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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
 
PLANO DISTRITAL DE ESPECIALIDADE 
ATENÇÃO AO PORTADOR DE DOENÇA NEUROLÓGICA 
 
 
 Abril, 2010 
Mirian Conceição Moura 
 
 
Governador do Distrito Federal 
ROGÉRIO SCHUMANN ROSSO 
 
Secretário de Estado de Saúde 
JOAQUIM CARLOS DA SILVA BARROS NETO 
 
Secretário-Adjunto de Saúde 
ALBA MIRINDIBA BONFIM PALMEIRA 
 
Subsecretário de Programação Regulação Avaliação e Controle 
DÉA MARA TARBES DE CARVALHO 
 
Subsecretária de Assistência à Saúde 
JOSÉ CARLOS QUINÁGLIA E SILVA 
 
Subsecretária de Vigilância à Saúde 
ALLAN KARDEC REZENDE NÁPOLI 
 
Unidade de Administração Geral 
ARMANDO ASSUNÇÃO LAURINDO DA SILVA 
 
Subsecretaria do Fator Humano em Saúde 
MARIA ADÉLIA SOBRAL 
 
Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde 
JOSÉ RUBENS IGLESIAS 
 
Elaboração: 
MIRIAN CONCEIÇÃO MOURA - Coordenação de Neurologia - 
GRMH/DIASE/SAS/SES 
 
Colaboração: 
 
EQUIPE TÉCNICA GEDEPS/DIPSS/SUPRAC SES DF 
Rodrigo Rodrigues Miranda – Gerente de Desenvolvimento de Políticas de 
Saúde – GEDEPS/DIPPS/SUPRAC 
Álvaro César de Alencar – NEPP/GEDEPS/DIPPS /SUPRAC 
Anna Karina Vieira – NRE/GEDEPS/DIPPS/SUPRAC 
Claúdia Simioli – NMOS/GEDEPS/DIPPS/SUPRAC 
Inara Bessa de Meneses – NEPP/GEDEPS/DIPPS/SUPRAC 
Maria Letícia Mendes – GEDEPS/DIPPS/SUPRAC 
Nilvânia Soares – NMOS/GEDEPS/DIPPS/SUPRAC 
 
 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
2
SUMÁRIO 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ......................................................................................4 
 
ANÁLISE SITUACIONAL DA ESPECIALIDADE – ORGANIZAÇÃO DA 
ASSISTÊNCIA DA SAÚDE NO DF.............................................................7 
 
FLUXOS E MECANISMOS DE REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA ............14 
 
REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA....................................................14 
 
FLUXOGRAMA DE ATENÇÃO AO PACIENTE NEUROLÓGICO NA SES/DF DE 
ACORDO COM O GRAU DE COMPLEXIDADE............................................15 
 
POLÍTICA DE ATENÇÃO À ESPECIALIDADE – ATENÇÃO A SAÚDE DO 
PORTADOR DE DOENÇA NEUROLÓGICA NA ALTA COMPLEXIDADE.............17 
 
MECANISMOS DE CONTROLE (SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA 
ESPECIALIDADE) ...............................................................................25 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................25
 
ANEXOS..........................................................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
3
 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
PLANO DISTRITAL DE ESPECIALIDADE – ANO: 2010 
ATENÇÃO AO PORTADOR DE DOENÇA NEUROLÓGICA 
 
INTRODUÇÃO 
 
1.1. NEUROLOGIA NA SES/DF 
A Neurologia é a especialidade médica que faz o diagnóstico, trata e 
acompanha os portadores das doenças do sistema nervoso central e periférico, 
englobando ainda a Neurofisiologia Clínica. 
As principais patologias observadas na clínica neurológica são: 
1- Cefaléias 
2- Epilepsia 
3- Desordens do Movimento, sendo a mais freqüente a Doença de Parkinson 
4- Doenças Cerebrovasculares 
5- Doenças Medulares 
6- Neuropatias Periféricas 
7- Demências 
8- Esclerose Múltipla 
9- Ataxias 
10- Desordens do Sono 
 Existem protocolos vigentes na SES-DF, criados pela Coordenação de 
Neurologia e aprovados pela Comissão Permanente de Protocolos , em anexo, 
organizando os atendimentos primário, secundário e terciário de Acidente Vascular 
Cerebral, Epilepsia e Cefaléia, que são as doenças de maior prevalência na população. 
 No Sistema Único de Saúde, vários fatores contribuem para a identificação 
de dificuldades percebidas na rede de saúde, interferindo diretamente no pleno 
desempenho organizacional da área hospitalar. De um modo geral, podem ser 
considerados fatores limitantes no sistema: 
1-a baixa capacidade física operativa de algumas unidades da rede pública; 
2-a inexistência de uma cultura voltada para a qualificação permanente dos 
servidores, 
3-dificuldades de contratação e fixação de profissionais de algumas 
especialidades médicas, como a Neurologia, 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
4
4-dificuldade de construção de redes integradas e hierarquizadas de 
referência e contra-referência, e, 
5-problemas estruturais que comprometem a optimização dos recursos físicos, 
humanos e tecnológicos existentes. 
A atual situação enfrentada pela rede pública do DF, com relação ao cuidado 
neurológico, além de complexa, traz a necessidade inadiável de reorganização desta 
especialidade dentro de uma linha de cuidado que envolve, necessariamente, a 
integração entre os vários níveis de atenção à saúde. Deve-se ampliar o potencial de 
resolução do atendimento primário e secundário, por intermédio de reestruturação e 
ampliação dos recursos humanos das unidades, reorganizando-se também os fluxos 
assistenciais (rede de referência/fluxo e contra-referência/contrafluxo). Têm papel 
crucial nessa organização as estratégias de capacitação continuada dos servidores da 
rede, priorizando o atendimento de doenças neurológicas mais prevalentes como a 
cefaléia, a epilepsia e as doenças cerebrovasculares. 
A população do Distrito Federal está estimada mais de 2,6 milhões de 
habitantes (projeção do CENSO 2007), acrescidos de mais de 1 milhão de habitantes 
da RIDE-DF(Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do DF). Como o 
Distrito Federal é uma cidade-estado, que não possui municípios, os serviços 
assistenciais na rede SES/DF são descentralizados e divididos em 07 regiões, 
conforme preconizado pela Norma Operacional de Assistência à Saúde 
(NOAS/SUS/02) e pelo Plano Diretor de Regionalização (PDR, 2005). As regiões são: 
centro-sul, centro-norte, sul, sudoeste, leste, norte e oeste. Os estudos relatados no 
PDR, 2005 mostram que os gastos apurados para assistência à população do DF 
extrapolam anualmente em relação ao teto financeiro do Ministério da Saúde ao 
SUS/DF, o que caracteriza uma prestação de serviços médico-assistencial a uma 
população maior que a do DF, em razão da demanda da população do Entorno e das 
demais regiões do país,principalmente norte e nordeste. 
PARÂMETROS ASSISTENCIAIS: O atendimento da Neurologia no âmbito da 
SES/DF está afastado do ideal. O PT/GM no. 1101 de 12/06/2002,estabelece a 
necessidade de cobertura assistencial da população como sendo duas 
consultas/habitantes/ano. Utilizando-se os dados do Censo 2007, chegamos à 
necessidade da população do DF e Entorno, que seria de cerca de seis milhões de 
consultas/ano, das quais 1,2% em Neurologia, perfazendo um total de 72.000 
consultas/ano em Neurologia (1 consulta de Neurologia/569 hab). Os dados do 
departamento de estatística da SES/DF nos informam que no ano de 2009, tomando-
se por base o primeiro trimestre,serão realizadas 33.112 consultas na Neurologia da 
Rede SES-DF,valor inferior em mais de 50% do ideal. 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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1.2. PORTARIAS 
O Plano Diretor de Regionalização do Distrito Federal (PDR) de 2005 forneceu 
a base de dados para a formulação deste plano de especialidade para o atendimento 
do paciente neurológico na alta complexidade. 
A Portaria Nº. 1.161/GM, de 7 de julho de 2005 instituiu a Política Nacional de 
Atenção ao Portador de Doença Neurológica no nível de SUS. 
As portarias que regulamentam a atenção a saúde ao portador de doença 
neurológica são: Portaria SAS/MS No. 756, de 27 de dezembro de 2005, que 
regulamenta e define as Redes Estaduais e/ou Regionais de Assistência ao PacienteNeurológico na Alta Complexidade; Portaria SAS/MS No. 503 de 18 de setembro de 
2007, que prorroga para competência dezembro de 2007 o prazo para 
credenciamento/habilitação de três áreas de Alta Complexidade, incluindo a Política 
de Atenção ao Portador de Doença Neurológica; e a Portaria SAS/MS no. 723, de 28 
de dezembro de 2007, que em seu Art. 13 estabelece as compatibilidades dos 
procedimentos de alta complexidade com as habilitações em traumato-ortopedia, 
neurocirurgia e oncologia. 
A Portaria N°. 1.161/GM, de 07 de julho de 2005, que institui a Política 
Nacional de Atenção ao portador de Doença Neurológica e de acordo com a portaria 
SAS/MS no. 756 de 27/12/2005 que normatiza a atenção ao portador de doença 
neurológica na alta complexidade, referem que: 
 
“Considerando a necessidade de garantir a esses pacientes a assistência na 
alta complexidade, por intermédio de equipes multiprofissionais, utilizando-se de 
técnicas e métodos terapêuticos específicos;” 
 “Considerando-se a necessidade de uma nova conformação das Redes 
Estaduais e/ou Regionais de Atenção ao Portador de Doença Neurológica na Alta 
Complexidade, bem como a de determinar o seu papel na atenção à saúde e as 
qualidades técnicas necessárias ao bom desempenho de suas funções;” 
 “Considerando a necessidade de atualizar os modelos de credenciamento e 
habilitação e, adequá-los a prestação de procedimentos de Alta Complexidade, Alta 
Tecnologia e Alto Custo;” 
 “Considerando a necessidade de aperfeiçoamento do sistema de informação, 
referente à Atenção ao Paciente Neurológico de Alta Complexidade;” 
 “Considerando a necessidade de estabelecer mecanismos de regulação, 
controle e avaliação da assistência prestada a esses pacientes; e” 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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 “Considerando que a assistência aos pacientes portadores de doenças 
neurológicas que necessitam ser submetidos a procedimentos neurointervencionistas 
e/ou neurocirúrgicos exige uma estrutura hospitalar de alta complexidade, com área 
física adequada, profissionais qualificados e suporte de serviços auxiliares de 
diagnóstico e terapia.” 
 O DOU no. 49, Seção 1, pag. 71, de 12 de março de 2008, habilitou o 
Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) como Centro de Referência de Alta 
Complexidade em Neurologia, e o FUB-Hospital Universitário de Brasília como 
Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia. 
 No momento atual, está em andamento a Câmara Técnica de Neurologia e 
Neurocirurgia, no âmbito da Subsecretaria de Atenção à Saúde do Ministério da 
Saúde , a fim de rever a normatização do credenciamento das Unidades de Alta 
Complexidade em Neurologia. 
 
ANÁLISE SITUACIONAL DA ESPECIALIDADE – ORGANIZAÇÃO DA 
ASSISTÊNCIA DA SAÚDE NO DF 
 
1.3. SITUAÇÃO ATUAL 
REDE EM NEUROLOGIA NA SES: O Hospital de Base do Distrito Federal 
(HBDF) , de natureza terciária, foi habilitado como CENTRO DE REFERÊNCIA DE ALTA 
COMPLEXIDADE EM NEUROLOGIA (DOU Nº.49,12 de março de 2008, Seção 1, pag. 
71), sendo o único hospital da Secretaria de Estado de Saúde do DF, com 
atendimento de Neurologia durante as 24 horas do dia, funcionando em regime de 
parecer na Unidade de emergência, com internações em enfermaria da Neurologia, 
Setor de Neurofisiologia Clínica e atendimento ambulatorial. Conta ainda com a 
parceria da Unidade de Neurocirurgia com atendimento na emergência durante 24 
horas, com cirurgias eletivas e de urgência. As principais patologias atendidas em 
nível de SUS no HBDF são a Doença Vascular Cerebral, Traumatismo crânio-
encefálico e raquimedular, Epilepsia, Cefaléia, Desordens do Movimento, Esclerose 
Múltipla, Doenças Neuromusculares, tumores cerebrais (adultos e pediátricos), 
neurocirurgia para Epilepsia, funcional, dor e estereotaxia e o suporte à Central de 
Captação de Órgãos. 
Em relação ao atendimento primário, é necessário implementar protocolos de 
tratamento de hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes mellitus a nível da 
Atenção Básica, essenciais à prevenção do Acidente Vascular Cerebral. 
Na Atenção secundária, necessita-se total reformulação do atendimento ao 
paciente neurológico, criando-se sistema de referência e contra-referência com a 
Atenção Básica. 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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ACESSO EM NEUROLOGIA NA SES: O acesso da maioria dos pacientes com 
patologias neurológicas e neurocirúrgicas aos serviços de alta complexidade no DF se 
faz através das Unidades Básicas de Saúde, das equipes dos Programas da Saúde da 
Família (PSF), dos Postos de Saúde Rural (PSR), dos Postos de Saúde Urbana (PSU), 
dos Centros de Saúde (CS), com equipes multiprofissionais dando assistência a cada 
comunidade de referência. Estas unidades devem encaminhar os casos de suspeita 
de patologias neurológicas para os hospitais regionais que possuam quadro de 
pessoal com médicos neurologistas e ao Hospital de Base do DF. 
DADOS DE PRODUÇÃO: A Unidade de Neurologia do Hospital de Base do 
Distrito Federal é responsável por mais de 40% do atendimento neurológico no 
DF.Segundo dados da SUPRAC, no ano de 2008 foram realizadas 15.256 consultas 
ambulatoriais na Neurologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e 37.532 
atendimentos em toda a rede SES-DF.Foram ainda realizados 9.225 consultas no 
ambulatório de neurocirurgia do HBDF, e 11.289 atendimentos de Neurologia no 
Pronto Socorro do HBDF. No ano de 2007, a Unidade de Neurocirurgia do HBDF 
realizou 2.019 procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, sendo 1.141 cirurgias 
eletivas e 878 cirurgias de emergência. 
RH EM NEUROLOGIA NA SES: Atualmente a distribuição de neurologistas na 
SES/DF está detalhada nas tabelas abaixo. 
Parâmetros Assistenciais – Identificação das necessidades 
Tabela 1: Necessidades de Neurologistas para SES/DF de acordo com a Portaria nº 
1101/MS 
 
Médicos Neurologistas Número de Neurologistas 
Total de Neurologistas necessários 193,62 
Total atual de Neurologistas atuantes SES/DF 43 
Déficit atual de acordo com o Ministério da 
Saúde - 150 
Portaria 1101/GM/MS 
 
 
1.4. DEMANDA REPRIMIDA DE TRATAMENTO NEUROLÓGICO 
POR REGIONAL DE SAÚDE 
 (dados obtidos em agosto de 2009, através de consulta às regionais de saúde): Está 
de acordo com O PT/GM no. 1101 de 12/06/2002 estabelece a necessidade de 
cobertura assistencial da população como sendo duas consultas/habitantes/ano. 
Tabela 2: Demanda reprimida de Neurologia na SES-DF 
Regional de Saúde Neurologia adulto Neurologia infantil tempo médio de 
espera 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
8
Samambaia  852  64  4 anos 
Paranoá  750  *  1 ano 
Recanto das Emas  896  237  18 meses 
Asa Sul  2455  *  3 anos 
Asa Norte  834  *  3 meses a 2 anos 
São Sebastião  2176  *  4 anos 
Gama  1477  *  9 meses 
Taguatinga  4243  915  variável 
Ceilândia  3875  516  1 a 2 anos 
Guará  *  *  * 
Sobradinho  *  *  * 
Planaltina  *  *  * 
Brazlandia  1785  2125 
3 meses a 2 anos 
Núcleo Bandeirante  382  * 
4‐6 anos 
Recanto das Emas  358  32 
6 a 8 meses 
Total  18083 
3889  ‐‐ 
Total geral  21972 
21972  ‐‐ 
(*) não informado. 
Fonte : Coordenação de Neurologia/GRMH/DIASE/SAS/SES  
 
1.5. SITUAÇÃO PROPOSTA 
O objetivo imediato deste plano é reduzir a demanda por atendimento 
ambulatorial de pacientes portadores de Cefaléia e Epilepsia e implementar medidas 
que melhorem a qualidade do atendimento às Doenças Cerebrovasculares na Rede 
SES-DF. 
Considerando o grande volume de atendimento de Neurologia Infantil, as 
peculiaridades da doença neurológica nas crianças e o grande volume de pareceres 
da área infantil, torna-se necessária a criação da Coordenação de Neurologia 
Pediátrica , que deverá atuar conjuntamente com a Coordenação de Neurologia, afim de criar e implementar os protocolos de atendimento ambulatorial. 
O objetivo a médio e longo prazo é descentralizar e melhorar a assistência 
neurológica em todas as regionais do DF a nível primário e secundário, 
implementando paralelamente medidas para melhorar a qualidade do atendimento 
terciário de alta complexidade no HBDF. 
2.3.1- Atendimento ambulatorial: 
 
Com relação ao atendimento ambulatorial, estima-se a demanda reprimida 
proveniente das UBS’s em quase 20.000 pacientes, com tempo médio de espera pela 
primeira consulta de seis meses a quatro anos. Acredita-se que esses dados estejam 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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superestimados, uma vez que cerca de 80% dos atendimentos em ambulatórios da 
especialidade se devam a cefaléia e epilepsia controlada, que poderiam permanecer 
sob controle em ambulatórios de Clínica Médica na Atenção Básica. 
Por essa razão, o ideal é implementar parceria entre o especialista e o Médico 
da Atenção Básica, incentivando este a realizar o acompanhamento dos pacientes, 
orientando-os sobre o momento certo de realizar o encaminhamento ao Neurologista 
das Regionais. Para tal, são necessários cursos de capacitação e de educação 
continuada e a aproximação dos Neurologistas das Regionais ao profissional da 
Atenção Básica, com encontros mensais a fim de discutir as condutas – 
Matriciamento.Tais medidas levariam a um efeito multiplicador do Neurologista na 
rede SES-DF. 
Os ambulatórios de Neurologia do HBDF passam então a ser terciários e de 
Subespecialidades, cada um deles em número de, no mínimo, dois semanais, com 
número de consultas de 5 consultas de primeira vez e 7 retornos: 
1- Cefaléias Primárias – englobando casos refratários ao tratamento 
convencional. 
2- Epilepsia Refratária e Cirurgia para Epilepsia 
3- Demências 
4- Desordens do Movimento 
5- Esclerose Múltipla e Neuroimunologia 
6- Doenças Neuromusculares e Doenças Degenerativas 
7- Desordens do Sono 
8- Doenças Cerebrovasculares 
9- Dor Neuropática 
10- Neuroinfecção 
O acesso a esses ambulatórios deve ser realizado diretamente por 
Neurologistas das Regionais de Saúde do DF e através de três ambulatórios 
semanais gerais que receberão os pacientes provenientes das UBS’s e farão a 
triagem para os ambulatórios terciários. Os ambulatórios de Neurologia devem 
atender cinco consultas de primeira vez e sete consultas de retorno. 
Deverá ocorrer a criação de pelo menos 26 ambulatórios gerais de Neurologia 
na região Sudoeste, que seriam sediados na Policlínica de Taguatinga, no HRT e no 
HRC. 
Na região norte, é necessária a criação de oito a dez ambulatórios gerais no 
HRS e seis ambulatórios gerais no HRAN. 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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No Hospital Regional de Sobradinho, considerando que o mesmo é referência 
para a região norte, é necessária a criação de condições mínimas para a atuação do 
neurologista com a instalação de Exame de Tomografia Computadorizada. 
2.3.2: Atendimento nas Emergências: 
 
O atendimento da Neurologia nas Emergências se dará da seguinte forma: 
 
1- Nas Regionais de Sobradinho, Gama e Ceilândia, os pacientes atendidos 
pela Clínica Médica e internados com suspeita de doença neurológica 
serão avaliados através de solicitação de Parecer Neurológico ao 
Neurologista da própria Regional, havendo para tal um Neurologista 
escalado. Na falta desse Neurologista e em casos considerados urgentes, 
por se tratar de AVC agudo nas primeiras três horas de evolução ou pela 
sua gravidade, o encaminhamento será ao Pronto-Socorro do HBDF. Na 
Regional de Planaltina, o encaminhamento para resposta de pareceres 
será inicialmente ao HRS. 
2- Provisoriamente, enquanto não existe ainda Unidade de Neurologia na 
região sudoeste, é necessário,na Regional de Taguatinga (HRT), instituir 
Parecer Neurológico para pacientes internados em todo o período diurno, 
tornando-se esse Serviço Referência para os hospitais de Samambaia, 
Brazlândia, Hospital São Vicente de Paulo e Ceilândia (na ausência do 
Neurologista desta Regional). Em casos considerados urgentes, por se 
tratar de AVC agudo nas primeiras três horas de evolução ou pela sua 
gravidade progressiva o encaminhamento será ao Pronto-Socorro do 
HBDF para Parecer Neurológico. 
3- Estima-se a médio prazo , a criação de Unidade de Neurologia no HRC, o 
que demanda a ampliação da área física do Hospital. À partir daí, todos os 
pareceres neurológicos dessa região serão referenciados ao HRC. 
4- Os pacientes atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 
(SAMU) serão encaminhados ao Hospital Regional mais próximo para 
atendimento inicial pela Clínica Médica e subseqüente parecer neurológico, 
exceto aqueles com suspeita de AVC agudo elegíveis para trombólise 
(máximo de três horas de início da instalação do quadro), que serão 
diretamente encaminhados ao HBDF, após contato prévio com o 
Parecerista da Neurologia. 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
11
5- Nas regionais do Paranoá e Guará, a solicitação de parecer será 
diretamente ao HBDF, até o momento em que existam Neurologistas 
nesses hospitais. 
6- A Emergência de Neurologia do HBDF será referência para: 
a- Todas as Regionais que não disponham de Neurologistas, exceto a 
Região Sudoeste, onde a referência será o HRT ou o HRC; 
b- Para o encaminhamento feito pelos Neurologistas das Regionais, que 
porventura considerem o caso de maior complexidade; 
c- Para o atendimento primário de AVC agudo nas primeiras três horas 
de sua instalação. 
No Setor de emergência do HBDF, A Neurologia funcionará sob a 
forma de Parecer, após atendimento por outras Unidades ou pelo 
SAMU, entre 7:00h e 19:00h, mantendo 02(dois) Pareceristas por 
período. No período noturno, é necessário manter 02(dois) 
plantonistas que também farão o atendimento aos casos agudos de 
AVC e responderão pelas intercorrências aos pacientes internados na 
Enfermaria e no Pronto-Socorro de Neurologia. O segundo parecerista 
escalado ficará em posição móvel, a fim de atender à demanda da 
Central de Captação de Órgãos no diagnóstico de morte encefálica. 
2.3.4 : Neurofisiologia Clínica: 
 
Quanto ao atendimento de Neurofisiologia Clínica, é necessário manter 
funcionantes os Serviços de Eletroencefalografia nos Hospitais Regionais de 
Taguatinga, Gama e Sobradinho, Hospital de Base do DF e COMPP. 
Torna-se necessário criar Serviço de Eletroencefalografia no Hospital Regional 
da Asa Sul, pela grande demanda de Neuropediatria. 
Deve ser mantido o Serviço de Potenciais Evocados e Eletroneuromiografia do 
HBDF, sendo necessário a contratação de 2(dois) Médicos com carga horária de 20 
horas no referido setor. 
É necessária a criação de Setor de Video-Eletroencefalografia da Unidade de 
Neurologia do HBDF a fim de promover a criação de Centro de alta complexidade em 
Cirurgia de Epilepsia. 
O ideal é que esses procedimentos de Neurofisiologia Clínica aqui listados 
sejam regulados através de protocolos de regulação, a fim de garantir o acesso 
de todos e priorizar os pacientes com maior gravidade. 
Em anexo, encontra-se o projeto básico que determina a ampliação dos 
serviços de neurofisiologia Clínica na rede SES-DF. 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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Quadro geral de Unidades da SES a receber os equipamentos e recursos 
humanos de Neurofisiologia Clínica 
 
Unidade Equipamento Quantidade RH Quantidade
HRAS EEG de 32 
canais 
01 Tec EEG 02 
COMPP EEG de 32 
canais 
01 - - 
Policlínica 
de 
Taguatinga 
Eletromiográfo 02 Agente adm 
Eletromiografista 
 01 
02 
Policlínica 
de 
Taguatinga 
EEG de 32 
canais 
02 Agente adm 
Tec EEG 
01 
04 
HBDFEEG portátil 01 - - 
HBDF Vídeo EEG de 
64 canais 
02 Tec EEG 
(Video EEG) 
07 
 
2.3.5: Atendimento Neurológico a nível secundário: 
 
A região Sudoeste composta pelas Regionais de Taguatinga, Ceilândia, 
Brazlândia e Samambaia necessita da criação de um Serviço de Neurologia que 
deve ,em nível secundário, ser referência para as demais regionais da Região.O 
Hospital que no momento atual comporta esse Serviço é o Hospital Regional de 
Taguatinga,pelo seu maior porte, por estar localizado geograficamente de forma 
centralizada, por possuir policlínica onde seriam instalados os ambulatórios da 
especialidade sem custo adicional e por possuir serviço de fisioterapia. O Hospital 
Regional de Ceilândia, pelo grande fluxo de pacientes necessita ampliação do quadro 
de neurologistas para seis profissionais,em um momento inicial. Após a ampliação de 
sua área física, o HRC deve receber uma Unidade de Neurologia. 
A Regional do Gama possui dois neurologistas e três clínicos exercendo em 
horário parcial a especialidade. O ideal seriam dez médicos com carga horária de 20 
horas semanais. 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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As Regionais de Sobradinho e Planaltina possuem apenas 01 neurologista e 
02 neuropediatras, o que é insuficiente. É importante a manutenção de um quadro 
clínico de pelo menos seis neurologistas na região norte. 
Os Hospitais do Guará e Paranoá por não possuírem grande fluxo de 
pacientes e pela proximidade com os hospitais do Plano Piloto não necessitam em 
primeiro momento de neurologista para resposta de pareceres na Emergência e 
ambulatórios. Pode-se programar dois especialistas a médio prazo ( cerca de 5 anos ) 
para cada uma dessas Unidades. 
 
FLUXOS E MECANISMOS DE REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA 
 
ENCAMINHAMENTO DE CASOS NEUROLÓGICOS E NEUROCIRÚRGICOS 
 
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) deverão encaminhar os casos que 
necessitem de avaliação neurológica, através de encaminhamento ambulatorial ou de 
pedido formal de parecer em caráter de urgência, aos hospitais regionais de 
referência que possuam os profissionais com esta especialidade, os quais atualmente 
seriam: HRC, HRT, HRG, HRAN. 
Os pacientes que necessitam de atendimento neurocirúrgico de urgência devem 
ser encaminhados diretamente para o Pronto-Socorro de Neurocirurgia do HBDF, 
porque são pacientes potencialmente graves, onde a perda de tempo ao se passar 
antes pelo Neurologista para um diagnóstico de certeza pode significar a diferença 
entre a vida e a morte ou o maior risco de seqüelas neurológicas e incapacidade. 
Nesse aspecto, devem ser realizados treinamentos sistemáticos dos Médicos de 
todas as Unidades de Urgência e Emergência baseados em Protocolos clínicos da 
SES-DF. 
 
ENCAMINHAMENTO DE CASOS NEUROCIRÚRGICOS 
Uma vez avaliados por Neurologistas e Clínicos, em caso destes julgarem da 
necessidade de avaliação neurocirúrgica, devem encaminhar tais pacientes para 
avaliação neurocirúrgica nos Hospitais referenciados como de alta complexidade: 
Hospital de Base do DF (HBDF) e Hospital Universitário de Brasília (HUB). Estas 
unidades deverão diagnosticar e tratar estes pacientes respeitando-se a 
especificidade exigida em cada um destes pacientes. 
 
REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
14
Os pacientes ambulatoriais portadores de cefaléia primária e epilepsia que, após 
avaliação pelos Neurologistas e Neuropediatras das Regionais e do HBDF, não 
necessitarem de acompanhamento contínuo de Neurologia serão re-encaminhados / 
contra-referenciados às Unidades de Atenção Básicas de Saúde para 
acompanhamento. 
Caso haja descompensação ou mudança do quadro durante o acompanhamento 
pelo Clínico ou Pediatra da Unidade Básica, os pacientes podem ser novamente 
encaminhados /referenciados ao Neurologista ou Neuropediatra para avaliação. 
Os sistemas de fluxo e contrafluxo dependem de implementação de medidas de 
educação continuada e matriciamento de especialistas para se tornarem eficazes. 
 
FLUXOGRAMA DE ATENÇÃO AO PACIENTE NEUROLÓGICO NA SES/DF 
DE ACORDO COM O GRAU DE COMPLEXIDADE 
 
 
 UBS 
Atenção Básica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HRSa HRC HRBz HSVP 
 HRT 
HBDF 
Nível 
terciário
 HRPa HRP 
 HRS 
 HRGu HRG 
 
 
CARACTERIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO DA 
ESPECIALIDADE 
 
O plano diretor de regionalização da especialidade tem como objetivos: 
• Descentralizar o atendimento das doenças neurológicas mais comuns 
como as cefaléias primárias e a epilepsia, desde que o paciente seja 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
15
considerado controlado do ponto de vista clínico, devendo retornar ao 
Neurologista nas intercorrências e a critério do Médico assistente. 
• Permitir ao paciente portador de doença neurológica que necessite de 
procedimentos de alta complexidade o acesso a estes tratamentos. 
• Organização de uma rede que propicie a detecção, quantificação e 
classificação de maneira precoce e adequada dos casos; 
• Permitir aos pacientes portadores de patologias neurocirúrgicas 
tratamento em tempo hábil para redução do impacto da doença no 
contexto psicossocial e cognitivo, melhorando suas qualidades de vida. 
• A criação , a médio prazo – cinco anos- de Unidade de Neurologia na 
região sudoeste do DF, preferencialmente na regional de Taguatinga, que 
possui atualmente condições físicas e demanda suficiente para recebê-la 
• A longo prazo, deve-se programar a criação de Serviços de Neurologia nas 
Regionais do Gama e de Sobradinho. 
• Portanto , deve-se priorizar a contratação de médicos neurologistas para 
as regionais de Taguatinga, Gama e Sobradinho,respeitando essa ordem 
de prioridade, a fim de que as principais portas de entrada dos pacientes 
tenham maior resolutividade. 
 
MAPA DAS REGIÕES DE SAÚDE DO DF (PDR, 2005) 
 
 
UNIDADES HOSPITALARES DE ALTA COMPLEXIDADE – SES/DF (PDR 2005) 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
16
 
Fonte: DICOAS/SUPLAN 
 
 
 
 
• HAB – Hospital de Apoio de Brasília • HRAN – Hospital Regional da Asa Norte 
• HBDF – Hospital de Base do Distrito Federal • HRT – Hospital Regional de Taguatinga 
• HRG – Hospital Regional do Gama • HRS – Hospital Regional de Sobradinho 
 
POLÍTICA DE ATENÇÃO À ESPECIALIDADE – ATENÇÃO A SAÚDE DO 
PORTADOR DE DOENÇA NEUROLÓGICA NA ALTA COMPLEXIDADE 
 
Metas e Ações Propostas na Especialidade de Neurologia - Alta 
Complexidade: 
 
 Para composição desse Plano de estruturação da especialidade é necessário 
agruparmos as metas e ações da seguinte forma: 
 
1. ADEQUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ALTA COMPLEXIDADE 
2. ADEQUAÇÃO DO QUADRO DE RECURSOS HUMANOS 
3. MANUTENÇÃO DO CREDENCIAMENTO DO HBDF COMO CENTRO DE 
REFERÊNCIA E UNIDADE DE ALTA COMPLEXIDADE EM 
NEUROLOGIA. 
4. CRIAÇÃO DA COORDENAÇÃO DE NEUROLOGIA PEDIÁTRICA 
 
1. ADEQUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ALTA COMPLEXIDADE 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
17
 
1.1. Dos Equipamentos: 
 
Os serviços de atenção a Saúde Neurológica de Alta Complexidade deverão 
dispor, no mínimo dos materiais e equipamentos abaixo discriminados: 
 
1- Equipamento de ecodoppler 
2- Equipamento de mensuração de TTPA e tempo de coagulação 
3-Sugere-se a Criação de Unidade de Cuidado Intermediário - Unidade Vascular 
- com 15 (quinze) leitos, podendo ser em conjunto com a Unidade de Dor 
Torácica, cujo objetivo é o tratamento do AVC agudo, como especificado abaixo: 
 
Criação de Unidade De Cuidado Intermediário ( Unidade Vascular) 
 
 As instalações físicas deverão estar de acordo com o estabelecido 
na Portaria GM/MS n.º 1884,de 11 de novembro de 1994 Normas 
para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, 
além de apresentar: 
 a) área física adequada, com espaçamento de no mínimo 1 (um) 
metro entre os leitos, exceto a cabeceira, com circulação mínima 
de 2 (dois) metros; 
 b) rede elétrica que atenda à norma NBR 13534; 
 c) área de prescrição médica; 
 d) área de cuidados e higienização – 01 (um) para cada 15 (quinze) 
leitos ou fração; 
 e) posto de enfermagem 01(um) para cada 15 (quinze) leitos ou 
fração; 
 f) sala de serviço 01(um) para cada posto; 
 g) área de internação; 
 h) ambientes de apoio e 
 i) pontos de oxigênio e ar comprimido com válvulas reguladoras de 
pressão e pontos de vácuo para cada leito. 
 
 Recursos Materiais e Equipamentos 
 a) 15 macas 
 b) material para reanimação 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
18
 01(um) ambú com reservatório e válvula, para cada 03 (três) 
leitos 
 c) máscaras ; 
 d) oxímetro de pulso – 01 (um) para cada 03 (três) leitos; 
 e) termômetro eletrônico portátil, esfignomanômetro, estetoscópio, 
ressuscitador manual 01(um) para cada 04 (quatro) leitos; 
 f) otoscópio e oftalmoscópio; 
 g) monitor de pressão não invasiva; 
 h) monitor de beira de leito com visoscópio – 01 (um) para cada 
leito; 
 i) carro ressuscitador com monitor, material de entubação 
endotraqueal – 01 (um) para cada 15 (quinze) leitos; 
 j) ventilador ciclado a tempo, com limite de pressão 01(um) para 
15 (quinze) leitos; 
 k) conjunto de nebulizador em máscara – 01 (um) para cada leito; 
 l) aspirador portátil; 
 m) bomba de infusão 01(um) para cada 02 (dois) leitos; 
 n) aparelhos de fototerapia 01(um) para cada 04 (quatro) leitos; 
 o) bandejas para procedimentos punçãolombar, drenagem torácica, 
curativos, flebotomia, acesso venoso, sondagem vesical e 
traqueostomia; 
 p) balança eletrônica; 
 q) negatoscópio. 
 
 Recursos Humanos: 
 a) 01 (um) responsável técnico com título de especialista em 
Neurologia reconhecida pelo Ministério da Educação, ABN ou AMB 
com experiência de 02 (dois) anos . 
 b) 01 (um) médico diarista parecerista com título de especialista 
em Neurologia , reconhecida pelo Ministério da Educação ou título 
de especialista pela ABN ou AMB , com experiência de 02 (dois) 
anos . 
 c) 01 (um) médico plantonista com especialidade em Clínica Médica, 
Medicina Intensiva ou Neurologia exclusivo para cada 15 (quinze) 
leitos ou fração, por turno de trabalho; 
 d) 01 (um) enfermeiro coordenador; 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
19
 e) 01 (um) enfermeiro, exclusivo da unidade, para cada 15 (quinze) 
leitos ou fração; 
 f) 01 (um) técnico/auxiliar de enfermagem para cada 05 (cinco) 
leitos, por turno de trabalho; 
 g) 01 (um) funcionário exclusivo responsável pela limpeza do 
serviço. 
 AUMENTO DO SUPORTE DE UTI: Atualmente dispomos de 
aproximadamente 96 leitos de UTI regulados em toda a rede. 
 
Necessitamos ainda de criação de 15(quinze) leitos de cuidado 
intermediário na Enfermaria da UNN/HBDF, para o atendimento de 
pacientes graves neurológicos e de AVC agudo elegíveis para trombólise. 
Com essa medida, haveria melhora no atendimento aos casos de AVC e 
redução da permanência de pacientes neurológicos nas UTIs. 
A Unidade de cuidado intermediário doravante denominada Unidade 
Vascular deverá, por motivo de economia , funcionar em conjunto com a 
Unidade de Dor Torácica, sob supervisão do Neurologistas , Cardiologistas 
e Palntonistas da Clínica Médica ou UTI. 
 
1.2. Dos Recursos Diagnósticos e Terapêuticos: 
 
1.2.1.1. Laboratório de Análises Clínicas com provas de atividade 
inflamatória e provas de coagulação 
1.2.1.2. Serviço de Imagenologia com Radiologia, Ultra-sonografia, 
Tomografia Computadorizada, Ressonância magnética 
1.2.1.3. Serviço de Eletroencefalografia e Vídeo-eletroencefalografia 
1.2.1.4. Serviço de Eletroneuromiografia 
1.2.1.5. Serviço de Potenciais Evocados 
1.2.1.6. Serviço de Polissonografia 
1.2.1.7. Serviço de Imunohistoquímica para o diagnóstico de 
doenças neuromusculares. 
1.2.1.8. Serviço de diagnóstico de líquor com a possibilidade de 
realização de PCR. 
1.2.1.9. Disponibilidade, mesmo que através de convênio ou 
contrato com outras instituições públicas ou privadas, de realização de exames 
de genética/Biologia Molecular para as doenças degenerativas . 
1.2.1.10. Unidade de Terapia Intensiva 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
20
1.2.1.11. Unidade de Reabilitação 
1.2.1.12. Unidade de Neurocirurgia 
 
2. ADEQUAÇÃO DO QUADRO DE RECURSOS HUMANOS 
2.1.1. Dos Recursos Humanos: 
 
2.1.1.1. Responsável técnico médico com título de especialista em 
Neurologia, comprovado por certificado de Residência 
Médica reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) ou 
título de especialista da Associação Médica Brasileira (AMB). 
2.1.1.2. No mínimo, mais dois médicos neurologistas com as 
especificações técnicas acima descritas 
2.1.1.3. Neurofisiologista clínico, também com as especificações 
acima descritas 
2.1.1.4. Enfermeiro coordenador com experiência em Neurologia 
2.1.1.5. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem nas 
respectivas enfermarias e atividades desempenhadas pela 
Unidade 
2.1.1.6. Equipe de saúde complementar de suporte nos Hospitais 
onde serão realizados os procedimentos neurológicos de 
alta complexidade (HBDF e HUB), composta por: 
 Clínico geral 
 Psiquiatria 
 Serviço Social 
 Serviço de nutrição 
 Farmácia 
 Anatomia patológica 
 Medicina Física e Reabilitação 
 Fonoaudiologia 
 Hemoterapia 
 
2.1.1.7 CONTRATAÇÃO DE NOVOS NEUROLOGISTAS: Necessitamos de mais 53 
( cinqüenta e três) neurologistas para contratação a curto prazo, em 
regime de 20 horas semanais a serem distribuídos na Rede SES-DF de 
acordo com o especificado abaixo: 
Tabela 3: Recursos humanos Médicos-Neurologia por região administrativa (RA) do DF 
 População – nº Nº 20h em Nº 20h ideal Nº necessário 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
21
R A habitantes 
IBGE 2009 
2010 para 2010 de contratações 
Brazlândia 
 
50.568 0 0 0 
Ceilândia 
 
398.688 4 8 4 
Samambaia 
 
194.319 0 0 0 
Taguatinga 
 
355.123 3 16 13 
Gama 
 
158.761 5 16 11 
Santa Maria 
 
108.679 0 0 0 
Planaltina 
 
235.873 0 0 0 
Sobradinho 
 
195.007 0 8 8 
Paranoá 
 
82.136 + São 
Sebastião 
1 0 -1 
Guará 
 
156.757 0 0 0 
Núcleo 
Bandeirante 
 
Dados 
indisponíveis 
0 0 0 
Brasília 
HRAS 
HRAN 
HBDF 
550.000 0 
0 
 02 
33 
 
0 
0 
01 
22 
 
0 
0 
01 
-11 
 
TOTAL 2.606.885 48 71 37 
Fonte : Coordenação de Neurologia/GRMH/DIASE/SAS/SES 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
22
 
OBS: Conhecida como RIDE, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito 
Federal e Entorno compreende o Distrito Federal mais os municípios goianos de Novo 
Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental, Luziânia, Cristalina, Santo Antônio do Descoberto, 
Águas Lindas, Alexânia, Abadiânia, Pirenópolis, Corumbá, Cocalzinho, Padre Bernardo, 
Água Fria, Planaltina de Goiás, Vila Boa, Formosa e Cabeceiras, e os municípios 
mineiros de Unaí e Buritis. Conta com total de 3.906.967 habitantes (IBGE/2009). 
 
2.1.1.8 COMPLETAR O QUADRO DE ENFERMAGEM NA UNN/HBDF: A Unidade de 
Neurologia do HBDF é a única unidade pública de alta complexidade de neurologia do 
Distrito Federal, com capacidade para 24 leitos (masculinos e femininos) e atende 
pacientes do DF, entorno e outras estados, tais como Acre, Roraima, Tocantins, etc. 
A equipe de enfermagem está muito aquém da necessidade real para atendermos 
dignamenteos pacientes. Dispomos atualmente de 04 enfermeiros (140 horas 
semanais) e 600 horas semanais de técnicos de enfermagem (cálculo adotado pela 
Gerência de Enfermagem do HBDF). O número ideal é de 616 horas semanais de 
enfermeiros e 1498 horas de técnicos de enfermagem. O déficit em número de horas 
para Técnicos de Enfermagem é de 922 horas e para Enfermeiros é de 476 horas, 
segundo dados fornecidos pela Gerência de Enfermagem do HBDF. 
 
3- MANUTENÇÃO DO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ALTA 
COMPLEXIDADE EM NEUROLOGIA 
 
Devemos manter as condições adequadas de funcionamento no já credenciado 
Centro de Referência de alta Complexidade em Neurologia existente no HBDF.A PT 
N°. 756, de 27 de dezembro de 2005, Artigo 3°, §2°, estabelece que “Centro de 
Referência em Alta Complexidade em Neurologia” é uma Unidade de 
Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia que exerça o papel auxiliar, de 
caráter técnico, ao respectivo Gestor do SUS na Política Nacional de Atenção ao 
Portador de Doença Neurológica e que possua os seguintes atributos: 
I. Ser Hospital de Ensino, certificado pelo Ministério da Saúde, de acordo 
com a Portaria Interministerial MEC/MS N°. 1000, de 15 de abril de 
2004; 
II. Definir base territorial de atuação, com um máximo de um centro de 
referência para cada 5 (cinco) milhões de habitantes; 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
23
http://pt.wikipedia.org/wiki/RIDE
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Integrada_de_Desenvolvimento_do_Distrito_Federal_e_Entorno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Integrada_de_Desenvolvimento_do_Distrito_Federal_e_Entorno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Gama
http://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Gama
http://pt.wikipedia.org/wiki/Valpara%C3%ADso
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_Ocidental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luzi%C3%A2nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristalina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B4nio_do_Descoberto
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guas_Lindas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alex%C3%A2nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abadi%C3%A2nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Piren%C3%B3polis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corumb%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cocalzinho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Padre_Bernardo
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_Fria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planaltina_de_Goi%C3%A1s
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_Boa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Formosa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabeceiras
http://pt.wikipedia.org/wiki/Una%C3%AD
http://pt.wikipedia.org/wiki/Buritis
http://pt.wikipedia.org/wiki/IBGE
http://pt.wikipedia.org/wiki/2007
III. Participar de forma articulada e integrada com o sistema local e 
regional; 
IV. Ter estrutura de pesquisa e ensino organizada, com programas e 
protocolos estabelecidos; 
V. Possuir adequada estrutura gerencial, capaz de zelar pela eficiência, 
eficácia e efetividade das ações prestadas; 
VI. Subsidiar as ações dos gestores na regulação, fiscalização, controle e 
avaliação, incluindo estudos de qualidade e estudos de custo-
efetividade 
 
O Artigo 5° da Portaria 756 estabelece que além dos itens do Artigo 4° (que 
estabelece os critérios para a Unidade de Assistência de Alta Complexidade em 
Neurocirurgia (item 5.3)), o Centro de Referência de Alta Complexidade em 
Neurologia, pode ainda se credenciar ou habilitar-se em um ou mais serviços 
relacionados a seguir: 
I. Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Investigação e 
Cirurgia da Epilepsia 
II. Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Tratamento 
Endovascular 
III. Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia 
Funcional Estereotáxica 
O Artigo 6°, §2° da PT 756, estabelece que preferencialmente, deverão ser 
autorizados como Centro de Referência os hospitais públicos, privados 
filantrópicos e privados lucrativos, nesta ordem. 
O Artigo 7° da PT/MS 756 define que a supervisão dos Centros de Referência 
de Alta Complexidade em Neurologia será exercida pelo Departamento de 
Atenção Especializada, da Secretaria de Atenção à Saúde/MS, por intermédio da 
Coordenação Geral de Alta Complexidade. O Parágrafo único deste Artigo 
estabelece que as Sociedades Científicas das Especialidades envolvidas e 
reconhecidas pela Associação Médica Brasileira-AMB são os órgãos civis de apoio 
técnico-científico na execução das ações objeto desta Portaria. 
No caso do Distrito Federal o Hospital de Base do Distrito Federal, mais 
especificamente a Unidade de Neurologia, é o Centro de Referência de Alta 
Complexidade em Neurologia (DOU N°49, quarta-feira, 12 de março de 2008, 
pag. 71: Portaria N° 144, de 11/02/2008) e a Sociedade Científica 
responsável pelo apoio técnico científico é a ABN-Capítulo do DF (Academia 
Brasileira de Neurologia do Distrito Federal). 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
24
 
4-CRIAÇÃO DA COORDENAÇÃO DE NEUROLOGIA PEDIÁTRICA 
 
Com o objetivo de criar e supervisionar as ações de saúde necessárias ao 
paciente neurológico infantil e fornecer os pareceres necessários à dispensação 
de medicamentos , é necessária a criação da Coordenação de Neurologia 
Pediátrica. 
 
MECANISMOS DE CONTROLE (SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA 
ESPECIALIDADE) 
 
As informações utilizadas neste planejamento de especialidades provém do 
Banco de Dados da Secretaria da Unidade de Neurologia e dos Setores de 
Estatística do Hospital de Base do Distrito Federal e das demais Regionais de 
Saúde da SES-DF. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 De acordo com o anexo II da PT 1161/GM, de 07/07/2005 o Distrito 
Federal comporta 3 (três) Unidades de Assistência de Alta Complexidade e 1 (um) 
Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia no HBDF. Devido a 
esta portaria e aos dados levantados em 2009, propõe-se a criação imediata 
inicialmente de Serviço de Neurologia na região Sudoeste do DF. Essa estratégia 
de descentralização do atendimento deverá se estender , a longo prazo, à medida 
que existam os recursos humanos necessários, às regiões sul e norte do Distrito 
Federal. 
 
 
Brasília, 2010. 
 
 
 
Mirian Conceição Moura 
Neurologia e Neurofisiologia Clínica 
Coordenadora da Neurologia SES / DF 
Matrícula:134.351-3 
 
 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
25
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
26
 
PROJETO BÁSICO 
 
 AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE REALIZAÇÃO DE EXAMES DE 
NEUROFISIOLOGIA CLÍNICA NA REDE SES-DF 
 
INTRODUÇÃO 
 
A necessidade de ampliação da capacidade de realização de eletroencefalograma e de 
eletroneuromiografia tem o objetivo de diminuir o tempo de diagnóstico de epilepsia e das 
neuropatias periféricas e radiculopatias. 
Conforme o Plano Diretor de Regionalização (PDR) o Distrito Federal é dividido em sete 
Regiões de Saúde: NORTE ( Planaltina- HRP e Sobradinho- HRS), CENTRO NORTE ( Asa 
Norte- HRAN, Lago Norte e Cruzeiro), CENTRO SUL( Asa Sul- HRAS, Candangolândia, 
Guará, Lago Sul, Núcleo Bandeirante e Riacho Fundo), SUL( Gama- HRG e Santa Maria), 
LESTE (Paranoá- HRPa e São Sebastião), OESTE (Brazlândia- HRBz e Ceilândia- HRC) e 
SUDOESTE ( Recanto das Emas, Samambaia- HRSAm e Taguatinga- HRT) . 
A Unidade de Neurologia do Hospital de Base do Distrito Federal é atualmente 
responsável por mais de 40% do atendimento neurológico no DF.Segundo dados da 
SUPRAC, no ano de 2008 foram realizadas 15.256 consultas ambulatoriais na 
Neurologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e 37.532 atendimentos em 
toda a rede SES-DF.Foram ainda realizados 9.225 consultas no ambulatório de 
neurocirurgia do HBDF, e 11.289 atendimentos de Neurologia no Pronto Socorro do 
HBDF.Essa Unidade foi habilitada como único Centro de Alta Complexidade em 
Neurologia no Distrito Federal. 
O Plano Distrital de Atenção ao paciente neurológico prevê incremento no 
atendimento neurológico nas regiões oeste e sudoeste, onde há maior demanda 
reprimida em Neurologia. Deverá ocorrer a criação de pelo menos 26 ambulatórios 
gerais de Neurologia na região Sudoeste, que seriam sediados na Policlínica de 
Taguatinga, no HRT e no HRC. Na região norte, é necessária a criação de oito a dez 
ambulatórios gerais no HRS e seis ambulatórios gerais no HRAN. Com essa medida , 
teremos cerca de 500 novos pacientes atendidos em uma semana. 
É também de crucial importância a montagem do Setor de Vídeo-EEG na 
Unidade de Neurologia do HBDF , com quatro leitos e possibilidade de realização de 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
27
Monitorização por Vídeo e Eletroencefalografia simultâneos, a fim de diagnosticar os 
pacientes com epilepsia refratária e candidatos ao tratamento cirúrgico. É necessário 
recordar que não há, no momento atual, qualquer centro para realização de Cirurgia 
para Epilepsia na região Centro-Oeste. 
 Com a finalidade de melhorar a capacidade de diagnóstico dos novos 
ambulatórios, com o aumento de demanda, é necessária a ampliação dos Setores de 
Neurofisiologia Clínica, que englobam a realização de Eletroencefalograma e 
Eletroneuromiografia. 
 Com a ampliação solicitada, serão gerados cerca de 600 exames de 
eletroencefalograma e 400 exames de eletroneuromiografia ao mês na rede SES-DF. 
OBJETIVO GERAL 
 
 Ampliar a capacidade de diagnóstico dos pacientes portadores de doença 
neurológica. 
 
OBJETIVO ESPECÍFICO 
 . 
 Aumentar a capacidade de atendimento dos serviços de Neurofisiologia 
Clínica, conferindo resolutividade dos ambulatórios de Neurologia, Neurocirurgia e 
Ortopedia. 
 
JUSTIFICATIVA 
 Incapacidade da Rede Pública de Saúde do Distrito Federal em atender 
ao número elevado de solicitações de eletroneuromiografia e eletroencefalograma. 
 
 ESTRATÉGIA 
 Equipar as Unidades de maior demanda por exames neurofisiológicos 
com setores de eletroencefalograma e eletroneuromiografia. 
 
AÇÕES 
 Para aumentar a capacidade de atendimento em Neurofisiologia Clínica, há 
necessidade de contratação de médicos neurologistas e eletromiografistas, técnicos de 
Eletroencefalograma e de agentes administrativos e ainda, de aquisição de 
equipamentos e mobiliários específicos. 
METAS 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
28
 Aumentar em 100% a realização de eletroneuromiografia(ENMG) na Rede 
SES-DF. 
 Aumentar em 50 % a realização de eletronecefalograma( EEG) na Rede SES-
DF. 
 Realizar o mínimo de 16 exames mensais de Vídeo-EEG, com objetivo de 
realização de Cirurgia de Epilepsia. 
 
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 
 AÇÕES PRAZO 
Contratação de médicos 
neurologistas,eletromiografistas, 
técnicos de EEG e agentes 
administrativos 
 Março, abril e maio de 
2010 
Aquisição de equipamentos e 
mobliário 
 Março , abril e maio de 
2010 
 
RECURSOS 
 
 Fonte 100 – SES-DF. 
INDICADORES 
 
 Tempo de espera para se realizar EEG, Vídeo EEG e ENMG 
 
VALOR DO PROJETO 
 Para estruturação da unidade o custo mensal com a contração de 
pessoal foi estimado em R$ 38.867,42. A fonte utilizada para consulta foi à tabela de 
remuneração dos servidores da SES-DF, disponibilizada no menu servidor do site: 
portal do GDF (www.distritofederal.df.gov.br) . 
 O valor estimado para compra de equipamento, material de consumo e 
mobiliários foi orçado em R$ 1.817.290,00 . 
 A estimativa de custo operacional para convocação de pessoal e 
aquisição dos equipamentos e mobiliários está exposta nas tabelas abaixo e ainda o 
comparativo de custos de contratação de pessoal & custo da diária na rede privada 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
29
http://www.distritofederal.df.gov.br/
Total de custo mensal* estimado com a 
contratação de profissionais para 
montagem dos setores de Neurofisiologia 
(Médicos, Técnicos de EEG e agentes 
administrativos) 
Total do custo mensal com 
1000 exames na rede 
privada 
% de 
economia 
R$ 38.867,42 R$ 250.000,00 84% 
*Considerou-se apenas o valor mensal dos salários nas categorias iniciais. 
Levantamento de custo dos materiais e equipamentos para a ampliação dos setores de 
Neurofisiologia Clínica 
Equipamento/Materiais Quantidade
Valor 
Unitário Subtotal 
Mesa 06 R$450,00 R$ 2.700,00 
Mesa para exames em madeira 04 R$700,00 R$2.800,00 
Cama hospitalar 04 R$5.000,00 R$20.000,00 
Cadeira giratória 06 R$300,00 R$1.800,00 
Cadeira 08 R$ 220,00 R$ 1.760,00 
Escada de dois degraus 08 R$190,00 R$ 1.530,00 
Armário 04 R$ 450,00 R$ 1.800,00 
Eletroencefalógrafo de 32 canais 04 R$130.000,00 R$520.000,00 
Eletromiógrafo de 8 canais 02 R$264.000,00 R$ 528.000,00 
Eletroencefalógrafo portátil 01 R$123.900,00 R$123.900,00 
Video Eletroencefalógrafo de 64 canais 02 R$249.000,00 R$ 498.000,00 
Aterramento de sala para execução de 
exames 03 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00 
Contrato de manutenção anual dos 
equipamentos 02 R$50.0000,00 R$100.000,00 
TOTAL R$ 1.817.290 
Categoria Profissional 
Déficit de 
RH em 
horas 
Déficit em nº 
de 
profissionais 
Salário Individual 
(mensal) Subtotal 
 
Médico Neurologista (20h) 80 4 R$ 3.533,19 R$14132,76
 Agente admnistrativo(30h) 60 2 R$2.546,87 R$5093,74
Tec de EEG ou de 
enfermagem (24h) 294 13 R$ 1.510,84 R$19640,92
Total (Mensal) 
R$38867,42
 
 
 
 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
30
Especificações do material e equipamentos necessários: 
ÍTEM 1 
 
Sistema de vídeo EEG com as seguintes especificações: 
Quantidade necessária : 02 (duas) unidades 
- Computador de mesa com monitor LCD de 19 polegadas e 
carrinho para transporte 
- Sistema operacional Windows XP 
- Possibilidade de conexão de dois painéis de eletrodos por porta 
USB , permitindo o exame simultâneo em dois pacientes 
- Fotoestimulador com três programas automáticos 
- Revisão dos dados já gravados sem interrupção da aquisição 
- Impedância de entrada: 200 M Ω 
- Rejeição de modo comum : maior que 110 dB 
- Conversor A/D maior ou igual a 16 bits 
- Filtro de passa alta de 0,016 Hz 
- Filtro de passa baixa entre 300 e 3000 Hz 
- Taxa de amostragem de até 10.000 Hz 
- Filtro para eliminação de interferência de ECG 
- Painel de eletrodos com entrada para 64 eletrodos de EEG 
- Sistema de anotação de observações sobre o registro de EEG 
- Revisão Simultânea de até 4 exames para comparação 
- Revisão do exame gravado em CD em qualquer computador 
independente de instalação de software específico. Esta revisão deverá 
possibilitar a visualização das formas de ondas sincronizadas com a imagem 
do paciente e possibilitar a mudança de montagens e filtros. 
- Gráfico de densidade espectral que permita independente da 
duração do registro, a visualização da variação da amplitude e freqüência das 
ondas , permitindo a rápida localização de mudanças de forma de ondas 
- mapa de voltagem tridimensional 
- possibilidade de cópias, por arrasto, de partes do registro para 
comparação 
- exibição na tela , durante toda a aquisição e revisão, de um 
mapa indicativo da montagem que está sendo utilizada 
- Sistema de vídeo EEG utilizando câmera CCD com zoom e 
controle remoto 
-Software para detecção de espículas e crises 
- Dispositivo de avanço do registro com arrasto de mouse 
- Impressoralaser 
- Carrinho para montagem do sistema 
- Deverão acompanhar o equipamento : 01 cabo de força; 01 
cabo terra; 01 fusível; 10 jogos de eletrodos com 24 peças cada; 10 eletrodos 
de orelha; 40 potes de pasta para EEG; 03 cabos para eletrodos de ECG; 06 
eletrodos para ECG; 05 tubos de pasta para ECG 
Preço unitário : R$249.000,00 
 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
31
ÍTEM 6 
 
 Eletroencefalógrafo com 32 canais com as seguintes especificações: 
Quantidade necessária : 04 (�onfec) unidades
- Computador de mesa com monitor LCD de 19 polegadas e 
carrinho para transporte do sistema 
- Sistema operacional Windows XP 
- Possibilidade de conexão de dois painéis de eletrodos por porta 
USB , permitindo o exame simultâneo em dois pacientes 
- Fotoestimulador com três programas automáticos 
- Revisão dos dados já gravados sem interrupção da aquisição 
- Impedância de entrada: 100 M Ω 
- Rejeição de modo comum : maior que 110 dB 
- Conversor A/D maior ou igual a 16 bits 
- Filtro de passa alta entre 0,008 e 159 Hz 
- Filtro de passa baixa entre 15 e 300 Hz 
- Taxa de amostragem de até 10.000 Hz 
- Filtro para eliminação de interferência de ECG 
- Painel de eletrodos com entrada para 32 eletrodos de EEG e 
apresentação na tela de até 64 canais simultâneos 
- Sistema de anotação de observações sobre o registro de EEG 
- Revisão Simultânea de até 4 exames para comparação 
- Revisão do exame gravado em CD em qualquer computador 
independente de instalação de software específico. Esta revisão deverá 
possibilitar a mudança de montagens e filtros. 
- Gráfico de densidade espectral que permita independente da 
duração do registro, a visualização da variação da amplitude e freqüência das 
ondas , permitindo a rápida localização de mudanças de forma de ondas 
- mapa de voltagem tridimensional 
- possibilidade de cópias, por arrasto, de partes do registro para 
comparação 
- exibição na tela , durante toda a aquisição e revisão, de um 
mapa indicativo da montagem que está sendo utilizada 
-Software para detecção de espículas e crises 
- Dispositivo de avanço do registro com arrasto de mouse 
- Impressora laser 
- Carrinho para montagem do sistema 
- Deverão acompanhar o equipamento : 01 cabo de força; 01 
cabo terra; 01 fusível; 10 jogos de eletrodos com 24 peças cada; 10 eletrodos 
de orelha; 30 potes de pasta para EEG; 03 cabos para eletrodos de ECG; 06 
eletrodos para ECG; 03 tubos de pasta para ECG 
Preço Unitário: R$130.000,00 
 
ÍTEM 5 
 
 Eletroencefalógrafo portátil com as seguintes especificações: 
Quantidade necessária : 01 (uma) unidade 
- Computador laptop com tela LCD de 14 polegadas 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
32
- Sistema operacional Windows XP 
- Possibilidade de conexão de dois painéis de eletrodos por porta 
USB , permitindo o exame simultâneo em dois pacientes 
- Fotoestimulador com três programas automáticos 
- Revisão dos dados já gravados sem interrupção da aquisição 
- Impedância de entrada: 100 M Ω 
- Rejeição de modo comum : maior que 110 dB 
- Conversor A/D maior ou igual a 16 bits 
- Filtro de passa alta entre 0,008 e 159 Hz 
- Filtro de passa baixa entre 15 e 300 Hz 
- Taxa de amostragem de até 10.000 Hz 
- Filtro para eliminação de interferência de ECG 
- Painel de eletrodos com entrada para 32 eletrodos de EEG e 
apresentação na tela de até 64 canais simultâneos 
- Sistema de anotação de observações sobre o registro de EEG 
- Revisão Simultânea de até 4 exames para comparação 
- Revisão do exame gravado em CD em qualquer computador 
independente de instalação de software específico. Esta revisão deverá 
possibilitar a mudança de montagens e filtros. 
- Gráfico de densidade espectral que permita independente da 
duração do registro, a visualização da variação da amplitude e freqüência das 
ondas , permitindo a rápida localização de mudanças de forma de ondas 
- mapa de voltagem tridimensional 
- possibilidade de cópias, por arrasto, de partes do registro para 
comparação 
- exibição na tela , durante toda a aquisição e revisão, de um 
mapa indicativo da montagem que está sendo utilizada 
-Software para detecção de espículas e crises 
- Dispositivo de avanço do registro com arrasto de mouse 
- Impressora laser 
- Carrinho para montagem do sistema 
- Deverão acompanhar o equipamento : 01 cabo de força; 01 
cabo terra; 01 fusível; 05 jogos de eletrodos com 24 peças cada; 10 eletrodos 
de orelha; 30 potes de pasta para EEG; 03 cabos para eletrodos de ECG; 06 
eletrodos para ECG; 03 tubos de pasta para ECG 
- peso total médio de 7 Kg 
Preço: R$123.900,00 
 
ÍTEM 7 
 
 Equipamento de 08 canais pra eletromiografia, potencial evocado e monitorização 
intraoperatória com possibilidade de expansão para até 16 canais, com a seguinte 
especificação: 
Quantidade necessária : 02 (duas) unidades
- Computador de mesa com monitor LCD de 17 polegadas e 
carrinho para transporte do sistema 
- Sistema operacional Windows XP 
- Possibilidade de programar no mínimo 384 condições 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
33
diferentes de exames 
- Geração de relatórios através do Word ou Excel 
- Estimulador elétrico de dois canais 
- Possibilidade de abrir até 08(oito) protocolos simultaneamente 
através do sistema multi-tarefas do windows 
- Painel de operação dedicado a fim de facilitar o manuseio do 
aparelho 
- Faixa de latências definidas pelo usuário alternando a or caso 
exceda o limite pré-estabelecido, facilitando a identificação se a latência está 
dentro dos limites. 
- Possibilidade de armazenar até 99 formas de ondas de 600 
segundos contínuos de eletromiografia 
- Monitorização contínua antes e durante a aquisição da forma 
da onda 
- Protocolos básicos existentes no equipamento para os 
seguintes exames: eletromiografia, velocidade de condução motora,velocidade 
de condução sensitiva, estimulação repetitiva, reflexo de piscamento (blink), 
onda F, reflexo H, resposta cutâneo-simpática, potencial evocado sensitivo 
disparado pelo ECG, potencial evocado de medula espinhal, potencial 
evocado auditivo, eletrococleograma, potencial evocado visual, 
eletroretinograma, eletrooculograma,resposta lenta do vértex., resposta de 
latência média 
- Software para eletromiografia de fibra única, potencial evocado 
P300, MRCP e CNV 
- Amplificadores com impedância de entrada maior ou igual a 
1000MΩ, ruído de 0,6 µVrms ou menor, rejeição de modo comum de 112 dB 
ou maior, sensibilidade entre 1 e 10 mV, filtro de passa alta e 0,01 Hz, filtro de 
passa baixa de 10 Hz e 20 KHz, checagem de impedância da pela com 
indicação entre 2 e 20 KΩ. 
- conversor A/D de 16 bits 
- estimuladores elétricos com intensidade entre 0 mA e 100 mA 
- estimulador auditivo com intensidade entre 0 e 135 dB SPL 
- estimulador de flash 
- monitor para padrão alterno-reverso 
- impressora laser 
- carrinho para montagem do sistema 
- no-break compatível com o sistema e autonomia para duas 
horas. 
- O equipamento deverá ser fornecido com os seguintes 
acessórios : 02 fones de ouvido, 50 agulhas concêntricas reutilizáveis de 30 
mm,30 agulhas monopolares reutilizáveis, 10 agulhas de fibra única, 12 cabos 
para agulha concêntrica, 10 cabos para agulhas monopolares, 30 eletrodos de 
superfície, 08 eletrodos de estimulação adulto , 02 eletrodo de estimulação 
infantil, 10 eletrodos terra com velcro, 06 eletrodos terra com placa, 04 
sensores de temperatura, 06 eletrodos de anel, 01 óculos LED. 
Preço unitário: R$264.000,00 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
34
Mesa para Exames em Madeira 
Sinônimos: Mesa para Exames em Madeira, Mesa de Exames 
Descrição Técnica: Mesa para exames construída em madeira, utilizada em 
ambientesonde a mesa para exames não pode ser fabricada 
com material metálico. 
Características Técnicas/Acessórios: Além da descrição básica, deve conter características e/ou 
informações referentes a(o): Possuir estrutura maciça em madeira; Definir material empregado no 
acabamento da mesa 
(ex: verniz poliuretano); Possuir coxim de espuma. 
Necessidades especiais de infra-estrutura: Não se aplica. 
Observações: Não se aplica. 
Potência: Não se aplica. 
Parâmetro: 1 a cada 20.000 habitantes (Portaria GM 544/01) 
Mínimo: R$ 300,00 
Máximo: R$ 700,00 
Intermediário: R$ 550,00 
Custo total : R$ 2.800,00 
Ambientes relacionados a este Equipamento 
Código Nome 
MGR04 Sala de eletroencefalografia – EEG 
MGR05 Sala de eletromiografia 
Mesa de Escritório 
Sinônimos: Mesa de Ecritório, Escrivaninha 
Descrição Técnica: Móvel para escritório com gavetas. 
Características Técnicas/Acessórios: Além da descrição básica, deve conter características e/ou 
informações referentes a(o): No mínimo de 3 gavetas com chave; Definir material de �onfecção: madeira 
revestida em 
fórmica ou aço. 
Necessidades especiais de infra-estrutura: Não se aplica. 
Observações: No caso de uso em consultório, deve ser de aço, na cor branca. 
Potência: Não se aplica. 
Parâmetro: Não Aplica 
Mínimo: R$ 180,00 
Máximo: R$ 450,00 
Intermediário: R$ 200,00 
Custo Total: R$1.800,00 
Características 
Custos Estimados de Aquisição 
Tipo: Material Permanent 
Cadeira Giratória 
Sinônimos: Cadeira Giratória 
Descrição Técnica: Cadeira giratória com braços para uso geral. 
Características Técnicas/Acessórios: Além da descrição básica, deve conter características e/ou 
informações referentes a(o): Possuir assento; Possuir encosto; 
Possuir cinco pés com rodízios duplos; Poderá ser estofada; 
Possuir apoio para os braços; Possuir construção em metal ou 
aço, Possibilidade de ajuste de altura; Possibilidade de ajustedo ângulo do encosto. 
Necessidades especiais de infra-estrutura: Não se aplica. 
Observações: Observar o material em que serão confeccionados o encosto e o assento, dependendo do 
ambiente em que serão colocadas as cadeiras. 
Potência: Não se aplica. 
Parâmetro: Não Aplica 
Mínimo: R$ 90,00 
Máximo: R$ 300,00 
Intermediário: R$ 150,00 
Custo total: R$ 1.200,00 
Cadeira 
Sinônimos: Cadeira 
Descrição Técnica: Cadeira de uso geral (assistecial, administativo, etc.) 
Características Técnicas/Acessórios: Além da descrição básica, deve conter características e/ou 
informações referentes a(o): Possuir encosto; Definir estrutura em madeira ou metálica; com necessidade 
de estofamento. 
Necessidades especiais de infra-estrutura: Não se aplica. 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
35
Observações: Tomar cuidado com o material em que são confeccionados o encosto e o assento, 
dependendo do ambiente em que serão colocadas as cadeiras. 
Potência: Não se aplica. 
Parâmetro: Não Aplica 
Mínimo: R$ 56,00 
Máximo: R$ 220,00 
Intermediário: R$ 160,00 
Custo total : R$ 1.760,00 
Tipo: Material Permanente 
Escada com 02 Degraus 
Sinônimos: Escada com 02 Degraus, Escadinha para Leito, Escada 
Hospitalar 
Descrição Técnica: Escada auxiliar para leitos hospitalares. 
Características Técnicas/Acessórios: Além da descrição básica, deve conter características e/ou 
informações referentes a(o): Possuir 02 degraus; Suportar peso mínimo de 120 kg;Possuir base anti-
derrapante; Definir o 
material (resistente e não corrosivo). 
Necessidades especiais de infra-estrutura: Não se aplica. 
Observações: Avaliar a necessidade por fixação de borracha para evitar 
deslocamento em piso úmido. 
Potência: Não se aplica. 
Parâmetro: Não Aplica 
Mínimo: R$ 50,00 
Máximo: R$ 190,00 
Intermediário: R$ 120,00 
Custo total: R$ 760,00 
Armário de Aço 
Sinônimos: Armário de Aço 
Descrição Técnica: Móvel em aço para guarda de equipamentos, ferramentas e 
diversos tipos de materiais. 
Características Técnicas/Acessórios: Além da descrição básica, deve conter características e/ou 
informações referentes a(o): Definir o número de portas: 2 portas; Possuir maçaneta para abertura da porta; 
Possuir 
sistema de trava ou fechadura; Possuir prateleiras com altura regulável. 
Necessidades especiais de infra-estrutura: Não se aplica. 
Observações: Não se aplica. 
Potência: Não se aplica. 
Parâmetro: Não Aplica 
Mínimo: R$ 250,00 
Máximo: R$ 450,00 
Intermediário: R$ 290,00 
Custo total : R$ 1.800,00 
Cama Hospitalar Fawler com Colchão 
Sinônimos: Cama Hospitalar Fawler com Colchão, Cama Fawler, Leito 
Hospitalar 
Descrição Técnica: Cama hospitalar de armação tubular quadrada de aço com 
capacidade de realizar movimentos. 
Características Técnicas/Acessórios: Além da descrição básica, deve conter características e/ou 
informações referentes a(o): Possibilitar fixação de suporte de 
soro; Possuir cabeceiras em fórmica, com proteção de cinta em 
aço inoxidável; Definir pintura epóxi e demais detalhes, se 
necessário; Possuir rodízios com movimentos livre e sistema 
de trava; Definir sistema de movimentos (ex: Fawler, 
Trendelemburg); Especificar manivelas, se cromadas e 
escamoteáveis e/ou outra característica; Necessidade de 
opcionais: cabeceira e peseira removíveis em poliuretano 
rígido.Acessórios: Colchão adulto, revestido em material 
impermeável; Travesseiro impermeável. 
Necessidades especiais de infra-estrutura: Não se aplica. 
Observações: Não se aplica. 
Potência: Não se aplica. 
Parâmetro: Não Aplica 
Mínimo: R$ 1.000,00 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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Máximo: R$ 5.000,00 
Intermediário: R$ 2.500,00 
Custo total : R$20.000,00 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
37
Anexos 
Hospital Regional da Asa Sul – HRAS 
Categoria Profissional Déficit de RH em horas 
Déficit em nº 
de 
profissionais 
Salário Mensal Subtotal 
Médico Neuropediatra (20h) 40 horas 2 R$ 3.533,19 R$ 7.066,38
Auxiliar de enfermagem – Tec 
EEG (24h) 48 horas 2 R$ 1.510,84 R$ 3.021,60
Total R$ 10.087,98
Setor de Neurofisiologia Clínica - Policlínica de Taguatinga – Regional de Taguatinga 
Categoria Profissional 
Déficit de 
RH em 
horas 
Déficit em nº 
de 
profissionais 
Salário Mensal Subtotal 
Médico Neurologista (20h) 40 horas 2 R$ 3.533,19 R$ 7.066,38
Médico Eletromiografia (20h) 80 horas 4 R$ 3.533,19 R$14132,76
 Agente administrativo (30 h) 60 horas 2 R$ 2.546,87 R$5.093,74
Auxiliar de enfermagem ou tec 
EEG (24h) 192 horas 4 R$ 1.510,84 R$6043,36
Total R$32.336,24
 
Quadro geral de Unidades da SES a receber os equipamentos e recursos 
humanos de Neurofisiologia Clínica
Unidade Equipamento Quantidade RH Quantidade
HRAS EEG de 32 
canais 
01 Tec EEG 02 
COMPP EEG de 32 
canais 
01 - - 
Policlínica 
de 
Taguatinga 
Eletromiográfo 02 Agente adm 
Eletromiografista 
 01 
02 
Policlínica 
de 
Taguatinga 
EEG de 32 
canais 
02 Agente adm 
Tec EEG 
01 
04 
HBDF EEG portátil 01 - - 
HBDF Vídeo EEG de 
64 canais 
02 Tec EEG 
(Video EEG) 
07 
 
 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
38
Protocolo para tratamento da Epilepsia na SES-
DF 
 
 1-Introdução 
 
Epilepsia é o segundo diagnóstico mais comum na prática neurológica. É também uma 
das doenças de descrição mais antiga, tendo sido detalhada por Hipócrates há mais de 2000 anos. 
A palavra vem do grego significando “apossar-se de” ou “acometer”. Apesar disto, não existe uma 
definição consensual desta desordem. Considera-se que a epilepsia não é uma condição 
patológica, mas um conjunto de desordens que têm como elementos fundamentais: 
1. História de pelo menos uma crise; 
2. Presença de uma alteração cerebral mantida, que aumente a possibilidade de crises 
futuras; 
3. Presença de distúrbios neurobiológicos, cognitivos,psicológicos e sociais (1). 
Os elementos 1 e 2 são necessários e suficientes para o diagnóstico. Dentro deste 
contexto um paciente pode apresentar múltiplas crises epilépticas e não ter epilepsia, desde que 
cada um dos eventos tenha tido uma etiologia diferente (metabólica, tóxica, ou mesmo estrutural, 
mas, neste caso, aguda e transitória). 
 O elemento 3 vem enfatizar o fato de que pacientes com epilepsia estão submetidos 
frequentemente a restrição e exclusão social, discriminação e isolamento. Além disto, entre as 
comorbidades observadas na epilepsia, as psiquiátricas são as mais comuns. 
As crises epilépticas refletem sempre uma atividade anormal, excessiva e transitória de 
um grupo de neurônios. A região cerebral de início da crise e seu padrão de propagação, são 
cruciais na determinação do evento clínico resultante. Sendo assim, qualquer alteração paroxística 
e transitória nos sistemas motor, sensorial ou autonômico, assim como alterações 
comportamentais, emocionais ou cognitivas podem ser uma crise. 
A epilepsia é uma doença muito comum, ocorrendo em cerca de 0,5 a 1% da população 
mundial (5). Dados brasileiros indicam uma prevalência de 1,8%. Isso significa um total 
aproximado de 3 milhões de pacientes no país. Soma-se a isto uma incidência estimada (para 
países em desenvolvimento) de 100/100.000 pessoas/ano com epilepsia - o que significa 150.000 
novos casos por ano. Não há distinção de raça, sexo ou condição social. Existe uma distribuição 
bimodal da incidência, estando mais alta nas duas primeira décadas e no final da vida (5). 
O não tratamento e o tratamento inadequado da epilepsia são muito significativos no 
nosso país, sedo estimado em aproximadamente 50-70% do total de pacientes. 
Obviamente uma doença tão prevalente não tem como ser diagnosticada e tratada 
somente pelo especialista. É absolutamente necessário que haja o suporte de toda a rede de 
atenção primária para diminuir a lacuna de tratamento. 
Os diversos estudos que avaliam o prognóstico de remissão de longo prazo da epilepsia 
evidenciam aproximadamente 65% dos pacientes com 5 anos de controle completo das crises 
após 10 anos do diagnóstico. Aproximadamente 70% dos pacientes em remissão conseguem 
fazer a retirada completa da medicação (6). Existe uma clara diferença de prognóstico na 
dependência da etiologia . 
De maneira geral, deve-se considerar que um indivíduo recém diagnosticado como 
epiléptico tem uma chance de aproximadamente 70% de ter suas crises controladas com a 
medicação. Destes aproximadamente 40% conseguirão retirar a medicação após um período de 
2-5 anos. Os pacientes não responsivos a medicação têm ainda a opção da abordagem cirúrgica, 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
39
que oferece em média 40-70% de chance de controle das crises, na dependência da etiologia e 
localização. 
 
 2- Classificação das crises epilépticas 
 
O elemento fundamental para o diagnóstico da epilepsia é a crise epiléptica. É importante 
que se diferencie a crise da “doença” epilepsia ou síndrome epiléptica. Para a classificação da 
doença epilepsia devemos considerar diversos outros elementos além do tipo de crises, tais como: 
idade de início, alterações no desenvolvimento neuro-motor, alterações no exame neurológico, 
achados do eletroencefalograma e de neuroimagem. 
O quadro 01 sumariza a proposta de classificação de crises epilépticas proposta em 1981 pela 
ILAE (International Liga Against Epilepsy) se baseia em duas dicotomias: 
1. Distinção entre crises focais e generalizadas; 
2. Separação das crises focais em simples e complexas. A dicotomia “focal vs. generalizada” se 
estende também para a classificação de síndromes epilépticas da ILAE (quadro 2), proposta em 
1989, onde as epilepsias são classificadas em 1. Epilepsias parciais ou focais; 2. Epilepsias 
generalizadas; 3. Epilepsias indeterminadas se focais ou generalizadas; 4. Síndromes especiais. 
Em 2001 a ILAE publicou uma nova proposta de esquema diagnóstico para pessoas com 
epilepsia, onde inclui diversas mudanças no esquema anterior. Está além da proposta deste artigo 
uma discussão detalhada desta nova proposta, mas vale a pena ressaltar alguns pontos: 1. A 
proposta se baseia em 5 eixos diagnósticos: glossário de termos da fenomenologia ictal, 
classificação da crise, classificação da síndrome, etiologia e, por último, o prejuízo psico-social 
para o paciente; 2. Fica extinto o termo parcial devendo ser substituído por focal; 3. Fica extinto o 
termo criptogenética na classificação das epilepsias, devendo ser substituído por “provavelmente 
sintomática”; 4. A classificação de crises, eletro-clínica pela classificação de 1981, passa ser 
exclusivamente clínica. 
 
 3- Diagnóstico da Epilepsia 
 
 O diagnóstico de pacientes com crises epilépticas pode ser um grande desafio, mesmo 
para clínicos muito experientes. Algumas particularidades podem tornar o diagnóstico 
especialmente difícil: 
1. Raramente é possível surpreender ou reproduzir os sinais/sintomas em consulta sendo a 
avaliação clínica feita no período intercrítico; 
2. A anamnese e o exame físico geral e neurológico são frequentemente a base do 
diagnóstico, mas fornecem informações pouco específicas; 
3. A ocorrência freqüente de alteração de consciência limita a descrição dos sintomas pelo 
paciente; 
4. Os exames complementares disponíveis para avaliação intercrítica são de baixa 
sensibilidade e especificidade; 
5. O registro de um evento é habitualmente limitado pela baixa freqüência do fenômeno e o 
custo das avaliações; 
6. Erros diagnósticos podem ocorrer como conseqüência da tendência diagnóstica do 
médico, variável de acordo com especialidade. 
 
a) Anamnese e Exame Físico 
 
O detalhamento da semiologia das crises é o primeiro e decisivo passo no 
estabelecimento da estratégia inicial de investigação complementar. Deve-se obter a história 
 
Plano Distrital de Atenção ao Portador de Doença Neurológica – SES-DF / 2010 
 
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clínica do paciente e de um acompanhante, que já tenha presenciado as crises, processo que 
exige tempo, paciência e habilidade. 
O detalhamento da “aura” é o ponto chave nesta fase. 
1. Quando a crise evolui para generalização motora, o evento motor é, naturalmente, 
muito mais impactante para o paciente e observadores do que alterações (sinais ou 
sintomas) ocorridas imediatamente antes. Deve-se explicitar esta situação em 
consulta. 
2. Relembrar detalhadamente algum episódio ictal recente. 
3. Supor que uma crise irá ocorrer durante a consulta, perguntando se teria tempo de 
avisar o evento e o que sentiria. 
4. Apresentar, inicialmente, perguntas mais gerais. Em um segundo momento realizar 
perguntas mais direcionadas, sugerindo sintomas. 
A tabela 1 lista informações que devem ser lembradas na obtenção da história. 
O exame físico deve ser cuidadoso, apesar de ser raramente decisivo para o diagnóstico. 
Em especial deve-se realizar uma avaliação neurológica e cardiovascular detalhadas (sinais 
neurológicos focais, hipotensão postural, arritmias, sopros cardíacos e carotídeos). 
 
b) Exames Complementares 
 
 A investigação complementar deve ser guiada pela anamnese e exame físico, tendo em 
vista as principais hipóteses diagnósticas para cada caso. 
 O EEG é uma avaliação dinâmica da função cerebral que, se bem utilizado, pode fornecer 
informações decisivas para o diagnóstico. A sua interpretação, no entanto, é difícil e fortemente 
dependente do observador. A crítica do resultado é freqüentemente difícil para o neurologista não 
especializado em neurofisiologia e muito mais difícil para médicos de outras especialidades. 
 Pacientes com Epilepsia tem 50-70% de chance de ter o seu primeiro EEG normal. A 
inclusão de um período de sono ou a realização de um segundo exame diminui esta taxa para 10-
20%. Sabe-se ainda que entre 0,4 e 3% de uma população, em especial crianças, sem história

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