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Direito Ambiental historico · O direito ambiental nasceu do Direito internacional · Conferencia de 1972 (o meio ambiente ganhou destaque de direitos humanos) · Princípio da Responsabilidade comum diferenciada (Países desenvolvidos vs. Países em desenvolvimento) · 1992 – Cúpula da terra (RJ), princípio do desenvolvimento sustentável · 2002 no RJ – Rio 20 · 2012 no Rio A cf E O meio ambiente · Regra – art. 225, todos1 tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade2 o dever de defende-lo e preservá-lo para as presente e futuras gerações3 1 todos são os brasileiros e estrangeiros residentes no País (art. 5º/CF) 2 descumpre a CF aqueles que permitem ou possibilitam o desequilíbrio do meio ambiente 3 é um direito intergeracional · Deveres do Poder Público – 225, §1º/CF: I - Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas (Preservar as Unidades de Conservação – UC); II - Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético (Organismos Geneticamente Modificados); III - Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção (UC); IV - Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade (EIA – Estudo de Impacto Ambiental e RIMA – Relatório de Impacto ao Meio Ambiente); V - Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente (Organismos Geneticamente Modificados); VI - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. · Deveres da Coletividade – 225, §§ 2º e 3º/CF § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. · Bens ambientais constitucionalmente protegidos: a) Floresta amazônica brasileiraSua utilização e uso dos recursos naturais serão feitos sob as condições estabelecidas em lei, assegurando sua preservação b) Mata atlântica c) Serra do mar d) Pantanal Mato-Grossense e) Zona Costeira · É indisponível as Terras Devolutas e as arrecadas pelo Estado, por meio de ações discriminatórias, necessárias à proteção do ecossistema · Regras especiais: · Usina que utilizem REATOR NUCLEAR deve ter sua localização definida em LEI FEDERAL, se não houver não poderão ser instaladas · Nos casos das praticas desportivas que utilizem animais, não são considerais cruéis, desde que sejam manifestações culturais, conforme o art. 215, §1º/CF no qual são bens de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, DEVENDO ser regulamentadas por lei especifica para assegurar o bem-estar dos animais principios do direito ambiental 1) Dignidade da pessoa humana como vértice interpretativo do Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado a. Ver caso adi 4066 – Lei 9.055/95 que disciplina sobre as atividades relacionadas ao Amianto 2) Da Precaução a. Ratificou a sua adesão ao referido princípio, ao assinar a Declaração do Rio, durando a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) e a Carta da Terra no “Fórum Rio+5” b. Os povos devem estabelecer mecanismos pra combater preventivamente às ações que ameaçam a utilização sustentável dos ecossistemas, biodiversidade e floresta c. Princípios fundamental internacional ambiental d. É um critério de gestão de risco que será utilizado sempre que houver incertezas sobre um produto, serviço ou evento que pode desequilibrar o meio ambiente ou oferecer risco à saúde. É exigido que o Estado analise os riscos, avalie os custos das medidas de prevenção e adote as medidas necessárias, as quais irão decorrer de decisões universais, não discriminatórias, motivadas, coerente e proporcionais. 3) Função socioambiental da propriedade – antes da promulgação da CF/1988, o legislador já cuidava de impor as restrições ao uso da propriedade com o fim de preservar o meio ambiente 4) Da Vedação ao retrocesso em matéria ambiental a. Direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado b. É um direito-dever do Estado e da Coletividade c. É vedado: i. Excesso de proteção a ponto de proibir a atividade econômica ii. Insuficiência de proteção d. Opera como um limite aos limites dos direitos fundamentais, pois toda e qualquer intervenção restritiva no âmbito de proteção do direito fundamental carece não apenas de justificação, mas também enseja rigoroso controle de sua compatibilidade com o marco normativo constitucional e do direito internacional dos direitos humanos competencia · LC 140/211 · Arts. da CF: 21 a 24 e 30 · Competência administrativa = a) Competência COMUM da U, E, DF e M - art. 23 I - Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III - Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;Fiscalização COMUM: · Patrimônio ambiental cultural · Proteção ambiente-poluição · Fiscalização de floresta, recursos hídricos e minerais V - Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - Preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. · LC fixaram normas de cooperação entre U e os E, DF e M, tendo em visto o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar no âmbito nacional. · LC 140/2011 – Regulamenta o poder de fiscalizar em matéria de licenciamento ambiental · Art. 5º - o Ente poderá DELGAR, mediante CONVÊNIO, a execução de ações administrativas a ele atribuídas nesta LC, DESDE QUE o Ente destinatário da delegação disponha de ÓRGÃO AMBIENTAL CAPACITADO1 as ações administrativas a serem delegadas e de CONSELHO DO MEIO AMBIENTE1 i. 1 requisitos ii. Órgão ambiental capacitado (p/ efeito da lei) – é aquele que possui técnicos próprios ou em consorcio, devidamente habilitado e em número compatível com a demanda das ações administrativas a serem delegadas b) Competência privativa da U – art. 21 IX – Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social XIX –Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso XX – Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos XXIII – Explorar os serviços e instalações nucleares (será SEMPRE da U) de qualquer natureza e exercer o monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados c) Competência privativa dos Municípios – Art. 30 VIII - Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. · Competência Legislativa = a) Competência privativa da União – Art. 22. I - direito civil, comercial, penal (crimes ambientais, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. b) Competência concorrentes – Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI – Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. STF = “o espaço de possibilidade de regramento pela legislação estadual, em casos de competência concorrente abre-se: (1) toda vez que não haja legislação federal, quando então, mesmo sobre princípios gerais, poderá a legislação estadual dispor; e (2) quando, existente legislação federal que fixe os princípios gerais, caiba complementação ou suplementação para o preenchimento de lacunas, para aquilo que não corresponda à generalidade; ou ainda, para a definição de peculiaridades regionais”. ADI/MC 2.396, de 26.09.2001.
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