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Geologia Geologia EconômicaEconômica UNIVERSIDADE ESTADUAL JÚLIO DE UNIVERSIDADE ESTADUAL JÚLIO DE MESQUITA FILHOMESQUITA FILHO DEPÓSITOS DO TIPO SKARNDEPÓSITOS DO TIPO SKARN Prof. Prof. MsMs. Rafael Rodrigues de Assis. Rafael Rodrigues de Assis rafael.assiss@gmail.comrafael.assiss@gmail.com DEFINIÇÃO SKARNS Rochas relativamente simples, constituídas por uma mineralogia cálcio-silicatada decorrente do metamorfismo regional ou de contato, geralmente em rochas carbonáticas adjacentes a corpos intrusivos. DEFINIÇÃO HORNFELS Termo descritivo para rochas cálcio-silicatadas de granulação fina formadas pelo metamorfismo de rochas carbonáticas impuras. DEFINIÇÃO Tactitos Depósitos hidrotermal-metamórficos Depósitos de metamorfismo de contato Depósitos pirometassomáticos NOMENCLATURA, PORÉM, POUCO UTILIZADA DEFINIÇÃO Depósitos epigenéticos (substituição metassomática) Litologicamente controlados E os depósitos? IMPORTÂNCIA Foram uma ampla gama de depósitos metálicos, incluindo: W, Sn, Mo, Cu, Fe, Pb-Zn e Au Fonte: Pirajno (2009) Fonte: Pirajno (2009) HOSPEDEIRAS Principalmente rochas carbonáticas (dolomitos, calcários), e mais subordinadamente, rochas silicáticas ricas em Ca (margas, dolarenitos, p.e.) Sequência carbonática (clcários) alterados para as assembléias minerais típicas do skarn Fonte: Franchini et al (2007) HOSPEDEIRAS Fig. 6. Photographs of alteration styles in andesite, diorite, and limestone from the Hierro Indio Fe skarn. a. Massive epidote ± amphibole endoskarn replacing andesite. b. Limestone xenolith in diorite replaced by calcite (core), epidote-vesuvianite (mid-section), and clay (rim). c. Contact between epidote endoskarn and garnet ± magnetite exoskarn. d. Sample 2605: garnet ± magnetite exoskarn with nodular texture; sample 2609: massive hematite zone associated with the epidote replacement of garnet; sample 2618: pyrite ± quartz- rich pockets in the garnet exoskarn. Sample locations are shown in Fig. 4c,e. Abbreviations: Act = actinolite, Cal = calcite, Ep = epidote, Grt = garnet, Hem = hematite, Py = pyrite, Qtz = quartz (mineral symbols after Kretz, 1983). Fonte: Franchini et al (2007) CLASSIFICAÇÃO ENDOSKARN protólito de origem ígnea Exokarn protólito de origem sedimentar MINERALOGIA Produto do metamorfismo de contato e metassomatismo COMPOSIÇÃO DA HOSPEDEIRA Assembléia cálcio-silicática => granada rica em Ca, piroxênio, anfibólio e epídoto. MINERALOGIA: Critério na identificação e classificação dos skarnitos MINERAIS FORMADORES DE ROCHAS (assembléias metamórficas) Quartzo e calcita são os mais comuns Fonte: Meirert et al. (2005) Fonte: Meirert et al. (2005) MINERALOGIA SKARNS MAGNESIANOS Humita: (Mg,Fe 2+)7(SiO4)3(F,OH) Periclásio: MgO Flogopita: K(Mg, Fe2+)3Si3AlO10(OH,F)2 Talco, serpentina e brucita Humita Flogopita Minerais de Sn-, B-, Be-, Fl- São restritos, porém, localmente importantes Skarn rico em Au com vesuvianita e grossulária (Benambra, Vitória, Canadá) • Granada • grossulária Ca3Al2(SiO4)3 • andradita Ca3Fe2(SiO4)3 • espessartita Mn3Al2(SiO4)3 • almandina Fe3Al2(SiO4)3 • piropo Mg3Al2(SiO4)3 • Piroxênio • diopsídio CaMgSi2O6 • hedenbergita CaFeSi2O6 • johannsenita CaMnSi2O6 • fassaíta Ca(Mg,Fe,Al)(Si,Al)2O6 • Olivina • larnita Ca2SiO4 • forsterita Mg2SiO4 • faialita Fe2SiO4 • tefroíta Mn2SiO4 • Piroxenóide • ferrosilita FeSiO3 • rodonita MnSiO3 • wollastonita CaSiO3 • Anfibólio, Epidoto, Escapolita, Plagioclásio, Axinita, Vesuvianita, Prehnita Vesuvianita MINERALOGIA MINERALOGIA As variações na mineralogia dos skarns estão relacionadas: Composição da intrusão Composição da sequência carbonática/sedimentar Fonte: Meirert et al. (2005) Granada Wollastonita Wollastonita Wollastonita Granada MINERALOGIA Granada-wollastonita skarn Skarn a granada (marrom) e piroxênio (claro), com alteração retrógrada associada a veios tardios. Mina Continental (Novo México –USA) Skarn a granada – anfibólio – pirita - esfalerita. http://www.wsu.edu/~meinert/skarnHP.html MINERALOGIA MINERALOGIA E ALTERAÇÃO O sistema de alteração do tipo skarn é tipicamente zonado em função da temperatura e evolução do fluido, das porções intrusivas para as porções exernas. Gênese essencialmente relacionada a um processo isoquímico (alteração progressiva) inteiramente decorrente da transferência de calor, fluidos e metais, a partir do distanciamento e resfriamento do corpo plutônico intrusivo. Fonte: Somarin (2000) MINERALOGIA E ALTERAÇÃO PESQUISADORES NORTE AMERICANOS: zoneamento temporal PESQUISADORES EUROPEUS: zoneamento espacial. SKARNSKARN PROXIMAL Granada DISTAL Piroxênio e vesuvianita (ou outro pirexenóide) Demais variações espaciais: - Coloração dos minerais (reflexo de mudanças da mineralogia das fases presentes) PROXIMAL Granada-clinopiroxênio DISTAL Tremolita-talco-flogopita DO LO M IT O CA LC ÁR IO Hidratação dos mineraisProcesso de desidratação SKARN: SKARN: alteração “isoquímica”alteração “isoquímica” Processos de desidratação e desvolatilização (reação progradante) Si, Al e Fe, assim como outros componentes, serão introduzidos, ENQUANTO, Ca, Mg, H2O e CO2 são tanto localmente derivados quanto introduzidos pelo sistema metassomático. MINERALOGIA E ALTERAÇÃO MINERALOGIA E ALTERAÇÃO Fonte: Meirert et al. (2005) Grossulária Ca3Al2Si3O12 Andradita Ca3(Fe,Ti)2Si3O12 Mudança na composição da granada durante a passagem da frente de alteração (aumento da razão fluido/rocha) SKARN: SKARN: alteração “isoquímica”alteração “isoquímica” Fonte: Somarin (2004) Com a redução da temperatura (metamorfismo de contato), ocorre maior participação de fluidos hidrotermais (processo metassomático) (reação retrógrafa). MINERALOGIA E ALTERAÇÃO MINERALOGIA E ALTERAÇÃO Fonte: Meirert et al. (2005) As reações modificam a porosidade e a permeabilidade da hospedeira... MINERALOGIA E ALTERAÇÃO Fonte: Meirert et al. (2005) ... e produzem um padrão zonado para a alteração. MINERALOGIA E ALTERAÇÃO Fonte: Öztürk & Helvaci (2008) Misi Fe skarn, Finlândia Fonte: Ciobanu & Cook (2004) Texturas coloformes são comuns e tendem a ser paralelas ao acamamento sedimentar da rocha FIG. 4. Typical endoskarn textures in the Evciler district. A. Massive epidote with interstitial quartz (cross- polarized transmitted light). B. Replacement of primary igneous minerals (plagioclase) by garnet (CPL). C. Garnet showing oscillatory and sector zoning within the granodiorite (CPL) and typical exoskarn textures in the Evciler district. D. Prograde skarn mineral assemblage comprising garnet, clinopyroxene, and scapolite (CPL). E. The garnet exoskarn consisting of anisotropic and isotropic zoned andradite to grossular (CPL). F. Pyroxenes showing color zonation (CPL). Ep = epidote, Grt = garnet, Qtz = quartz, Pl = plagioclase, Px = pyroxene. Fonte: Öztürk & Helvaci (2008) (A)(A) AlteraçãoAlteração potássicapotássica (ortoclásio,(ortoclásio, escapolitaescapolita,, antigoritaantigorita));; (B)(B) ((tremolitatremolita aa actinolita,actinolita, flogopitaflogopita,, clorita,clorita, epidotoepidoto,, sericita)sericita);; (C)(C) ZonaZona ricarica emem AuAu comcom illitaillita,, smectitasmectita,, carbonatocarbonato Levresse et al. (2004) Petrology, U/Pb dating and (C-O) stable isotope constraints on the source and evolution of the adakite-related Mezcala Fe-Au skarn district, Guerrero, Mexico. Mineralium Deposita 39: 301 - 312 Fig. 7. Petrography of manganoan skarns in the Bajiazi deposit. (a) Manganoan tremolite, (crossed nicols), Hongqi ore block; (b) Spessartine (light brown)–mangano- anthopyllite (white) skarn, the black minerals are magnetite and pyrite, (plane-polarized light), Hongqi ore block; (c) Manganocummingtonite skarn, the black minerals are pyrite with certain amount of pyrrhotite and chalcopyrite, (crossed nicols), Hongqi ore block; (d) Pyroxmangite skarn, (crossed nicols), Dongfengore block; (e) Magnesian rhodonite skarn, the black minerals are sphalerite, (crossed nicols), Binggou ore block; (f) Ferriferous phlogopite– spessartine (grained) skarn, (plane polarized light), Lugou ore block. Fonte: Zhao et al (2003) MINERALOGIA E ALTERAÇÃO Fig. 4. (C) Aplitic dykewith zoned calcic metasomatism cutting calc-silicate skarnified Upper Argillite and transitioning into scheelite-chalcopyrite–pyrrhotite-mineralized garnet–diopside skarn within the same fracture that the dyke infills (Survey Point S940, lowerWest Extension); (D) Ribboned calcic-metasomatized aplitic dyke cutting overturned calc-silicate skarnified Upper Argillite and terminating at contact with pyrrhotite-richWskarn in the Ore Limestone (4100-126E); (E) Highly mineralized and calcic-metasomatized aplitic dyke cutting overturned calc-silicate skarnified Upper Argillite and pinching out in high-grade pyrrhotite-rich W skarn in the Ore Limestone (3900–125). Fonte: Rasmussen et al (2010) Fig. 15. Schematic E–W proile of the Fe skarn associated with granite and rhyolite, including photographs of the main alteration and mineralization styles in the proile. Sample VP6: chlorite ± calcite alteration of a rhyolite dike. Sample VP5: brown garnet ± quartz endoskarn partially altered to chlorite ± calcite with calcite ± mushketovite-rich pockets. Sample 2711-I: contact between proximal brown garnet ± pyroxene and distal green garnet ± pyroxene exoskarn zones cut by late calcite ± pyrite veinlets. Sample 2709: scapolite ± pyroxene exoskarn in pyroxene hornfels cut by late ferroactinolite ± scapolite ± pyrite vein. Sample VP1: contact between the scapolite ± albite ± pyroxene endoskarn in rhyolite and the brown garnet ± pyroxene ± quartz exoskarn with late calcite ± pyrite. A thin pyroxene envelope separates both zones. Fonte: Franchini et al (2007) MINERALOGIA E ALTERAÇÃO O metamorfismo retrógrado implica na redução da temperatura e da salinidade do sistema, e aumento da participação/formação de fases hidratadas: Anfibólio / epídoto Hidratação dos mineraisProcessos de desidratação e/ou desvolatilização Biotita Muscovita / clorita SULFETOS Carbonatos (± fluorite or scheelita or powellita) MINERALOGIA E ALTERAÇÃO A espessura máxima e eficiência das frentes de alteração pode ser limitada pela: (1) variação estratigráfica da permeabilidade, controlada pelo acamamento litológico (variação litológica); (2) controles estruturais. LOGO: minério concordante, estrato-ligado, litologicamente controlado. MINÉRIO O minério consiste de disseminações de sulfetos e óxidos, veios e substituição maciça de das hospedeiras carbonáticas na frente de alteração hidrotermal Pirita + calcopirita Alteração rica em granada Pirita ± calcopirita ± magnetita Alteração rica em granada-piroxênio Pirita ± calcopirita ± bornita ± magnetita Pirita ± esfalerita ± galena ± calcopirita ± magnetita Zona marmorizada Alteração rica em wollastonita MINÉRIO MINÉRIO: pirita-bornita skarn Levresse et al. (2004) Petrology, U/Pb dating and (C-O) stable isotope constraints on the source and evolution of the adakite- related Mezcala Fe-Au skarn district, Guerrero, Mexico. Mineralium Deposita 39: 301 - 312 (A) Pirita-hematita. (B) Bornita com exsoluções de calcopirita. (C) Hematita e quartzo. (D) Ouro incluso na hematita. Abbreviations: au gold; bn bornite; cp chalcopyrite; hm hematite; mr marcasite; qtz quartz MINÉRIO Fig. 5. (A) View from the Main Pit showing the relationship of intrusive rocks, endoskarn and exoskarn. (B) Diopsidic pyroxene (Di) skarn with magnetite (Mt) and later actinolitic amphibole (Act). (C) Drill sample showing andradite-rich garnets (Adr) surrounded by a matrix of Cu-ore. (D) Chalcopyrite (Cp) dominated clasts set in a gray matrix of silica. The breccia contains high amounts of Au and Te. (E) Potassic alteration: orthoclase (Or) infills fractures in actinolite (Act)– magnetite (Mt) skarn. (F) Monzodiorite–quartz monzonitic porphyry replaced by magnetite ore. Fonte: Oyman (2010) F on te :F ra nc hi ni et a l ( 20 07 ) F on te :F ra nc hi ni et a l ( 20 07 ) METAMORFISMO E METASSOMATISMO Circulação dos fluidos através de gradientes térmicos => geração de uma complexa auréola metassomática. Zoneamento da paragênese mineral cálcio- alcalina com a proximidade de corpos ígneos e de estruturas de condutoras de fluidos Fonte: Meirert et al. (2005) Fonte: Meirert et al. (2005) METAMORFISMO E METASSOMATISMO PETROGÊNESE DAS HOSPEDEIRAS ÍGNEAS Fonte: Meirert (1992) PETROGÊNESE DAS HOSPEDEIRAS ÍGNEAS Fonte: Meirert et al (2005) PETROGÊNESE DAS HOSPEDEIRAS ÍGNEAS Fonte: Meirert et al (2005) PETROGÊNESE DAS HOSPEDEIRAS ÍGNEAS Magmas mais primitivos (granitos tipo I) Fonte das intrusões associadas a skarns de Fe, Cu , Au e Zn. Magmas mais evoluídos e crustais (granitos tipo A) Fonte das intrusões relacionadas a skarns de W, Sn e Mo. Tipologia granítica Ambiente Geodinâmico Magmas mais primitivos (granitos tipo I) Arcos vulcânicos/continentais e ambiente pós-colisional Magmas mais evoluídos e crustais (granitos tipo A) Ambiente pós-colisional a intra-placa PETROGÊNESE DAS HOSPEDEIRAS ÍGNEAS Fonte: Pirajno(2009) PETROGÊNESE DAS HOSPEDEIRAS ÍGNEAS PROFUNDIDADE DE FORMAÇÃO VARIAÇÕES NO TEMPO E AMPLITUDE DA TEMPERATURA ESTÃO EM FUNÇÃO: • Tempo: priori-, durante ou após o alojamento de um corpo granítico. • Amplitude da T: intensidade da interação com a atmosfera/fluidos meteóricos. • Afeta as propriedades mecânicas das rochas: variações do ambiente dúctil para o rúptil. • Permeabilidade: eventos de fraturamento. EFEITO DA PROFUNDIDADE NO METAMORFISMO: EVOLUÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL Neste contexto... Metamorfismo distal/precose: formação de hornfels, reações de skarns e skarnoides. Metassomatismo proximal/tardio: formação de skarns de granulação grossa e portadores de minério EVOLUÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL Formação de hornfels: (A) metamorfismo isoquímico com recristalização e mudanças mineralógicas sem haver transferência significativa de massa. (B) Mineralogia formada a partir do metamorfismo isoquímico. Composição e textura do protólito controla a textura e mineralogia do hornfels. EVOLUÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL Formação de skarns Rocha de granulação grossa formada por metassomatismo com grande transferência de massa; mineralogia é determinada pela composição do fluido e da hospedeira/tipo da intrusão. (A) Intrusão inicial causa metamorfismo das rochas sedimentares (B) Recristalização metamórfica e formação de cálcio-silicatos refletem a composição dos protólitos e ocorrem em litologias impuras e fraturas. (C) Formação de skarn por meio de fase fluida aquosa oriunda da cristalização da intrusão. (D) Resfriamento da intrusão e possível circulação de fluidos meteóricos mais frios que causam a alteração retrógradada (assembléia cálcio-silicatada metassomática). Formação de anfibólio, epídoto, clorita e outras fases hidratadas. Depósitos de Fe, Au, W, Cu, Zn, Mo, Sn Fluidos de alta temperatura (> 350°C) EVOLUÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL Quatro grupos de elementos em ordem da diminuição da mobilidade (1) H2O e CO2 (2) S, Cl, Na e K (3) O, Si, Ca, Mg, Fe (4) P, W e Al Fonte: Pirajno(2009) EVOLUÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL (1) ESTÁGIO DE ALTA TEMPERATURA: piroxênio + granada e piroxênio + epídoto (2) ESTÁGIO DE INTERMEDIÁRIA TEMPERATURA: epídoto + actinolita e epídoto + clorita (3) ESTÁGIO DE BAIXA TEMPERATURA: prehnita + pumpellyita, calcita + albita, calcite + quartzo + sericita + clorita, calcita + quartzo + sericita + dolomita, e zeólita Fonte: Pirajno(2009) Fonte: Pirajno(2009) EVOLUÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL Fonte: Pirajno(2009) EVOLUÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL EVOLUÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL
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