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Biotecnologia Revisão de Biologia Molecular Profª Alice Ornelas Aula 1. Introdução à Biologia Molecular HISTÓRIA DA BIOLOGIA MOLECULAR E DE SUAS APLICAÇÕES Organização Gênica em Eucarionte I Biologia molecular do gene Nucleotídeos formam a dupla hélice e a fita simples Estrutura do Nucleotídeo Bases nitrogenadas Íntrons e Éxons Nucleotídeos – as unidades que formam os ácidos nucleicos São os blocos constituintes dos ácidos nucleicos • ribonucleotídeos (RNA) •Desoxirribonucleotídeos (DNA) No C 1’ ocorre a ligação glicosídica que une a base nitrogenada ao açúcar (desoxirribose). Confere caráter ácido aos nucleotídeos. Os nucleotídeos podem apresentar de 1- 3 grupamentos fosfato Grupamento fosfato Pentose ou ribose APENAS NO RNA Bases nitrogenadas Nucleosídeos: Base nitrogenada + pentose Nomenclatura dos nucleotídeos e nucleosídeos Base Nitrogenada Nucleosídeo Nucleotídeo Ácido Nucleico Nomenclatura dos nucleotídeos e nucleosídeos A ligação fosfodiéster ocorre entre a hidroxila (OH) localizada no C 3’ de um nucleotídeo com grupamento trifosfato localizado no C 5’ do outro nucleotídeo. Polimerização dos nucleotídeos (formação dos ácidos nucleicos) Um dos nucleotídeos terminais tem extremidade 5’ P (fosfato) livre e o outro tem a extremidade 3’ OH (hidroxila) livre. Portanto, a orientação da cadeia é designada 5’ 3’ DNA: aspectos funcionais e estruturais Após a caracterização dos componentes da molécula de DNA (desoxirribonucleotídeos), os pesquisadores se perguntavam: • Como uma molécula com tão poucos componentes desempenha as funções de uma molécula hereditária? • Resposta veio na década de 50, com os estudos de Chargaff; de Rosalind Franklin e Maurice Wilkins e a elucidação da estrutura do DNA por Watson e Crick. DNA: aspectos funcionais e estruturais Composição das bases nitrogenadas do DNA Chargaff estudou o DNA de várias espécies diferentes e concluiu: 1. A composição de bases no DNA geralmente varia entre as espécies; 2. Os DNAs de diferentes tecidos de uma mesma espécie apresentação a mesma composição de bases; 3. A composição de bases de uma dada espécie não varia com a idade, estado nutricional ou fatores ambientais; 4. Todos os DNAs , independente da espécie, apresentam • nº T = nº A • N º C = nº G Regra de Chargaff A soma de purinas é igual a soma de pirimidinas, logo: A+G = T+C A/T = 1 e C/G = 1 DNA: aspectos funcionais e estruturais Composição das bases nitrogenadas do DNA DNA: aspectos funcionais e estruturais DNA é uma dupla hélice • Rosalind Franklin e Maurice Wilkins a partir dos resultados de difração de raios X deduziram que as moléculas de DNA eram helicoidais. DNA: aspectos funcionais e estruturais DNA é uma dupla hélice •Em 1953 Watson e Crick propuseram o modelo tridimensional da molécula de DNA: •1) 2 cadeias polinucleotídicas (fitas) helicoidais enoveladas ao redor de um eixo comum formando uma dupla hélice. DNA: aspectos funcionais e estruturais DNA é uma dupla hélice •Em 1953 Watson e Crick proporam o modelo da molécula de DNA: •2) As duas fitas são “antiparalelas”. As cadeias têm sentidos opostos (antiparalelas); cada cadeia polinucleotídica apresenta orientação oposta em relação à outra. Isso significa que uma cadeia está no sentido 5’ 3’ e a outra no está no sentido 3’ 5’; • 3) As duas fitam são complementares . As bases nitrogenadas de uma cadeia estão ligadas às suas bases complementares na outra cadeia; DNA Adenina ligará sempre com Timina E Guanina sempre com Citosina Purinas sempre PAREIAM com Pirimidinas DNA: aspectos funcionais e estruturais DNA é uma dupla hélice DNA: aspectos funcionais e estruturais DNA é uma dupla hélice •Em 1953 Watson e Crick proporam o modelo da molécula de DNA: •4) As duas fitas estão unidas por ligações (pontes) de hidrogênio entre as bases A e T (2 ligações de H); e G e C (3 ligações de H) GC – sempre 3 ligações de H AT - sempre 2 ligações de H DNA: aspectos funcionais e estruturais DNA é uma dupla hélice •Em 1953 Watson e Crick proporam o modelo da molécula de DNA: •5) A molécula de DNA apresenta duas cavidades (sulcos) – uma maior e outra menor. Essas cavidades servem para o reconhecimento de proteínas que interagem com o DNA para a expressão gênica e manutenção da estrutura dos cromossomos. A manutenção da molécula de DNA é devida graças às várias interações, sejam elas interações fortes ou fracas. • A ligação fosfodiéster entre os nucleotideos da mesma fita. Essa ligação é uma ligação covalente que mantém a estrutura primária da cadeia polinucleotídica. • As ligações de hidrogênio que são interações fracas entre as cadeias que permitem que as duas cadeias polinucleotídicas sejam mantidas na forma de estrutura secundária. • As interações hidrofóbicas (forças que mantém regiões apolares das moléculas unidas) entre as bases que mantem o empilhamento das bases. DNA: aspectos funcionais e estruturais Forças que estabilizam a dupla hélice do DNA Perito Criminal 2014 Os nucleotídeos, monômeros da molécula de DNA, são diferenciados pelos anéis contendo nitrôgenio, conhecidos comumente como bases. Assinale a alternativa que indica corretamente as bases e suas famílias correspondentes. A) Bases A e T, purinas; bases C e G, pirimidinas. B) Bases A e C, purinas; bases T e G, pirimidinas. C) Bases C e T, purinas; bases Ae G, pirimidinas. D) Bases A e U, purinas; bases C e G, pirimidinas. E) Bases A e G, purinas; bases C e T, pirimidinas. Concurso POLITEC-MT – 2013 Perito Criminal – Biologia O DNA é constituído por duas cadeias de desoxirribonucleotídeos. Nessa estrutura: A) uma base púrica interage com outra púrica. B) a energia de interação entre as bases C e G é maior que a energia entre A e T. C) o percentual da base G é equivalente ao da base A. D) as bases nitrogenadas estão ligadas às pentoses por ligações de hidrogênio. E) as cadeias interagem paralelamente. DNA: aspectos funcionais e estruturais • Aumento de temperatura e valores extremos de pH promovem a desnaturação da dupla fita do DNA, com separação parcial ou total das fitas. Ao retirar o agente causador da desnaturação, o DNA readquire sua estrutura tridimensional Desnaturação e renaturação do DNA DNA: aspectos funcionais e estruturais Temperatura de melting (Tm) - É a temperatura necessária para ocorrer metade da desnaturação total. - Quanto maior o conteúdo GC > será a Tm. Desnaturação e renaturação do DNA Genética AULA 5: REPLICAÇÃO E TRANSCRIÇÃO GÊNICAS Biologia molecular do gene Definição de gene eucarioto É um segmento do DNA que possui a informação para a produção de uma ou mais proteínas. Proteínas são sintetizadas em duas etapas: a transcrição, onde o gene serve como molde para a síntese de RNA, e a tradução, onde a sequência de nucleotídeos do RNAm é traduzida em proteína. O gene pode ser muitas vezes maior do que a sequência que será definitivamente traduzida. Genética AULA 5: REPLICAÇÃO E TRANSCRIÇÃO GÊNICAS Biologia molecular do gene Éxons e íntrons As sequências codificantes são chamadas de éxons. Elas são intercaladas por regiões não codificantes, chamadas de íntrons, que são inicialmente transcritas em RNA no núcleo, mas não estão presentes no mRNA final no citoplasma, não sendo representada no produto protéico final. Em muitos genes, o tamanho acumulativo dos éxons é muito menor que o de íntrons. Genética AULA 5: REPLICAÇÃO E TRANSCRIÇÃO GÊNICAS Biologia molecular do gene Éxons e íntrons • Todos os eucariotos possuem íntrons. • Vantagem: permitem o processamento alternativo, gerando vários produtos protéicos a partir de um único gene. • O éxons tendem a ser curtos (cerca de 150 nucleotídeos), enquanto os íntrons podem possuir várias centenas de nucleotídeos. O processamento (splicing) alternativo permite o teste de novas combinações de éxons, formando diferentes proteínas. • Estima-se que, apartir dos 25.000 genes, podem ser codificadas mais de um milhão de proteínas diferentes. Genética AULA 5: REPLICAÇÃO E TRANSCRIÇÃO GÊNICAS Genética AULA 5: REPLICAÇÃO E TRANSCRIÇÃO GÊNICAS Biologia molecular do gene Estrutura do gene • Além das sequências codificantes (ÉXONS) e não codificantes (ÍNTRONS), um gene também têm sequências nucleotídicas adjacentes necessárias para a expressão correta do gene. • Estas sequências adjacentes sinalizam o “início” e “fim” de transcrição de um gene. • Na extremidade 5’ está a região promotora, que é onde a transcrição tem início, e na extremidade 3’ está a região de término da transcrição, ambas as regiões não são transcritas e nem traduzidas. RNA: aspectos funcionais Transferência da informação genética RNA serve de molde para a síntese de proteínas ou ser o próprio produto final (Ex.: RNAr, RNAt, etc); Para alguns grupos de vírus: armazenamento da informação genética Nos vírus de RNA: o RNA se replica Nos retrovírus : ocorre a transcrição reversa do RNA RNA: aspectos funcionais Alguns RNAs podem atuar como enzimas: apresentam atividade catalítica, comportando-se como enzimas. São chamados de ribozimas. Atuam no processamento do RNAm e são capazes de cortar e remover sequências específicas de sua própria molécula ou de outros RNAs. Características químicas do RNA Fita simples de 65 – 200.000 nucleotídeos. Se o RNA não tem outra fita complementar, a regra de chargaff não se aplica. Logo, A+G ≠U+C. A sequência do RNA é complementar a um trecho de uma das fitas de DNA. RNA: principais tipos e suas funções na célula RNA: aspectos estruturais Apresenta estrutura helicoidal O RNA pode formar um híbrido pareando com uma fita de DNA ou com outra fita de RNA por complementaridade. RNA de transferência (RNAt) 15% do RNA celular Funções: ativam os aminoácidos , favorecendo a formação das ligações peptídicas. Os AAs ativados são, então, transportados para os ribossomos, onde são transferidos para a cadeia polipeptídica; Reconhecem a informação no RNAm, nos códons, assegurando que o aminoácido correto seja incorporado. Existe um RNAt específico para cada AA. Formato: folha de trevo RNA de transferência (RNAt) RNA ribossomal (RNAr) 80% do RNA celular A síntese de proteínas ocorre nos ribossomos. A porção de RNA nos ribossomos constitui 60-65% do peso total do ribossomo. Os ribossomos tem duas subunidades (maior e menor). Cada subunidade é formada 1-3 moléculas de RNAr e inúmeras proteínas. RNA mensageiro (RNAm) 5-10% do RNA celular As sequencias de bases do RNAm determinam a ordem de AAs nas proteínas sintetizadas. Tamanho variado, uma vez que codificam proteínas dos mais diversos tamanhos. Os detalhes sobre a sua síntese (transcrição) e processamento serão vistos em aulas futuras.
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