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REVISÃO MUSCULOESQUELETICO

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CERVICAL:
-Cervicalgia: dor no segmento cervical.
-Braquialgia: dor ao longo do MS.
-Cervicobraquialgia: dor que se origina na cervical e irradia para os membros superiores.
TIPOS DE DOR:
-Nociceptiva: dor que provoca dano real ou dano em potencial à tecidos não neurais, ativados por nociceptores. 
-Neuropática: dor provocada por uma lesão ou doença no sistema nervoso somatossensorial 
-Nociplástica: dor com nocicepção alterada, apesar de não haver danos reais ou em potencial nos tecidos neurais, que cause a ativação de nociceptores periféricos ou evidências de doenças/lesões do sistema nervoso somatossensorial que levem/causem a dor.
-Mista: combinação das anteriores, porém com uma dominante.
COMO SE MANIFESTA?
A dor pode ser: referida, irradiada ou local.
· Local: é presente na palpação da estrutura afetada. Ex.: trauma, inflamação.
*Dor difusa
· Irradiada: obedece a distribuição dos dermatomos. Tem distribuição sensitiva dos nervos periféricos. 
· Referida: não está no local da lesão e não obedece a distribuição segmentar. Ex.: facetas e sacro-ilíacas; dor no ECOM tem dor em forma de máscara.
ORIGEM DA DOR NOCICPTIVA OU NEUROPÁTICA:
I- DOR DE ORIGEM MUSCULAR:
*É palpável e localizada;
*Circunscrita no músculo afetado;
*Sintomatologia breve e de tratamento fácil; pode ser mais lenta quando associada a problemas biopsicossociais, como fibromialgia (nociplástica) ou SDM (nociceptia-referida);
*na contração ou no alongamento do musculo a dor aparece;
*Dor ao final do dia.
II- DOR DE ORIGEM ARTICULAR:
*Focada na articulação comprometida;
*Pode apresentar do referida;
*A dor agrava quando tem compressão articular;
*A dor piora pela manhã, pode ser crônica ou degenerativa. 
III- DOR DE ORIGEM NEUROLOGICA 
*A dor é irradiada em abrangência da raiz reprimida segue um dermátomo ou um miotómo;
*A dor se agrava com a compressão ou tensão do nervo ou de estruturas que possam estar o comprimindo. 
COMO TESTAR?
MUSCULOS, TENDÕES E FÁSCIAS: alongando ou colocando em tensão;
ARTICULAÇÃO: comprimindo ou aumentando o atrito;
NERVOS: estirando ou comprimindo. 
CAUSAS DE CERVICOBRAQUIALGIA E CERVICALGIAS:
· Psicossociais e cognitivas (dor nociplástica)
· Musculares 
· Artrose 
· Hérnia discal 
· Síndrome do desfiladeiro torácico
SINAIS E SINTOMAS DE CERVICOBRAQUIALGIA E CERVICALGIAS:
· Dor (local, referida ou irradiada) 
· Limitação de movimentos
· Espasmo muscular
· MU
· Parestesia 
· Hiporeflexia
· Hipotrofia
· Dor local e ao longo do MMSS.
CAUSAS MUCULARES: SINAIS E SINTOMAS
· Musculatura dolorosa
· Dor muscular ao movimento ou estase
· Limitações de movimentos
· Espasmo muscular 
· Dor referida (SDM)
· Piora ao final do período.
COMO AVALIAR?
· Musculatura dolorosa
· Dor muscular ao movimento
· Limitações de movimentos 
· Espasmos musculares
· Dor referida 
· Piora ao final do dia 
· Palapação
· Alongar e contrair 
· Mensuar ADM
· Avaliar ponto gatilho
· Anamnese
MUSCULOS ENVOLVIDOS:
· Elevador da escapula
· Trapezio superior, médio e inferior
· Esplênio do pescoço e da cabeça
· Esternocleidomastóideo 
· Infraespinal
· Romboides maior e menor
· Supraespinal
· Latíssimo do dorso
· Escalenos
· Redondo menor
· Extensor radial longo do carpo
· Primeiro interósseo posterior
CAUSAS MUSCULARES: COMO TRATAR?
ANALGESIA/DETONIZAÇÃO:
· Eletrofototermofoto
· Alongamentos
· Massagem 
· Inativação de pontos gatilhos (agulhamento seco e digito compressão)
REEDUCAÇÃO DO MOVIMENTO:
· Alongamento/fortalecimento
· RPG/cadeias musculares
· Pilates
· CFT- terapia cognitiva funcional
· Outros
· INVESTIGAR RELAÇÃO COM A ATIVIDADE LABORAL
· CAUSAS ARTICULARES: ARTROSE Lesão primária da cartilagem trauma/atrito Dor
 Aumenta a degeneração 
 Células degeneradas tornam 
 o meio interarticular mais ácido 
 Diminuição da nutrição
 da cartilagem 
 
 Irritação da sinóvia 
 Diminuição da mobilidade 
 
 Aumento da produção
 Sobrecarga muscular do líquido sinovial 
 
 
 Aumento da pressão
 intracapsular 
 
ESTRUTURAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO
· Vertebra/facetas articulares
· Cartilagem articular
· Discos intervertebrais
· Ligamentos
· Músculos 
· Capsular articular 
· Sinovia 
QUADRO CLINICO:
· Dor noturna ou após repouso prolongado
· Rigidez articular pela manhã ou após atividade intensa
· Perda gradativa da função
· Compressão de vasos e nervos levando a parestesia 
· Crepitação
· Fadiga generalizada 
A DOR PODE SER PROVOCADA POR:
· Carga cognitiva 
· Espasmos musculares 
· Processo inflamatório interfacetária
· Osteofitos 
· Sub luxação apofisal
· Compressão da artéria vertebral (vertigens, cefaleia, alterações visuais, sintomas auditivos)
COMPLEMENTO DA AVALIAÇÃO:
· Hipotrofias 
· Pontos gatilhos
· Encurtamento muscular 
· Estrutura óssea
· Testes de sensibilidade 
· Testes mobilidade
· Teste tração cervical
· Teste de compressão
· Inclinação/extensão
TRATAMENTO PARA ARTROSE:
ANALGESIA:
· Eletrotermofototerapia
· Massagem relaxante
· Outros (mulligan, CFT, maytland, osteopatia)
CINESIOTERAPIA:
· Alongamento para manter mobilidade ou aumentar flexibidade,
· Manutenção ou aumento da amplitude articular,
· Fortalecer a musculatura para aumentar a resistência e diminuir a fadiga,
· Ensinar o paciente medidas preventivas e posturas para aliviar a sobrecarga mecânica,
· Reeducação respiratória,
· Correção dos possíveis desequilíbrios musculares,
· Diminuir as inatividades com exercícios aeróbios gerais.
HÉRNIA DISCAL: A depender da interação dos aspectos psicossociais, cognitivos, anatômicos os sintomas de uma hérnia discal podem variar de nenhum sintoma a uma leve dor dor cervical, até uma cervicobraquialgia intensa com hipotrofia e paresia. 
TESTES:
· Compressão
· Descompressão
· Valsalva 
· Inclinação
· Sensibilidade 
· Muscular (trigger, tensão, trofismo)
COMO TRATAR:
ANALGESIA/DESTONIZAÇÃO:
· Eletrotermo.,
· Alongamento/descompressão,
· Massagem,
· Inativação de pontos gatilho,
REEDUCAÇÃO DE MOVIMENTOS:
· Alongamentos/fortalecimentos (cervico-dorsais)
· RPG/cadeias musculares
· Cinética respiratória 
· Outros
· INVESTIGAR E TRATAR POSSIVEIS CAUSAS – TRABALHO
SINDROME DO DESFILADEIRO TORACICO:
É um conjunto de sinais e sintomas resultante da compressão do feixe neuro-vascular no canal cérvico-torácico.
QUADRO CLINICO:
· Dor no pescoço e ombro
· Formigamento em todo membro superior ou especificamente no antebraço e borda ulnar da mão
· Dor noturna e parestesia
· Dificuldades de usar o membro na atividade acima da cabeça
· Cianose
· Edema
SINDROMES ASSOCIADAS:
· SÍNDROME DA COSTELA CERVICAL
 (síndrome do escaleno anterior)
· SÍNDROME DO ESPAÇO COSTOCLAVICULAR
· SÍNDROME DE HIPERABDUÇÃO
TRATAMENTO:
· Alongar - escalenos, ecom, omohióideo, peitoral menor
· Fortalecer - cintura escapular
· REEDUCAR CINÉTICA RESPIRATORIA
· OBS: se houver compressão importante assimcomo atrofia da musculatura intrínseca da mão, traduz um prognóstico ruim para o tratamento conservador.
OMBRO:
	MM que movimentam a escapula 
	MM que movimentam o úmero
	Trapézio (superior, médio e inferior)
	Subescapular 
	Levantador da escapula
	Bíceps e tríceps braquial
	Romboides (maior e menor)
	Supra e infraespinal
	Subclávio
	Redondo maior e menor
	Peitoral menor
	Deltoide, latíssimo do dorso 
	Serrátil anterior
	Peitoral maior 
DOENÇAS MAIS FREQUENTES:
-Síndrome do impacto;
-Instabilidades;
-Capsulite adesiva.
SINDROME DO IMPACTO:
É o choque que ocorre entre o ápice da tuberosidade maior do úmero e as suas inserções tendinosas contra o arco coracoacromial.
SINTOMAS:
· Dor na face anterior e lateral do ombro que pode ser referida na região lateral do braço
· Dor piora à noite e aos movimentos ( flexão, abdução e rotação externa)
· Força na rotação externa e abdução diminuídas.
· Queixa de limitação ou impotência funcional do braço que impede a participação social, AVDs e trabalho.
ESTÁGIOS:
Estágio I: reversível, com edema e hemorragia predominante, afetando pessoas jovens, podendo ser secundária a instabilidade de glenoumeral, responde bem ao tratamento conservador.
Estágio II: irreversível, com tendinose e fibrose, envolvendo pessoas de meia idade, que pode responder bem a medidas conservadoras.
Estágio III: caracterizado por degeneração e ruptura tendinosa, é o tratamento pode ser cirúrgico.
DESFILADEIRO:
MORFOLOGIA:
· Osteófitos na articulação acromioclavicular;
· Hipertrofia no ligamento coracoacromial;
· Consolidação viciosa da fratura da grande tuberosidade, da clavícula ou acrômio;
· Bursite;
· Tendinite Calcária;
· Acrômio tipo I: chato ou plano, visto em 17% dos pacientes;
· Acrômio tipo II: curvo, visto em 43% dos pacientes;
· Acrômio tipo III: ganchoso, visto em 40% dos pacientes.
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS:
Discinesia Escapular (discinese)
· São alterações na posição e movimentos escapulares apontadas como fatores predisponentes às lesões do ombro por modificar a relação de força e tensão dos músculo e afetar a sua eficiência. 
Síndrome SICK da escapula
· Descrita como uma síndrome secundária ao uso excessivo da musculatura escapular, resultando em fadiga, e caracterizada por alteração no posicionamento escapular, proeminência da borda medial inferior, dor e mau posicionamento do processo coracoide, e discinesia do movimento escapular.
· Os achados são:
1 - Scapular malposition
2 - Inferior medial border prominence,
3 - Coracoid pain and malposition, 
4 - DysKinesis of scapular movement.
ALTERAÇÕES MORFOLOGICAS DO DESFILADEIRO:
ALTERAÇÃO DO RITMO ESCAPULO-UMERAL POR:
· Encurtamento de peitoral menor
· Hiperativação de elevador de escápula e romboides
· Hiperativação de redondo menor e/ou maior
· Fraqueza do serrátil anterior
· Fraqueza de trapézios (inferior e médio)
· Ineficiência de manguito rotador
· Instabilidade gleno-umeral
OVERUSE:
· Traumas e microtraumas de repetição, da grande tuberosidade contra o arco coracoacromial, levando a degeneração do manguito.
· Tensão excessiva do supraespinal por encurtamento do grande dorsal. 
AVALIAÇÃO:
· História clínica: Quando e como iniciou?
 O que aumenta ou diminui a dor?
 Qual o local da dor?
· Inspeção: Avaliar possíveis alterações da ADM e hipotrofias, subluxação, alterações posturais.
· Palpação: Localizar o possível foco de dor (músculos do manguito, articulação acromioclavicular, mobilidade torácica alta)
· Testes específicos (?)
· Avaliação funcional: posicionamento escapular durante a atividade de membro superior, mobilidade, estabilidade e controle. 
· Qual a função perdida ou reduzida
TESTES:
Teste de Neer
Teste de Hawkins
Teste de Gerber
Teste de Speed
Teste de Jobe
Teste de abdução
Teste de adução na horizontal
Teste de rotação externa
Teste de Patte (chifre caído)
Teste de apreesão
Teste de instabilidade anterior
Teste de instabilidade posterior
TRATAMENTO:
-CONSERVADOR: sem lesão; estágios I, II e III não traumáticos.
-CIRÚRGICOS: traumáticos, sem movimentos ativos de ABD, ou após tratamento conservador sem tratamento.
TRATAMENTO CONSERVADOR:
-fisioterapia 
-agulhamento à seco
-mulligan
-osteopatia
*controle da dor e inflamação,
*reestabelecer ADM,
*posicionar a escapula e o úmero,
*ganho da função.
CONTROLE DA DOR E DA INFLAMAÇÃO:
Alongamento, massagem, mobilização torácica alta, reposicionamento cervical, termoterapia, eletroterapia, laserterapia, liberação miofascial, agulhamento seco, acupuntura.
REESTABELECER ADM:
· Alongamentos ativos passivos ou auto passivos
· Contrair e relaxar (PNF)
· Maitland
· Mulligan
REPOSICIONAR A ESCAPULA E O ÚMERO:
· Corrigir as discinese
Tipo l - Reabilitar o Tilt posterior, potencializar trapézio inferior e serrátil anterior 
Tipo ll - Correção da postura do tronco, potencializar as três partes do trapézio e serrátil anterior
Tipo lll – Reduzir a tensão do elevador da escapula, potencializar trapézio superior, serrátil e trapézio inferior
· Reforço do manguito
CAPSULITE ADESIVA:

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