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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DA COMARCA DE IMPORTANTE! O pedido de reconsideração não suspende nem interrompe os prazos para Agravo Interno (5 dias), de Instrumento (15 dias) Apelação (15 dias) ou quaisquer outros recursos cabíveis. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DISSOLUÇÃO SOCIETÁRIA. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO QUE NÃO TEM O CONDÃO DE SUSPENDER PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO CABÍVEL. RECURSO INTEMPESTIVO. PRAZO PREVISTO NO ARTIGO ART. 1.003, §5º DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. O pedido de reconsideração não interrompe nem suspende o prazo recursal. Preclusão da matéria objeto de agravo. Precedentes do STJ e desta Corte. É intempestivo o recurso de agravo de instrumento que não observa o prazo legal, previsto no art. 1.003, §5º, do CPC. Preliminar de intempestividade acolhida. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO. (TJRS, Agravo de Instrumento 70077177202, Relator(a): Thais Coutinho de Oliveira, Sexta Câmara Cível, Julgado em: 09/05/2019, Publicado em: 13/05/2019) Processo nº: , já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seus procuradores, vem, a Vossa Excelência, solicitar PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO em face de decisão de fls. , que indeferiu o pedido liminar pleiteado em ação ajuizada em face de . BREVE SÍNTESE Trata-se de guarda que atualmente esta com , conforme no processo Porém, a atual guarda tem restringido o saudável e necessário desenvolvimento do menor, razão pela qual, a regulamentação da guarda é medida que se impõe. DO DIREITO Inicialmente cumpre destacar que o direito busca, precipuamente, resguardar os direitos e interesses do menor, devendo ser conduzida a presente ação ao fim de atendê-los. A legislação brasileira, em atenção às necessidades dos menores, previu no Código Civil, em seu artigo 1.583 as condições mínimas que genitor deve prover para que a guarda lhe seja atribuída, in verbis: Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. § 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. Dessa forma, deve-se definir a guarda com primordial atenção aos interesses do menor, conforme assevera ampla jurisprudência: "A guarda deve atender, primordialmente, ao interesse da menor. No caso, estando a menor sob os cuidados da família de uma amiga de infância, situação sui generis, e não demonstrando interesse em conviver com a mãe e nem com o pai, não há justificativa para a concessão da guarda paterna." (Apelação Cível Nº 70075548941, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 22/11/2017). Dessa forma, a guarda deve ser conduzida conforme os termos e condições a seguir. DA GUARDA UNILATERAL Não obstante a orientação pela guarda compartilhada instituída pela Lei 13.058/14, cabe ao Magistrado a sensibilidade de conceber que não se trata de uma regra absoluta, afinal, os interesses do menor devem prevalecer sobre qualquer ato normativo. No presente caso, não presentes os requisitos necessários à boa convivência familiar a justificar a guarda compartilhada, o deferimento da guarda unilateral é medida que se impõe. Nesse sentido, busca a intervenção deste judiciário, a fim de que as crianças detenham uma vida digna com aquele que possa lhe prover as melhores condições. No presente caso, a negligência por parte da mãe na condução da educação dos filhos fica perfeitamente demonstrada diante de , devendo ser deferida a alteração da guarda em favor do genitor, conforme precedentes sobre o tema: AGRAVO DE INSTRUMENTO. BUSCA E APREENSÃO DE MENOR. DEMANDA PROPOSTA PELA GENITORA/GUARDIÃ. PAI QUE SE RECUSA A DEVOLVER O FILHO DEPOIS DE ULTRAPASSADO O PERÍODO DE VISITAÇÃO. INTERLOCUTÓRIA QUE REVOGA A TUTELA DE URGÊNCIA ANTERIORMENTE CONCEDIDA EM VIRTUDE DAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS PELO GENITOR. DETERMINAÇÃO DE PERMANÊNCIA DO INFANTE SOB OS CUIDADOS PATERNOS ATÉ A CONCLUSÃO DE RELATÓRIO SITUACIONAL. TERMO DE RESPONSABILIDADE CONCEDIDO PELO CONSELHO TUTELAR AO GENITOR. INDÍCIOS DE NEGLIGÊNCIA MATERNA. DECISÃO ACERTADA. DILIGÊNCIAS QUE SE MOSTRAM NECESSÁRIAS AO MELHOR ESCLARECIMENTO DOS FATOS. AUSÊNCIA DE QUAISQUER ELEMENTOS A DESABONAR A CONDUTA PATERNA. MANUTENÇÃO DA GUARDA DO PAI QUE ATENDE AO PRINCÍPIO DO SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA. RECURSO DESPROVIDO. "Existindo indícios de provas cabais de eventual conduta desabonadora ou negligente da genitora com a filha menor, pertinente a modificação da guarda em favor do genitor até melhor instrução do feito, com a realização de estudo social e apuração dos fatos alegados na peça inicial, devendo ser mantida a decisão agravada" (TJSC, Agravo de Instrumento n. 4004941-86.2017.8.24.0000, de Xaxim, rel. Des. João Batista Góes Ulysséa, Segunda Câmara de Direito Civil, j. em 17-5-2018). (TJSC, Agravo de Instrumento n. 4017037-02.2018.8.24.0000, da Capital, rel. Des. Fernando Carioni, Terceira Câmara de Direito Civil, j. 04-09-2018) Diante todo o exposto, diante dos fatos narrados e das provas aqui apresentadas, a oitiva de testemunhas que se faz necessária além do depoimento dos menores a fim de averiguar de fato quais as condições ideais para melhor atendê-los, resta demonstrada a inviabilidade da guarda compartilhada e necessária alteração da guarda. DA ALIENAÇÃO PARENTAL No presente caso, é de suma importância que seja reconhecida a ocorrência de alienação parental, situação abusiva que afasta cada vez mais a relação com as crianças, devendo ser coibida. De clara redação, prevê o art. 2º da Lei nº 12.318/2010, que dispõe sobre a alienação parental: Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. Neste caso, fica perfeitamente demonstrada a ocorrência do inciso mediante a reiterada atitudes da genitora em . Tais atitudes possuem consequências gravíssimas, em notória caracterização da alienação parental. Nos termos do art. 3º da Lei nº 12.318/2010, “A prática da alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres à autoridade parental decorrentes de tutela ou guarda”. Assim, considerando a busca pelo melhor interesse da criança e o dever dos pais de garantir o bem-estar da menor, inequívoco que o ideal, neste momento, é o deferimento do presente pedido para fins de Conforme denota-se nos documentos em anexo, o risco de perder totalmente o contato com o filho fica evidenciado por meio de: ; . Por todo exposto,fica demonstrada a grave situação de risco do menor, devendo ser imediatamente combatida. DA GUARDA PROVISÓRIA A guarda provisória, trata-se de pedido urgente, cabível nos termos do Código de Processo Civil, Art. 300, que dispõe que "a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo." No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados, vejamos: DA URGÊNCIA – DO PERIGO DE DANO IRREPARÁVEL: O RISCO fica perfeitmanete caracterizado diante da , ademais, o afastamento definitivo do Autor de seu filho é iminente, podendo causar à criança danos irreparáveis à sua formação e integridade física. PROBABILIDADE DO DIREITO: - O direito a ser resguardado é o que melhor atender o interesse da criança. Conforme amplamente demonstrado, o pedido aqui pleiteado vem para suprir exatamente este direito, pois em benefício do menor. Situações que evidenciam o necessário deferimento da tutela de urgência, com a determinação de guarda provisória em favor do Autor, conforme precedentes sobre o tema: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MEDIDA CAUTELAR EM CARÁTER ANTECEDENTE DE SEPARAÇÃO DE CORPOS. DEFERIMENTO DE TUTELA DE URGÊNCIA CONCEDENDO AO GENITOR A GUARDA PROVISÓRIA DA FILHA DO CASAL. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PREVISTOS NO ART. 300 DO CPC . TENTATIVA DE RESGUARDAR O MELHOR INTERESSE DA MENOR. AGRAVANTE QUE POSSUI HISTÓRICO DE USO DE DROGAS E INSTABILIDADE EMOCIONAL. ESTADO PSICOLÓGICO E PSIQUIÁTRICO DA AGRAVANTE QUE DEVE SER MELHOR ANALISADO NA INSTRUÇÃO DO FEITO. AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA PLAUSÍVEL PARA ALTERAÇÃO DA GUARDA NESTE MOMENTO. AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO MANTIDA. (Classe: Agravo de Instrumento,Número do Processo: 0013684-84.2017.8.05.0000, Relator (a): Baltazar Miranda Saraiva, Quinta Câmara Cível, Publicado em: 22/02/2018 ) Razão pela qual deve ser concedido o pedido de tutela cautelar antecedente. REQUERIMENTOS Por estas razões REQUER o recebimento do presente pedido de reconsideração para que SEJA REVISTA A DECISÃO, para fins de . Caso assim não entenda, seja recebido o presente pedido como Recurso , com prazo de 24h para a juntada de custas processuais cabíveis, pois presentes todas as formalidades legais, com a intimação do agravado para se manifestar querendo, nos termos do art. 1021, §2º, bem como a revisão da decisão recorrida, para fins de . Nestes termos, pede deferimento.