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ATIVIDADES E FUNCOES DO ESTADO A atividade administrativa nada mais é do que a gestão de bens, interesses e serviços públicos, com o objetivo de alcançar o bem comum, respeitando constantemente as leis e a ética administrativa. A natureza jurídica da administração pública é uma obrigação em nome e no interesse público, pois garante que os direitos e privilégios conferidos ao agente estão em sua função e não em sua pessoa. É instrumentado por atos que se qualificam como Império, Administração e Registro. Atos do Império no contexto da atividade administrativa são aqueles em que a administração pública decide ou exerce seu poder coercitivo sobre os Gerentes. As ações de liderança são aquelas que ordenam o comportamento interno da Administração e de seus funcionários ou criam direitos e obrigações entre a Administração e os Gerentes. As ações de propósito são atos que tratam do manuseio e preparação de procedimentos administrativos e os transmitem à decisão da autoridade competente. Os três poderes legislativo, executivo e judiciário de todas as agências federais, como a União, os estados, o distrito e os municípios, devem desempenhar funções administrativas que sejam de natureza administrativa, embora limitadas à sua organização e atividade. Função é o conjunto de competências legais. A atividade já é uma ação contínua, ou seja, uma série de ações para atingir metas. A função do legislador é elaborar normas jurídicas de caráter abstrato e impessoal, que conferem indiscriminadamente a todos um direito público subjetivo ao objeto de tutela. Assim, o legislador cria normas legais; Deve ser lembrado que o poder legislativo tem a função legal, mas também tem o poder constitucional de dispor de sua organização e função e desenvolver seu regimento interno. A função do judiciário é dirigida a uma pessoa específica com uma decisão específica e específica em uma questão específica que é válida para uma reivindicação específica feita perante um juiz, à qual o juiz aplica a norma individualizada correspondente. Assim, o Judiciário busca a solução dos conflitos que foram provocados. No entanto, ela tem uma capacidade de auto-organização em relação a cada um dos seus tribunais. Seus atos de organização são encontrados nas leis estaduais de divisão e organização judiciária e em seus regimentos internos. A função do executivo é exercer as ações dos chefes de estado, isto é, representar a nação, o governo e a administração. Este poder é exercido pelo Presidente da República com a ajuda do Ministro de Estado. O executivo é, portanto, o exercício responsável da actividade administrativa na autoridade geral, mas também o legislativo eo judiciário tem essa responsabilidade se eles precisam se organizar para oferecer as actividades de apoio necessárias para as características típicas funções normativas e o desempenho das suas funções de assumir a jurisdição. Embora sejam estruturas autônomas, os poderes ficam presos nessas pessoas e há uma necessidade de agir centralmente através de seus órgãos e agentes. A função administrativa é, portanto, a atividade concreta e direta de ações concretas e executáveis exercidas pela administração pública para alcançar o interesse público. Para realizar as atividades do Estado, ele deve se equipar efetivamente para a consecução do ideal federal. As atribuições administrativas das unidades individuais resultam das responsabilidades distribuídas pela Constituição Federal. Cada uma das unidades políticas que integram a República Federativa do Brasil possui uma estrutura administrativa própria e independente das demais. Em resumo, as pessoas que realizam atividades de administração pública são agentes de direito público. As atividades administrativas e suas ações em geral são praticamente executáveis ou podem ser implementadas imediatamente. A gestão do interesse social exerce as suas atividades diretamente através dos seus agentes técnicos e administrativos devidamente selecionados ou indiretamente transfere-os para outra entidade de direito público ou mesmo para uma entidade de direito privado que possa operar na UE. que, neste caso, significa a concessão de responsabilidades, por exemplo. Para concessões, permissões, etc. As funções do Estado, o princípio da legalidade e a separação de poderes no Estado Democrático de Direito Este artigo trata das várias funções do Estado (função administrativa, função legislativa, função judicial e função do governo) e sua classificação no arranjo jurídico-institucional dos poderes estabelecidos pela Constituição de 1988. Embora a teoria da separação de poderes tenha introduzido a existência de estruturas diferentes e separadas dentro do Estado para o exercício de cada uma dessas funções públicas, deve-se deixar claro que essa separação de poderes não constitui diferenciação absoluta, pois se sabe que cada um dos poderes é de um. grau de funções legislativas, executivas ou judiciais. Além disso, o modelo constitucional brasileiro contempla variantes que não se encaixam perfeitamente nessa visão tripartite dos poderes, tais como: Por exemplo, os escritórios de auditoria e o ministério de estado que controlam os outros poderes. Por outro lado, a teoria da separação dos poderes sobre o conceito de freios e contrapesos, o que justifica a existência de interferência mútua entre os poderes, a fim de evitar o exercício excessiva e descontrolada de cada um deles é baseado. Além disso, os problemas de superprodução legislativo pelo poder executivo e as dificuldades do poder legislativo em responder às necessidades imediatas e técnicos da Companhia são discutidos, destacando o impacto desta realidade social no conceito clássico de separação de poderes. Por fim, são analisados os limites da competência regulatória do poder executivo à luz do princípio da legalidade (art. 5º, inciso II, c / c, art. 37, caput da Constituição Federal), destacando a atuação regulatória das agências reguladoras que possuem tais contornos com aspecto contemporâneo o princípio da legalidade. AS DISTINTAS FUNÇÕES DO ESTADO, SUA DIVISÃO NAS ESTRUTURAS ORGÂNICAS DOS PODERES E OS MECANISMOS DE FREIOS E CONTRAPESOS EXISTENTES NO ORDENAMENTO CONSTITUCIONAL BRASILEIRO. A teoria da trisecção de poderes sublinha o conceito de separação de poderes graças à influência de Montesquieu, que fala numa separação absoluta de poderes. No entanto, também é baseado no conceito de "verificação e equilíbrio" introduzido pelo constitucionalismo americano. Segundo a teoria da separação de poderes, o Estado, no exercício do seu poder, exerce três funções diferentes, a saber, a função legislativa, a função executiva e a função judicial. A função legislativa do Estado corresponde à determinação da vontade dos representantes do povo pela lei, segundo a qual são prescritas instruções jurídicas gerais e abstratas, que se aplicam a todos os cidadãos de uma determinada comunidade política, conforme definido no texto básico. As tarefas judiciais e administrativas corresponderiam à aplicação da legislação às específicas. A função judicial, entretanto, resultaria em um conflito de interesse ou litígio pelo qual o Estado age como um terceiro imparcial e é preguiçoso, agindo apenas mediante provocação das partes interessadas no conflito, o que determinaria o direito do caso particular. A função administrativa seria, por sua vez, uma função da aplicação do direito a casos específicos em que a administração é uma das partes envolvidas e pode agir ex officio sem a necessária imparcialidade cujos atos poderiam ser revistos pelo órgão competente do EPO. Função, se provocado pelo interessado (ACCUNHA, 2013, p. 21). Além disso, alguns autores mencionam a existência de uma chamada função governamental1, que aborda as principais questões políticas internas e externas no que diz respeito à definição de políticas públicas gerais, enquanto a função administrativa seria a questão mais importante. B. a prestação de serviços públicos relacionados com a coleta de resíduos, o fornecimento de energia elétrica, etc. Tanto a funçãoadministrativa quanto a função do governo estão concentradas no executivo, tornando a diferenciação uma questão muito complexa. Idealmente, a teoria da separação de poderes implicava a existência de estruturas organizacionais distintas e separadas dentro do Estado para o exercício de qualquer função pública. Essas estruturas orgânicas correspondem aos chamados departamentos executivos, departamentos legislativos e autoridades judiciais, para as quais as funções típicas de administração, legislação e avaliação são transferidas (Acuna, 2013, p. 11-12). Entretanto, é necessário esclarecer as condições dessa classificação, uma vez que a determinação da separação de poderes não implica uma distinção absoluta, pois se sabe que um dos poderes exercidos em certa medida são as funções legislativa, executiva ou judicial. Por exemplo, no que diz respeito à função legislativa, a administração exerce o poder regulador (Artigos 84, IV, CF / 88) e até direito primário através das medidas provisórias (Artigo 62, CF / 88) e com relação à função judicial. considerar o exemplo de processos disciplinares administrativos no campo da administração pública (artigo 143 da Lei 8.112 / 93). Por outro lado, a legislação e o judiciário exercem tarefas administrativas quando, por exemplo, tratam de assuntos como a organização de seus serviços e órgãos internos (artigos 51, IV, 52, XIII e 96, I, alínea b)). Constituição Federal). Então, o que você tem é a prática de funções típicas e atípicas (não exclusivas). O sistema constitucional brasileiro também contém variantes que não se encaixam perfeitamente nesta visão de três partes dos poderes, especialmente quando se trata de tarefas administrativas, tais como: Por exemplo, os tribunais de contas e a ação penal que normalmente funcionariam (ACUNHA, 2013, p. 22). Como já mencionado, é também parte da teoria da separação dos poderes, e a presença de uma falha de um poder sobre os outros, a fim de evitar o seu exercício excessiva e descontrolada, um mecanismo que foi desenvolvido no direito constitucional americano comumente referido como controles e contrapesos. Assim, o executivo no Brasil pode, por exemplo, pelas sanções e vetar Institute (artigo 66, CF / 88) eo judicial pela nomeação e designação dos juízes do superior nas actividades legislativas intervir tribunais com o apoio do Senado Federal (artigo 84, XIV, CF / 88). Por outro lado, o Poder Legislativo exerce os seguintes mecanismos de supervisão executiva: aprovação das diretrizes orçamentárias, do plano plurianual e do orçamento anual (art. 166, CF / 88); Auditoria, auditoria financeira, orçamental, operacional e accionista com a assistência do Tribunal de Contas (artigo 70º e segs. CF / 88); o processo e julgamento do Presidente, o Vice-Presidente da República e do Ministro de Estado para os crimes de responsabilidade (artigo 52, I, CF / 88) eo uso das comissões da Casa (artigo 58, parágrafo 3º, CF / 88). Finalmente, o judiciário exerce controle sobre a legalidade e constitucionalidade dos poderes executivo e legislativo. RELAÇÃO CRÍTICA ENTRE FUNÇÃO LEGISLATIVA, ATUAÇÃO DOS PODERES EXECUTIVO E JUDICIÁRIO E A ESPECIALIZAÇÃO DOS CAMPOS DE CONHECIMENTO E SEUS IMPACTOS SOBRE A SEPARAÇÃO DE PODERES NO BRASIL.A REGIME JURIDICO ADMINISTRATIVO (https://jus.com.br/artigos/50409/o-regime-juridico-administrativo-e-os-principios-da-administracao-publica O REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO Na Constituição da República Federativa do Brasil, podemos encontrar diversos princípios e normas as quais orientam, regulam e conduzem a atividade desempenhada pelos agentes públicos, encarregados de velar pela coisa e pelos serviços públicos. A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para caracterizar, em um sentido mais amplo, os regimes de direito público e de direito privado, estes, que se submetem a Administração Pública. Maria Sylvia Zanella di Pietro (2014, p.61) ensina que “a expressão regime jurídico administrativo é reservada tão somente para abranger o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico-administrativa. Basicamente, pode-se dizer que o regime administrativo resume-se a duas palavras apenas: prerrogativas e sujeições. ” As “pedras de toque”, expressão utilizada por Celso Antonio Bandeira de Mello, diz respeito a dois princípios que integram o regime jurídico administrativo: a) A Supremacia do Interesse Público sobre o particular; b) A Indisponibilidade do Interesse Público. A Supremacia do Interesse Público sobre o Particular, estabelece que o interesse do Estado deve prevalecer em relação ao interesse do particular. Deve-se existir uma relação de verticalidade, esta que de modo sucinto, é o que o Estado busca para a garantia do interesse coletivo, ou seja, sempre que houver necessidade o Estado pode limitar e restringir direitos individuais para a garantia do interesse coletivo. Esse princípio confere verdadeiros privilégios ao administrador, que ao fazer uso dessas prerrogativas, faz com que o administrado se submeta a elas. Há diversos institutos do Direito Administrativo que são consequências desse princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o particular. Os institutos podem ser: a) Poder de Polícia (limita a atuação do particular em nome do interesse público); b) Atributos dos Atos Administrativos (presunção de legitimidade); c) Intervenção do Estado na propriedade (desapropriação por interesse público, necessidade pública ou interesse social), d) Cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos (colocam o Estado em posição mais favorável, extrapolando a ordem do direito privado) dentre outros. Delimitar o regime jurídico administrativo não significa tão somente dar ao administrador prerrogativas, pois, também, há uma outra vertente a ser analisada, que são as sujeições ou limitações, estas que o administrador deve obedecer. A Indisponibilidade do Interesse Público significa que o administrador não pode abrir mão do interesse público. Esse princípio estabelece ao Estado algumas limitações que garantem que o administrador não vá atrás de direitos individuais e disponha do interesse público. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, ORIGEM, OBJETO E FONTES Conceito e objeto: Critérios para conceituar o direito administrativo A doutrina tem estabelecido alguns critérios para conceituar o Direito Administrativo, importando relatar os de maior destaque. Para o critério legalista ou exegético, o Direito Administrativo é um conjunto de leis administrativas que regulam a Administração Pública de um determinado Estado. É criticado, pois limita o Direito Administrativo a um conjunto de leis. O critério do poder executivo define o Direito Administrativo como o ramo do direito que regula os atos do Poder Executivo. Não satisfaz, pois os demais poderes também editam atos administrativos. Já o critério do serviço público, afirma que o Direito Administrativo consiste na disciplina que regula a instituição, a organização e a prestação de serviços públicos. Também insuficiente, pois o Direito Administrativo se ocupa de outras atividades. Com base no critério das relações jurídicas, é um conjunto de normas que regulam a relação entre Administração e administrados. Também não é útil, pois essa relação também é regulada por outros ramos do Direito. Pelo critério teleológico ou finalístico, é um sistema formado por princípios jurídicos que disciplinam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Padece de imperfeição, pois associa o Direito Administrativo aos fins do Estado. Para o critério negativista ou residual, compreende o estudo de toda atividade do Estado que não seja a legalista e a jurisdicional. Por limitar o Direito Administrativo à sua atividade, não se faz o bastante. Finalmente, o critério da administração pública preconiza a ideia de que o Direito Administrativo é um conjunto de normas que regulam a Administração Pública Entretanto, o Direito Administrativo não se deveprender a um ou outro critério, mas sim refletir a realidade jurídica do seu tempo e espaço. Conceito O conceito mais aceita pela doutrina é a definição dada por Hely Lopes Meirelles: “o Direito Administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar, concreta, direta e imediatamente, os fins desejados pelo Estado“. Todas essas normas jurídico-administrativas encontram-se em textos legais esparsos, afirmando-se, daí, que o Direito Administrativo trata-se de um ramo do direito não codificado, não sistematizado num único documento legislativo. Objeto: O objeto de estudo do Direito Administrativo sofreu grande evolução ao longo do tempo, desde o momento em que era visto como um simples estudo das normas administrativas, passando pelo período do serviço público, da disciplina do bem público, até os dias atuais, quando se preocupa com os sujeitos que exercem e sofrem com a atividade do Estado, bem como das funções e atividades que a Administração Pública desempenha; o que leva a observar que o seu objeto de estudo é dinâmico e evolui, em consonância com a atividade administrativa e o desenvolvimento do Estado. Destarte, seu objeto principal é o desempenho da função administrativa. Matéria retirada do site Caderno para Concurseiros e Jus PRINCIPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS Estão previstos no artigo 37, caput, da Constituição da República de 1988. A seguir passamos a descrever os princípios constitucionais expressos fundamentais, os quais são aplicáveis a todos os institutos do Direito Administrativo. 1 – Legalidade: também chamado de princípio da juridicidade, exige adequação de toda e qualquer conduta administrativa a todo o ordenamento jurídico, nele estando incluídos todas as normas e todos os princípios. Enquanto o particular é livre para fazer tudo o que não seja proibido, a Administração só pode agir se a lei ordenar, nos termos que a lei traz, no condicionamento da lei e no tempo que a lei determina. Se a lei não traz qualquer comando, a Administração não pode agir. Para Di Pietro, “este princípio, juntamente com o de controle da Administração pelo Poder Judiciário, nasceu com o Estado de Direito e constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade. É aqui que melhor se enquadra aquela idéia de que, na relação administrativa, a vontade da Administração Pública é a que decorre da lei”[6]. Segundo José dos Santos “o princípio da legalidade é certamente a diretriz básica da conduta dos agentes da Administração. Significa que toda e qualquer atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, a atividade é lícita. Tal postulado, consagrado após séculos de evolução política, tem por origem mais próxima a criação do Estado de Direito, ou seja, do Estado que deve respeitar as próprias leis que edita”[7]. O princípio da legalidade é considerado pelo Direito Constitucional como uma das maiores conquistas do povo, porque a legalidade é, na verdade, uma barreira protetora que os particulares têm em relação à Administração. É de se notar que a Administração atua em nossas vidas com poderes muito grandes, e se não houvesse o princípio da legalidade, a máquina administrativa poderia ser utilizada sem qualquer controle e sem a devida atenção que o interesse público merece. Assim esse princípio representa um escudo para que a Administração não abuse dos seus poderes. Como aplicação ao princípio da legalidade, foram editadas as seguintes súmulas, ambas do Supremo Tribunal Federal: Súmula 346: “A administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos”. Súmula 473: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. 2 – Impessoalidade: princípio da isonomia no Direito Administrativo. Não significa dar o mesmo tratamento a todos, mas sim, um tratamento igual para os iguais e para os desiguais, um tratamento desigual, na medida em que se desigualam, como ensinava Pontes de Miranda. Desse modo, é possível um tratamento privilegiado desde que ele venha expressamente previsto em lei e esteja em conformidade com o interesse da sociedade. A título de exemplo, o Estatuto do Idoso prevê privilégios para quem é considerado idoso. Isso, contudo, não fere o princípio da impessoalidade, tendo em vista que a sociedade brasileira prevê tal tratamento como decorrente do princípio da dignidade da pessoa humana. É o que também ocorre com o tratamento especial dispensado às micro empresas e empresas de pequeno porte, uma vez que, como atende aos interesses da sociedade porque gera empregos e promove a circulação de renda, o tratamento é isonômico. Na feliz síntese de José dos Santos Carvalho Filho “o princípio objetiva a igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica situação jurídica. Nesse ponto, representa uma faceta do princípio da isonomia. Por outro lado, para que haja verdadeira impessoalidade, deve a Administração voltar-se exclusivamente para o interesse público, e não para o privado, vedando-se, em conseqüência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros e prejudicados alguns para favorecimento de outros”[8]. (grifo nosso) Celso Antônio Bandeira de Mello ensina que “no texto constitucional há, ainda, algumas referências a aplicações concretas deste princípio, como ocorre no art. 37, II, ao exigir que o ingresso em cargo, função ou emprego público depende de concurso público, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso em plena igualdade. Idem, no art. 37, XXI, ao estabelecer que os contratos com a Administração direta e indireta dependerão de licitação pública que assegure igualdade de todos os concorrentes. O mesmo bem jurídico também está especificamente resguardado na exigência de licitação para permissões e concessões de serviço público (art. 175)[9]”. Isto quer dizer que, o particular tem autonomia para contratar quem quiser para a sua empresa. Já a Administração tem que observar o princípio da impessoalidade devendo contratar, destarte, através de concurso público. O empresário pode contratar qualquer serviço e pelo valor que estiver de acordo. Por outro lado a Administração não tem autonomia de vontade para isso, sendo necessário, portanto, a realização de licitação para realizar contrato com aquele licitante que ofereceu a melhor proposta. 3 – Moralidade: obrigação de honestidade e de probidade. Ser honesto quer dizer ser fiel ao interesse público definido na lei. É exigido da Administração como um todo, de cada agente público e também dos particulares que se relacionam com a Administração. Em Direito Administrativo a violação grave do dever de moralidade é chamada de improbidade administrativa e está prevista no artigo 37, parágrafo 4º, da CF/88 e na lei nº 8.429/92. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, de acordo com o princípio da moralidade “a Administração e seus agentes tem de atuar na conformidade de princípios éticos. Violá-los implicará violação ao próprio Direito, configurando ilicitude que assujeita a conduta viciada a invalidação, porquanto tal princípio assumiu foros de pauta jurídica, na conformidade do art. 37 da Constituição”[10]. José dos Santos Carvalho Filho, por sua vez, adverte que “a falta de moralidade administrativa pode afetar vários aspectos da atividade da Administração. Quando a imoralidade consiste em atos de improbidade, que, como regra, causam prejuízos ao erário público, o diploma regulador é a Lei nº 8.429, de 2/6/1992, que prevê as hipóteses configuradoras da falta de probidade na Administração,bem como estabelece as sanções aplicáveis a agentes públicos e a terceiros, quando responsáveis por esse tipo ilegítimo de conduta. Ao mesmo tempo, contempla os instrumentos processuais adequados à proteção dos cofres públicos, admitindo, entre outras, ações de natureza cautelar de seqüestro e arresto de bens e o bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras, sem contar, logicamente, a ação principal de perdimento de bens, ajuizada pelo Ministério Público ou pela pessoa de direito público interessada na reconstituição de seu patrimônio lesado. Outro instrumento relevante de tutela jurisdicional é a ação popular, contemplada no art. 5º, LXXIII, da vigente Constituição. Pela ação popular, regulamentada pela Lei nº 4.717, de 29/6/65, qualquer cidadão pode deduzir a pretensão de anular atos do Poder Público contaminados de imoralidade administrativa. Por fim, não se pode esquecer de também citar a ação civil pública, prevista no art. 129, III, da CF, como uma das funções institucionais do Ministério Público, e regulamentada pela Lei nº 7.347, de 24/7/85, como outro dos instrumentos de proteção à moralidade administrativa”[11]. 4 – Publicidade: como a Administração não é titular do interesse público, o qual pertence ao povo, tudo aquilo que acontece na esfera administrativa deve ser publicizado. É o dever de clareza e de transparência que a Administração deve ter em relação aos titulares do interesse público. A publicidade é também condição de validade dos atos administrativos, ou seja, apenas quando se tornam claros, eles estão em conformidade com a ordem jurídica. Cumpre salientar que esse princípio traz duas únicas exceções previstas no art. 5º, LX, quais sejam, restrição à publicidade determinada em lei para a proteção da intimidade (do particular ou do agente público) e o interesse social. O dever de motivação que a Administração Brasileira tem, ou seja, dever de expor por escrito as razões de fato e de direito que justificam a prática de qualquer uma de suas condutas decorre do princípio da publicidade. Expõe José dos Santos Carvalho Filho que o princípio da publicidade pode ser reclamado através de dois instrumentos básicos: a) o direito de petição, pelo qual os indivíduos podem dirigir-se aos órgãos administrativos para formular qualquer tipo de postulação (art. 5º, XXXIV, ‘a’, CF); b) as certidões que, expedidas por tais órgãos, registram a verdade de fatos administrativos, cuja publicidade permite aos administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de certas situações (art. 5º, XXXIV, ‘b’, CF). Negado o exercício de tais direitos, ou ainda não veiculada a informação, ou veiculada incorretamente, terá o prejudicado os instrumentos constitucionais para garantir a restauração da legalidade – o mandado de segurança (art. 5º, LXIX, CF) e o habeas data (art. 5º, LXXII, CF). Na verdade, não se deve perder de vista que todas as pessoas têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo, com exceção das situações resguardadas por sigilo (art. 5º, XXXIII, CF), e o exercício de tal direito, de estatura constitucional, há de pressupor necessariamente a obediência da Administração ao princípio da publicidade[12]. 5 – Eficiência: foi tornado expresso no caput do art. 37 da CR/88, por meio da Emenda Constitucional nº 19/98. Antes da emenda esse princípio não estava escrito na Constituição, pois era implícito, no entanto, a Administração já tinha o dever de ser eficiente, independente da ordem estar escrita ou não. Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro “o princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público. Vale dizer que a eficiência é princípio que se soma aos demais princípios impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a nenhum deles, especialmente ao da legalidade, sob pena de sérios riscos à segurança jurídica e ao próprio Estado de Direito”. Acrescenta-se que a construção desse princípio teve inspiração na iniciativa privada, uma vez que o sucesso de um negócio é medido pelo grau de satisfação de seu cliente. Cumpre ressaltar que o princípio da eficiência é tão importante quanto todos os outros princípios estruturantes do regime jurídico administrativo, de modo que não é possível que, em nome de uma maior eficiência, seja preterido, por exemplo, o princípio da legalidade. 3. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS Tem a mesma força jurídica dos princípios explícitos. A doutrina e a jurisprudência usualmente se referem a estes princípios, tendo, desse modo, uma mesma relevância jurídica que os princípios escritos na Constituição. Os princípios implícitos que mais nos interessam são: a supremacia do interesse público sobre o interesse particular e a indisponibilidade do interesse público. Recordando as palavras de Celso Antônio no que tange a estes dois princípios: “atribui-se-lhes a importância de pontos fundamentais do Direito Administrativo não porque possuam em si mesmos a virtude de se imporem como fontes necessárias do regime, mas porque, investigando o ordenamento jurídico-administrativo, acredita-se que eles hajam sido encampados por ele e nesta condição validados como fonte-matriz do sistema. Todo o sistema de Direito Administrativo, a nosso ver, se constrói sobre os mencionados princípios da supremacia do interesse público sobre o particular e indisponibilidade do interesse público pela Administração”[13]. 4. O PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO A Administração deve realizar suas condutas sempre velando pelos interesses da sociedade, mas nunca dispondo deles, uma vez que o administrador não goza de livre disposição dos bens que administra, pois o titular desses bens é o povo. Isto significa que a Administração Pública não tem competência para desfazer-se da coisa pública, bem como, não pode desvencilhar-se da sua atribuição de guarda e conservação do bem. A Administração também não pode transferir a terceiros a sua tarefa de zelar, proteger e vigiar o bem. Ademais a disponibilidade dos interesses públicos somente pode ser feita pelo legislador. Vale mencionar dois importantes institutos que concretizam o dever de indisponibilidade do interesse público pela Administração: a licitação e o concurso público. No primeiro caso, a Administração não pode escolher, sem nenhum critério objetivo definido em lei, com quem vai celebrar contrato. A lei estabelece um processo administrativo que deve ser rigorosamente seguido a fim de que se possa escolher o interessado que apresente a proposta mais vantajosa. No que tange ao concurso público, se há uma vaga na estrutura administrativa, a escolha de quem será nomeado não pode ser aleatória. Então, por meio do concurso, pretende-se dar a mesma oportunidade a todos que preenchem os requisitos estabelecidos em lei de apresentarem sua capacidade física e intelectual de ser escolhido. Leciona Diógenes Gasparini que, segundo o princípio da indisponibilidade do interesse público, não se acham os bens, direitos, interesses e serviços públicos à livre disposição dos órgãos públicos, a quem apenas cabe curá-los, ou do agente público, mero gestor da coisa pública. Aqueles e este não são senhores ou seus donos, cabendo-lhes por isso tão-só o dever de guardá-los e aprimorá-los para a finalidade a que estão vinculados. O detentor dessa disponibilidade é o Estado. Por essa razão, há necessidade de lei para alienar bens, para outorgar concessão de serviço público, para transigir, para renunciar, para confessar, para revelar a prescrição e para tantas outras atividades a cargos dos órgãos e agentes da Administração Pública[14]. Hely Lopes Meirelles assevera que a Administração Pública não pode dispor desse interesse geral num renunciara poderes que a lei lhe deu para tal tutela, mesmo porque ela não é titular do interesse público, cujo titular é o Estado, que, por isso, mediante lei poderá autorizar a disponibilidade ou a renúncia[15]. Segundo Raquel de Carvalho “com base na premissa de que a Administração não titulariza os interesses públicos primários, é lugar comum afirmar a indisponibilidade de tais interesses pelo agente encarregado de, na sua gestão, protegê-los. Quem detém apenas poderes instrumentais à consecução de um dado fim não possui, em princípio, a prerrogativa de deles abrir mão, donde resulta a idéia de indisponibilidade do interesse público”[16]. Na concepção de José dos Santos Carvalho Filho os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem a seus agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conservá-los e por eles velar em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e interesses públicos. A Administração não tem a livre disposição dos bens e interesses públicos, porque atua em nome de terceiros. Por essa razão é que os bens públicos só podem ser alienados na forma em que a lei dispuser. Da mesma forma, os contratos administrativos reclamam, como regra, que se realize licitação para encontrar quem possa executar obras e serviços de modo mais vantajoso para a Administração. O princípio parte, afinal, da premissa de que todos os cuidados exigidos para os bens e interesses públicos trazem benefícios para a própria coletividade[17]. A Lei Geral do Processo Administrativo nº 9.784/99 prevê no seu art. 2º, parágrafo único, inciso II, a indisponibilidade do interesse público pela Administração Pública: “Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei.” (grifo nosso) Raquel de Carvalho acentua que o interesse público é indisponível e este é um princípio integrante do regime jurídico administrativo. No entanto, embora não seja a alternativa primeira, nem mesmo a regra, pode ser que, em dada realidade, abrir mão de uma vantagem seja a única saída para a real proteção do interesse público primário[18]. Mais além, diz a autora que, o que se admite discutir, portanto, é o que de fato representa proteger o interesse público primário em cada situação. Se o bem estar geral for atendido com a perseguição integral de todas vantagens decorrentes do ordenamento em favor da Administração, é isto que cabe ao Estado buscar, de modo irrenunciável. Se, contudo, em determinados contextos, o empenho na satisfação de todos os benefícios públicos não conduzir à satisfação do bem comum, é cabível usar medida flexibilizadora inserida no novo arsenal normativo para o desenvolvimento da atividade negocial administrativa, inclusive diante de conflitos. Cumpre atentar para as especificidades do caso concreto e para o dever de motivar jurídica e concretamente a escolha levada a efeito[19]. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello a indisponibilidade dos interesses públicos significa que, sendo interesses qualificados como próprios da coletividade – internos ao setor público -, não se encontram à livre disposição de quem quer que seja, por inapropriáveis. O próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-los – o que é também um dever – na estrita conformidade do que predispuser a intentio legis. Relembre-se que a Administração não titulariza interesses públicos. O titular deles é o Estado, que, em certa esfera, os protege e exercita através da função administrativa, mediante o conjunto de órgãos (chamados administração, em sentido subjetivo ou orgânico), veículos da vontade estatal consagrada em lei[20]. É oportuno aqui recordar as lições do professor Manoel Messias Peixinho, no sentido de que o administrador público não pode gerir o Estado desvinculado do interesse público. A indisponibilidade deste interesse quer dizer obediência obsequiosa aos direitos fundamentais e aos valores constitucionais eleitos pelo constituinte embrionário. Indisponibilidade, no contexto do Direito Administrativo, deixa de ser só ato de não poder dispor com liberdade dos deveres entregues à tutela do administrador. Torna-se, também é dever de prover a coisa pública com equidade, isonomia, publicidade, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, enfim, com todos os demais princípios explícitos e implícitos, enraizados no direito administrativo, que são afluentes do princípio da indisponibilidade do interesse público[21]. Diante do que foi exposto, vale ressaltar que os bens, direitos e interesses públicos são confiados ao administrador apenas para a sua gestão, nunca para a sua disposição. Para dispor, alienar, renunciar ou transacionar, o administrador dependerá sempre de lei. Assim sendo, não há para a Administração e seus agentes, qualquer liberdade de disposição ou renúncia, mas sim de indisponibilidade no que tange ao interesse do povo. ADMINISTRAÇAO PUBLICA: CONCEITO, ORGANIZAÇAO – ADMINISTRAÇAO DIRETA E INDIRETA ://www.significados.com.br/administracao-publica O que é Administração Pública: Administração pública é um conceito da área do direito que descreve o conjunto de agentes, serviços e órgãos instituídos pelo Estado com o objetivo de fazer a gestão de certas áreas de uma sociedade, como Educação, Saúde, Cultura, etc. Administração pública também representa o conjunto de ações que compõem a função admnistrativa. A administração pública tem como objetivo trabalhar a favor do interesse público, e dos direitos e interesses dos cidadãos que administra. Na maior parte das vezes, a administração pública está organizada de forma a reduzir processos burocráticos. Também é comum existir a descentralização administrativa, no caso da administração pública indireta, que significa que alguns interessados podem participar de forma efetiva na gestão de serviços. Um indivíduo que trabalha na administração pública é conhecido como gestor público, e tem uma grande responsabilidade para com a sociedade e nação, devendo fazer a gestão e administração de matérias públicas, de forma transparente e ética, em concordância com as normas legais estipuladas. Quando um agente público incorre em uma prática ilegal contra os princípios da Administração Pública, ele pode ser julgado por improbidade administrativa, conforme a lei nº 8.429 de 2 de Junho de 1992. A administração pública no Brasil já passou por três fases: a fase patrimonialista (durante a era do Império), burocrática (na era Vargas) e gerencial (fase mais recente que está sendo implementada). Muitas pessoas prestam concurso quando querem exercer um cargo na administração pública. Administração pública direta e indireta A administração pública pode ser direta ou indireta. A administração pública direta é desempenhada pelos Poderes da União, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios. Estes órgãos não são dotados de personalidade jurídica própria. As despesas inerentes à administração são contempladas no orçamento público e ocorre a desconcentração administrativa, que consiste na delegação de tarefas. A administração pública indireta é a transferência da administração por parte do Estado a outras pessoas jurídicas, sendo que essas pessoas jurídicas podem ser fundações, empresas públicas, organismos privados, etc. Neste caso ocorre a descentralização administrativa, ou seja, a tarefa de administração é transferida para outra pessoa jurídica. ADMINISTRAÇAO PUBLICA (DANTAS, Tiago. "Administração Pública"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/politica/administracao-publica.htm>. Acesso em 04 de abril de 2019. Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo divididaem administração direta e indireta. A administração direta é aquela exercida pelo conjunto dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Nesse caso, os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, patrimônio, nem autonomia administrativa. Diferentemente da administração direta, a qual o Estado exerce suas funções diretamente; na administração indireta, o Estado transfere a sua titularidade ou execução das funções para que outras pessoas jurídicas, ligadas a ele, possam realizar. A administração indireta é composta pelas autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas e outras entidades de direito privado. Tais entidades possuem personalidade jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa. A concessão que o Estado dá ao concessionário deve ser feita sempre através de licitação, um processo de análise das propostas mais vantajosas para o Estado, significando, portanto, uma medida de uso racional dos recursos públicos. A administração indireta visa à descentralização, ou seja, a distribuição de competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica.