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Histologia III Aula 3 – 09/04/2019 Órgãos Linfáticos – Baço e Tonsilas BAÇO: Maior órgão linfático. É o único órgão linfático que está em contato com o sangue, ou seja, está interposto na circulação sanguínea. Localizado no quadrante superior esquerdo da cavidade abdominal. Uma pessoa pode sobreviver sem o baço, no entanto teremos hemácias e plaquetas com forma alterada, porque não temos o baço para destruir essas hemácias, mesmo a medula suprindo a maior parte da necessidade. Histologia: É envolvido externamente por uma cápsula de TCD e dessa cápsula partem trabéculas (TCD). Na sua região medial temos o hilo por onde entram artérias, nervos e saem veias e vasos linfáticos que surgiram nas trabéculas. OBS: dentro do baço não temos vasos linfáticos, eles estão exclusivamente nas trabéculas. O parênquima do baço recebe o nome de polpa esplênica que é dividida em polpa branca e polpa vermelha. Polpa branca: formada por 3 componentes: -Artéria central. -Bainha linfática periarterial: camada de linfócitos (principalmente os linfócitos T) que envolve a artéria central. -Nódulos linfáticos: tem externamente a coroa/manto e internamente o centro germinativo onde os linfócitos B se proliferam. Seios marginais: entre a polpa branca e a polpa vermelha. Região mal delimitada. Composta por linfócitos, macrófagos e células dendríticas. As arteríolas derivadas da artéria central podem ir direto para os seios marginais ou elas vão para a polpa vermelha e depois fazendo uma curva voltam para os seios marginais. Então elas são importantes para a filtração do sangue que acontece nos seios marginais. Polpa vermelha: maior parte do baço. A polpa branca está inserida na vermelha. É formada pelos cordões esplênicos e pelos seios esplênicos. A base dos cordões esplênicos é formada por células reticulares e fibras reticulares. Inserida nessa rede temos células de defesa: macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, granulócitos, plaquetas e eritrócitos/hemácias. OBS: no baço temos plaquetas e hemácias, nos linfonodos não. Essa polpa é vermelha por causa da presença de hemácias. Delimitando os sinusóides ou seios esplênicos temos células endoteliais alongadas, porém entre essas células temos espaços que são fundamentais para a função do baço, pois são eles que permitem que as hemácias adentrem e que os macrófagos emitam prolongamentos para fagocitar patógenos. Circulação sanguínea: A artéria esplênica adentra a região do hilo e vai para as trabéculas onde ela se ramifica, passando a se chamar de artéria trabecular. Das trabéculas ela adentra a polpa esplênica e passa a ser circundada por linfócitos se transformando em artéria central. A bainha linfática periarterial que envolve a artéria central vai se espessar e dar origem a um nódulo linfático. As arteríolas que partem da artéria central adentram o seio marginal. A artéria central vai para a polpa vermelha onde passa a se chamar de arteríola penicilar/penicilada. Na porção terminal dessa arteríola temos um acúmulo de macrófagos e linfócitos B e T formando uma bainha ou elipsoide. Após essa bainha temos o capilar arterial. O baço tem 2 tipos de circulação: aberta e fechada. Circulação fechada: o capilar arterial desemboca diretamente nos seios esplênicos. Circulação aberta: o capilar arterial desemboca nos cordões esplênicos entre as células. Essa é a mais eficiente no processo de filtração porque ela passa entre as células de defesa. Os seios esplênicos estão ligados as veias da polpa vermelha que adentram as trabéculas passando a se chamar de veias trabeculares. As veias trabeculares saem do baço e desemboca na veia esplênica. Função: É um órgão que desempenha funções de defesa e hematopoiéticas. -Produz linfócitos (na polpa branca). -Defende organismo. -Armazenamento de sangue (na polpa vermelha). -Destruição de eritrócitos (hemocaterese): a hemácia vive 120 dias no máximo, quando ela chega nesse tempo ela reduz sua flexibilidade e sua membrana se modifica (libera sinais químicos que o macrófago identifica destruindo-as). Depois que o macrófago a fagocita ele degrada essa hemácia: a globina é quebrada liberando aminoácidos para serem reutilizados; a bilirrubina é liberada no sangue pelo macrófago e o fígado absorve esse bilirrubina porque é um componente de bili; o ferro pode ficar armazenado no macrófago como ferritina ou o macrófago libera o ferro que se liga a proteína transferritina. TONSILAS: São aglomerados de tecido linfoide incompletamente encapsuladas. São órgãos linfáticos produtores de linfócitos que podem invadir o epitélio se necessário. Elas formam um anel de proteção da orofaringe. Tonsilas faríngeas/faríngeanas: localizada na porção superoposterior a faringe. São formadas por tecido linfoide difuso que está abaixo do epitélio respiratório (pseudoestratificado cilíndrico ciliado). Apresentam nódulos linfáticos. Ausência de cripta tonsilar. Tonsilas palatinas: localizadas lateralmente a faringe. Temos um par. São formadas por tecido linfoide difuso que está abaixo que está abaixo do epitélio estratificado pavimentoso. Nesse tecido linfoide difuso temos a presença de nódulos linfáticos. Possuem de 10 a 20 invaginações epiteliais que recebem nome de criptas tonsilares. Tonsilas linguais: localizadas na base da língua. Formadas por tecido linfoide difuso e estão abaixo do epitélio estratificado pavimentoso. Possuem uma única cripta tonsilar. Apresentam nódulos linfáticosTecido Linfoide Difuso Epitélio Respiratório
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