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Estrutura e organização do centro cirúrgico
A unidade de centro cirúrgico é composta pelo Centro Cirúrgico (CC) propriamente dito;
Sala de Recuperação Pós Anestésica (SRPA);
Centro de Materiais e Esterilização;
Estrutura física do CC
O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do hospital devido sua especificidade, presença de agente estressores devido às possibilidades de risco à saúde a que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica.
O CC é constituído de um conjunto de áreas e instalações que permite efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente, e de conforto e segurança para as equipes que o assiste. 
RDC 50, 21/02/2002
Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades, a realização de procedimentos cirúrgicos devolvendo os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade; otimização de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos; e o desenvolvimento científico para o aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas e afins.
RDC 50, 21/02/2002
 
O Centro Cirúrgico é um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada. Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção.
Por ser um local restrito, o acesso ao público é limitado, ficando restrito a circulação dos profissionais que lá atuam. Para efeito de controle asséptico, o Centro Cirúrgico divide-se em áreas: 
Área irrestrita ou não restrita: 
Área Semi-restrita:
Área Restrita:
Localização: 
A unidade de Centro Cirúrgico deve ocupar uma área independente da circulação geral, ficando livre do transito de pessoas e materiais estranhos ao serviço; 
Com mínimo de ruído possível; possibilitando o acesso livre e fácil de pacientes das Unidades de internação cirúrgicas, Ponto Socorro e Terapia Intensiva.
O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e de poeira. 
 
O CC deve ser de fácil acesso as unidades fornecedoras cio almoxarifado, farmácia, lavanderia, banco de sangue, laboratório de analises clinicas, radiologia e especialmente o CME 
Área – segundo o Ministério da Saúde, Construção e Instalações de Serviços de Saúde, o critério estabelecido é de 01 sala de operação para cada 50 leitos gerais e 02 salas para cada 50 leitos especializados. 
O Centro Cirúrgico caracteriza-se por um conjunto de elementos. Os elementos essenciais para a composição de um CC são:
# Vestiários masculino e feminino: localizados na entrada da unidade, para que os profissionais provenientes da área externa troquem de roupas para entrar no CC. 
O vestiário deverá conter também sanitários (com chuveiro e lavabo), armários para guardar pertences. 
# Sala Administrativa: faz o controle administrativo da unidade, geralmente localiza-se a sala da Coordenação de Enfermagem. 
# Área de conforto: 
Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam realizados em locais inadequados. 
Deve-se dispor nesse local cadeiras, poltronas e sofás. 
#Sala dos cirurgiões e anestesiologistas: 
Destinada aos relatórios médicos 
# Sala de Enfermagem: 
Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local de fácil acesso e com boa visão de todo o conjunto do setor. 
1 a cada 12 leitos de recuperação pós anestésica – 6,0m².
RDC 50, 21/02/2002
# Recepção do Cliente: 
local em que a equipe de enfermagem recebe o cliente e o transfere de maca. 
Neste momento é importante a presença do profissional de enfermagem, para tranquilizar o cliente, a família. 
Além disso, tem o papel de conferir o prontuário, atentando para o procedimento cirúrgico e destino correto do cliente.
# Sala de Espera: 
é a área destinada aos familiares ou acompanhantes dos clientes em cirurgia ou da SRPA. 
Nesse local deverá ter acomodações confortáveis aos familiares, poltronas e sanitários são indispensáveis.
#Área de Escovação ou Lavabos: 
no mínimo é previsto um lavabo com duas torneiras para duas salas cirúrgicas. 
As torneiras não poderão ser manuseadas com as mãos, geralmente tem dispositivos de pés ou cotovelos. 
O tanque deverá ter uma altura de 90 cm do chão para facilitar a mecânica corporal durante a escovação. 
Além disso, são necessários escovas e solução anti-séptica (existem escovas com solução anti-séptica, esterilizadas e descartáveis).
# Sala de utilidades: deve ser projetada de tal forma que possa abrigar roupas sujas e opcionalmente resíduos sólidos a serem encaminhados para e ao abrigo de despejos;
# Depósito de materiais e equipamentos: guarda de equipamentos específicos, como aparelhos a lazer e robô, monitores, aspiradores e materiais para manutenção.
# Depósito de materiais de limpeza (DML): área exclusiva para armazenagem de materiais de limpeza e desinfeção do ambiente cirúrgico.
# Sala de espera para acompanhantes e familiares:
# Sala de recuperação pós anestésica:
O setor deverá ter ainda rota de fuga para emergências, aprovadas, sinalizadas em todas as áreas com tintas luminosas, devendo ser de conhecimento de todos os usuários.
# Salas Cirúrgicas:
 áreas destinadas a realização de intervenções cirúrgicas. 
Conforme a dimensão do CC existem salas de especialidades cirúrgicas, ou seja, sala para procedimentos por vídeo, sala para neurocirurgia, sala de emergência, sala para endoscopia, sala oftálmicas.
Tamanho da sala: 
Depende dos equipamentos necessários aos tipos de cirurgias a serem realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval. Segundo a RDC 307/2002, e a RDC 050/21/02/2002 quanto ao tamanho, as salas são assim classificadas: 
- Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45 metros, destinadas às especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia. 
Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65 metros, destinadas às especialidades gástrica e geral. 
- Sala grande: 36m², com dimensão mínima de 5,0 metros, específicas para as cirurgias neurológicas, cardiovasculares e ortopédicas. 
# Recepção do Centro Cirúrgico: 
área de entrega de roupas, toucas, máscaras e propés; 
também nesse local são marcadas cirurgias eletivas; serve de informações gerais relacionadas ao CC; 
responsáveis por documentos incompletos de registros médicos e de enfermagem.
Apoio técnico e sala de descanso profissional:
.
# Cobertura do chão: 
deve ser não-porosa, sem uniões e fácil de limpar. 
Ela deve ser feita de materiais antiderrapantes para evitar lesões aos profissionais, a cor do piso deve ser tal que uma agulha ao chão deve ser visualizada facilmente. 
O encontro do piso com a parede deve ser curva para evitar o acúmulo de material e facilitar a limpeza. 
# Paredes: 
devem ser lisas, livres de junções, cor agradável e fácil limpeza, sem porosidade para evitar o acúmulo de microorganismos, quadros informativos ou materiais adesivos são 
descartados do interior da sala cirúrgica, pois acumulam poeira e microorganismos. 
Além das paredes o teto de uma sala operatória devem prescrever as mesmas condições das paredes.
# Portas: devem ser deslizantes, para evitar ruídos, e aproveitamento de espaços, geralmente com visor que permite visualização interna e externa da sala operatória.
# Sala de Materiais: os materiais pesados como focos auxiliares, torpedos de oxigênio, e outros gazes, coxins, são armazenados nessa sala, geralmente localizada numa área de fácil acesso ao material.
# Expurgos: 
locais de descarte de materiais contaminados, ou fluidos cirúrgicos, não devem ter contato direto com a sala operatória, ou seja, esse local possui porta específica deacesso. 
# Refrigeração: 
as salas cirúrgicas são mantidas em ar ambiente, com sistema de ar condicionado central, em torno de 24 Cº, para evitar a hipotermia no cliente, principalmente os expostos a procedimentos que demandam de maior tempo.
# Luz de Emergência: 
 são pontos de luz externos a sala cirúrgica, geralmente instalados na parte de cima de portas dessas salas, quando existe uma emergência durante o ato cirúrgico é acionado o dispositivo para chamar pessoal capaz para atender a intercorrência. 
# Elevadores Internos: 
são utilizados para o transporte de materiais do Centro de Materiais e Esterilização ao CC, quando essas duas unidades estiverem no mesmo pavimento utiliza-se carros de transporte devidamente fechados. 
 Existem os elevadores para transporte de materiais cirúrgicos contaminados, também internos ao CC, entretanto sem comunicação com os elevadores de transporte de materiais esterilizados. 
Materiais do centro cirúrgico
Materiais de acordo com as necessidades de cada setor conforme visto anteriormente.
Entretanto, na sala cirúrgica, os mobilarios são divididos em mobiliários fixos e móveis
 Negatoscópio; 
Interruptores e tomadas elétricas de 110 e 220 volts; 
Oxigênio, oxido nitroso e vácuo canalizados; 
Foco central; 
Ar condicionado 
Mesa cirúrgica e acessórios; 
 Foco auxiliar; 
 Escadinha dois degraus e estrada; 
 Raio X portátil; 
 Bisturi elétrico e aspirador; 
 Carro de anestesia complexo e reanimação; 
 Aparelho de pressão e garrote; 
 Extensões; 
 Mesa auxiliar e de Mayo; 
 Mesa do instrumentador; 
 Suporte de soro e alças; 
Banco giratório; 
Balde de lixo; 
Aquecedor de soro; 
Balde para roupa ou hamper. 
A depender da especialidade cirúrgica poderão ser acrescidos outros equipamentos imprescindíveis ao ato cirúrgico. 
Material Estéril 
Aventais; 
Campos simples ou duplos; 
Impermeável; 
Compressas grandes ou pequenas, gazes e ataduras; 
Material para antissepsia; 
Aventa vestido com abertura para gente; 
Cuba rim, bacias, cúpulas grandes e pequenas; 
Luvas de diferentes números; 
Material de corte (tesouras e cabos de bisturi) 
Sondas e drenos diversos; 
Cabo de bisturi elétrico; 
Cabo de borracha para aspirador; 
Caixa de instrumental; 
Fios de sutura; 
 Equipos de soro e sangue, seringas, agulhas, cateteres de punção venosa; 
 Material extra, específico a cada cirurgia; 
 Esparadrapo. 
b. Soluções 
Álcool a 70%, PVPI degermante e tópico; 
Éter; 
Soro fisiológico, glicosado, glicofisiológico, ringer lactato; adrenoplasma; 
Pomadas; 
Xylocaina spray e geleia; 
 Outras. 
c. Medicamentos – Os medicamentos são necessários à assistência do paciente no transoperatório, devendo ser solicitado na farmácia satélite (do C.C.). O carro de anestesia deve conter as seguintes medicações: 
Analgésicos; 
Antipiréticos; 
Corticosteroides; 
Diuréticos; 
Eletrólitos (NaCl, KCl. Bicarbonato de sódio); 
d. Impressos 
Folha de gráfico do anestésico 
Folha de relação de gastos; 
Folha de controle de psicotrópicos; 
Receituário; 
Relatório de enfermagem; 
Prescrição médica; 
Ficha de notificação compulsória; 
Atestado de óbito. 
Estrutura Organizacional da
SRPA
 
 1862 ► Florence identifica a necessidade de um local onde os pacientes operados seriam agrupados para facilitar o atendimento específico nas primeiras horas de cirurgia.
 
 1956 ►A primeira SRPA do Brasil foi montada no Hospital de Pronto Socorro do Rio de Janeiro.
 Atualidade ► Uma dependência obrigatória em todo 
 hospital com sala de cirurgia.
HISTÓRIA
 
É a área que se destina à permanência do paciente logo após o término do ato anestésico cirúrgico, onde o mesmo fica sob os cuidados das equipes de enfermagem e médica, especialmente, o anestesista.
É um setor do CC onde são dispensados cuidados intensivos após anestesia e cirurgia.
O tempo de permanência do paciente varia, em média de 1 a 6 horas.
Conceito
Oferecer suporte ao paciente na fase de recuperação da anestesia, até que os reflexos protetores estejam presentes;
 Os Sinais Vitais voltem à normalidade e seja recuperada a consciência;
 Prevenir ou tratar possíveis complicações resultantes do ato anestésico ou cirúrgico;
OBJETIVO
Estabelecer medidas para aliviar a dor PO.
Proporcionar ao paciente atendimento seguro, em se tratando de um local provido de recursos materiais específicos e humanos.
 
 Por receber o paciente em um período crítico e de maior incidência de complicações anestésicas, ou pós-operatórias imediatas, este lugar deve ser cuidadosamente planejado e equipado com a finalidade de oferecer atendimento rápido e seguro. 
Deve estar instalada dentro da unidade de CC ou nas suas proximidades, de modo a favorecer o transporte fácil do paciente anestesiado para este local, assim como o seu rápido retorno à SO, na vigência de uma reintervenção cirúrgica.
Localização
De acordo com o porte cirúrgico: deve-se avaliar o número de salas cirúrgicas – a capacidade de cirurgias a ser realizadas por turno/dia para planejar a dimensão da SRPA.
• Média: 2 leitos por SO.
Tamanho:
As paredes devem ser revestidas de material lavável:
 Lavável e resistente ao uso de desinfetantes
 Lisas
 Cor neutra ( pintura lavável , fórmica )
Cantos arredondados:
 Parede/piso
 Parede/parede
 Parede/teto
Estrutura Física
• Abafar ruídos
• Antiderrapante
• Não poroso
• Não ter emendas
• Realçar sujeira
• Não possui ralos, frestas
Estrutura física: Piso
As portas largas, para permitirem a passagem de camas ou macas e aparelhos:
Largas (1.20 x 2.10)
Correr (evitar turbulência)
Possuir visores
Material lavável (aço escovado)
Instalações elétricas
• Tomadas: Identificar 110 e 220 volts
• Resistentes a corrosão
• 1.50 m de altura do piso
A iluminação deve favorecer a avaliação precisa da cor da pele do paciente; para a artificial, o uso de lâmpadas fluorescentes é mais econômico, ao se considerar que necessitam permanecer acesas por longos períodos;
• É imprescindível que a iluminação desta sala esteja inclusa no sistema de luz de emergência
O posto de enfermagem e serviços deve ser provido de armários para a guarda de roupas e balcões com gavetas para armazenar os medicamentos e materiais estéreis;
Deve ter, também, pias com água quente e fria, uma mesa ou balcão provido de telefone, sistema de comunicação interno, impressos próprios de uso na referida unidade e cadeiras ou bancos, uma área de utilidades destinada à guarda do hamper e outros materiais como comadre e papagaio, provido de uma pia funda.
• Saídas de O2 com fluxômetros,
• Saída de ar comprimido,
• Fonte de aspiração a vácuo, foco de luz,
• Monitor cardíaco,
• Oxímetro de pulso,
• Esfigmomanômetro,
• Ventiladores mecânicos,
• Máscaras e cateteres para O2,
• Sondas para aspiração
Equipamentos e materiais básicos
• carrinho de emergência com material completo,
• equipos,
• catéteres,
• seringas,
• agulhas,
• equipos para medida de PVC,
• bandeja de SVD.
• Sistema de drenagem vesical (bolsa coletora),
• pacotes de curativos,
• coletores para drenos e ostomias, gazes, chumaços e
adesivos,
• termômetros, frascos e tubos para coletas de sangue,
• fitas reagentes para dosagem de glicose no sangue e
urina,
• caixa de pequena cirurgia, medicamentos e soros,
soluções desinfetantes e antissépticas, travesseiro,
cobertores e talas.
Equipamentos e materiais básicos da RPA
• As camas devem ser do tipo cama maca, providas de grades laterais de segurança, encaixes para adaptar suportes de soro e cabeceira removível para facilitar o atendimento em situações de emergência.
-Bandejas: para cateterismo, flebotomia, traqueostomia, pacotes para curativo e sutura,
-antissépticos, fita adesiva, gazes, compressas, chumaços, luvas, seringas, agulhas,equipo, sondas, cateteres, ataduras, coletores, látex.
Documentação 
Descrição da cirurgia / anestesia 
Evolução e prescrição
Folha de cuidados intensivos
Impresso próprio da recuperação
Registro de entrada e saída da recuperação
Materiais de consumo
Enfermeiro
Técnico em enfermagem: 1 técnico para cada 2 leitos, 
Anestesista
O cuidado deve ser individualizado, planejado estabelecendo prioridades para promover a recuperação e prevenir complicações.
 O tempo de permanência médio é de 1 a 6 h, mas, o ideal é que o paciente permaneça apenas o tempo necessário e suficiente para que possa ser encaminhado à Unidade de origem. 	 
Recursos humanos
PLANTA BAIXA SALA DE RECUPERAÇÃO COM ENTRADAS DO BLOCO CIRURGICO 
PLANTA 3D
Sala Pediátrica
A sala de recuperação pediátrica encontra-se separada da sala de recuperação adulta.
Dispõe de dois leitos e duas poltronas para o acompanhamento do familiar/responsável, se necessário e também está dentro do campo de visão do profissional que se encontra dentro do posto de Enfermagem
Materiais básicos
Camas com grades
Cortinas para garantir a privacidade de cada paciente 
Foco de luz individual
Períodos Cirúrgicos 
1.PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO OU TARDIO: Desde a admissão até o início do período pré-operatório imediato. 
2.PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO: Primeiras 24h que antecede o ato cirúrgico. 
3.TRANS-OPERATÓRIO ou TRANSOPERATÓRIO: Momento da cirurgia. 
4. RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA: compreende a chegada do paciente à SRPA até sua alta para unidade de origem 
5. PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO: São as primeiras 24h após o ato cirúrgico. 
6. PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO OU TARDIO: São as 24 h subsequentes do período pós-operatório, até a sua alta hospitalar. 
Classificação das cirurgias 
*De acordo com o atendimento 
1.CIRURGIA DE EMERGÊNCIA: O paciente necessita de atenção imediata; o distúrbio pode ser ameaçador à vida. 
Indicação para a cirurgia: Sem demora. 
Exemplos: Sangramento grave, obstrução vesical ou intestinal, fratura de crânio, feridas por armas de fogo ou branca, queimaduras extensas. 
2.CIRURGIA DE URGÊNCIA: O paciente precisa de atenção rápida. 
Indicação para a cirurgia: Dentro de 24 a 30h. 
Exemplos: Infecção aguda da vesícula, cálculos renais ou uretrais. 
3.CIRURGIA ELETIVA: O paciente pode ser operado. 
Indicação para a cirurgia: A não realização da cirurgia não é catastrófica. 
Exemplos: Reparação de cicatrizes, hérnia simples, reparação vaginal. 
*De acordo com o objetivo 
-Cirurgias paliativas: Ex: Paracentese, colostomia 
-Cirurgias radicais: Ex: Mastectomia total; apendicectomia 
-Cirurgias reparadoras/reconstrutoras (plásticas): Ex: Blefaroplastia; ritidoplastia, mamoplastia. 
-Cirurgias para diagnóstico: Ex: Cateterismo cardíaco; biópsias 
*Risco cardiológico
-Cirurgias de Porte I (Pequena perda de líquidos, eletrólitos e sangue): Cirurgias oftálmicas e otorrinolaringológicas 
-Cirurgias de Porte II (Média perda de líquidos, eletrólitos e sangue): Histerectomia, Prostatectomia. 
-Cirurgias de Porte III (Grande perda de líquidos, eletrólitos e sangue): Transplantes, cirurgias cardíacas, cirurgias neurológicas. 
*Duração do procedimento 
-Cirurgias de Porte I (Até 2h): Cesariana, curetagem uterina, amigdalectomia 
-Cirurgias de Porte II (De 2 a 4h):Histerectomia, colecistectomia 
-Cirurgias de Porte III (De 4 a 6h):Revascularização cardíaca, crasniotomia 
-Cirurgias de Porte IV (+ de 6h): Transplantes, gastroduodenopancreatectomia 
*Potencial de contaminação 
CIRURGIA LIMPA: São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência do processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras; cirurgias eletivas atraumáticas com cicatrização de 1ª intenção e sem drenagem. 
Cirurgias em que não ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório e urinário. 
Ex: Artroplastia do quadril, C.Cardíaca, Herniorrafia, Neurocirurgias, Procedimento cirúrgico ortopédico, Anastomose portocava e esplenorrenal, Ortoplastia, Mastectomia, Enxertos cutâneos, Ooforectomia. 
CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA
São aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatórios. 
Cirurgias limpas com drenagem. Quando ocorre penetração nos tratos digestivos, respiratórios ou urinário sem contaminação significativa. 
Ex: Histerectomia abdominal, C. Intestino delgado (eletiva), C. das vias biliares sem estase ou obstrução biliar, C. gástrica ou duodenal, Feridas traumáticas limpas (até 10h após o trauma), Colecistectomia, C. Cardíacas prolongadas com circulação extracorpórea. 
CIRURGIA CONTAMINADA
São aquelas realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação é difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. 
Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de 2ª intenção, grande contaminação a partir do trato digestivo. Obstrução biliar ou urinária. 
Ex: Cirurgia do cólon, Debridamento de queimados, C. bucal e dentária, Fraturas expostas (10h após o ocorrido), C. da orofaringe, C. gástrica, Câncer, Úlcera gástrica e C. por obstrução duodenal. 
CIRURGIA INFECTADA
 São intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença do processo infeccioso(supuração local),Tecido necrótico, Corpos estranhos e Feridas de origem suja. 
Ex: C. do reto e ânus com exsudato, C. abdominal com presença de exsudato e conteúdo de cólon, Nefrectomia com presença de infecção, Presença de vísceras perfuradas, Colecistectomia por colecistite aguda com empiema.

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