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Insuflador e Exsuflador mecânico - Cough Assist Acadêmica: Jaqueline Pimenta Docentes: Erikson Alcântara, Ana Cristina. A Tosse Segundo (HOMNICK, 2007), a tosse é um mecanismo de defesa principal componente da limpeza das vias aéreas, para a eliminação de secreções e corpos estranhos da arvore traqueobrônquica. De acordo com (POROT et al, 2013), a eficácia da tosse está relacionada ao pico de fluxo da mesma. O aumento da eficácia da tosse com a utilização de equipamentos mecânicos é a principal meta terapêutica adotada em várias condições clínicas onde este mecanismo encontra-se debilitado. A otimização do pico de fluxo expiratório (PEF) que pode ser proporcionada por estes aparelhos geralmente é o motivo para a sua utilização nos tratamentos Cough Assist® A Cough Assist®, lançado em 1993 também conhecida como dispositivo de insuflação/exsuflação mecânica, foi desenvolvida para auxiliar na eliminação de secreções das vias aéreas em pacientes que possuem comprometimento na efetividade da tosse, e na eliminação da secreção. Foi criado em sua primeira versão para tratamento de pacientes com poliomielite e posteriormente foi amplamente utilizado nos pacientes com patologias neuromusculares, como esclerose lateral amiotrófica e distrofia muscular de Duchenne, devido ao quadro de fraqueza muscular generalizada, Rápida transição entre insuflação (pressão positiva) e exsuflação (pressão negativa) gera um fluxo expiratório elevado, que procura simular o processo de tosse. Modo manual– modo manual, é o operador que manualmente controla a duração da insuflação, da exsuflação e da pausa, este modo permite uma melhor sincronização com a insuflação e a tosse do doente; Modo automático, o aparelho administra ciclos de insuflação / exsuflação / pausa, de acordo com os tempos programados. Este equipamento pode ser executado diretamente na via aérea ou usando uma interface facial. Já de forma invasiva o aparelho simulará a tosse facilitando a limpeza da árvore brônquica. Ambas as maneiras de aplicação dependerão do grau de força e do nível de comprometimento que o aparelho respiratório do paciente se apresentar (BARROS; MEDEIROS, 2008) Em aparelhos mais modernos tem a opção de realizar configuração de ajuste de frequência 20 HZ e amplitude de onda 10 cm h2O A pratica de utilização do Cough Assist pode ser associada a outras técnicas manuais que compõe a cinesioterapia a exemplo da drenagem postural, percussões, vibrações e a tosse assistida que por sua vez aumentam a eficácia. Há casos em que existe a dificuldade para a remoção das secreções das vias aéreas neste caso, é aconselhável a utilização previa de nebulização para a fluidificação das mesmas e melhor eficácia do aparelho (MENDES, 2013) O Cough Assist também mostrou sua eficiência na resolução de atelectasias agudas que estar diretamente ligadas a secreções produtivas nas vias aéreas, por meio do tubo TQT. Pesquisas mostram que facilita a extubação de pacientes neuropatas, bem como diminui o índice de aderência a métodos de invasivos de ventilação. Devido a sua capacidade de gerar fluxo adequadamente nas vias aéreas proximais e distais para eliminar de forma eficiente as secreções, pode-se observar uma melhoria da capacidade vital assim também como da taxa de fluxo pulmonar e saturação anormal devido a higienização pulmonar (BARROS; MEDEIROS, 2008). Objetivo: o objetivo da presente revisão de literatura foi descrever os benefícios da utilização do IE-M em pacientes críticos, bem como os principais desfechos clínicos evidenciados nesta população. Discussão: Clinicamente, os estudos demonstram que a utilização do IE-M é uma boa alternativa para o aumento da eficácia da tosse através do aumento do fluxo expiratório e consequente aprimoramento da higiene brônquica. Entretanto, cabe ressaltar que a maneira mais direta de verificar a eficácia de uma técnica de higiene brônquica é quantificar o volume de secreção removido pela mesma, o que não foi observado na maioria dos estudos apresentados. Conclusão O nível de evidência sobre a eficácia do IE-M é considerado baixo (nível C) para recomendar o seu uso em pacientes com tosse ineficaz. Sobretudo, o alto custo deste equipamento também priva muitos centros de reabilitação e hospitais de possuírem o mesmo devido à limitação de recursos financeiros . Entretanto, faz-se necessário o desenvolvimento de novos estudos com diferentes protocolos e tamanhos de amostra, para que seja possível evidenciar a superioridade do insuflador-exsuflador mecânico sobre outras técnicas de higiene brônquica ou a sua eficácia como técnica isolada. A análise metodológica realizada neste estudo demonstrou que vários trabalhos abordam o efeito do insuflador-exsuflador mecânico no aprimoramento da higiene brônquica de pacientes com doenças neuromusculares e fraqueza muscular respiratória, estando os mesmos submetidos ou não à ventilação mecânica. Este equipamento demonstrou ser uma estratégia segura e viável quando utilizada na prevenção de complicações pulmonares, tais como retenção de secreção e pneumonia. O aparelho mostrou-se, ainda, eficiente no aprimoramento da mecânica respiratória. Referências Homnick DN. Mechanical insufflation-exsufflation for airway mucus clearance. Respir Care 2007;52(10):1296-5. Porot V, Guérin C. Bench assessment of a new insufflation-exsufflation device. Respir Care 2013;58(9):1536-40. . GUIA DO PACIENTE – COUGH ASSIST®, disponível em : https://distrofico.amplarede.com.br/wp-content/uploads/guia-Coughassist.pdf. NUNES, L.C Insuflador/exsuflador mecânico vs aspiração endotraquel: efeitos hemodinâmicos e ventilatórios em pacientes sob ventilação mecânica, Porto Alegre; s.n; 17 p. 2015. MENDES, R. et al. In-exsuflação mecânica em cuidados intensivos a propósito de um caso clínico de atelectasia pulmonar. Revista de saúde Amato lusitano, v. 32, p. 47-51, 2013. Referências BARROS L. S.; MEDEIROS, E. B. Revisão do Tratamento Fisioterápico Na Tosse Ineficaz: Uso Da Tosse Mecanicamente Assistida (Cought Assist) Fisiologia Respiratória, 6ª São Paulo: Manole 2006
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