Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 5 FUNDAMENTOS DE BIOENERGIA Profª Maria de Fátima dos Santos Ribeiro 02 CONVERSA INICIAL Esta aula tem como objetivo apresentar os conceitos de cadeia produtiva, complexos agroindustriais e biorrefinarias e, para tanto, está organizada da seguinte forma: inicialmente vamos abordar os conceitos relacionados acima e, a seguir, vamos exemplificar, com os complexos agroindustriais sucroenergético e as cadeias produtivas do biogás, do biodiesel e o complexo agroindustrial da madeira. CONTEXTUALIZANDO A energia da biomassa é um produto que está inserido em um sistema que gera, além da energia, outros produtos e serviços de interesse econômico e ambiental. Compreender como um produto energético gerado a partir da biomassa se insere em um contexto produtivo mais amplo é de fundamental importância, porque uma mesma matéria-prima pode gerar produtos que competem entre si em termos de mercado. Por exemplo, a soja produz óleo que pode ser transformado em biodiesel, mas também pode ser transformado em óleo comestível ou, ainda, o grão pode ser exportado como commodity. Por mais que haja interesse no biodiesel, o mercado em última análise é que vai definir o destino mais interessante do grão de soja, a não ser que existam instrumentos (normalmente, as políticas públicas) que atuem como reguladores e que, a despeito das forças do mercado, direcionem o uso das matérias-primas para fins energéticos. Assim, é necessário compreender todo o sistema produtivo no qual o produto energético está inserido. TEMA 1 – CONCEITOS DE CADEIA PRODUTIVA, COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS E BIORREFINARIAS Os conceitos de cadeia produtiva e complexo agroindustrial estão interrelacionados e derivam da teoria geral dos sistemas (Castro, 2001). A energia da biomassa é um produto oriundo de cadeias produtivas e complexos agroindustriais (CAIs), e, portanto, é necessário comprender esses contextos produtivos mais amplos nos quais a energia da biomassa se insere. Aplicando esses conceitos aos produtos energéticos, podemos considerar que uma cadeia produtiva é analisada tomando-se como ponto de partida o produto (por exemplo, o etanol), e o complexo agroindustrial (CAI) é analisado tomando-se como ponto de partida a matéria-prima (por exemplo, a cana-de- 03 acúcar). Dessa forma, um complexo agroindustrial poderá conter várias cadeias produtivas, uma vez que uma mesma matéria-prima (cana-de-açúcar) vai gerar vários produtos (etanol, acúcar, bioeletricidade e outros). Um esquema geral de cadeia produtiva é apresentado na Figura 1. Verifica- se que uma cadeia produtiva é composta por vários elos, e cada elo representa um subsetor. O primeiro elo são os fornecedores de insumos, por exemplo, os fertilizantes para as culturas energéticas, as rações e os medicamentos para as criações que vão gerar os dejetos que serão biodigeridos e transformados em biogás, válvulas, bombas e tubulações para a construção de biodigestores, máquinas e equipamentos em geral. O segundo elo é representado pelas propriedades rurais, que é onde a matéria-prima (por exemplo, os colmos da cana- de-açúcar, os grãos de soja etc) será produzida. A seguir, a agroindústria ou usina vão transformar essa matéria-prima em produtos, que podem ser energéticos (por exemplo, o etanol e o biodiesel) ou outros produtos como o óleo comestível, farelos para a alimentação animal, açúcar e outros. O próximo elo é representado pelo atacadista (ou as distribuidoras, como a Petrobras) e o varejista (por exemplo, os postos de gasolina). Na extremidade da cadeia, está o consumidor final. Esse sistema produtivo está inserido em um ambiente institucional e organizaconal que influencia favorecendo ou não as atividades produtivas. Simioni et al. (2007) definem esses ambientes da sequinte forma: • O ambiente organizational é constituído pelas orgfanizações corporativas, os sindicatos, os institutos de pesquisa e difusão de tecnologias, além de políticas setoriais privadas. Eles estão presentes na maioria das cadeias agroindustriais brasileiras e atuam como representantes na organização e reivindicadores junto a órgãos públicos, na cooperação entre os agentes e no suprimento de informações. • O ambiente institucional comtempla o sistema legal de solução de disputas, as tradições e os costumes, o sistema político e as políticas macroeconômicas, tarifárias, tributárias, comerciais e setoriais adotadas pelo governo, assim como por governos de outros países, parceiros comerciais e concorrentes. O ambiente institucional refere-se ainda a questões como grau de abertura da economia, taxa de câmbio, crédito, políticas regulatórias e infraestruturais. Derivado do conceito de cadeia produtiva, temos o conceito de complexo agroindustrial, o qual engloba várias cadeias produtivas. Por exemplo, o complexo 04 agroindustrial da soja engloba a cadeia produtiva do óleo de soja e a cadeia produtiva do biodiesel. O complexo da madeira engloba a cadeia produtiva dos pellets, a cadeia produtiva dos laminados etc. Dessa forma, uma cadeia produtiva é identificada e nomeada a partir do produto, enquanto o complexo agroindustrial é nomeado e identificado a partir da matéria-prima. A importância de se adotar o enfoque de cadeia produtiva/CAI reside no fato de que, dentro de um complexo agroindustrial, o desempenho de uma cadeia produtiva vai afetar diretamente o desempenho de outra, sobretudo no caso dos commodities, cujo preço é definido nos mercados externos. Por exemplo, no CAI da cana-de-açúcar, uma alta de preços do açúcar no mercado internacional fará com que as usinas direcionem a matéria-prima para a produção de açúcar, em detrimento da produção de etanol. Da mesma forma, no CAI da soja, uma alta de preços da soja (grão) no mercado internacional vai afetar a disponibilidade de óleo para a produção de biodiesel. Portanto, o conhecimento da dinâmica dos CAIs é de extrema importância para a sustentabilidade da produção de energia a partir da biomassa. Mais recentemente, foi introduzido na literatura o conceito de biorrefinarias, que são unidades produtivas que integram processos e tecnologias capazes de produzir alimentos, rações, biofertilizantes, produtos químicos de elevado valor agregado e energia (calor e eletricidade). Esses produtos oriundos de processos de conversão da biomassa são denominados produtos de base biológica, também conhecidos como basebio (Favaro; Miranda, 2013). Esse conceito está muito relacionado ao conceito de compelxo agroindustrial, sendo que a biorrefinaria refere-se ao empreendimento, e o complexo agroindustrial refere-se a um marco conceitual de análise de um sistema produtivo, considerando-se também os ambientes institucional e organizacional. 05 Figura 1 – Esquema de uma cadeia produtiva Fonte: Castro, 2001. TEMA 2 – COMPLEXO AGROINDUSTRIAL SUCROENERGÉTICO Ribeiro e Raiher (2012) caracterizaram o complexo agroindustrial sucroenergético paranaense com o objetivo de avaliar a importância da utilzação dos resíduos para a geração de energia. As autoras caracterizaram o complexo agroindustrial da cana, com o seu respectivo fluxo de capital, considerando os dados da safra 2009/2010. A Figura 2 mostra que o CAI da cana é constituído pelas cadeias produtivas do açúcar, do etanol (anidro e hidratado) e da bioeletricidade, que estão interrelacionadas. Os elos estão organizados em subsetores, sendo o primeiro o subsetor de insumos (fertilizantes, agrotóxicos) e o de mecanização (máquinas e equipamentos). A seguir, o subsetor agropecuário compreende as fazendas das próprias usinas e as fazendas dos fornecedores, os quais entregam a produção colhida para as usinas. O elo seguinte, representado pelo subsetor de transformação, compreende as usinas (com ou sem destilarias anexas) que produzem o etanol, o açúcar e a energia elétrica,sendo que o valor de 486 GWh apresentado na figura representa a quantidade de energia exportada para a rede. Por fim, o subsetor de distribuição e o consumidor final fecham as cadeias produtivas. 06 Na safra 2009/2010, existiam no estado do Paraná 30 unidades produtoras de açúcar e etanol, sendo 23 usinas e 7 destilarias. Delas, 17 possuíam empreendimentos de cogeração em operação com capacidade total de geração de 263MW. Os valores apresentados na Figura 2 referem-se ao fluxo de capital (ou monetário), sendo o VB representado pelo valor bruto da produção, e o VA representado pelo valor agregado. Comparando-se os VA de cada subsetor, verifica-se que o elo que mais contribuiu na agregação de valor dos produtos oriundos do CAI da cana foi o de distribuição (52%), seguido do elo de transformação (30%). O subsetor agropecuário foi o que menos agregou valor, contribuindo com apenas 8%. Assim, a maior parte dos montantes pagos pelos consumidores ficou concentrada no subsetor de distribuição, ao mesmo tempo que o elo no qual se concentrou a menor fatia de renda fo o subsetor agropecuário. Assim, fica evidente que qualquer política de fomento à produção de energia a partir da cana-de-açúcar deve passar por um apoio a esse subsetor. Figura 2 – Caracterização do complexo agroindustrial da cana-de-açúcar no Estado do Paraná, com o seu fluxo de capital (valores em milhões de reais) Fonte: Ribeiro; Raiher, 2012. 07 TEMA 3 – CADEIA PRODUTIVA DO BIODIESEL Para a caracterização da cadeia produtiva do biodiesel, será utilizado o exemplo do estado do Paraná, a partir de um estudo realizado por Ribeiro e Raiher (2012) com base nos dados do Censo Agropecuário de 2010. O estado do Paraná caracteriza-se por possuir um importante complexo agroindustrial de esmagamento da soja, sendo que em 2010 apresentava a segunda maior capacidade de esmagamento entre os estados brasileiros, com 20% da capacidade nacional, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove, 2011, citado por Ribeiro;Raiher, 2012). Por outro lado, o Paraná participou com apenas 3% da produção nacional de biodiesel, mesmo com os incentivos proporcionados pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Essa discrepância entre produção da matéria-prima e produção de biodiesel pode ser analisada tendo-se como quadro analítico o CAI da soja. A Figura 3 apresenta o fluxograma do complexo agroindustrial da soja, no qual verificam-se as seguintes cadeias produtivas: soja em grão, óleo de soja, farelo e biodiesel. Os componentes desse CAI são os fornecedores de insumos e máquinas, os sistemas de produção (propriedades rurais), uma estrutura de recepção, armazenamento e comercialização da produção agrícola, representada pelas cooperativas e pelas empresas privadas, sendo que as cooperativas, além de comercializar a produção de grãos, também realizam o esmagamento para a extração do óleo. Sendo uma commodity, a soja tem seu valor cotado conforme a variação do mercado internacional. Dessa forma, quando os preços no mercado externo sobem, diminui-se a produção de óleo de soja internamente. Assim, há um mercado concorrencial para a soja, que é o mercado externo. Verifica-se pelo fluxograma apresentado na Figura 3 que cerca de 45% da soja produzida no estado era exportada e, em geral, 85% do custo do biodiesel, quando produzido em plantas de alta capacidade, referia-se ao custo do óleo vegetal. Assim, as autoras argumentam que a existência de um mercado concorrencial para a matéria-prima pode ser o condicionante para a baixa participação relativa da soja na produção de biodiesel paranaense. Além disso, o porto de Paranaguá, principal via de escoamento para o mercado internacional da soja brasileira, é relativamente próximo às regiões produtoras, o que se torna um diferencial de grande importância na determinação dos custos de transporte nas principais 08 regiões produtoras de soja no estado, favorecendo o escoamento da produção de seus derivados, como o óleo e o farelo, para exportação. Figura 3 – Complexo agroindustrial da soja no Paraná Fonte: Ribeiro; Raiher, 2012. 09 TEMA 4 – CADEIA PRODUTIVA DO BIOGÁS NO CONTEXTO DO COMPLEXO AGROINDUSTRIAL DE SUÍNOS Para ilustrar a Figura 4, cadeia produtiva do biogás, será utilizado como exemplo o estudo sobre a cadeia produtiva do biogás gerado a partir de dejetos de suínos, realizado por Prada (2015): Figura 4 – Cadeia produtiva do biogás e do CAI de suínos Fonte: Prada, 2015. 010 Apesar de ser oriundo de resíduos da atividade produtiva de carne suína, o biogás possui cadeia própria, que se diferencia da cadeia produtiva de carnes, uma vez que é um produto energético. O subsetor de insumos na cadeia de suínos compreeende todas as rações, medicamentos, aditivos, máquinas, equipamentos e instalações para a atividade suinícola. O subsetor de insumos na cadeia do biogás corresponde aos equipamentos como biodigestores, válvulas, tubulações etc., necessários para a biodigestão, o armazenamento e a utilização do biogás e sua conversão em energia térmica, mecânica ou elétrica. O subsetor agropecuário é onde ocorre a produção simultânea de carne (suínos) e dejetos, ou seja, as propriedades rurais. Os produtores criam os suínos em dois sistemas: produtores independentes ou produtores integrados. No primeiro caso, as tecnologias e os processos utilizados no sistema produtivo são definidos pelos produtores, ao passo que, no segundo caso, são definidos pela agroindústria à qual o produtor é integrado. Assim, o subsetor de transformação fornece os insumos (rações, medicamentos) e processa a matéria-prima, agregando valor duas vezes, tanto à montante quanto à jusante. Nesse sentido, o que a agroindústria define em termos de tecnologia terá impacto direto na produção de biogás, como ocorre em algumas agroindústrias que financiam a aquisição de biodigestores para os seus integrados. Por outro lado, ao produzir biogás, o produtor rural terá à disposição um biofertilizante (efluente oriundo do processo de biodigestão anaeróbia) que pode ser utilizado na produção agrícola (por exemplo, milho para a fabricação da rações para suínos), reduzindo assim o custo de produção das rações e, consequentemente, o custo de produção de suínos. Este é um exemplo de como a cadeia do biogás impacta diretamente a cadeia de produção de carnes. Uma vez gerado biogás a partir da biodigestão anaeróbia, ele pode ser utilizado na própria propriedade rural diretamente para o aquecimento de instalações nas criações e na residência como também para gerar energia elétrica para as operações agrícolas. O biogás pode ainda ser canalizado para uma central termelétrica localizada fora da propriedade. No primeiro caso, o subsetor de transformação ocorre nos mesmos limites do subsetor de produção, e, no segundo caso, ele ocorre fora da propriedade. O subsetor seguinte, de distribuição, refere-se então ao sistema interligado, para o qual a energia excedente pode ser comercializada. 011 TEMA 5 – COMPLEXO AGROINDUSTRIAL DA MADEIRA Para ilustrar o CAI da madeira, será utilizado como exemplo o estudo realizado por Simioni (2007) na região do Planalto Sul de Santa Catarina. A Figura 5 mostra que o CAI da madeira é formado pelo subsetor de insumos, pelo subsetor de produção florestal, sendo que este fornece a matéria-prima para dois subsetores de transformação: a transformação mecânica, que vai originar laminados, serrados e partículas, que por sua vez vão resultar nos produtos (cadeias produtivas) de painéis (laminados, particulados e de fibras), madeira sólida (tábuas, pisos, forros) e papel e celulose, respectivamente. O subsetor de biomassa vai originar o produto (cadeia produtiva) de energia. Assim, o que ocorre no subsetor de transformação mecânicavai afetar a cadeia produtiva da biomassa. Figura 5 – Diagrama geral do CAI da madeira Fonte: Simioni, 2007. Na região de estudo, os produtos florestais são destinados para a indústria de celulose e papel (representando cerca de 40% do consumo regional de 012 madeira); indústria de transformação mecânica e para a produção de energia, sendo que esta utiliza os resíduos da colheita florestal e toras finas. As indústria de transformação primária (serrarias e laminadoras que realizam as operações de desdobro) geram resíduos como cascas, costaneira e serragem. Geralmente são produzidos cavacos a partir das costaneiras sem casca, destinados a indústrias de papel e celulose, sendo que os demais resíduos são destinados à produção de energia ou de painéis. As indústrias de transformação secundária (indústrias de beneficiamento que produzem forros, pisos, madeira para construção civil, painéis, chapas, artefatos, além da indústria de celulose e papel) geram resíduos como serragem, maravalha, destopos, refilos, pó, entre outros. As indústrias de transformação terciária (moveleiras e convertedoras de papel) geram resíduos semelhantes aos das indústrias de transformação secundária, porém com maior proporção de pó. A geração de resíduos na CAI da madeira é de extrema importância para a geração de energia, uma vez que, segundo o autor do estudo, sessenta e cinco porcento (65%) do volume total de uma árvore transforma-se em resíduo. Figura 6 – Esquema da cadeia produtiva de energia no contexto do CAI da madeira na região do Planalto Sul de Santa Catarina Fonte: Simioni, 2007. 013 Na região de estudo, os resíduos são encaminhados para a cogeração de energia (planta industrial de energia elétrica e térmica, onde a queima dos resíduos é destinada à produção de vapor, que é utilizado para a secagem das madeiras e para a produção de energia elétrica. Também são utilizados para a geração de energia térmica das próprias empresas (vapor de processo), para a produção de celulose e também para serem utilizados como cama de aves em sistemas de criação de frangos. Verifica-se assim um uso concorrencial dos resíduos, cuja utilização será direcionada segundo os preços praticados no mercado. FINALIZANDO O estudo dos produtos energéticos derivados da biomassa demanda uma visão sistêmica da produção, uma vez que uma mesma matéria-prima vai gerar vários produtos (ou várias cadeias produtivas), que vão apresentar usos concorrenciais. Assim, uma mesma matéria-prima pode ter um uso economicamente mais atrativo do que para a geração de energia, sendo que essa visão deve ser incorporada por ocasião da elaboração de políticas públicas ou de planos de investimento do setor privado. Nesta aula, examinamos os conceitos de complexo agroindustrial (CAI), de cadeia produtiva e de biorrefinarias. Em cada exemplo, foi possível verificar que o CAI possui limites, entradas, saídas, subsetores e interações e que cada CAI possui várias cadeias produtivas. O CAI da cana-de-açúcar do estado do Paraná é integrado pelas cadeias produtivas de etanol, açúcar e bioeletricidade. O CAI de suínos é integrado pelas cadeias produtivas da carne suína e pelo biogás, que passou de um resíduo para um produto com cadeia produtiva própria. A cadeia do biodiesel, por sua vez, é parte de CAI da soja e, no Paraná, concorre com a cadeia do grão de soja, do óleo de soja e do farelo, sendo que o estado possui características que propiciam a exportação do grão de soja em detrimento do seu uso como matéria-prima para a produção de biodiesel. Também estudamos o CAI da madeira no Planalto Sul de Santa Catarina e verificamos por meio do estudo de Simioni (2007) a importância dos resíduos das indústrias de processamento que compõem as cadeias produtivas de painéis e madeira sólida para a cadeia de energia, que opera basicamente com os resíduos da biomassa florestal. Esses resíduos produzem energia térmica (geração de vapor na indústria florestal, na cerâmica vermelha e nas agroindústrias de alimentos e bebidas da região) e são utilizados para cogeração de energia. 014 REFERÊNCIAS CASTRO, A. M. G. Prospecção de cadeias produtivas e gestão da informação. Campinas, Transformação, v. 13, n 2, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 37862001000200004>. Acesso em 10 de setembro de 2017. FAVARO, S. P.; MIRANDA, C. H. B. Aproveitamento de espécies nativas e seus coprodutos no contexto de biorrefinarias. Brasília, DF, Embrapa Agroenergia, 38p. (Embrapa, Documentos). Disponível em <https://www.embrapa.br/agroenergia/busca-de-publicacoes/- /publicacao/974421/aproveitamento-de-especies-nativas-e-seus-coprodutos-no- contexto-de-biorrefinaria>. Acesso em: 31 jan. 2018. PRADA. A. G. Análise dos condicionantes para o aumento da oferta de energia elétrica a partir do biogás no Brasil. 65 f. Monografia (Especialização em Energias Renováveis) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2015. RIBEIRO. M. F. S.; RAIHER, A. P. Complexo agroindustrial da cana-de-açúcar no Paraná: contribuição da geração de energia da biomassa residual no valor adicionado. In: VII Congresso Brasileiro de planejamento Energético. Anais. Curitiba, 12 a 15 de agosto de 2012. RIBEIRO, M. F. S.; RAIHER, A. P. Condicionantes socioeconômicos à produção de biodiesel no Paraná. In: VII Congresso Brasileiro de planejamento Energético. Anais. Curitiba, 12 a 15 de agosto de 2012. SIMIONI, F. J.; HOEFLICH, V. A.; SIQUEIRA, E. S.; BINOTTO, E. Análise diagnóstica e prospectiva de cadeias produtivas: uma abordagem estratégica para o desenvolvimento. In: XLV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural. Anais. Londrina, 22 a 25 de julho de 2007. Disponível em <http://docplayer.com.br/45963911-Analise-diagnostica-e- prospectiva-de-cadeias-produtivas-uma-abordagem-estrategica-para-o- desenvolvimento.html>. Acesso em: 31 jan. 2018. SIMIONI, F. J. Análise diagnóstica e prospectiva da cadeia produtiva de energia de biomassa de origem florestal no planalto sul de Santa Catarina. 132 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007.
Compartilhar