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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – POLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro ALUNO: Urania dos Santos Oliveira MATRÍCULA: 16113110128 Disciplina: Políticas Públicas e Sociedade Coordenador da Disciplina: Arnaldo Provasi Lanzara Avaliação a Distância - ADI Período – 2019/2 1) Explique como os teóricos liberais abordam a questão do Estado e da democracia. Estado - No século III a.C., Aristóteles formulou uma concepção, segundo a qual o Estado é uma extensão da família; e suas funções são, basicamente, satisfazer as necessidades materiais dos indivíduos (defesa, segurança e conservação), e promover a virtude e a felicidade da pólis – a coletividade civil grega. Segundo os pensadores, especialmente Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau. O Estado derivaria de um pacto, ou contrato, ao qual os indivíduos aderem voluntariamente, para evitar a guerra permanente e o despotismo. A rigor, o contrato social é, para os contratualistas, a origem e o fundamento da própria sociedade e do poder político. Democracia - Com base no pensamento de filósofos ingleses e franceses dos séculos XVI e XVII – entre eles, John Locke, Adam Smith, David Ricardo, Voltaire e Montesquieu, o liberalismo iria se opor ao poder absoluto exercido pelas monarquias hereditárias da Europa, que invocavam o direito divino como fonte de sua legitimidade. O pensamento liberal funda-se numa corrente filosófica que foi predominante na Europa durante os séculos XVI e XVII: o Jusnaturalismo. O Jusnaturalismo iria buscar no indivíduo a origem do Direito e da ordem política legítima. Daí construíram-se os direitos políticos individuais e o Estado passou a ser o responsável pela defesa dos direitos de liberdade individual (liberdade de expressão, opinião, ir e vir e outros).A partir desses pressupostos, os pensadores iriam tratar extensamente do Direito Público, dos fundamentos e da natureza do poder do Estado, estabelecendo, pela primeira vez na história, uma clara separação entre Estado e sociedade civil, entre esfera pública e esfera privada, que até hoje se constituem na referência básica do Estado de Direito. 2) Como os teóricos elitistas concebem o fenômeno da estruturação do poder político nas sociedades? A partir do fenômeno da estrutura do poder político, a dinâmica social voltaria a ser analisada em função das relações entre os grupos sociais, em sua experiência concreta; e não mais, a partir de indivíduos abstratos. A história – relegada pelos jusnaturalistas a um plano secundário – é recuperada como dimensão central de reflexão pelos filósofos e economistas alemães do século XIX, entre os quais Marx. Para este, a história não seria uma mera sucessão temporal de fatos e formas de organização social, mas teria um motor: a luta de classes, que a conduziria a um determinado desfecho. De acordo com essa concepção, o movimento da história não seria aleatório ou indeterminado, nem tampouco contínuo, mas se desenvolveria por meio de contradições, isto é, dialeticamente. Na teoria de Marx, o movimento dialético da história não se daria no plano das ideias, mas no plano concreto das relações de produção da riqueza social. É por isso que o método por meio do qual Marx iria interpretar e explicar o movimento da história seria chamado por ele de materialismo dialético. As classes sociais são um conceito-chave do pensamento marxista. São identificadas e definidas pela inserção dos indivíduos no processo produtivo. Em cada período da história, as classes fundamentais de uma sociedade seriam aquelas diretamente ligadas ao modo de produção dominante. iria resultar da combinação de dois fatores: as forças produtivas, isto é, o trabalho humano, mais os meios de produção – tais como a terra, as máquinas e equipamentos e as tecnologias empregadas. Fontes de Pesquisa: Maria Paula Gomes dos Santos – Livro: Políticas Públicas e Sociedade -Volume 1 – Pag. 15 a 30.