Embriologia - Desenvolvimento dos Membros

Prévia do material em texto

Embriologia
Aula 4 – 20/05/2019
Desenvolvimento dos Membros
ESTÁGIOS INICIAIS DO DESENVOLVIMENTO DOS MEMBROS:
Origem: folheto somático do mesoderma lateral e ectoderma.
No final da 4° semana os brotos dos membros aparecem como elevações nas paredes ventrolaterais do corpo.
Os brotos dos membros superiores surgem por volta do 26° ou 27° dia.
Os brotos dos membros inferiores surgem 1 ou 2 dias mais tarde.
Os brotos consistem de uma massa de mesênquima coberta por ectoderma. 
Uma proliferação do mesênquima resulta no alongamento dos brotos. 
No ápice de cada broto, o ectoderma se espessa formando a crista ectodérmica apical (CEA).
A CEA corresponde a uma estrutura epitelial estratificada especializada e tem função indutora sobre o mesênquima do membro, promovendo seu crescimento e desenvolvimento. 
DESENVOLVIMENTO DAS MÃOS E DOS PÉS:
A extremidade distal dos brotos dos membros sofre um achatamento formando as placas das mãos e as placas dos pés. 
Por volta da 6° semana, o mesênquima das placas das mãos se condensa formando os raios digitais. Logo em seguida, essas mesmas condensações ocorrem nas placas dos pés formando-se também raios digitais. 
As condensações mesenquimais esboçam os formatos dos dedos.
Na ponta de cada raio digital a CEA induz o mesênquima a formar o primórdio mesenquimal dos ossos (falanges dos dedos).
Os intervalos entre os raios digitais são preenchidos por mesênquima e ao mesmo tempo formam-se sulcos entre esses raios. Esses sulcos contribuem com a formação dos dedos. No entanto, inicialmente os dedos são unidos por membranas.
No final da 8° semana a membrana começa a passar por um processo de degeneração através da apoptose e assim formam-se os dedos das mãos e dos pés.
Também já conseguimos observar os cotovelos e os joelhos. 
ESTÁGIOS FINAIS DO DESENVOLVIMENTO DOS MEMBROS:
Desenvolvimento dos ossos, músculos e suprimento sanguíneo.
DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS:
Á medida que os membros se alongam surgem modelos mesenquimais dos ossos.
Na 5° semana os modelos mesenquimais tornam-se centros de condrificação que são modelos cartilaginosos.
No final da 6° semana todo o membro já apresenta esqueleto cartilaginoso.
Na 7° semana inicia-se a osteogênese dos ossos longos a partir do aparecimento dos centros de ossificação primário. 
Na 12° semana os centros de ossificação se espalham e ficam presentes em todos os ossos longos que formam os membros. 
DESENVOLVIMENTO DOS MÚSCULOS:
Originam-se dos miótomos dos somitos. 
Na 5° semana as células dos miótomos (mioblastos) migram para os brotos dos membros que estão em formação. Quando os mioblastos chegam nos brotos, eles formam 2 condensações, uma ventral e uma dorsal, que são massas e é a partir delas que formam-se os músculos.
Massa muscular dorsal:
-M. extensores e supinadores do MS.
-M. extensores e abdutores dos MMII.
Massa muscular ventral:
-M. flexores e pronadores do MS.
-M. flexores e abdutores dos MMII. 
MUDANÇAS POSICIONAIS DOS MEMBROS:
Com 48 dias os membros se estendem ventralmente e as placas das mãos e placas dos pés voltam-se umas para as outras.
Com 51 dias os MMSS estão flexionados no cotovelo e as mãos estão curvadas sobre o tórax.
Com 54 dias as solas dos pés estão voltadas para a região medial.
Com 56 dias os cotovelos já se flexionam mais e apontam para a região caudal, enquanto os joelhos apontam para a região cranial. 
SUPRIMENTO SANGUÍNEO DOS MEMBROS:
Os brotos iniciais dos membros são irrigados por ramos das artérias intersegmentares que se originam na aorta dorsal e formam uma fina rede capilar por todo o mesênquima.
O padrão vascular primitivo dos membros consiste da artéria axial primária (originada das a. intersegmentares) e seus ramos. 
Membro superior: a partir da a. axial primária formam-se:
-A. braquial (braço) e a. interóssea comum (antebraço).
-A. ulnar e a. radial.
-Arco palmar profundo e arco palmar superficial. 
Membro inferior: a partir da a. axial primária formam-se:
-A. profunda da coxa ou a. femoral.
-A. tibial e a. fibular.
-A. plantar mediana e a. plantar lateral.