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Doença de Chagas
 É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi.
Como se adquire?
Através da entrada do Trypanosoma no sangue dos humanos a partir do ferimento da “picada” por barbeiros ou chupões, como são conhecidos no interior do Brasil.
Estes barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos contaminados. Uma vez no tubo digestivo do barbeiro, o parasita é eliminado nas fezes junto ao ponto da “picada”, quando sugam o sangue dos humanos que por aí infectam-se.
Outras formas de contato ocorre na vida intra-uterina por meio de gestantes contaminadas, de transfusões sanguíneas ou acidentes com instrumentos de punção em laboratórios por profissionais da saúde, estas duas últimas bem mais raras.
sintomas
A doença possui uma fase aguda e outra crônica. No local da picada pelo “vetor” (agente que transmite a doença, no caso, o barbeiro), a área torna-se vermelha e endurecida, constituindo o chamado chagoma, nome dado à lesão causada pela entrada do Trypanosoma. Quando esta lesão ocorre próxima aos olhos, leva o nome de sinal de Romaña. O chagoma acompanha-se em geral de íngua próxima à região.
Leishmaniose
um grupo de doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos ao homem por mosquitos do gênero Phlebotomus e que podem afetar as vísceras, as mucosas ou a pele. Distinguem-se, pois, a leishmaniose visceral, a mucocutânea e a cutânea.
Tipos
A leishmaniose se transmite ao ser humano por meio de mosquitos flebótomos infectados, cuja picada produz uma infecção do sangue e dos tecidos pelo parasito Leishmania, do qual existem várias espécies que podem afetar o ser humano:
· Leishmania chagasi, causa da leishmaniose visceral. (LVA)
· Leishmania amazonensis, causa da leishmaniose cutânea.
· Leishmania braziliensis, que causa a leishmaniose mucocutânea.(LTA)
Também chamada calazar, a leishmaniose visceral afeta fundamentalmente o baço e o fígado e provoca mau funcionamento desses órgãos, com inflamação aguda, anemia, aumento da temperatura corporal e perda de peso. Se a doença evolui, a saúde do afetado se deteriora progressivamente e este pode ter erupções cutâneas e um declínio paulatino das funções renais. O conjunto de distúrbios provocados por esse tipo de leishmaniose pode levar o paciente à morte num período máximo de dois anos, caso não receba tratamento adequado.
As leishmaniose cutânea e mucocutânea apresentam sintomas similares. Tanto uma como outra são menos graves, embora não se possa desprezar sua importância. A principal manifestação de ambas consiste numa erupção na pele, com centro na picada, que aumenta de tamanho e se converte numa úlcera que progressivamente se transforma numa crosta e supura de forma contínua. Essa úlcera representa um perigo latente de nova infecção que produza febre e outros sintomas. A diferença essencial entre as leishmanioses cutâneas é que, como bem indica seu nome, na leishmaniose mucocutânea são afetadas e destruídas as membranas mucosas e estruturas afins.
Leishmania chagasi
Na picada o vetor se infecta com a forma amastigota e essas se transformam em promastigotas, que ao se multiplicarem podem até obstruir o canal alimentar do inseto. Esse ao inocular saliva no hospedeiro definitivo manda aquele bolo de formas promastigotas que penetram nas células retículo endoteliais e se transformam em amastigotas, que se multiplicam e ganham a corrente sangüínea e vão ao baço ou fígado.
Leishmania brasiliensis
Na picada o vetor se infecta com a forma amastigota e essas se transformam em promastigotas, que ao se multiplicarem podem até obstruir o canal alimentar do inseto. Esse ao inocular saliva no HD manda aquele bolo de formas promastigotas que penetram nas células retículo endoteliais e se transformam em amastigotas, que se multiplicam e ficam ali mesmo na pele do hospedeiro.
como se adquire?
Pode ser transmitida através da picada do mosquito palha, por transfusão de sangue contaminado, transplacentária e pelo contato direto com sangue e secreções.
sintomas
Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta. Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço.
Giardíase
A giardíase, ou giardiose, é uma doença intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia. Trata-se de um protozoário de distribuição mundial (cosmopolita), podendo ser encontrado nas mais diversas regiões do globo, porém, está comumente associada à locais de baixas condições de saneamento básico, higiene e falta de água tratada.
como se adquire?
A giardíase é adquirida pela ingestão dos cistos do protozoário. Os cistos são formas de resistência que os protozoários em geral podem assumir quando as condições ambientais não são favoráveis. Eles são encontrados em águas de córregos e riachos, que por sua vez são utilizados para irrigar pequenas hortas ou mesmo para o consumo de água. Os cistos, quando ingeridos, não são destruídos pelo ácido estomacal, na verdade, ele os estimula a transformarem-se na forma adulta (chamada de trofozoíta).
No duodeno os trofozoítas já estão totalmente desencistados. Eles ligam-se ao epitélio do duodeno e do jejuno através da ventosa. Se a carga parasitária for grande, ocorre o fenômeno chamado de “atapetamento”, pois, literalmente, os protozoários formam um tapete que recobre as vilosidades do intestino, dificultando a absorção dos nutrientes pelo corpo.
Sintomas
Uma pessoa infectada por Giárdia pode apresentar inúmeros sintomas, ou mesmo não apresentá-los, constituindo o que se chama de quadro assintomático. Os sintomas são inespecíficos, o que dificulta um diagnóstico clínico. Os sintomas mais comuns são diarréia, cólicas abdominais, flatulência, distensão abdominal, náuseas, eliminação de fezes gordurosas e fétidas e perda de peso. Alguns deles podem ou não estar presentes, mas a diarréia é sempre o mais comum.
Em alguns casos mais graves podem surgir sinais de desnutrição. Com a perda das vilosidades a área total de absorção fica consideravelmente reduzida, prejudicando a absorção de diversos nutrientes, principalmente de gordura. Essa deficiência de absorção leva às fezes gorduras e à perda de muitas vitaminas lipossolúveis, ou seja, que precisam estar dissolvidas em gordura para serem absorvidas.
Toxoplasmose
Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Homens e outros animais também podem hospedar o parasita.
como adquire?
Toxoplasmose é causada por um cisto do tipo Toxoplasma gondii, um dos parasitas mais comuns do mundo. Ela pode ser adquirida por meio da ingestão de alimentos contaminados – em especial carne crua ou mal passada, principalmente de porco e de carneiro - e vegetais que abriguem os cistos do Toxoplasma após terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros.
Esses cistos podem infectar quase todas as partes do organismo humano, incluindo cérebro, músculos e até mesmo o coração. No entanto, se a pessoa for saudável de um modo geral, o sistema imunológico a defenderá bem contra as ações do parasita, mantendo-o inativo dentro do organismo e impedindo, assim, que a pessoa volte a ser infectada novamente por ele.
Mas se a resistência não for tão boa, principalmente se o paciente tiver alguma doença que comprometa o sistema imunológico, a infecção pode ser reativada e causar sérias complicações.
A toxoplasmose não é contagiosa entre humanos – ou seja, ela não pode ser transmitida de pessoa para pessoa.No entanto, as fezes de gatos e outros felinos e a ingestão de alimentos contaminados não são a única porta de entrada para o parasita. Humanos também podem adquirir a doença em outras situações, como:
· Usando facas e outros utensílios de cozinha contaminados
· Comer frutas e vegetais mal lavados
· Transfusões de sangue ou transplantes de órgãos
A doença também pode ser congênita. Neste caso, ela é transmitida da mãe infectada para o bebê por meio da placenta. Se a mulher foi diagnosticada com a doença um pouco antes ou durante a gestação, as chances de ela passar a inflamação para o filho são de 30%, em média.
Fatores de risco
Qualquer pessoa pode ser infectada pelo parasita da toxoplasmose, mas alguns fatores de risco aumentam os riscos de contaminação, confira:
· Aids/HIV: com o sistema imunológico debilitado, a pessoa tornase mais vulnerável à ação do protozoário
· Quimioterapia: estar sob tratamento de quimioterapia também afeta a resistência do organismo.
· Medicamentos: alguns deles também podem causar prejuízos ao sistema imunológico.
· Gravidez: se a mulher tiver sido diagnosticada com toxoplasmose, um tratamento específico pode reduzir as chances do bebê nascer com a doença.
sintomas
Geralmente, a toxoplasmose é uma doença que passa desapercebida. Em alguns casos, porém, em pessoas consideradas saudáveis, podem aparecer sintomas parecidos com os da gripe, como dor de cabeça, coriza, dor no corpo, febre, fadiga e dor de garganta.Já em pacientes com o sistema imunológico debilitado, podem surgir sintomas específicos, como problemas de coordenação, convulsões, confusões, visão turva e, em alguns casos, até mesmo infecções respiratórias, como pneumonia etuberculose.Em bebês, os sintomas são diferentes. Alguns podem nascer com pulmões e baço anormalmente grandes, podem sofrer também de convulsões e de amarelamento da pele e dos dentes, além de graves infecções nos olhos. Somente uma pequena parte dos bebês que nascem com toxoplasmose demonstram sinais da doença nos primeiros dias de vida. Geralmente os sintomas só aparecem na adolescência.
Tricomoniáse
Tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível causada pelo parasito Trichomonas vaginalis. Nas mulheres a tricomoníase é uma das principais causas de vaginite e corrimento vaginal, mas costuma ser uma infecção assintomática nos homens. Neste texto vamos abordar os modos de transmissão, os sintomas, diagnóstico e tratamento do Trichomonas vaginalis.
como adquire?
A tricomoníase é causada pelo protozoário unicelular Trichomonas vaginalis. É uma das principais DST curáveis no mundo, acometendo cerca de 170 milhões de pessoas todo ano.
A transmissão é pela via sexual e, curiosamente, só se dá através do sexo entre mulher/homem ou entre mulher/mulher. A transmissão do Trichomonas entre homens é rara, não sabe bem por quê. A via sexual é virtualmente a única forma de transmissão, sendo incomum a contaminação através de roupas, toalhas ou outros fômites.
O Trichomonas vaginalis é um parasito que só infecta o ser humano; costuma viver na vagina ou na uretra, mas pode também ser encontrado em outras partes do sistema geniturinário. O protozoário causa lesão do epitélio vaginal, levando à formação de úlceras microscópicas que aumentam o risco de contaminação por outras DSTs, nomeadamente o HIV, HPV, herpes, gonorreia e clamídia
O período de incubação, isto é, o tempo entre a contaminação e o aparecimento do sintomas, varia geralmente entre 4 a 28 dias, todavia muitas pessoas são carreadoras assintomáticas do parasito por longos períodos. Algumas mulheres possuem o Trichomonas por meses antes de surgirem sintomas, tornando muito difícil definir a data em que ocorreu a contaminação.
Sintomas
a) Tricomoníase no homem
No sexo masculino a infecção pelo Trichomonas vaginalis costuma ser assintomática e transitória, melhorando espontaneamente em muitos casos. O homem costuma ser um carreador assintomático do parasito. Quando há sintomas, o quadro mais comum é a uretrite (inflamação da uretra) levando à dor para urinar e corrimento uretral purulento. Uma complicação pouco comum mas possível é a infecção da próstata pelo Trichomonas, levando à prostatite.
b) Tricomoníase na mulher
No sexo feminino a infecção pelo Trichomonas vaginalis também pode ser assintomática, mas pelo menos 2/3 das mulheres infectadas apresentam sintomas. O quadro mais comum é a vaginite, inflamação da vagina que cursa com corrimento amarelo-esverdeado de odor desagradável associado à disúria (dor para urinar), dispareunia (dor durante o ato sexual) e prurido (coceira) vaginal.
A tricomoníase não tratada é fator de risco para infertilidade e câncer do colo do útero. Nas grávidas a infecção está associada a parto prematuro.

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