Buscar

Relatorio De estagio de Centro de Material e Biosseguranca


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE - ISCISA
RELATÓRIO De ESTÁGIO de Centro de Material E BIOSSEGURANÇA
Licenciatura em Enfermagem Geral
Índice
I. Introdução	2
II. Desenvolvimento	2
1. Central de esterilização	3
1.1. Classificação dos artigos e equipamentos de protecção individual	3
1.2. Limpeza e secagem	4
1.3. Recepção	4
1.4. Métodos de monitorização da esterilização	5
1.4.1. Testes físicos	5
1.4.2. Teste químicos	5
1.4.2.1. Variedades dos indicadores químicos:	5
1.5. Esterilização propriamente dita	6
1.5.1. Métodos de esterilização	6
1.6. Armazenamento e distribuição	7
2. Lavandaria	7
2.1. Processamento da roupa na área suja	7
2.2. Processamento da roupa na sala de recebimento da roupa suja	8
2.2.1. Pesagem	8
2.2.2. Separação e classificação	8
2.2.3. Pesagem	9
2.2.4. Processo de lavagem	9
2.3. Processamento da roupa na área limpa	10
2.4. Processamento na rouparia, estoque e armazenamento da roupa	11
3. Gestão de lixo hospitalar	12
3.1. Descartando o lixo.	12
3.2. Gerindo o lixo	13
3.3. Como gerir os perfuro-cortantes na área de procedimentos.	13
3.4. Descartando o recipiente dos perfuro-cortantes	13
III. Constrangimentos	15
IV. Conclusão	16
V. Referências bibliográficas	17
I. Introdução
O presente relatorio é referente ao estágio da cadeira de Centro de Material e Biossegurança leccionada no Instituto Superior De Ciências de SaÓde – ISCISA. O estágio ocorreu no Hospital Central de Maputo, na Central de esterilização, na Lavandaria e na Gestão de lixo e o mesmo durou duas semanas tendo começado na semana de 10 até a semana de 21 do mês de Junho. 
O Ministerio da Saúde de Moçambique implementa desde 2004 actividades de prevenção e controlo de infecções (PCI) nas unidades sanitárias a nível nacional. Essas actividades visam promover a saúde dos profissionais assim como dos utentes, boas prácticas e qualidade dos cuidados prestados, por isso considera-se um pilar no plano estratégico do sector de saúde na área Assistencial Médica.
O PCI é implementado nas unidades sanitárias com objectivos de: prevenir a ocorrência de infecções graves durante a prestação de qualquer tipo de cuidado de saúde invasivo como por exemplo, procedimentos cirúrgicos, tratamento de feridas, injecções, e mais; e de minimizar o risco de transmissão de infecções graves como a hepatite B (VHB), hepatite C (VHC) e a Síndrome de Imunodeficiência Humana Adquirida (HIV/SIDA), para os utentes assim como para os trabalhadores de saúde.
Objectivos
Geral
Observar as técnicas usadas nos processos de esterilização do material hospitalar, processamento do roupa e gestão do lixo.
Específicos
Aplicar as técnicas de esterilização do material hospitalar, processamento de roupa e gestão de lixo;
Desenvolver competências no que tange aos exercícios das actividades relacionadas com a esterilização do material hospitalar, processamento de roupa e gestão de lixo.
II. Desenvolvimento
Durante o período de estagio foram realizadas diversas actividades que permitiram diversas aprendizagens provenientes da área de Prevenção e Controlo de Infecções através da gestão de resíduos hospitalares visto que é importante nas actividades de cuidados de saúde.
1. Central de esterilização
Esterilização – é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos.
Processamento de artigos hospitalares
Para o processamento dos artigos hospitalares, primeiro é necessário classifica-los.
1.1. Classificação dos artigos e equipamentos de protecção individual
Os artigos hospitalares são definidos de acordo como grau de risco de aquisição de infecções, nas seguintes categorias: críticos, semicríticos e não críticos. Esta classificação irá nortear a escolha do processo de desinfecção ou esterilização a ser utilizado.
a) Artigos críticos - são assim denominados se estiverem contaminados com qualquer microrganismo ou esporos (forma de resistência). São artigos que entram em contacto direto com tecidos ou tratos estéreis, devendo portanto, ser submetidos ao processo de esterilização.
b) Artigos semicríticos - são aqueles que entram em contacto com a pele não integra e membranas mucosas. Devem ser submetidos no mínimo à desinfecção. Em algumas circunstâncias a esterilização é desejável pelo risco de o artigo tornar-se crítico, como em lesões acidentais de mucosas.
Dificuldades técnicas e riscos inerentes aos processos de desinfecção química também ocorrem para a indicação da esterilização.
c) Artigos não críticos - os que entram em contacto com a pele íntegra e que somente necessitam de desinfecção de médio ou baixo nível, quando reutilizados entre pacientes. Esta medida tem por objectivo bloquear a transmissão de microrganismos.
Observação: ao se processar, tem que se ter cuidado no manuseio e para tal é imprescindível o uso do equipamento de protecção individual independentemente do grau de sujidade do artigo e da toxidade dos produtos químicos a serem manipulados. Os equipamentos devem ser utilizados em todas as etapas do processo, sempre relacionando a actividade ao equipamento. Devem ser utilizados para garantir a segurança do profissional ao se expor a substâncias químicas, gases tóxicos, riscos de perfuração ou corte e ao calor, prevenindo assim acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.
1.2. Limpeza e secagem
O passo a seguir é fazer a limpeza dos artigos utilizando detergentes. Depois de lavados devem ser submetidos ao processo de secagem, um passo importante pois a humidade interfere nos diferentes processos de esterilização para tal processo é recomendável o uso de secadoras de ar quente/ frio; estufas reguladas para este frio; ar comprimido medicinal; pano limpo, absorvente e seco.
Terminado o processo de secagem deve-se rigorosamente inspecionar os artigos, no sentido de se detectar a presença da humidade, secreções e oxidações. Pode usar-se álcool para acelerar o processo de secagem do material, a 70%.
Após o processo de limpeza e secagem, os artigos são transportados para a central de esterilização.
1.3. Recepção
Os artigos são recebidos na sala da recepção e levados para a área da esterilização, e sempre que se receber deve-se registar a proveniência dos artigos.
A esterilização faz-se de acordo com o método que se adequa ao artigo mas é importante que antes de se submeter os artigos ao processo de esterilização se faça a monitorização, que pode ser feita em diferentes métodos.
1.4. Métodos de monitorização da esterilização
1.4.1. Testes físicos
- Avaliador do desempenho do esterilizador
Faz parte do equipamento e serve para apontar as condições internas da autoclave. Envolvem:
- Termómetro – que mede a temperatura, esta que deve estar no mínimo a 121°C;
- Manómetro – mede a pressão, 20 libras de vapor.
- Quantificação térmica
Determina o tempo de penetração do calor dos pacotes e frascos.
1.4.2. Teste químicos
Indicadores químicos
Servem para indicar imediatamente falhas no equipamento com relação a penetração do calor em estufas ou autoclaves, além de ajudar a identificar os pacotes que foram esterilizados.
São tiras de papel com uma tinta e mudam de cor quando exposta a temperatura pelo tempo recomendado pelo fabricante. Devem ser utilizados dentro de pacotes em locais de difícil penetração de vapor.
Os indicadores externos são fitas autoclaves utilizadas unicamente para diferenciar os pacotes processados dos não-processados.
1.4.2.1. Variedades dos indicadores químicos:
Classe 1 – indicadores de processo – fitas zebradas, demostram que o material passou pelo processo de esterilização usado em materiais tipo pacote ou caixas.
Classe 2 – indicadores para o tudo de testes específicos. Ex: Bowie e Dick – projectados para testar a eficácia do sistema de vácuo nas autoclaves. Deve ser realizado diariamente antes do processamento da primeira carga.
Classe 3: indicadores de um parâmetro – medem parâmetros críticos de esterilização: vapor, temperatura ou vapor saturado.
Teste de Bowie e Dick
Liga-se a autoclave submete-se a um ciclo completoe vazio; coloca-se a folha deteste no meio de uma pilha de campos de tecido com 25 a 28 centímetros de altura; esta pilha pode ser embalada em tecido ou papel, podendo ser atada com fita adesiva; inicia-se o ciclo e este não pode ser interrompido antes da fase de secagem e após o tempo determinado pela temperatura (134°C – 3 minutos e meio; 129°C – 15 minutos; 127°C – 11 minutos; 121°C – 7 minutos).
Leitura do teste
Considera-se positivo quando a mudança na coloração for uniforme em toda a extensão, e considera-se negativo quando a folha apresenta falhas na revelação, observando-se uma mudança incompleta na coloração, geralmente no centro.
1.5. Esterilização propriamente dita
1.5.1. Métodos de esterilização
Considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos contaminados é menor. A exposição de um artigo a um agente esterilizante não garante a segurança do processo, pois estes dependem da limpeza eficaz.
A eleição do método de esterilização depende do tipo de artigo a ser esterilizado, estes métodos poderão ser físicos e químicos.
Métodos físicos – são aqueles que utilizam calor em diferentes formas e alguns tipos de radiação para esterilizar. Nas centrais de esterilização hospitalares, o método mais favorável e mais utilizado é a autoclavação por vapor saturados sob pressão e o outro com pouco uso é o calor seco (estufa).
O uso de radiação ultravioleta para a esterilização é proibido pelo Ministério da Saúde.
Métodos químicos – este método é feito pela utilização de agentes esterilizantes por imersão. Requer cuidados especiais, com relação ao seu manuseio:
- Lavar com rigor o artigo e secar;
- Utilizar os equipamentos de protecção individual;
- Marcar a hora de início e término do processo de esterilização;
- Retirar o artigo da solução utilizando luvas estéreis.
Sempre que se fizer a esterilização deve usar-se o devido uso do EPI.
1.6. Armazenamento e distribuição
Depois do processo de esterilização, retira-se os artigos para a área de armazenamento e são colocados de acordo com os blocos a que pertencem como: bloco operatório, cirurgia, pediatria, etc. a distribuição também se faz mediante os blocos.
2. Lavandaria
2.1. Processamento da roupa na área suja
Colecta – a colecta deve ser feita em horário preestabelecido e a roupa suja deve permanecer o menor tempo possível na unidade sanitária.
Durante o processo de recolha, o servidor deve usar luvas de borracha máscara e barrete.
A roupa suja deve ser colocada directamente em hamper hospitalar em sacos de tecidos fortes que devem ser fechados com tiras de borracha ou com corda, para a roupa contaminada devem ser usados sacos plásticos que são fechados com um nó. Após se fechar, o saco de roupa é retirado do hamper e colocado em carro que transporta a roupa até a recepção da lavandaria.
Os sacos podem ser caracterizados por cores ou sinais, para identificar a unidade de procedência da roupa, como por exemplo, azul para o bloco operatório e verde para a maternidade. Devem conter o nome da unidade e a data da colecta.
Os carros que são utilizados na colecta de roupa suja nunca devem ser utilizados para o transporte da roupa limpa. Também deve evitar-se o cruzamento da roupa suja com a limpa.
Recepção, na área de recepção, a roupa é retirada do carro de colecta, a fim de ser separada e pesada.
2.2. Processamento da roupa na sala de recebimento da roupa suja
Na sala de recepção da roupa suja (área suja) da unidade de processamento, a roupa deve ser classificada e pesada antes de se iniciar o processo de lavagem.
Nessas etapas mantem-se as recomendações de realizar o mínimo de agitação e manuseio das roupas.
É necessário o banho com troca de roupa, ao término do trabalho, para todos os trabalhadores da sala de recebimento da roupa suja.
A boa lavagem começa na pesagem da roupa, separação da roupa suja, onde será classificada segundo o grau de sujidade, o tipo de tecido e cor.
2.2.1. Pesagem
A pesagem da roupa pode ser realizada em duas etapas distintas: no momento do recebimento na unidade de processamento, para fornecer os dados para o controlo de custos, e após a separação e classificação, para dimensionar a carga do processo de lavagem de acordo com a capacidade da máquina a usar, e de acordo com os passos ou programas de formas de lavagem.
2.2.2. Separação e classificação
A classificação que é realizada durante a separação tem como finalidade:
- Agrupar a roupa que pode ser lavada o mesmo tempo;
- Localizar e retirar objectos estranhos que possam estar junto com a roupa.
Na separação é necessário que todas as peças de roupa sejam cuidadosamente abertas, para a retirada de instrumentos cirúrgicos, distintivos e outros objectos, com o fim de evitar que estes elementos entrem no processo de lavagem causando danos aas maquinas e ao próprio processo; coloquem em risco a vida das pessoas que os manuseiam.
Durante a separação, a roupa é agrupada em lotes ou fardos correspondentes a uma fração da capacidade da máquina, em geral 80% de sua capacidade de lavagem.
Os fardos ou sacos, já triados ou classificados, recebem uma marca, sinal ou identificação, segundo cor, tipo de tecido e grau de sujidade, que irá determinar a formula para a lavagem.
Nesta área deve ser provido um recipiente rígido e ou uma caixa incineradora para o descarte do material perfuro-cortante e outro para o descarte de material infectante, como pecas anatómicas, que porventura seja encontrado junto com a roupa suja. 
2.2.3. Pesagem
 Após a separação, já em lotes, os fardos ou sacos identificados, a roupa é novamente pesada, em balança para o controle operacional da lavandaria e da capacidade das máquinas de lavar.
Após a pesagem, os fardos ou sacos de roupa identificados devem ser levados até as maquinas, onde todo o material necessário para a lavagem deve estar por perto para evitar desperdício de tempo e de energia.
2.2.4. Processo de lavagem
Lavagem – é o processo que consiste na eliminação de sujidade fixa na roupa, deixando-a com aspecto e cheiro agradáveis, nível de bactérias reduzido ao mínimo e confortável para o uso.
Após classificação e pesagem, da roupa suja é colocada dentro da máquina de lavar na área suja, e no final do processo de lavagem é retirada por meio da abertura voltada para a área limpa.
O processo de lavagem é realizado na área suja. Não há um único processo de lavagem para toda a roupa do hospital, sendo assim necessária a classificação ou triagem da mesma, para se determinar o ciclo a ser usado.
O ciclo a ser usado depende do grau de sujidade, do tipo de tecido de roupa, assim como do tipo de equipamento da lavandaria e dos produtos utilizados.
Terminadas as operações de recepção, separação, pesagem e lavagem, toda a área suja deve ser desinfectada e lavada. Após a desinfeção do local de trabalho, os servidores não poderão sair para outras áreas sem antes tomar banho, trocando a sua roupa de trabalho.
2.3. Processamento da roupa na área limpa
Terminada a operação ou ciclo de lavagem, a roupa passa por um processo que engloba:
a) Centrifugagem - consiste na eliminação da água, que se reduz 60% do peso da roupa.
Terminada a centrifugagem a roupa é retirada, selecionada, colocada em carrinho e encaminhado à secagem ou tratamento adequado a cada tipo.
Na seleção, são considerados os seguintes aspectos:
- Tipo de tecido (liso, algodão, seda, lã);
- Tipo de roupa (lençóis, toalhas, roupas de vestir, incluindo uniformes e outros);
Qualidade de limpeza (manchas, resíduos de produtos e outros).
A roupa destinada a secadora é colocada em carrinho ou cesto próprio. A que se destina a calandra é aberta e colocada em carrinho para facilitar a sua operação.
b) Secagem em secadora – esta operação visa retirar a humidade das roupas que não podem ser calandradas como uniformes do centro cirúrgico, toalhas colchas pesadas, roupas de vestir, cobertores e outras, são secadas na secadora.
A secadora necessita de várias limpezas diárias para impedir o acúmulo de felpas.
c) Calandragem – é a operação que seca e engoma ao mesmo tempo as peças deroupas (lençóis, pijamas fronhas), uniformes, sem botões ou elástico, com temperatura entre 120 e 180 °C. Após o processo de retirar faz-se seleção das peças danificadas, que deverão ser encaminhadas à costura para reparo e as que se encontrarem em boas condições são dobradas.
Depois de secar, a roupa é retirada da secadora e colocada em carros-cestos apropriados, selecionada (caso haja roupa danificada, esta deverá ser levada para ser costurada), dobrada e encaminhada à rouparia.
É recomendável a utilização de estrados, na área de alimentação da calandra ou (máquina de secar engomar), para evitar que os lençóis e outras peças grandes entrem em contacto com o piso e sejam contaminados.
d) Passagem a ferro – é uma técnica que se usa apenas eventualmente ou para melhorar o acabamento da roupa pessoal. Seu uso é pouco económico, sob o ponto de vista de gasto de tempo, energia elétrica e física.
As roupas que serão submetidas a esterilização (campos cirúrgicos, etc.) não poderão ser submetidas à calandragem ou passadora a ferro.
e) Embalagem da roupa
Após as etapas de calandragem, passadora, a roupa limpa é dobrada, podendo ser armazenada embalada (a que vai para a esterilização) ou não. Sacos plásticos ou de tecidos podem ser utilizados para embalar roupas separadamente ou em forma de kits.
Recomenda-se embalar a roupa limpa proveniente da unidade de processamento para evitar a sua contaminação durante o transporte. A roupa embalada tem as seguintes vantagens:
- Maior segurança ao serviço, que está recebendo roupa realmente limpa;
- Redução de risco de contaminação;
- Maior facilidade de controlo da roupa.
2.4. Processamento na rouparia, estoque e armazenamento da roupa
A rouparia é um elemento de área física, que complementa a área limpa, e centraliza o movimento de toda a roupa do hospital. A centralização em um único local permite um controlo eficiente da roupa limpa, do estoque e a sua distribuição adequada, em quantidade e qualidade, as diversas unidades do hospital. É na rouparia que se faz a estocagem (repouso) da roupa, a distribuição e costura, incluindo o seu concerto e reaproveitamento.
A roupa limpa deve ser manuseada somente quando necessário e com previa higienização das mãos.
3. Gestão de lixo hospitalar
O lixo hospitalar pode estar contaminado, o considerado potencialmente infecioso assim como não contaminado. Considera-se que cerca de 80% do lixo que se produz em hospitais e unidades sanitárias seja lixo não contaminado. O lixo contaminado pode transportar microrganismos os quais podem infectar as pessoas que entram em contacto com ele. O lixo contaminado inclui sangue, pus, urina, fezes e outros fluidos corporais. Considera-se contaminado o lixo das salas de operações, e dos laboratórios.
Outros tipos de lixo que não contem agentes infeciosos mas que são considerados perigosos ao ambiente: lixo químico e farmacêutico colo latas e garrafas contendo fármacos e vacinas fora do prazo.
A gestão de lixo é feita com objectivo de:
Proteger as pessoas que o manuseiam; prevenir a disseminação de infecções aos trabalhadores assim como aos utentes e também aa comunidade local; descartar de forma segura os materiais perigosos.
3.1. Descartando o lixo.
O descarte adequado do lixo inclui:
Incinerar ou seja, fazer a queima do lixo contaminado, que destruirá todos os microrganismos e reduzira o volume do lixo;
Enterrar todo o lixo contaminado minimizando a disseminação de infecções;
Utilizar recipientes plásticos ou metais galvanizados com tampas que possam vedar bem o lixo para não escapar e que resistam aa perfurações (para o deposito do lixo que não será reutilizado);
Os recipientes devem ser lavados com uma solução de limpeza desinfectante (solução de cloro a 0.5% e sabão) e passar a auga limpa regularmente;
Utilizam os Equipamentos de Protecção Individual quando manusear o lixo como por exemplo, luvas de borracha e botas pesadas e impermeáveis;
Lavar as mãos depois de retirar as luvas apos o manuseio do lixo, podendo utilizar antissépticos a base de álcool.
3.2. Gerindo o lixo
O lixo pode ser considerado comum assim como infeccioso. Para tal partindo dos locais onde esse lixo é produzindo ou proveniente, deve-se ter dois baldes em que cada um tenha um plástico por dentro, estes plásticos devem ser diferenciados pelas cores sendo que um terá de cor preta (lixo comum) e o outro terá a cor amarela (lixo infeccioso). E ainda deve ter para os casos em que se use objectos perfuro-cortantes, recipientes que resistem a perfuração e a prova de fuga, que deve se usar ¾ do seu volume, as chamadas caixas incineradoras.
3.3. Como gerir os perfuro-cortantes na área de procedimentos.
- Não se pode reencapar as agulhas nem desmontar o conjunto agulha seringa;
- No caso do uso da agulha hipodérmica, deve-se mergulhar a ponta numa solução de cloro a 0.5%, enchendo a seringa e esvaziando por 3 veze se deixar actuar por 10 minutos.
- Quando o recipiente estiver em ¾ deve ser removido da área de procedimentos para o descarte.
3.4. Descartando o recipiente dos perfuro-cortantes
- Usar luvas domésticas para trabalhos pesados;
- Fixar a tampa do recipiente e fechar bem a tampa, a rolha ou a fita;
- Fazer o descarte por queima do recipiente;
- Retirar as luvas, essas luvas devem ser lavadas diariamente ou quando estiverem visivelmente sujas.
- Lavar as mãos e seca-las com um pano ou uma toalha limpa.
Existem tipos de lixo que não devem ser incinerados como: recipientes com gás, grandes quantidades de lixo químico, sais de prata e lixo fotográfico ou radioativo, plásticos contendo cloro de polivinilo, lixo com elevado teor de mercúrio e mais.
III. Constrangimentos
IV. Conclusão 
Durante as aulas de PCI foi possível identificar e compreender os riscos de infecções, assim como as estratégias e prácticas para evitar que elas ocorram, isso tudo teoricamente. Foi necessário uma participação para fazer o trabalho de campo, lidando directamente com as prácticas e técnicas durante o percurso do estágio.
O estagio permitiu o desenvolvimento de competências na área do Programa de Controlo de Infecções que focou mais no processamento dos materiais ou artigos hospitalares, processamento de roupas e na gestão do lixo hospitalar, por ser uma área que necessita que os profissionais adquiram conhecimentos que lhe permitam prestar cuidados de enfermagem com segurança envolvendo todo o pessoal, desde o trabalhador de saúde, o utente e a comunidade.
Este estágio permitiu o desenvolvimento de novas experiências resultantes da participação activa na dinâmica dos serviços do Programa de Controlo de Infecções (PCI) e permitiu também uma oportunidade de consolidar e adquirir novos conhecimentos prácticos que complementam a parte teórica aprendida ao longo do semestre.
A integração na dinâmica do serviço do estágio acompanhado pelos agentes hospitalares foi muito gratificante pelo facto de ter participado activamente em todas as actividades levadas a cabo, dado que no início muitas prácticas, áreas hospitalares, manuseio das máquinas, cuidados a tomar e mais, eram novidades.
V. Referências bibliográficas
Ministério da saúde, 2001 – Orientações Gerais Para a Central de Esterilização. Rio de Janeiro.
NETO, Milton Mendes da Costa, 1986 – Manual de Lavandaria Hospitalar.
MELLO, Dirceu Raposo, Processamento de Roupas de Serviços de Saúde: Prevenção e Controle de Riscos. 
Página 16