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Atendimento Odontológico ao Paciente Portador de Retrovirose

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Paciente Portador de HIV/Aids
 
 Em 1981: 
└ Descoberta de 5 casos de pneumonia 
pneumocítica em homossexuais em junho 
e 26 casos adicionais em julho; 
└ Em dezembro, 3 artigos publicados com 
descrição dos casos e a doença foi 
descrita como GRID (imunodeficiência 
relacionada aos gays); 
 Em 1982: foi definido o termo AIDS e a 
descoberta dos primeiros casos em mulheres 
e transmissão vertical e associação a 
transfusão. 
 Em 1983: 
└ Realizou-se isolamento de um retrovírus 
de um paciente com HIV; 
└ Passou a ser conhecida com Doença dos 
“5H” (homossexuais, hemofílicos, 
haitianos, heroinômanos e “hookers”). 
 Em 1984: identificação do vírus HIV, 
inicialmente chamado de HTLV3; 
 Em 1985: primeiro teste sorológico 
comercial aprovado pela FDA; 
 Em 1987: 1º antirretroviral utilizado no 
tratamento da doença (AZT); 
 Em 1994: início da prevenção da 
transmissão vertical; 
 Em 1996: primeiros estudos com o uso de 
terapias antirretrovirais (HAART) com 
garantia de acesso ao tratamento no Brasil; 
 Em 1998: houve redução dramática da 
mortalidade por HIV/Aids; 
 Em 2000: complicações crônicas – doenças 
metabólicas, envelhecimento precoce, 
neoplasias não relacionada ao AIDS; 
 Em 2012: início do tratamento como 
prevenção e 1º caso de cura em Berlim; 
 
 Cerca de 37,6 mi de pessoas vivem com HIV 
no mundo em 2020, sendo 1,4 mi crianças 
de até 14 anos; 
 Cerca de 77,5 mi foram infectadas pelo 
HIV desde o início da epidemia, até o final 
de 2020; 
 Cerca de 1,5 mi de pessoas foram 
infectadas recentemente por HIV em 2020; 
 690 mil de pessoas morreram de doenças 
relacionadas a AIDS em 2020; 
 34,7 milhões de pessoas morreram de 
doenças relacionadas a AIDS desde o início 
da epidemia até o final de 2020; 
 Cerca de 6 mi de pessoas não sabiam que 
estavam vivendo com HIV em 2020. 
 Desde o auge em 1998, as novas infecções 
diminuíram 47% e desde 2010, as novas 
infecções caíram cerca de 30% até 2020. 
 Desde o auge de 2004, as mortes 
reduziram em mais de 61%; 
 Em 2020, cerca de 690 mil pessoas 
morreram de doenças relacionadas a AIDS, 
contra 1,8 mi em 2004 e 1,2 mi em 2010; 
HIV - Vírus da 
Imunodeficiência 
Humana
HTLV - Vírus 
Linfotrópico da 
Célula T Humana
Depois de três décadas de luta contra o 
HIV, o tratamento garantiu vida longa aos 
pacientes; mas agora a medicina se 
depara com outro problema: envelhecer 
com a doença é envelhecer mais cedo 
(devido a tendência do aparecimento das 
doenças crônicas). 
 OBS: o número de novas infecções no 
Brasil é expressamente maior que em toda 
América do Sul; 
 É uma infecção viral que destrói 
progressivamente linfócitos TCD4+ do 
sangue e pode provocar a síndrome da 
imunodeficiência adquirida (AIDS); 
 Quando o HIV destrói os linfócitos CD4+, as 
pessoas ficam vulneráveis ao ataque por 
muitos outros organismos infecciosos; 
 Podem ser causadas por um ou mais 
retrovírus, HIV-1 ou HIV-2; 
└ HIV-1: causa a maioria das infecções 
por HIV no mundo todo; 
└ HIV-2: causa muitas infecções pelo HIV 
na África Ocidental. 
TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HIV 
 Por contato sexual com uma pessoa 
infectada, durante relação sexual 
desprotegida; 
└ O risco de infecção por HIV aumenta 
quando houver lacerações ou feridas na 
pele ou nas membranas que revestem os 
genitais, a boca ou o reto; 
 Injeção de sangue contaminado e 
transfusão sanguínea; 
 Transmissão vertical (mãe para filho): 
transplacentária, parto e no aleitamento; 
 OBS: vulnerabilidades – uso de drogas 
ilícitas e álcool; 
TIPO DE EXPOSIÇÃO X RISCO 
Tipo de Exposição Risco 
Receber transfusão de 
sangue 
9 transmissões 
em 10 exposição 
Compartilhamento de 
agulhas 
1 a cada 150 
exposição 
Furar a pele com agulha 
1 a cada 435 
exposições 
Sexo anal receptivo 
1 a cada 72 
exposições 
Sexo anal insertivo 
1 a cada 900 
exposições 
Sexo peniano-vaginal 
receptivo 
1 a cada 1250 
exposições 
Sexo peniano-vaginal 
insertivo 
1 a cada 2500 
exposições 
Sexo oral Risco baixo 
Mordida, cuspe, arremessar 
material contaminado, 
brinquedos sexuais 
Risco desprezível 
 
MECANISMO DE INFECÇÃO 
 O vírus do HIV reproduz-se (replica) 
utilizando a estrutura genética da célula 
que infecta, geralmente um linfócito CD4+; 
 
 
 Prevenção combinada: 
└ Testagem regular de HIV; 
└ Profilaxia pós-exposição (PEP); 
└ Profilaxia pré-exposição (PREP); 
└ Testagem no pré-natal; 
└ Redução de danos; 
└ Diagnóstico e tratamento das IST; 
└ Uso de preservativos; 
└ Tratamento antirretroviral. 
POPULAÇÕES CHAVE 
 Profissionais do sexo, gays e HSH, pessoas 
privadas de liberdade, pessoas que usam 
álcool e outras drogas, pessoas trans; 
 Apresentam maiores taxas de prevalência 
da infecção pelo HIV comparadas a 
população geral. 
 
 
FASE RETROVIRAL AGUDA 
 Quando inicialmente infectadas, 
apresentando sintomas agudos que podem 
durar em média 2 a 4 semanas, seguidos 
de recuperação clínica; 
 Sintomas: febre, erupções cutâneas, dor de 
garganta, linfonodos inchados, cansaço, 
cefaleia, mal estar, letargia, mialgia, 
linfadenopatia, faringite; 
 
 Para algumas pessoas, os primeiros 
sintomas são os de AIDS, no qual há o 
desenvolvimento de infecções oportunistas 
muito sérias ou câncer; 
 Diagnóstico: 
└ Testes para detectar anticorpos ao vírus 
HIV em uma amostra de sangue ou 
saliva 
└ Testes para detectar RNA do HIV em 
uma amostra de sangue 
 Monitoramento: contagem de LTCD4 e 
carga viral. 
Dado 
laboratorial 
Implicação prognóstica 
Carga viral (cópias de RNA viral/ml) 
< 10.000 
Baixo risco de progressão da 
infecção 
Entre 10.000 
e 100.000 
Risco moderado de progressão 
da infecção 
> 100.000 
Alto risco de progressão da 
infecção 
Contagem de células TCD4 (mm³) 
> 500 
Baixo risco de progressão da 
infecção 
Entre 200 e 
500 
Surgimento de sinais e sintomas 
menores, com risco moderado 
de desenvolvimento de doenças 
oportunistas 
Entre 50 e 
200 
Grave comprometimento 
imunológico com alto risco de 
surgimento de infecções 
oportunistas 
< 50 
Grave comprometimento 
imunológico com alto risco de 
surgimento de infecções 
oportunistas e baixa sobrevida 
 Manifestações fúngicas: 
└ Candidíase pseudomembranosa e 
eritematosa; 
└ Tratamento tópico: Nistatina 100.000 UI 
└ Tratamento sistêmico: Fluconazol 200mg 
 Manifestações virais: 
└ Leucoplasia pilosa: causada pelo vírus 
Epstein-Barr (EBV), com vilosidades 
microscópicas semelhantes a pelos na 
língua e não removíveis a raspagem; 
Fase retroviral aguda
Fase assintomática
Fase sintomática inicial ou 
precoce
Fase da imunodeficiência 
avançada (AIDS)
INDETECTÁVEL = INTRANSMISSÍVEL 
 Pessoas vivendo com HIV que fazem o 
uso de terapia antirretroviral de 
maneira eficaz e que possuem carga 
viral indetectável, não transmite o HIV 
sexualmente; 
└ Tratamento da leucoplasia pilosa: 
antirretrovirais; 
└ Papiloma vírus humano: que 
aumentam as lesões verrucosas após o 
uso da terapia antirretroviral; 
tratamento: biópsia excisional e 
crioterapia; 
 Manifestações neoplásicas: 
└ Sarcoma de Kaposi: tratamento – 
quimioterapia, radioterapia e excisão 
cirúrgica; 
└ Linfoma não-Hodgkin. 
 Manifestações bacterianas: 
└ Doença periodontal: comum em 
pacientes portadores de HIV; 
└ Eritema gengival linear; 
└ Gengivite/Periodontite ulcerativa 
necrosante: quando LTCD4 < 100 
cel/mm³; 
└ Ulcerações aftosas recorrentes: ocorre 
devido a diferença entre o proporção 
numérico de LTCD4 baixo e CD8 alto. 
HUMANIZAÇÃO 
 Acolhimento; 
 Compreensão das dimensões psicológicas e 
biológicas da AIDS; 
 Respeito. 
AVALIAR 
 História médica: 
└ Tempo de diagnóstico; 
└ Hospitalizações e doenças recentes; 
└ História de infecções oportunistas; 
└ Uso de medicações. 
 Exames laboratoriais: 
└ Avaliação da progressão da doença: 
carga viral e contagem de LTCD4+; 
└Exames hematológico: hemograma 
completo, plaquetometria e contagem 
de leucócitos (neutrófilos); 
 Provável uso de profilaxia antibiótica; 
 Se atentar a biossegurança. 
 Pacientes saudáveis podem ser tratados 
como pacientes regulares sem maiores 
preocupações; 
NECESSIDADE DE PROFILAXIA ANTIBIÓTICA 
 Levar em consideração a carga viral e a 
contagem de LTCD4; 
 Quando abaixo de 200 células, prescrever 
profilaxia AB em procedimentos cruentos;

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