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Apostila+Obesidade+

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CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS 
DIETOTERAPIA NA OBESIDADE 
 
OBESIDADE 
Doença multifatorial caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, comprometendo 
a saúde do indivíduo. Em 2016, mais de 1,9 bilhão de adultos, com 18 anos ou mais, estavam 
acima do peso. Destes, mais de 650 milhões eram obesos.O ganho de peso pode resultar de 
uma combinação de aumento consumo de energia, baixa atividade física e gasto energético 
reduzido. No Brasil, os últimos dados documentados apontam que mais de 50% da população 
apresentam sobrepeso. Essa patologia compromete o funcionamento de órgãos e desencadeia 
uma infinidade de comorbidades como doenças cardiovasculares, metabólicas, respiratórias, 
ortopédicas e outras. O risco para desenvolver obesidade vai desde o período gestacional e 
principalmente no primeiro ano de vida e na fase escolar e adolescência podendo se estender 
a idade adulta. 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA OBESIDADE: 
➢ Antropometria: 
• Circunferência da cintura, 
• Razão cintura / quadril 
• Dobras cutâneas. 
• Compleição física 
• Circunferência do pescoço 
• Índice de conicidade 
 
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DA OBESIDADE SEGUNDO O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) 
E RISCO DOENÇA: 
 
Fonte: Diretriz brasileira de obesidade, 2016 
 
PONTO DE CORTE DE IMC PARA IDOSO 
Normal: >22 a ≤ 27kg/m2. 
 
Valores < 22 são classificados como baixo peso 
Valores >27 são considerados excesso de peso. 
 
PONTOS DE CORTE PARA CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: 
 
Fonte: Diretriz brasileira de obesidade, 2016. 
➢ Bioimpedância 
➢ Pesagem hidrostática (peso submerso), 
➢ DEXA 
➢ Ressonância magnética 
➢ Tomografia computadorizada 
 
TRATAMENTO DA OBESIDADE 
➢ Farmacológico 
• Sibutramina 
• Orlistate 
• Liraglutida 3,0mg 
 
➢ Terapia cognitivo comportamental: 
 
• Controle de estímulos; 
• Resolução de problemas; 
• Suporte social; 
• Manejo do estresse 
 
➢ Dietético 
 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS (DBO, 2016; CUPPARI, 2014) 
Calorias: 
• A taxa metabólica de repouso deve ser calculada (por equações de predição, como 
Harris-Benedict ou Mifflin-St. Jeor) ou determinada (por calorimetria indireta), e combinada 
com o nível de atividade física (sedentário, pouco ativo, ativo, muito ativo). Das NNE é 
realizado um déficit de 500 a 1.000 kcal. 
• Dietas de baixo valor energético: 1.200 kcal por dia para mulheres e 1.500kcal por dia 
para homens. 
• Dietas de muito baixa caloria: 400 a 800 kcal por dia. É recomendado que esse tipo de 
dieta seja realizada apenas em ambiente monitorado com o devido acompanhamento. 
 
Além disso, há diversas contra indicações como doença cardíaca instável, insuficiência 
cardíaca grave, doença cerebrovascular, insuficiência renal aguda e crônica, doença 
hepática grave ou em fase terminal e transtorno psiquiátrico que possa interferir com sua 
compreensão e execução. 
 
Carboidrato: 
• 55 a 60% 
• 20% de absorção simples 
• Fibras: 20 a 30g/dia 
 
Lipídeos: 
• 20 a 30% 
• 7% de gorduras saturadas 
• 10% poliinsaturadas 
• 13% monoinsaturadas 
• Colesterol ≤300mg/dia 
 
Proteínas: 
• 15 a 20% 
• Não menos de 0,8g/kg/dia 
 
Padrões alimentares recomendados (GONZÁLEZ-MUNIESA et al., 2017): 
• Dieta DASH 
• Dieta do Mediterrâneo 
• Dieta RESMENA 
Dieta populares para perda de peso 
• Dieta rica em gordura e pobre em CHO 
• Dieta do índice glicêmico 
• Jejum intermitente 
• Dieta sem lactose 
• Dieta sem glúten 
Aconselhamento nutricional: 
• Instruir o paciente a manter sua própria dieta; 
• Aconselhar para o automonitoramento: prática de atividade física, sanar dúvidas quanto 
a alimentação e nutrição; 
• Orientar sobre a síndrome iô-iô; 
• Guia alimentar para a população brasileira: 10 passos para uma alimentação saudável; 
• Comer devagar, mastigando bem; 
• Não pular refeições 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
Indicações: 
• Idade de 18 a 65 anos; 
• IMC maior a 40 kg/m² ou 35 kg/m² com uma ou mais comorbidades graves relacionadas 
com a obesidade e 
• Documentação de que os pacientes não conseguiram perder peso ou manter a perda 
de peso apesar de cuidados médicos apropriados realizados regularmente há pelo menos 
dois anos. 
 
Contra indicações: 
• Causas endócrinas tratáveis de obesidade (por exemplo, síndrome de Cushing, mas não a 
obesidade hipotalâmica intratável); 
• Dependência atual de álcool ou drogas ilícitas; 
• Doenças psquiátricas graves sem controle; 
• Risco anestésico e cirúrgico inaceitável; 
• Dificuldade de compreender riscos, benefícios, resultados esperados, alternativas de 
tratamento e mudanças no estilo de vida requeridas após o procedimento. 
Tipos de cirurgias: 
• Bypass gástrico ou Derivação gastrojejunal em Y de Roux: Restritiva e disabsortiva 
• Duodenal Switch ou Derivação biliopancreática (técnica de Scopinaro): Disabsortiva 
• Gastrectomia vertical (Sleeve): Restritiva 
• Banda gástrica: Restritiva 
Complicações da cirurgia bariátrica: 
 
Fonte: Diretriz brasileira de obesidade, 2016. 
 
REFERÊNCIAS 
World Health Organization.Obesity and overweight.Key facts.February 2018. 
https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and-overweight, acessado em 12 
de outubro de 2019. 
BLÜHER, Matthias. Obesity: global epidemiologyandpathogenesis. NatureReviewsEndocrinology, 
2019, 1. 
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Diretrizes brasileiras 
de obesidade 2016 / ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome 
Metabólica. – 4.ed. - São Paulo, SP, 2016 
CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Clínica no Adulto. 3.ed. Barueri/SP: Manole, 2014. 
BONS ESTUDOS! 
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https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and-overweight

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