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FISIOTERAPIA PNEUMONIA . SALVADOR 2019 Pneumonia Conceito Pneumonia é a infecção dos pulmões que acomete os alvéolos. Provocada pela penetração de um agente infeccioso ou irritante como por exemplo bactérias, vírus, ou reações alérgicas no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. Quando a contaminação ocorre fora do ambiente hospitalar, ela é chamada “pneumonia comunitária”. Quando a pneumonia acomete pessoas hospitalizadas ou que estiveram hospitalizadas por dois ou mais dias nos três meses precedentes, ela é chamada “pneumonia hospitalar”, que costuma ser mais grave, já que o agente etiológico provavelmente é resistente aos antibióticos usuais. A gravidade da pneumonia depende, principalmente, da patogenicidade do agente causador e das condições clínicas do doente. Dois exemplos da doença que costumam ser graves são: a pneumonia por aspiração e a pneumonia química. A primeira é comum em pacientes com nível de consciência reduzido, o que compromete o reflexo da tosse ou a capacidade de engolir a própria saliva, o que acarreta na aspiração de secreções da cavidade oral, expondo os pulmões a uma quantidade de micro-organismos maior que a habitual, o que pode levar ao desenvolvimento da doença. Agentes causadores Os principais agentes causadores da enfermidade são as bactérias Streptococcus pneumoniae (também conhecida como pneumococo) e Mycoplasma pneumoniae, e o vírus Haemophilus influenzae. A doença também pode ser desencadeada por alguns tipos de fungos e de protozoários. A pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou mudanças bruscas de temperatura, que comprometem o funcionamento dos cílios responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta em uma maior exposição aos micro-organismos causadores. Quadro clínico Os sintomas podem ser leves ou graves com base no que causa, na idade e na saúde geral. Os sintomas mais comuns são: · Tosse (você pode trazer muco amarelo, verde ou até mesmo com sangue) · Febre · Calafrios · Falta de ar (para algumas pessoas, isso acontece apenas quando elas sobem escadas) · Dor no peito (aguda que piora quando tosse ou respira fundo) · Confusão (mais comum em adultos com 65 anos ou mais) · Prostração · Cefaleia · Sudorese pesada e pele úmida · Êmese Achados no exame físico O achado clássico ao exame é o da síndrome de condensação, na qual temos, em uma área localizada: • à palpação, frêmito tóraco-vocal aumentado; • à percussão, macicez ou sub-macicez; • à ausculta, murmúrio reduzido com crepitações (ou estertores) e sopro tubário; • à ausculta da voz (manobra pouco realizada por sua menor relevância clínica), broncofonia, egofonia e pectorilóquia afônica. Este conjunto de achados, porém, raramente está presente na sua totalidade. O dado mais frequente no exame físico é o achado localizado de crepitações à ausculta. Não é rara a presença de derrame pleural em pacientes com pneumonia. Neste caso, os achados de exame físico do derrame pleural podem prevalecer e termos frêmito tóraco-vocal diminuído, macicez e abolição do murmúrio vesicular. É fundamental a contagem da frequência respiratória em pacientes com suspeita de pneumonia, pois o achado de taquipnéia, principalmente se acima de 30 incursões por minuto, correlaciona-se fortemente com a gravidade do quadro e risco de óbito Achados nos exames complementares · Hemograma – Baixa especificidade e sensibilidade – Útil como critério de gravidade e monitoramento terapêutico – Leucopenia (65 mg/dl - forte indicativo de gravidade · Proteína C reativa – Marcador de atividade inflamatória – Sem valor diagnóstico ou de guia para decisão do uso de antibióticos – Valor prognóstico – Manutenção de níveis elevados ou queda menor que 50% no 3º ou 4º dia – pior prognóstico ou aparecimento de complicações · Glicemia, eletrólitos, transaminases – Não tem valor diagnóstico – Identifica comorbidades · Saturação de oxigênio – Rotina – Se < 90 % - gasometria • Procalcitonina – Marcador de atividade inflamatória – Pouco disponível em função do custo – Níveis mais elevados: Em casos de etiologia bacteriana do que nos casos de etiologia não bacteriana – Melhor marcador de gravidade que PCR, IL-6 e lactato Referências http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132007000700002 http://adm.online.unip.br/img_ead_dp/37736.PDF
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