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ANATOMIA DA DOR Prof. João Batista Tajra Anatomia Médica - Cirurgia Geral Mestre em Cirurgia OBJETIVOS: Conceito de Dor Ativação de nociceptores : Estímulo Tipos de Fibras: Vias de Transmissão Resposta inicial ao trauma Hiperalgesia Primária Via Aferente sensorial a Medula espinhal Transmissão Medular Cérebro – Percepção da dor Modulação da dor CONCEITO: Dor – Latim dolore: sofrimento ; Pain em inglês: Grego poiné: pena. Nocicepção ( nocere-doer): rede de sinais captados e transmitidos ao SNC. Dor: « Experiência sensorial e emocional desagradável associada a danos nos tecidos, efetivos ou potenciais, ou descrita em função desses mesmos danos. » CLASSIFICACÃO DO NOCICEPTOR Aβ Aδ C Diâmetro 6 a 12 Mielinizadas 1 a 5 Mielinizadas 0,2 a 1,5 Não mielinizadas Conducão 20 a 35 M/s 20 a 35 M/s 2 M/s Função Proprioceptivos Nociceptor negativo Mecânicos e Térmicos Polimodal: Térmicos, Mecânicos e quimicos Fonte: International association for the study of pain Transducão Sensorial - Axônio – Pré sinapse MICROAMBIENTE DO TRAUMA Fonte: From Singer AJ ; Cutaneous wound healing. N Engl J Med 341, 1999 Hemostasis SENSIBILIZACÃO PERIFÉRICA Receptores ionotrópicos 1- Receptor de Potencial Transitório ( TRP) Receptores Metabotrópico: 1- Via proteína G ( GPCRs) 2- Via Tirosina quinase ( RTKs) ACÃO DOS NEUROMEDIADORES - RECEPTORES SENSIBILIZACÃO PERIFÉRICA Serotonina Bradicinina ATP pH Baixo Fator de Crescimento Neural Potássio Substância P Prostaglandinas E2 ACÃO DOS NEUROMEDIADORES – MEDIADORES QUÍMICOS SENSIBILIZACÃO PERIFÉRICA Primeira e Segunda Dor Hiperalgesia: Resposta aumentada a um estímulo doloroso. 1- Primária: Estímulo decorrente da atividade inflamatória aumentada. Alodinia: Dor provocada por um estímulo que normalmente não provoca dor. ACÃO DOS NEUROMEDIADORES – SENSIBILIDADES TEORIA DO PORTÃO NERVOS ESPINHAIS União das raízes espinais anterior e posterior fixados em série na lateral da medula. 31 Pares espinhais: 8 – Cervicais 12 –Torácicos 5 –Lombares 5 –Sacrais 1 –Coccígeo Fonte: Gray’s Anatomy – 40ed NERVOS ESPINHAIS Componentes: 1- Eferentes somáticos ; 2-Aferentes Somáticos e Viscerais ; 3- Fibras Autonômicas pré-ganglionar. Dorsal Ventral NERVOS ESPINHAIS Fonte: Gray’s Anatomy – 40 ed. RAMOS POSTERIORES DOS NERVOS ESPINHAIS NO DORSO INERVAÇÃO SENSORIAL CUTÂNEA INERVAÇÃO DA FACE NERVO TRIGÊMIO PLEXO CERVICAL E BRAQUIAL Os quatro ramos anteriores dos nervos espinais cervicais superiores formam o plexo cervical cujos ramos inervam coletivamente os músculos infra-hióideos, em forma de tiras, o diafragma, a pele que cobre as partes anterior e lateral do pescoço e o ângulo da mandíbula PLEXO CERVICAL Os quatro ramos posteriores dos nervos espinais cervicais inferiores, juntamente com a maior parte dos primeiros ramos anteriores dos nervos espinais torácicos, formam o plexo braquial. PLEXO BRAQUIAL NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS PLEXO LOMBAR Raízes Ventrais de: L1 L2 L3 L4 NERVO FEMORAL PLEXO SACRAL NERVO CIÁTICO INERVAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR MEDULA ESPINHAL CASO ANÁTOMO-CLÍNICO RELATO DO CASO: Paciente de 40 anos, do sexo masculino, sem história de patologia da coluna cervical, teve inicio insidioso de hemiparesia direita e alteração da sensibilidade do hemicorpo à esquerda após mergulho com trauma indireto da coluna cervical. O paciente apresentava diminuição das mobilidades da coluna cervical. No exame neurológico havia diminuição da sensibilidade dolorosa e térmica nos membros superior e inferior esquerdos. No membro superior direito foi identificada uma área hiperálgica correspondente aos territórios de C5 e C6. O reflexo bicipital e braquiorradial estavam diminuídos do lado direito. Nos membros inferiores foi encontrada hiperreflexia, sobretudo à direita. No exame motor havia diminuição da força muscular dos membros superior e inferior. MODELO DAS VIAS DOR MEDULA SUBSTÂNCIA CINZENTA LÂMINAS DE REXED Tipos de Neurônio: Alto Limiar ; Baixo Limiar ; Ampla faixa Dinâmica. As lâminas I-IV são áreas receptivas cutâneas; lâmina V recebe aferentes finas da pele, músculos e vísceras; lâmina VI recebe aferentes proprioceptivas e algumas aferentes cutâneas. MEDULA SUBSTÂNCIA BRANCA VIAS ASCENDENTES A- CORTE EM POSICÃO CERVICAL MEDULA SUBSTÂNCIA BRANCA TRATOS ESPINOTALÂMICOS Lateral Anterior Origem em neurônios de segunda ordem. Transmissão: Dor ; temperatura ; pressão e tato grosseiro. Decussam na comissura branca anterior. Dor e temperatura no mesmo segmento. Os neurônios estão nas lâminas I e IV-VIII TRATOS ESPINOTALÂMICOS Lateral Anterior Lemnisco – (fita) feixe de fibras sensitivas ou aferentes pertencentes a um trato que cruzam o plano sagital mediano para se dirigir ao tálamo. Trato ou Fascículo– feixe de fibras nervosas com origem, trajeto, terminação e função comuns. Funículo – Coluna de substância branca ao longo da medula espinal, corresponde à face interna das faces da medula espinal. GRUPOS: Lâmina I – apicais coluna posterior. Lâminas IV-VI- coluna pos- terior profunda. Lâminas VII-VIII-coluna Anterior. MEDULA SUBSTÂNCIA CINZENTA Tipos de Neurônio: Alto Limiar : Ad e C Baixo Limiar : Ad e C Ampla faixa Dinâmica: Ab , Ad e C CONEXÃO CENTRAL – PLASTICIDADE NEURAL A sensibilidade dependerá das conexões e fatores moduladores. Neurotransmissor: Dor aguda: Glutamato. Dor crônica: Substância P Inibidores: GABA, encefalinas MODULAÇÃO MEDULAR INIBIÇÃO Mecanismos Espinais Inibitórios: Substância Gelatinosa: (Melzack,1965) Inibição Difusa de Tronco. (Reynolds) - Descoberta dos receptores e opióides endógenos. - Inibição de transmissão na substância gelatinosa. a) Substância cinzenta periaqueductal (PAG). - Descobertos em 1981 ( Fields and Basbaum) b) Núcleo da Rafe maior (NRM) Vias da serotonina e norepinefrina. 3. Inibição de Centros Superiores. MODULAÇÃO DA DOR Mecanismos Excitatórios: Wind Up Resultado da somação de potenciais sinápticos lentos após estimulação aferente repetida de baixa freqüência e por tempo prolongado. Liberação de neurotransmissores excitatórios, glutamato e aspartato, no corno dorsal da medula espinhal. MODULAÇÃO DA DOR Mecanismos Excitatórios: Somação Somação de potenciais pós- sinápticos emitidos por dife- rentes neurônios.  Somação de potenciais pós- sinápticos emitidos em rápida Sucessão pelo mesmo neurônio. Curso de Fisiologia 2013 Ciclo de Neurofisiologia 43 Departamento de Fisiologia, IB Unesp-Botucatu CASO CLÍNICO
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