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GEDIEL DOS SANTOS QUEIRÓZ – MEDICINA ITPAC/PORTO
TRAQUEOSTOMIA
A traqueostomia comunica a
traquéia com o meio exterior, cuja
finalidade é possibilitar a respiração
por uma nova via. Esse
procedimento pode causar ruputra
da integridade do arco cartilaginoso,
possibilitando um colapso traqueal,
bem como, faz com que a secreção
traqueobrônquica torna-se menos
fluida e compromete a limpeza
broncopulmonar.
 INDICAÇÕES:
1. Obstruções respiratórias altas,
laríngeas ou acima, causadas
por tumor, acúmulo de
exsudatos, corpos estranhos,
processo inflamatório agudo e
traumatismos cervicais ou
faciais.
2. Insuficiência respiratório
prolongadas, pode levar
também a entubação
orotraqueal;
3. Tempo prévio ou
complementar a outras cirurgias
(ex.: laringectomia,
glossectomia, etc.)
4. Cirurgia da glândula tireoide;
Apesar da cricotireostomia ser
preferível afim de estabelecer
uma via aérea emergencial e por
possuir facilidade de
procedimento, a traqueostomia
continua sendo muito utilizada,
principalmente em lesões
traumáticas de laringe.
 CÂNULA TRAQUEAL: 
Existem vários tipos de cânulas e
tubos ex.: métalicos (Jackson),
plástico (Shiley, Portex), silicone e
náilon.
Os cuffs devem ser inflados com ar –
o que causa menos lesão traqueal
são os que proporcionam baixa
pressão e grande volume de
insuflação.
As cânulas possuem asas laterais
perfuradas que servem para sua
fixação, com cadarço ao redor do
pescoço.
AVALIAÇÃO PRÉ-
OPERATÓRIA:
É uma operação de fácil excecução,
mas existem condições para realizá-
la, isto é: materiais adequados,
equipe cirúrgica treinada, paciente
com anestesia geral ou local em
ambiente cirúrgico.
TÉCNICA 
OPERATÓRIA:
 A posição do paciente na mesa
cirúrgica obedece algumas regras:
decúbito dorsal, com coxim sob os
ombros para discreta
hiperextensão do pescoço.
 Deve-se evitar a cirurgia à beira
do leito.
 Posição do cirurgião e assistente:
O cirurgião se coloca a direita do
paciente e o assistente a sua frente.
 Anestesia: preferência por
anestesia local por infiltração
(Lidocaína a 2% em dose de 5 a 7
mg/kg). Em casos de crianças ou
pacientes agitados será necessários
a administração de anestesia geral.
TEMPOS OPERATÓRIOS:
1. Incisão: em colar, localizada no
meio da distância entre a
cartilagem cricóide e a fúrcula
esternal, numa extensão de 3 a 4
cm, com abertura da pele e
subcutâneo. OBS: tomar cuidado
com as veias jugulares anteriores.
2. Abertura da rafe mediana com
afastamento lateral dos músculos
pré-tireoidianos e exposição do
istmo da glândula tireoide, que
poderá ser afastado caudal ou
cranialmente afim de deixar
expostos os anéis traqueais.
3. Exposição e abertura da traqueia
seccionamento 3 ou 4 anéis a partir
do segundo, após a tração anterior
com a pinça allis a abertura é feita
com o bisturi no sentido
longitudinal. Deve-se usar
aspirador nesse momento para
evitar penetração de sangue na
árvore brônquica.
4. Introdução da cânula traqueal
com cuidado, após feito, o paciente
deve ser ventilado.
5. Fechamento da pele e tela
subcutânea com pontos separados,
de maneira a deixar larga a
abertura para a cânula que é
amarrada ao redor do pescoço.
6. Curativo com gaze, sob o
pavilhão da cânula externa.
A sutura de pele não deve
ser total para evitar a
formação de enfisema
subcutâneo no território da
traqueostomia.
TRAQUEOSTOMIA DE 
EMERGÊNCIA
Partindo-se do princípio que a anóxia
pode levar a morte em 4 a 5 minutos, a
traqueotomia de emergência deve ser
realizada em 2 a 3 minutos. O
procedimento deve ser evitado e
geralmente é necessário devido à ma-
nipulação inadvertida de uma via aérea
tênue, mas pérvia.
Com o paciente em decúbito dorsal, a
mão esquerda do cirurgião palpa e
estabiliza a laringe e estende o pescoço,
caso não haja Contraindicações. A
incisão é feita em sentido vertical, na
linha média, com um compri- mento
grande o suficiente para assegurar o
acesso à traqueia o mais rapidamente
possível. A cricóide é identifi- cada
através da palpação, e se possível um
gancho é alocado em sua borda inferior,
para tracionar a laringe em sentido
superior e facilitar o acesso à traqueia.
As estruturas pré-tireoideanas são
incisadas também em sentido
longitudinal, podendo ou não o istmo
da tireóide ser dividido neste
procedimento. A incisão vertical é
estendida para a traqueia, tornando
possível a inserção da cânula na
traqueia. Uma vez que uma via aérea
pérvia tenha sido conseguida, pode-se
fazer a revisão da hemostasia e outros
procedimentos para o término da
cirurgia.
A cricotireotomia deve ser realizada nos casos em que outros meios para
garantir uma via aérea definitiva tenham falhado. Na maioria dos casos a
cricoti- reotomia é preferível em comparação à traqueotomia de emergência.
A principal vantagem deve-se ao fato da membrana cricotireóidea ser
próxima da superfície cutânea, desta maneira menor dissecção é necessária,
evitando lesões de es- truturas mediastinais, parede posterior da traqueia e
esôfago. A grande limitação é o risco de lesão da laringe subglótica, estando
mais associada ao tempo de permanência da cânula. O procedimento é
contra-indicado em crianças menores de 12 anos, infecção da laringe, trauma
laríngeo e tumores laríngeos.
Deve-se palpar a cartilagem tireóide e deslizar o dedo até o espaço cricoti-
reóide, sendo realizada uma incisão diretamente pela membrana
cricotireóidea. Uma vez que o espaço subglótico é acessado, o cabo do
bisturi é inserido na incisão e girado verticalmente, abrindo a incisão e
permitindo a introdução da cânula.
Se a manutenção da via aérea é necessária por mais de 3 a 5 dias, a cricoti-
reotomia deve ser convertida para traqueotomia afim de se evitar estenose
sub- glótica e laríngea. Durante a conversão, as cartilagens devem ser
exploradas para possíveis fraturas ocorridas no procedimento inicial e
corrigidas, assim co- mo os tecidos de granulações na cricotireotomia.
CRICOTIREOTOMIA

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