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Jéssica N. Monte Turma 106 Infectologia INFECÇÃO PELO HIV DUNCAN 4ª ED. A síndrome da imunodeficiência adquirida em humanos (SIDA ou AIDS) corresponde a uma entidade clínica secundária à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os subtipos HIV-1 e HIV-2 são os mais estudados. O HIV-1 é mais virulento do que o HIV-2, embora ambos estejam associados à AIDS. O HIV-2 é encontrado mais comumente na África. Apresenta menor transmissibilidade que o HIV-1 e está associado à viremia plasmática menor e deterioração clínica mais lenta. A síndrome compreende manifestações relacionadas com a deficiência imunológica e ocorrência de doenças oportunistas, entre as quais se destacam infecções fúngicas sistêmicas, tuberculose e pneumocistose, entre outras. Quanto à epidemiologia, o Brasil tem uma epidemia de AIDS concentrada em grupos populacionais que apresentam situação de vulnerabilidade específica. HISTÓRIA NATURAL DA INFECÇÃO PELO HIV A história natural da infecção pelo HIV foi modificada substancialmente a partir da introdução da terapia antirretroviral, que determinou a redução da ocorrência de doenças oportunistas, reduziu a mortalidade e modificou o perfil de morbidades relacionadas com a AIDS. TRANSMISSÃO VIRAL A forma mais comum de transmissão do HIV envolve a deposição do vírus nas superfícies mucosas, principalmente genital ou anal. A inoculação direta do sangue a partir de transfusões de sangue, a transmissão vertical (mãe- bebê) e o uso compartilhado de seringas contraminadas também são formas comuns de transmissão do HIV, embora menos frequentes e em franca redução em escala internacional. INFECÇÃO PRIMÁRIA A infecção primária pelo HIV é conhecida como infecção aguda ou síndrome da soroconversão aguda. Ocorre entre 2 e 3 semanas após a transmissão do vírus. Apresenta-se sintomática entre 25 e 60% dos casos. Os sintomas da infecção primária são variados e inespecíficos, com duração média de duas semanas, e incluem mal-estar, náuseas, vômitos, mielopatia, hepatoesplenomegalia e meningite. A infecção primária determina ainda linfopenia, redução das contagens de linfócitos CD4 e alta viremia plasmática, que persiste até a resolução da fase aguda. RECUPERAÇÃO E SOROCONVERSÃO Ocorre entre 2 e 3 semanas após a infecção primária. A maior parte dos indivíduos passa a apresentar sorologia positiva para o HIV entre 4 e 10 semanas após a exposição. Essa condição é denominada de soroconversão, e ocorre em até 6 meses para 95% dos indivíduos. INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA OU PERÍODO DE LATÊNCIA CLÍNICA Esse estágio pode ou não incluir a presença de linfadenopatia generalizada – aumento de linfonodos em pelo menos duas cadeias extrainguinais – com duração não inferior a 3 meses, sem outra causa definida. A fase de infecção assintomática pelo HIV tem duração variável, em média 8 anos, e é muito correlacionada com a viremia plasmática. INFECÇÃO SINTOMÁTICA PELO HIV EM ESTÁGIO INICIAL Caracteriza-se pela ocorrência de sintomas constitucionais (febre, mal-estar, sudorese noturna, diarreia), doenças de comprometimento mucocutâneo (dermatite seborreica, micoses, infecções herpéticas, molusco contagioso, candidíase, ulcerações orais) e doenças de comprometimento hematológico (linfopenia por depleção de células CD4, trombocitopenia, anemia normocítica e normocrômica). Na síndrome consumptiva relacionada com a AIDS, há perda de peso superior a 10% acompanhada de febre ou diarreia com duração superior a 30 dias. A fase de infecção sintomática pelo HIV em estágio inicial possui duração média de 1,3 anos e resulta da Jéssica N. Monte Turma 106 Infectologia deterioração da função imunológica determinada pela replicação viral. INFECÇÃO SINTOMÁTICA PELO HIV EM ESTÁGIO TARDIO Em um indivíduo não tratado, a sobrevida mediana depois que a contagem de linfócitos CD4 decresce a níveis inferiores a 200 células/mm³ é igual a 3,7 anos. A probabilidade de ocorrência de infecção oportunista cresce de maneira progressiva. A mediana de sobrevida após uma complicação relacionada com a AIDS é 1,3 anos em indivíduos não tratados com terapia antirretroviral altamente potente. Nesse estágio, tornam-se importantes as profilaxias primárias para as infecções oportunistas mais frequentes, como os agentes da pneumocistose e da toxoplasmose. INFECÇÃO SINTOMÁTICA PELO HIV EM ESTÁGIO AVANÇADO Consideram-se em estágio avançado de infecção pelo HIV os indivíduos com contagens de CD4 inferiores a 50 células/mm³. Esse estágio está relacionado com uma sobrevida mediana entre 12 e 18 meses quando a infecção não é tratada. A sobrevida aumentou drasticamente com o advento da terapia antirretroviral combinada, a qual vem reduzindo substancialmente as manifestações definidoras da síndrome e as hospitalizações a ela relacionadas. AIDS O termo AIDS é utilizado para designar as fases avançadas da doença, caracterizadas pelo surgimento sucessivo de infecções oportunistas. No Brasil, considera-se AIDS, em indivíduo com infecção pelo HIV confirmada, a presença do diagnóstico de pelo menos uma doença indicativa de AIDS, e/ou contagem de linfócitos T CD4 < 350 células/mm³, e/ou somatório de pelo menos 10 pontos no critério Caracas. Também é considerado AIDS quando, na ausência de notificação de doença, houver menção à AIDS/SIDA, infecção pelo HIV ou termos equivalentes em algum dos campos da declaração de óbito. ACONSELHAMENTO E TESTAGEM PARA O HIV O acesso ao diagnóstico e tratamento precoces da infecção pelo HIV é considerado componente essencial para o controle da prevenção viral, dado que o tratamento reduz a transmissão do vírus, além de reduzir as complicações associadas à presença dele. Os testes sorológicos para a infecção pelo HIV baseiam-se na detecção de anticorpos IgG contra antígenos presentes no soro. Tais anticorpos surgem entre 4 e 10 semanas após a infecção pelo HIV na maioria dos casos e em até 6 meses em 95% dos indivíduos infectados. Os anticorpos IgG geralmente persistem durante toda a vida. Os resultados dos testes para detecção de anticorpos são relatados como positivo (reagente), negativo (não reagente) ou indeterminado. Os procedimentos sequenciais visando à detecção de anticorpos anti-HIV incluem duas etapas: triagem e confirmação sorológica. A confirmação sorológica deve ser feita por meio de um segundo imunoensaio em paralelo com o teste de imunofluorescência indireta ou teste de imunoblot para detecção do HIV. O teste padrão para detecção de anticorpos ao HIV é o teste de rastreamento imunoenzimático. Um teste confirmatório Western blot deve ser realizado nas situações em que o teste imunoenzimático apresentar resultado positivo, para evitar falso- positivos. O diagnóstico sorológico da infecção somente deve ser confirmado após a análise de duas amostras de sangue coletadas em momentos diferentes. Os resultados falso-negativos em geral se devem à testagem realizada durante o período da chamada janela imunológica, que compreende o período entre a infecção e a detecção de anticorpos e dura em média 14 a 22 dias com os novos testes reagentes especificamente desenvolvidos para avaliação de infecção recente. Os testes rápidos para a detecção de HIV fornecem resultados entre 5 e 40 minutos e apresentam sensibilidade e especificidade acima de 99% a partir de 3 meses da transmissão viral. Testes rápidos apresentando resultados positivos devem ser confirmados com testes de Jéssica N. Monte Turma 106 Infectologia imunofluorescência e Western blot. Por outro lado, se o resultado do teste rápido é negativo, não há necessidade de testagem confirmatória, a não ser que haja suspeição de infecção viral aguda pelo HIV, condição que demanda teste de detecção do vírus por meio de estratégiade detecção do RNA viral. Resultados indeterminados devem ser repetidos em período entre 1 e 2 meses. Como o tratamento antirretroviral reduz a carga viral e o risco de transmissão a terceiros, a testagem e o encaminhamento dos indivíduos infectados a serviços de tratamento médico podem prevenir a transmissão do HIV em comunidades, além de reduzir o risco de intercorrências e de morte. Nas situações em que os resultados dos testes anti- HIV forem positivos, o pronto encaminhamento para avaliação médica deve ser realizado. INDICAÇÕES DE TESTAGEM Indivíduos com sintomatologia compatível com DST devem ser submetidos à testagem para o HIV. Fatores de risco para DST incluem indivíduos solteiros ou sem parceiros fixos, novas ou múltiplas parcerias sexuais, história prévia de DST, uso de drogas e atividade sexual com profissionais do sexo. Adolescentes e adultos jovens apresentam risco aumento de aquisição de DST. Outros grupos vulneráveis às DST incluem homens que fazem sexo com outros homens, jovens sem parceiros fixos e profissionais do sexo. ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DO HIV As estratégias de prevenção da transmissão do HIV incluem testagem de sangue e hemocomponentes, prevenção da transmissão vertical do HIV com o uso de antirretrovirais durante a gestação, parto e puerpério, prevenção e tratamento de DST, prevenção do uso compartilhado de seringas entre usuários de drogas injetáveis e profilaxias pré- exposição ao HIV, pós-exposição sexual, não sexual e ocupacional ao HIV, além do uso consistente de preservativos nas relações sexuais. A efetividade do preservativo masculino na redução da transmissão heterossexual do HIV foi avaliada em 80% em estudos com casais sorodiscordantes. A circuncisão masculina reduz o risco de aquisição de HIV em homens heterossexuais entre 38% e 66%. Estratégias educacionais e comportamentais focadas sobretudo na redução de comportamento de risco têm-se mostrado efetivas em promover práticas seguras, em especial o uso de preservativos entre casais sorodiscordantes para o HIV. PROFILAXIA PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO AO HIV A utilização de medicamentos antirretrovirais como forma de prevenção da sua transmissão tem sido testada por meio de estratégias de profilaxia pré- exposição ou pós-exposição. A profilaxia pós- exposição implica utilização de medicação antirretroviral após exposição ocupacional, não ocupacional e, principalmente, sexual. Há escassas evidências sustentando a efetividade de profilaxia pós-exposição ao HIV com o uso de medicamentos antirretrovirais. A utilização de medicamentos antirretrovirais como estratégia de profilaxia pré-exposição ao HIV baseia- Jéssica N. Monte Turma 106 Infectologia se na redução da replicação viral após a exposição da mucosa durante relações sexuais. A utilização da terapia antirretroviral como estratégia de prevenção da transmissão do HIV em casais sorodiscordantes tem benefício demonstrado nas situações em que o parceiro infectado possui contagens de células de linfócitos CD4 inferiores a 350 células/mm³. AVALIAÇÃO CLÍNICA INICIAL DO INDIVÍDUO COM INFECÇÃO PELO HIV O manejo clínico da infecção pelo HIV requer do médico a capacidade de estabelecer o diagnóstico precoce e a classificação do estágio da doença em fase assintomática ou sintomática. A fase sintomática compreende a ocorrência de emagrecimento, candidíase oral e febre não explicada em período superior a 2 semanas, assim como as doenças indicativas de AIDS. Os indivíduos com infecção pelo HIV em estágio sintomático inequivocamente se beneficiam com o tratamento antirretroviral e a prevenção primária e secundária de infecções oportunistas. Jéssica N. Monte Turma 106 Infectologia AVALIAÇÃO DA IMUNOSSUPRESSÃO E DA CARGA VIRAL DO HIV A infecção pelo HIV determina destruição dos linfócitos CD4 circulantes no sangue periférico. A média de CD4 previamente à soroconversão é 1000 células/mm³, decrescendo para um valor médio de 670 após 1 ano da soroconversão. 500 células/mm³ são equivalentes a mais que 29% de CD4; 200 a 500 células/mm³ são equivalentes a 14 a 28% de CD4; menos de 200 células/mm³ são equivalentes a menos de 14% de CD4. A contagem de linfócitos CD4 e a quantificação da viremia plasmática representam dois marcadores laboratoriais do estágio da infecção pelo HIV e do risco de ocorrência de infecções oportunistas ou outras complicações clínicas relacionadas à doença. A avaliação da contagem de células CD4 permite determinar a necessidade de profilaxia contra infecções oportunistas e avaliar a extensão da doença e a necessidade de medicamentos antirretrovirais. Indivíduos infectados com o vírus HIV devem ter avaliação inicial das contagens de células CD4 e, após, avaliação a cada 3 a 4 meses. A carga viral é um fator preditivo do tempo de progressão da doença e morte. A mensuração da carga viral também é útil como coadjuvante, na identificação do momento do início do tratamento antirretroviral, seu monitoramento e na detecção de falhas nele. A avaliação quantitativa da viremia plasmática pode ser útil ainda no diagnóstico da infecção pelo HIV, como é o caso de recém-nascidos, ou na infecção aguda. Pode haver diferenças nos resultados quando a quantificação da carga viral for realizada por diferentes técnicas, o que torna importante a realização dos exames de um paciente com a utilização de um mesmo método. A viremia pode estar temporariamente elevada na vigência de infecções virais ou imunização. A mensuração da carga viral deve ser realizada com intervalo de pelo menos 30 dias da ocorrência delas. Há correlação entre carga viral e contagem de linfócitos CD4, ainda que fraca. A viremia plasmática não deve substituir a avaliação das contagem de CD4. A carga viral tem papel decisivo na detecção da falha terapêutica, sendo o primeiro indicador dessa falha, caracterizando a denominada falha virológica. A falha imunológica, representada pela queda dos linfócitos CD4, em geral segue a falha virológica e é seguida pela falha clínica, na qual está presente a sintomatologia típica da imunodepressão. PREVENÇÃO DE INFECÇÕES OPORTUNISTAS As manifestações respiratórias representam condições muito frequentes entre os indivíduos infectados pelo HIV. O risco cresce à medida que há progressão da deterioração da função imune em consequência à ação do vírus. As doenças respiratórias mais comumente associadas à infecção pelo HIV incluem sinusite e pneumonia bacteriana, tuberculose, pneumonia pneumocística e infecções fúngicas. A pneumonia pneumocística é quase sempre limitada a indivíduos com contagem de CD4 inferiores a 200 células/mm³. Ela é a manifestação inicial em 20% dos indivíduos infectados com HIV. A pneumonia pneumocística inicia-se com sintomas indolentes, envolvendo tosse leve, não produtiva, acompanhada de dispneia relacionada ao exercício. Costuma haver aumento progressivo da tosse e dispneia, associadas à febre durante algumas semanas. A apresentação radiológica típica é um infiltrado peri-hilar bilateral tênue, ainda que a radiografia de tórax possa ser normal nessa doença. As manifestações orais e gastrintestinais mais comumente associadas à infecção pelo HIV incluem candidíase oral e esofágica, diarreia por diferentes patógenos oportunistas e pela própria doença determinada pelo HIV, e hepatites virais. As manifestações neurológicas mais comuns são meningoencefalites por Cryptococcus neoformans e Toxoplasma gondii. COINFECÇÃO TUBERCULOSE/AIDS A tuberculose é uma das manifestações mais frequentemente associadas à infecção pelo HIV e pode ocorrer com contagens de CD4 superiores a 200 células/mm³. A coinfecção tuberculose/HIV determina aumento da carga viral e redução dos níveis de CD4. Jéssica N. Monte Turma 106 Infectologia Indivíduos portadoresdo HIV podem apresentar formas de tuberculose sem o padrão clássico geralmente observado nos não portadores de imunossupressão. Não raro, indivíduos portadores do HIV apresentam tuberculose pulmonar sem as manifestações clínicas e radiológicas tipicamente presentes no ápice do pulmão. No paciente coinfectado com tuberculose e HIV, o início do tratamento antirretroviral está indicado, independentemente da contagem de linfócitos CD4 e da forma clínica de apresentação da tuberculose. Não se recomenda o início concomitante do tratamento para os dois agravos. INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL Os objetivos do tratamento da infecção pelo HIV correspondem à redução da morbidade associada à infecção pelo HIV, prolongando a duração e a qualidade da sobrevida relacionada com a doença; à restauração e preservação da função imunológica; à garantia da máxima supressão viral e sua durabilidade; à prevenção da transmissão do HIV. Há evidências mostrando o benefício do tratamento antirretroviral em estágio sintomático e em indivíduos com contagem de linfócitos CD4 inferiores a 350 células/mm³. Indivíduos com infecção assintomática com contagens de linfócitos CD4 inferiores a 500 células/mm³ devem iniciar o tratamento. Outras indicações incluem indivíduos assintomáticos com CD4 acima de 500 células/mm³ com doença cardiovascular ou risco elevado de doença cardiovascular, neoplasias não definidoras de AIDS com indicação de radioterapia ou quimioterapia, e coinfecção pelo vírus da hepatite C. Gestantes infectadas devem iniciar a terapia antirretroviral (TARV) imediatamente, mantendo-a mesmo após o parto. Em relacionamentos sorodiscordantes há benefício do início do tratamento mais precoce, com contagens de linfócitos CD4 entre 350 e 550 células/mm³ como estratégia de redução do risco de transmissão sexual do HIV. IMUNIZAÇÕES As recomendações do calendário nacional de vacinação de adultos podem ser aplicadas sem distinção entre indivíduos infectados pelo HIV caso eles não apresentem deficiência imunológica importante. Para indivíduos adultos infectados pelo HIV, há indicação das vacinas de hepatite A, hepatite B, raiva e pneumococo, além dos reforços do calendário de rotina. A administração de produtos vacinais deve considerar o status imunológico do paciente. Deve-se evitar o uso de vacinas com agentes biológicos vivos ou atenuados, especialmente nos pacientes com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave. Quando possível, deve-se considerar o uso de vacinas inativadas ou imunização passiva. Na ausência de indicação estrita de imunização, deve-se postergar a administração de vacinas em pacientes sintomáticos ou portadores de imunodeficiência laboratorial grave, representada por baixas contagens de linfócitos CD4. Havendo reconstituição do sistema imune a partir do uso de TARV, com recuperação dos níveis de CD4 para mais de 200 células/mm³, a imunização pode ser realizada. Vacinas com vírus atenuados são contraindicadas em situações de imunodeficiência grave. Pacientes com idade acima de 13 anos e contagens de linfócitos CD4 acima de 350 células/mm³ podem receber vacinas com bactérias ou vírus atenuados. Já os pacientes com contagens de linfócitos CD4 abaixo de 200 células/mm³ não devem ser imunizados com tais vacinas. A administração de vacinas pode elevar transitoriamente a carga viral do HIV, comprometendo a interpretação dos resultados desse exame no período de até 4 semanas após a vacinação.
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