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Carvão em Milho e Cana-de-Açúcar

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Carvão
Carvão comum do Milho( Zea Mays)
· Doença de importância secundária, com baixa incidência na cultura. 
· As espigas infectadas não são tutilizadas, pois não produzem grãos. 
· No lugar do grão, observa-se a estrutura do fungo Ustilago maydis.>>>> forma-se uma massa negra pulverulenta.
· Fungo biotrófico, ou seja, depende de um tecido vivo em pelo menos uma fase do ciclo. 
Três estágios compõe o ciclo de vida de U. maydis.
1) Teliósporos diploides são formados nas galhas do hospedeiro e servem como estruturas de resistência;
2) O teliósporo germina formando promicélio septado, segue-se meiose e formação de basidióporos (esporídeo haploide);
 3)Em seguida, os basidiósporos se fragmentam, cruzam formando hifas dicarióticas. Esta fase é infectiva, ou seja, patogênica.
SINTOMAS
· Formação de galhas nas espigas, ocorrendo em toda a espiga ou em parte dela. Dentro das galhas são produzidos os teliosporos escuros, formando a massa escura. 
· A massa de esporos( teliósporos) escuros gera as galhas e faz com que os tecidos membranosos do grão se rompa, liberando os esporos. 
· As infecções por U. maydis são locais, podendo atingir qualquer parte aérea da planta. Nas espigas, cada galha deriva da infecção de um ovário.
· As galhas aparecem em torno de sete dias após a infecção e entre uma e duas semanas, as hifas nas galhas iniciam processo de gelatinização, quando se inicia a formação de teliósporos. Após sofrer desidratação, os teliósporos são liberados e servirão como fonte de inóculo para as safras posteriores.
· Os basidiósporos podem ser cultivados em meio de cultura, sendo esta considerada como fase saprofítica. O fungo U. maydis sobrevive em restos culturais, no solo e em sementes na forma de teliósporos, podendo se manter viável por muitos anos.
FORMA DE DISSEMINAÇÃO 
· Os esporos são facilmente disseminados pelo vento, respingos de chuva e água de irrigação 
· A doença pode ocorrer em uma variação grande de temperatura, entre 26 e 36 °C e baixa umidade. 
· O estresse é um dos fatores que favorece a doença, sendo o estresse hídrico e altas doses de N causas que resultam em maior suscetibilidade.
· Lesões nas plantas (principalmente nas espigas) e redução na polinização também são considerados fatores que favorecem a infecção. A produção de pólen pode ser influenciada negativamente em condições de clima seco e quente (PATAKY; SNETSELAAR, 2006).
· Considerando que o País sofre com alta temperatura e falta de chuvas nos últimos anos, o aumento da doença pode estar relacionado com o estresse hídrico durante o cultivo do milho. 
CONTROLE
· O controle da doença deve ser baseado nas boas práticas agrícolas, evitando-se o estresse hídrico e altas doses de N.
· A retirada das plantas contaminadas também é recomendável pois é fonte de inóculo. 
· A resistência genética é uma recomendação, porém é pouco conhecida nas cultivares comerciais.
· O bom empalhamento, rotação de culturas, redução de injúrias e de lagartas nas espigas também são recomendados para a redução da doença.
· Tratamento quimico de toletes
CARVÃO DA CANA DE AÇUCAR(Saccharum officinarum)
· Agente causal presente em todas as regiões do brasil. 
· Proibição do cultivos de variedades suscetíveis a esta moléstia. 
 
· O agente causal, o fungo Ustilago scitaminea, parasita de tecido meristemático e penetra nos tecidos não diferenciados, na base das escamas das gemas e das folhas novas.
· Os teliósporos são unicelulares e dicarióticos. Na germinação, a pró-basídia pode produzir basidiósporos ou hifas infectivas, dependendo da temperatura. As hifas infectivas são dicarióticas e penetram no hospedeiro em 8 horas.
 
SINTOMA
· A doença caracteriza-se pelo surgimento de um chicote, que consiste em uma modificação da região de crescimento do colmo (ápice), induzida pelo fungo, com tamanho variável - de alguns centímetros a mais de um metro de comprimento.
· O chicote é composto por parte do tecido da planta e parte do tecido do fungo. Inicialmente, esse chicote apresenta cor prateada, passando, posteriormente, à preta, devido à maturação dos esporos nele contidos.
·  Antes de emitirem o chicote, as plantas doentes apresentam folhas estreitas e curtas, colmos mais finos que o normal e touceiras com superbrotamento.
· Os chicotes surgem em plantas com idade entre dois e quatro meses, sendo que o pico ocorre entre seis e sete meses de idade.
CONDIÇÕES 
· Sob condições de estresse, mesmo variedades resistentes ao fungo podem apresentar sintomas da doença. Condições de estresse hídrico e calor favorecem a ocorrência do fungo. 
· A transmissão da doença se dá de forma aérea, por disseminação a partir dos chicotes e por meio do plantio de mudas infectadas. A forma mais eficiente para controlar a doença é o uso de variedades resistentes.
· A doença pode, ainda, ser prevenida com o uso de mudas sadias obtidas a partir de tratamento térmico para curá-las da doença. Outra prática que deve ser utilizada, sobretudo quando são empregadas variedades de resistência intermediária, é o roguing.
CARVÃO DO TRIGO
· O carvão causado pelo fungo Ustilago tritici é uma doença de importância secundária no Brasil por ocorrer esporadicamente e causar pequenos danos. Ocorre nas culturas da cevada, trigo e triticale.
· Soros do fungo tomam o lugar das sementes e são recobertos por uma membrana acinzentada que, ao romper-se, expõe uma massa de esporos pulverulentos, de coloração preta.
CONTROLE
· O tratamento de sementes com fungicidas sistêmicos apresenta um controle eficiente da doença. Recomenda-se o uso de produtos registrados para as culturas.

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