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Radiografia Panorâmica Introdução • Todos os dentes e estruturas de suporte em uma única imagem. • Técnica relativamente simples. • A dose de radiação relativamente baixa. • Área focal em forma de uma parábola. • A qualidade da imagem inferior às obtidas pelas técnicas intrabucais. • Interpretação mais complexa. Indicações • Lesão óssea ou dente não-erupcionado. • Múltiplas lesões de cárie. • Avaliação periodontal (sondagens >6mm). • Avaliação cirúrgica de terceiros molares. • Avaliação ortodôntica – estado da dentição, presença/ausência de dentes. • Fraturas de mandíbula. • Alterações do seio maxilar e sua relação com os dentes • Lesões destrutivas das superfícies articulares das ATMs. • Pré-planejamento para implantes. Teoria • Área focal com forma semelhante ao da arcada dentária. • Principio semelhante a tomografia linear • Tomografia linear utilizando um feixe de raios X largo ou amplo. • Tomografia linear utilizando um feixe de raios X estreito ou em forma de fenda. • Tomografia rotacional utilizando um feixe de raios X em forma de fenda. • Tomografia linear utilizando um feixe de raios X largo ou amplo. • Tomografia linear utilizando um feixe de raios X estreito ou em forma de fenda. • Tomografia rotacional utilizando um feixe de raios X em forma de fenda. Tomografia linear de feixe largo ou amplo • O movimento sincronizado do cabeçote e do filme, no plano vertical, resulta em uma área focal linear. • O feixe de raios X largo atinge o filme inteiro durante a exposição. • Tomografia linear utilizando um feixe de raios X largo ou amplo. • Tomografia linear utilizando um feixe de raios X estreito ou em forma de fenda. • Tomografia rotacional utilizando um feixe de raios X em forma de fenda. Tomografia linear de feixe estreito ou em forma de fenda • O equipamento é projetado para que o feixe de raios X estreito atinja o filme em diferentes partes durante o movimento tomográfico. • Somente no final do movimento tomográfico é que todo o filme terá sido exposto. Tomografia linear de feixe estreito ou em forma de fenda • Colimação do feixe de raios X. • Chassi colocado atrás de uma placa protetora de metal. A placa apresenta uma abertura estreita, que permite que apenas uma pequena parte do filme seja exposta ao feixe de raios X a cada momento. Tomografia linear de feixe estreito ou em forma de fenda • Um porta-chassi, incorporado a placa de metal, deve estar conectado ao cabeçote de raios X para assegurar que ambos se movam em sentidos opostos durante a exposição. • Tomografia linear utilizando um feixe de raios X largo ou amplo. • Tomografia linear utilizando um feixe de raios X estreito ou em forma de fenda. • Tomografia rotacional utilizando um feixe de raios X em forma de fenda. Tomografia rotacional de feixe estreito • O cabeçote de raios X gira ao redor da parte posterior da cabeça, enquanto o porta-chassi com o filme gira pela parte anterior da face. • O filme se move na mesma direção do cabeçote de raios X, por trás da placa protetora de metal. Tomografia rotacional de feixe estreito • Cada parte do filme é exposta ao feixe de raios x a cada instante, enquanto o equipamento gira ao redor da cabeça. • Como na tomografia linear, as sombras das estruturas que não estejam dentro da área focal estarão fora de foco e borradas devido ao movimento tomográfico. RADIOGRAFIA PANORÂMICA • A arcada dentária, embora curva, não tem o formato de um arco circular. • O equipamento de radiografia panorâmica emprega o princípio da tomografia rotacional de feixe estreito • Utiliza dois ou mais centros de rotação. • Diversos aparelhos panorâmicos disponíveis; • Todos funcionam com o mesmo princípio • Diferem em como o movimento rotacional é modificado para formar a imagem elíptica da arcada dentária. RADIOGRAFIA PANORÂMICA RADIOGRAFIA PANORÂMICA • Deste modo, a área focal é às vezes descrita como um corredor focal. • Todas as estruturas dentro do corredor, incluindo os dentes superiores e inferiores, estarão em foco na radiografia final. • A altura vertical do corredor é determinada pelo formato e altura do feixe de raios X e pelo tamanho do filme. EQUIPAMENTO • Cabeçote de raios X • Um receptor de imagem (filme ou sensor digital). • Painel de controle • Dispositivos para o posicionamento do paciente Cabeçote e receptor • Cabeçote de raios X, produzindo um feixe de raios X estreito e em forma de leque, com uma angulação vertical de aproximadamente 8º. • Um receptor de imagem (filme ou sensor digital). Receptor de imagens • Chassi contendo filme radiográfico e écrans. • Chassi contendo um sensor digital de placa de fósforo. • Sensores digitais de estado sólido. Painel de controle • Tamanho do campo. • Formatos e tamanhos das arcadas. • Fatores de exposição de mA e kV. • Posição ântero-posterior da placa de mordida. • Tamanho do paciente a ser radiografado. • Altura do equipamento. • Opções de limitação do campo. Painel de controle Dispositivos para posicionamento Dispositivos para posicionamento TÉCNICA E POSICIONAMENTO • Preparação do paciente – Deve-se pedir ao paciente que retire quaisquer brincos, joias, prendedores de cabelo, óculos, próteses removíveis ou aparelhos ortodônticos móveis. – O procedimento e os movimentos do equipamento devem ser explicados, para tranquilizar o paciente e, se necessário, utilizar uma exposição de teste para mostrar ao paciente os movimentos do equipamento. TÉCNICA E POSICIONAMENTO • Preparação do equipamento – O chassi contendo o filme ou o sensor digital deve ser inserido no porta-chassi (se apropriado). – O operador deve colocar luvas de proteção adequadas. – A colimação deve ser ajustada ao tamanho do campo necessário. – Os fatores de exposição apropriados devem ser selecionados de acordo com o tamanho do paciente – tipicamente na variação de 70-100 kV e 4-12 mA. TÉCNICA E POSICIONAMENTO • Posicionamento do paciente – O paciente deve ser posicionado no aparelho de maneira que sua coluna esteja ereta e deve ser instruído a segurar qualquer apoio estabilizador ou alça disponível existente. Mordida topo a topo • As incisais dos dentes devem estar dentro do mordedor • Verificar se o mordedor está centralizado nos incisivos centrais superiores e inferiores TÉCNICA E POSICIONAMENTO • Posicionamento do paciente – plano sagital mediano vertical – plano de Frankfurt horizontal – luz do canino entre os dentes incisivo lateral e canino superiores. – O paciente deve ser instruído a fechar os lábios e pressionar a língua no céu da boca de forma a permanecer em contato firme com o palato e não se movimentar durante o ciclo de exposição (cerca de 15-18 segundos). Após a exposição • O suporte das têmporas deve soltar automaticamente, para permitir que o paciente saia do aparelho. • O equipamento deve ser limpo com desinfetante de superfície e a placa de mordida deve ser esterilizada. • As luvas devem ser descartadas no lixo contaminado. • O filme ou sensor digital deve ser processado. VARIAÇÕES DA TÉCNICA • Posicionamento de paciente edêntulo – o apoio do mento é utilizado no lugar da placa de mordida e o posicionamento do feixe de luz do canino é centralizado no canto da boca. • Programação de ATM. • Projeção de corte transversal para avaliação de implante. • Colimação – limitando tamanho do feixe e, assim, o campo de visão, ou seja, a altura do feixe é automaticamente reduzida ao selecionar o ajuste para crianças. • Técnicas de limitação de campo – somente regiões pré-selecionadas do paciente sãoexpostas e mostradas no filme em sua imagem final. VARIAÇÕES DA TÉCNICA ANATOMIA NORMAL • Sombras reais ou verdadeiras das estruturas no interior da área focal, ou próximas a ela. • Sombras fantasmas ou artefatos criados pelo movimento tomográfico e pelas estruturas do lado oposto ou distantes da área focal. • A angulação vertical negativa de 8º do cabeçote de raios X direcionado para cima faz com que estas sombras fantasmas apareçam em um nível mais alto do que as estruturas que a causaram. SOMBRAS REAIS OU VERDADEIRAS – Dentes – Mandíbula – Maxila, incluindo o assoalho e as paredes medial e posterior do seio maxilar. – Palato duro – Arcos zigomáticos – Processos estiloides – Osso hioide – Septo e conchas nasais – Borda da órbita – Base do crânio Sombras aéreas – Aberturas da boca/oral – Orofaringe Importantes sombras de tecido mole – Lóbulos das orelhas – Cartilagens nasais – Palato mole – Dorso da língua – Lábios e bochecha – Pregas nasolabiais Sombras fantasmas ou artefatos – Coluna cervical – Corpo ângulo e ramo do lado contralateral da mandíbula – Palato. ( mentual ) 1 2 3 4 5 6 7 1- cabeça da mandíbula 2- processo coronóide 3- meato acústico 4- fossa mandibular do osso temporal 5- eminência articular 6- arco zigomático 7- calcificação do processo estilóide 8- incisura da mandíbula 9- células mastoidéias 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 1- ASSOALHO DO SEIO MAXILAR 2- PROCESSO ZIGOMÁTICO DA MAXILA 3- ASSOALHO DA ÓRBITA 4- ASSOALHO DA FOSSA NASAL 5- PALATO MOLE 6- PAREDE LATERAL DA FOSSA NASAL 7- CONCHA NASAL 8- TÚBER DA MAXILA 1 1 1 1 4 4 1- espinha nasal anterior 2- sombra do nariz 3- septo nasal 4- assoalho da fossa nasal 5- palato duro 6- parede lateral da fossa nasal 7- concha nasal 8- assoalho do seio maxilar 1 2 3 4 5 6 7 2 4 4 4 4 4 7 6 5 8 8 1 2 3 1- cabeça da mandíbula 2- incisura da mandíbula 3- processo coronóide 4- forame mandibular 5- canal da mandíbula 6- forame mentual 7- ramo da mandíbula 8- ângulo da mandibula 9- corpo da mandíbula 4 5 5 6 7 8 9 1 1 1- osso hióide 2- sombra da orelha 3- fissura pterigomaxilar 2 2 3 3 1 1 2 3 4 5 1- fissura pterigomaxilar 2- espaço aéreo 3- palato mole 4- orofaringe 5- nasofaringe Vantagens – Uma grande área de imagem é formada e todos os tecidos dentro da área focal são mostrados, inclusive os dentes anteriores, mesmo quando o paciente é incapaz de abrir a boca. – A imagem é fácil para compreensão dos pacientes e, consequentemente, um auxílio útil no ensino. – O posicionamento é relativamente simples e requer um mínimo de experiência. – Avaliação rápida de qualquer doença assintomática, possivelmente sem suspeita clínica. – A visão de ambos os lados da mandíbula em um filme é útil na avaliação de fraturas e é confortável para o paciente traumatizado. – A visão geral é útil na avaliação da condição periodontal e nas análises ortodônticas. – O assoalho do seio maxilar e suas paredes medial e posterior são bem mostradas. – Ambas as cabeças dos côndilos são demonstradas em um filme, permitindo uma fácil comparação. – A dose de radiação (dose efetiva) é cerca de 1/5 da dose de um exame periapical completo com filmes intraorais. – Desenvolvimento de técnicas de limitação de campo, que resultam também em reduções de doses. Desvantagens – A imagem tomográfica representa somente uma parte do paciente. Estruturas fora da área focal podem não estar evidentes. – Tecidos moles e sombras aéreas podem se sobrepor às estruturas de tecido duro importantes. – Sombras fantasmas ou artefatos podem sobrepor- se às estruturas que estão dentro da área focal . – O movimento tomográfico, juntamente com a distância entre a área focal e o filme, produz distorção e ampliação da imagem final (aproximadamente 1,3x). – O uso do filme de ação indireta e placas intensificadoras resulta em alguma perda na qualidade da imagem, mas a resolução da imagem pode ser melhorada utilizando-se receptores de imagem digital. – A técnica não é adequada para crianças com menos de 6 anos de idade ou para alguns pacientes deficientes, em função da duração do ciclo de exposição. – Alguns pacientes não se adaptam ao formato da área focal e algumas estruturas ficam fora de foco. – O movimento do paciente durante a exposição pode criar dificuldades na interpretação da imagem. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA IMAGEM • Comparação da imagem com o critério de qualidade ideal. • Classificação subjetiva da qualidade da imagem utilizando padrões publicados. • Avaliação detalhada de filmes rejeitados para determinar a origem do erro. Critério de qualidade ideal • Todos os dentes superiores e inferiores e seus ossos alveolares de suporte devem estar claramente demonstrados. • A mandíbula inteira deve ser incluída. • Ampliação nos planos verticais e horizontais deve ser igual. • Os dentes molares direito e esquerdo devem ser iguais em sua dimensão mesio-distal. • A densidade através da imagem deve ser uniforme, sem sombras de ar sobre a língua criando uma área radiolúcida (preta) acima das raízes dos dentes superiores. • A imagem do palato duro deve aparecer acima dos ápices dos dentes superiores. • Somente sombras fantasmas leves do ângulo contralateral da mandíbula e da coluna cervical devem ser evidentes. • Não deve haver evidência de sombras de artefatos devido a próteses removíveis, brincos e outras bijuterias. • A etiqueta de identificação do paciente não deve obscurecer nenhuma das características citadas. • A imagem deve ser claramente etiquetada co o nome do paciente e a data do exame. • A imagem deve ser claramente marcada com uma letra Direita e/ou Esquerda Avaliação de filmes rejeitados e determinação dos erros • Erros na preparação do paciente. • Erros no posicionamento do paciente. • Erros no posicionamento do equipamento. Erros na preparação do paciente – Falha na remoção de bijuterias (brincos, colares, piercings) – Falha na remoção de próteses removíveis – Falha na remoção de aparelhos ortodônticos móveis – Falha na remoção dos óculos – Uso inapropriado do avental de chumbo Erros no posicionamento do paciente – Falha em assegurar que a coluna vertebral esteja ereta (erro do sombra fantasma). – Oclusão topo a topo na placa de mordida (erro ântero-posterior). – Plano sagital mediano esteja vertical e que a cabeça não esteja girada (erro horizontal). Erros no posicionamento do paciente – Falha em assegurar que a coluna vertebral esteja ereta (erro do sombra fantasma). Língua Língua Efeitos indesejados • Estruturas fora da camada de imagem –Lingual / palatina: Dentes largos –Vestibular: Dentes finos Posição da cabeça • Superior / Inferior – Relação de comprimento entre os dentes anteriores – Os dentes superiores devem estar ligeiramente maiores do que os inferiores Cabeça baixa Cabeça baixa • Dentes superiores muito maiores do que os inferiores • Dentes superiores finos (vestibularizados) • Dentes inferiores largos (lingualizados) Cabeça alta Cabeça alta • Dentes superiores iguais ou menores do que os inferiores • Dentes superiores largos (lingualizados) • Dentes inferiores finos e alongados (vestibularizados) Erros no posicionamento do equipamento – Falha no ajuste correto da altura. – Falha em selecionar o correto ajuste de exposição. Tamanho do campo Tamanho do campo Variações anatômicas • Dentes anteriores inclinados • Dentes anteriores verticalizados Dentes inclinados •Os dentes ficam parcialmente lingualizados, em relação à camada de imagem • Largos e borrados Dentes inclinados Dentes verticalizados • Os dentes ficam parcialmente vestibularizados, em relação à camada de imagem • Finos, alongados Dentes verticalizados • As radiografias panorâmicas não devem ser consideradas como um alternativa para as radiografias intraorais de alta resolução. • alternativa para as radiografias laterais oblíquas direita e esquerda para mandíbula. Considerações finais • Infelizmente, as múltiplas e variadas causas de erros nas radiografias panorâmicas fazem com que a técnica dependa do operador, independentemente de quão sofisticado seja o aparelho e os receptores de imagem. • O uso de sensores digitais (CCD ou placa de fósforo) melhora a resolução das imagens panorâmicas, quando comparadas com as imagens obtidas com a utilização de filme e ação indireta e écrans intensificadores. • Além disso, as imagens digitais podem ser aprimoradas e manipuladas utilizando-se softwares de computadores.
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