem como sobre 
práticas de gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade;
VII – não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive 
registros de conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante 
consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei;
VIII – informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, 
tratamento e proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser 
utilizados para finalidades que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em 
termos de uso de aplicações de internet;
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IX – consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento 
de dados pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais 
cláusulas contratuais;
X – exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada 
aplicação de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, 
ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei;
XI – publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de 
conexão à internet e de aplicações de internet;
XII – acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, 
sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei; e
XIII – aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações 
de consumo realizadas na internet.
Art. 8º A garantia do direito à privacidade e à liberdade de expressão nas 
comunicações é condição para o pleno exercício do direito de acesso à internet.
Parágrafo único. São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que 
violem o disposto no caput, tais como aquelas que:
I – impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, 
pela internet; ou
II – em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante 
a adoção do foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de 
serviços prestados no Brasil (BRASIL, 2014).
 Saiba mais
Sendo o assunto – Jurídico na Internet – um tanto atual e necessário 
para o bom andamento das relações entre pessoas e empresas que utilizam 
a internet, apresentamos o endereço eletrônico em que você poderá 
conhecer na íntegra a Lei nº 12.965/2014:
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, 
garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.
htm>. Acesso em: 21 ago. 2017.
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8 A ATUAÇÃO DAS ENTIDADES DE CLASSE MAIS REPRESENTATIVAS
De acordo com os nossos estudos, em que tratamos da Revolução Industrial, base para o surgimento 
das empresas, podemos, sem dúvida nenhuma, afirmar que as empresas têm um papel relevante em 
quaisquer sociedades, uma vez que geram empregos (diretos e indiretos) tributos e remuneração para 
os proprietários e terceiros envolvidos em determinada operação, contribuindo, assim, com a economia 
global, justamente por gerar tais riquezas.
Ao longo dos anos, as empresas reconheceram a necessidade de se juntarem com a finalidade de, 
além do fortalecimento em relação às mais diversas situações, sentirem-se representadas em órgão 
público. Para tanto, têm início os sindicatos patronais, ou seja, sindicatos voltados para os interesses 
empresariais, bem como outras entidades que também possam contribuir com o bom andamento das 
empresas, por exemplo, as associações comerciais, federações, entre outras.
Em relação à atividade empresarial voltada para as artes visuais, destacam-se:
• Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).
• Federação de Arte-Educadores do Brasil (Faeb).
• Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (Anpap).
• Sindicato das Empresas de Artes Fotográficas do Estado de São Paulo (Seafesp).
Vale mencionar que além das entidades de classe relacionadas com as atividades empresariais, há 
entidades que representam os empregados e/ou profissionais (pessoas físicas) que atuam na área de 
Artes Visuais. As mais representativas são:
• Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, 
Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal (Sindcine).
• Sindicato Nacional dos Artistas Plásticos e Comitê Nacional Brasileiro da Associação Internacional 
de Artes Plásticas (Sinap-ESP/AIAP).
8.1 O Estatuto das Micro e Pequenas Empresas
Antes de tratarmos do Estatuto das Micro e Pequenas Empresas, é importante apresentar como uma 
empresa no Brasil e em outros países é classificada como pequena, média ou grande.
No Brasil, a classificação de uma empresa em micro, pequena, média ou grande está vinculada à 
tributação que ela deve recolher aos cofres públicos, especialmente ao governo federal, por meio do 
órgão público chamado de Receita Federal. Já em países-membros da Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE), a classificação das empresas em pequena, média ou grande ocorre 
pelo número de empregados.
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 Observação
A OCDE é uma organização internacional, composta por 34 países e 
com sede em Paris, na França. Tem por objetivo promover políticas que 
visem ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar social de pessoas por 
todo o mundo.
É importante também mencionar que, independentemente de como a classificação ocorre, as 
pequenas e médias empresas geram muitos empregos e tributos, e, consequentemente, uma contribuição 
considerável para a economia de qualquer país.
Voltando à classificação brasileira de pequenas e médias empresas, foco do nosso estudo neste item, 
a legislação atual (Lei Complementar nº 139/2011) estabelece como base da tributação chamada de 
Simples Nacional o limite de faturamento anual de R$ 360.000,00 para as Microempresas (ME) e até 
R$ 3.600.000,00 para as Empresas de Pequeno Porte (EPP). Assim, são consideradas empresas de médio 
porte aquelas que possuem faturamento anual superior a R$ 3.600.000,00 até R$ 78.000.000,00. Acimadesse valor, são as empresas de grande porte.
Vale ressaltar que as empresas que possuem um faturamento anual superior a R$ 3.600.000,00 
deixam de ser tributadas pelo Simples Nacional, adotando a tributação do Lucro Presumido ou do Lucro 
Real, dependendo da escolha, quando possível, ou por força legal.
Quanto à tributação das empresas pelo Simples Nacional, uma forma simplificada de recolher 
os tributos, a legislação brasileira, além do limite de faturamento anual ora mencionado, analisa 
a atividade empresarial praticada, uma vez que nem todas as empresas são contempladas pelo 
Simples Nacional, sendo obrigadas a adotarem a tributação pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real, 
dependendo da situação.
 Saiba mais
No site da Receita Federal existe o Portal do Empreendedor, que trata da 
tributação do Simples Nacional aplicada ao Microempreendedor Individual 
(MEI). Trata-se de uma outra forma de apurar a tributação, em que o 
faturamento anual permitido para essa modalidade de empresa deverá ser 
de até R$ 60.000,00 e também atender às exigência legais, dentre elas, 
a atividade empresarial. Para maiores informações, consultar o seguinte 
endereço eletrônico:
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br>.
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Conforme você está observando, muitas dúvidas poderão surgir em relação ao tipo de tributação 
adequada para cada tipo de empresa; assim, a procura de um profissional competente para esta 
finalidade, ou seja, um contador, irá contribuir muito na decisão relacionada ao tipo de tributação ideal 
para cada atividade empresarial.
Retornando ao assunto Micro e Pequenas Empresas, justamente pelas suas características (atividade, 
tributação), foi criado um Estatuto pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, com 
a finalidade de apresentar em seus 89 artigos as disposições legais que devem atender esse tipo de 
empresa, considerando-se que essa Lei Complementar estabelece a seguinte situação:
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; 
altera dispositivos das Leis nros 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, 
de 1º de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei 
Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nos 9.317, de 5 
de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999 (BRASIL, 2006).
Vale mencionar o art. 1º da LC nº 123/2006 justamente por iniciar a respectiva legislação sobre o 
tratamento diferenciado que as pequenas empresas em geral devem ter perante, principalmente, poder 
público. Assim, temos que (grifos nossos, para melhor entendimento):
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas 
ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às 
microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no 
que se refere:
I – à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de 
arrecadação, inclusive obrigações acessórias;
II – ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive 
obrigações acessórias;
III – ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência 
nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao 
associativismo e às regras de inclusão;
IV – ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV 
do parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 1º Cabe ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) apreciar a necessidade 
de revisão, a partir de 1º de janeiro de 2015, dos valores expressos em moeda 
nesta Lei Complementar.
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§ 2º (Vetado).
§ 3º Ressalvado o disposto no Capítulo IV, toda nova obrigação que atinja 
as microempresas e empresas de pequeno porte deverá apresentar, no 
instrumento que a instituiu, especificação do tratamento diferenciado, 
simplificado e favorecido para cumprimento. (Incluído pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014)
§ 4º Na especificação do tratamento diferenciado, simplificado e favorecido 
de que trata o § 3º, deverá constar prazo máximo, quando forem necessários 
procedimentos adicionais, para que os órgãos fiscalizadores cumpram as 
medidas necessárias à emissão de documentos, realização de vistorias e 
atendimento das demandas realizadas pelas microempresas e empresas de 
pequeno porte com o objetivo de cumprir a nova obrigação. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 5º Caso o órgão fiscalizador descumpra os prazos estabelecidos na 
especificação do tratamento diferenciado e favorecido, conforme o disposto 
no § 4º, a nova obrigação será inexigível até que seja realizada visita para 
fiscalização orientadora e seja reiniciado o prazo para regularização. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 6º A ausência de especificação do tratamento diferenciado, simplificado e 
favorecido ou da determinação de prazos máximos, de acordo com os §§ 3º 
e 4º, tornará a nova obrigação inexigível para as microempresas e empresas 
de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 7º A inobservância do disposto nos §§ 3º a 6º resultará em atentado 
aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional 
da atividade empresarial. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) (BRASIL, 2006).
Tomando-se somente como base o art. 1º, observam-se alguns itens incluídos pela Lei 
Complementar nº 147/2014, o que tornou-se totalmente necessário pelo fato de a LC nº 123/2006 
não estar mais atendendo às necessidades das sociedades que representam, ou seja, as pequenas 
empresas de modo geral.
É prudente mencionar que pelas particularidades que estão demonstradas no art. 1º da 
LC 123/2006 (Incisos I ao IV), esta requer um tratamento diferenciado pelos órgãos públicos 
em geral (federal, estadual e municipal). Assim foi criado um Comitê com a responsabilidade 
de tratar as respectivas particularidades, conforme apresenta o art. 2º:
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Art. 2º. O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e 
empresas de pequeno porte de que trata o art. 1º desta Lei Complementar será gerido pelas 
instâncias a seguir especificadas:
I – Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda, composto 
por 4 (quatro) representantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil, como representantes 
da União, 2 (dois) dos Estados e do Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos 
aspectos tributários; e
II – Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com a 
participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor, para 
tratar dos demais aspectos, ressalvado o disposto no inciso III do caput deste artigo;
III – Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria 
e Comércio Exterior, composto por representantes da União, dos Estados e do Distrito Federal, 
dos Municípios e demais órgãos de apoio e de registro empresarial, na forma definida pelo 
Poder Executivo, para tratar do processo de

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