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Roteiro ELETRO, TERMO e FOTOTERAPIA II

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ROTEIRO DE CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE ELETRO, 
TERMO E FOTOTERAPIA II – 2016 
 
 Professora: Luciana Cezimbra Weis 
Professora do Curso de Fisioterapia da Universidade de 
Santa Cruz do Sul – UNISC 
Professora das disciplinas de Eletro, termo e fototerapia I 
e II 
 
 
Santa Cruz do Sul 
 2016 
PLANO DE AULA: 
I – EMENTA 
Estudo prático da aplicação dos recursos terapêuticos advindos da utilização de 
meios físicos, elétricos, térmicos e de emissão de raios, habilitando o aluno a 
conhecer valores clínicos e discutir efeitos fisiológicos, indicações e 
contraindicações. Métodos de aplicação e emprego dos recursos no programa de 
tratamento do paciente. 
 
II - OBJETIVOS E/OU COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 
 
- Adquirir conhecimentos básicos das respostas e conseqüências estruturais e 
funcionais de estímulos nocivos sobre células, tecidos e órgãos. 
- Correlacionar às alterações fisiopatológicas a todos os sistemas pertinentes ao 
organismo humano. 
- Dar subsídios aos acadêmicos planejarem suas formas de tratamento ao paciente. 
 
III - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
1. Diretrizes básicas da eletroterapia. 
2. Agentes físicos utilizados em Fisioterapia: 
2.1 Correntes de média frequência: 
2.1.1 Corrente russa e Corrente Interferencial; 
2.2 Correntes de alta frequência: 
2.2.1 Diatermias por Ondas Curtas, Diatermia por Microondas e Ultrassom; 
3. Termoterapia: 
3.1 Compressas quentes e frias, Forno de Bier, Parafina e Crioterapia. 
4. Fototerapia: 
4.1 Infravermelho, Ultravioleta e Laser. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORRENTES DE MÉDIA FREQUÊNCIA 
São correntes com frequência de 1000 Hz a 300.000 Hz. 
 
Características gerais 
 Menor capacidade de acomodação neural; 
 Mais bem aceitas pelos pacientes. 
 
Indicações para correntes de média frequência 
 
 Analgesia – principalmente das fibras musculares grossas; 
 Aumento da circulação sanguínea; 
 Ação antiinflamatória; 
 Aumento do metabolismo; 
 Aumento da permeabilidade capilar; 
 Contração muscular; 
 Fortalecimento e relaxamento muscular. 
 
 
Contra indicações das correntes de média frequência 
 
 Área dos seios carotídeos – alteração de pressão arterial; 
 Fraturas não consolidadas; 
 Gravidez (área abdominal, lombosacra ou pélvica); 
 Implantes metálicos; 
 Incapacidade cardíaca: bradicardia ou taquicardia; 
 Marca-passo: assistolia ou fibrilação ventricular; 
 Traumas com presença de temperatura corporal elevada; 
 Trombose e tromboflebites arterial ou venosa; 
 Tuberculose e infecções – presença de febre; 
 Pele sem solução de continuidade; 
 
 
 
 
 
 
 
CORRENTE RUSSA OU CORRENTE DE KOTS 
É uma corrente formada por trens de pulso do tipo retangulares ou senoidais, 
bipolar e simétrica, emitida numa frequência portadora de 1.000 a 10.000Hz 
modulada por uma onda que pode variar de 30Hz a pouco mais de 100Hz. Largura 
do pulso entre 50 a 400μs, com envelopes de 10ms e intervalos de 10ms entre eles 
(trens de pulso). 
O organismo oferece maior resistência (impedância) à passagem de correntes 
elétricas de baixa frequência. Uma das vantagens das correntes de média 
frequência e da CR é que acima de 1000Hz está resistência passa a ser quase 
inexistente. 
Frequências entre 1.000 e 2.500 Hz produzem maior atividade motora e são 
mais agradáveis aos usuários, portanto, são selecionadas quando desejamos 
fortalecimento muscular. 
 
Potência de penetração da corrente russa: 125 W / 127 cm². 
 
 
A Corrente Russa foi criada por Kots (1977) - recuperar a musculatura 
atrofiada dos astronautas soviéticos (Nave Mir) – 6 meses no espaço. 
Foi desenvolvido um aparelho de eletroestimulação (computadorizado) – 
estimular fibras musculares específicas: 
 
- VERMELHAS (Tônicas) para aumentar a massa e tônus muscular. 
 
 responsáveis pela sustentação da musculatura. 
 
 
- BRANCAS (Fásicas) para desenhar a musculatura e aumento superficial 
 de volume da musculatura. 
 
 responsáveis pela explosão de velocidade. 
 
 
 
A ESTIMULAÇÃO RUSSA É: 
 De média frequência modulada em baixa frequência; 
 Alternada senoidal; 
 Despolarizada; 
 Interrompida; 
 Seletiva. 
 
As unidades motoras tônicas (Fibras Vermelhas) são ricas em capilares e 
resistentes à fadiga, inervadas por motoneurônios compostos por axônios + 
delgados (Alfa 2) – velocidade de condução LENTA (50 e 80m/s), tem uma 
velocidade de contração máxima – 17mm/s e frequência de tetanização – 20 à 
30Hz. 
 Frequências entre 30 e 40Hz e pulsos mais longos são necessárias para 
estimulação dessas fibras. 
 
Já as unidades motoras fásicas (Fibras Brancas) são pouco vascularizadas e 
fadigáveis, inervadas por motoneurônios com axônios + espessos (Alfa 1) – 
velocidade de condução RÁPIDA (80 à 110m/s), tem uma maior velocidade de 
condução e contração máxima – 42 mm/s e frequência de tetanização – 50 à 150Hz. 
Frequências acima de 60Hz e pulsos mais curtos são necessários para a 
estimulação dessas fibras. 
Frequência dos pulsos elétricos 
2 a 10 Hz Aquecimento muscular 
30 a 40 Hz Estimular fibras tônicas 
80 a 100 Hz Estimular fibras fásicas 
100 a 150 Hz Potencialização muscular (força explosiva) 
Fonte: AGNE, Jones. Eletrotermofototerapia, 2013. 1ªed. p. 244. 
 Pulsos com duração de 300μs – amplitudes + baixas; 
 Pulsos muito altos de 500μs – mais efetiva nas fibras de transmissão moderada; 
 Pulsos muito baixos de 20 à 50μs – amplitudes muito altas; 
 Relação de estimulação com Ton/Toff iguais são menos fadigáveis; 
 Frequências de estimulação baixas - > nº de fibras vermelhas; 
 Frequência de estimulação altas - > nº de fibras brancas. 
A dosimetria: tempo de fadiga muscular – varia de acordo com amplitude 
(intensidade) e frequência de estimulação, o tipo de fibra muscular e o estado de 
saúde da musculatura. 
Tempo de tratamento: no início do tratamento 30 minutos e com um maior 
tempo de tratamento 40 minutos. 
 
Ações da CR: 
 Hipertrofia Muscular (estimulação de fibras musculares tônicas e fásicas); 
 Diminuir graus de FEG (celulite) e flacidez - sendo muito empregada na estética; 
 Tratar músculos com inervação preservada. 
 
Cuidados 
 Pacientes muito obesos e diabéticos; 
 Presença de processo alérgico na pele; 
 Não aumentar abruptamente a corrente sem avisar o paciente; 
 Período de adaptação do paciente; 
 Colocar eletrodos no ventre muscular a ser estimulado. 
(DELAMARE, 2005) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DUALPEX 
DIAPULSE 
CORRENTE INTERFERENCIAL 
 É produzida pela superposição de duas correntes de média frequência. Pode 
ser dividida, segundo GUIRRO & GUIRRO, 2004 em: 
↳ HETERÓDINA ou PRÉ-MODULADA: Gerada a partir de uma corrente bifásica 
simétrica de média frequência modulada em amplitude, formando assim uma 
envoltória de baixa frequência. 
 INDICAÇÃO: contração muscular e analgesia. 
 ↳ VETORIAL: Gerada pela interferência de duas correntes alternadas senoidais de 
média frequência (2.000 e 4.000 Hz são mais comumente empregadas). 
 INDICAÇÃO: aceleração de processos de cicatrização e reparos; analgesia. 
 
 ↳ESTEREODINÂMICA: Há a possibilidade de se modular a amplitude de 
modulação de frequência (AMF): A AMF ou frequência de tratamento é o número de 
vezes/segundo que a corrente aumenta a intensidade do ponto mínimo até o 
máximo e retornando à ele. 
 
FORMA DE ONDA: 
TRIANGULAR cresce gradativamente da frequência básica até a frequência 
máxima em 6 segundos e decrescendo em 6 segundos. 
 
 .............................................................................................TRAPEZOIDAL cresce gradativamente de frequência básica até a máxima em 
1s, permanece nesta situação por 5s e decresce em 1s. 
 
 
 
 
 
QUADRADA permanece 1s na frequência básica, após 1s vai até a 
frequência máxima e decresce em 1s. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forma de tratamento 
 
BIPOLAR: Usa-se dois eletrodos. A corrente sai pronta do aparelho, onde a área a 
ser tratada fica entre os eletrodos. A profundidade de modulação é 100%. 
 
 
TETRAPOLAR: É o método mais clássico dessa corrente. São dispostos 4 
eletrodos sobre a área a ser tratada. Duas correntes alternadas de frequência 
média não moduladas são administradas pelo aparelho, por meio de dois canais. A 
correta colocação dos eletrodos é de fundamental importância neste caso. 
 AMF = F2 – F1 
Onde (f1) é a frequência fixa emitida pelo primeiro canal e (f2) será o 
somatório da f1 mais a frequência terapêutica que o profissional irá escolher. 
Exemplo: se o fisioterapeuta opta por uma F1 = 4.000Hz e uma frequência 
terapêutica (AMF) de 80Hz, o equipamento irá liberar nos dois canais frequências 
diferentes (f1 e f2). 
 F1 = 4.000Hz e F2 = 4.080 Hz (f1 + AMF). 
As duas correntes se sobrepõem no interior do corpo e ocorre a produção da 
interferência, gerando uma nova corrente de baixa frequência (AMF), que não 
ultrapassa os 150Hz. 
 
 AGNE, Jones 2013 recomenda: Fase aguda: 90 a 150 Hz / Fase subaguda: 40 a 80 
Hz / Fase crônica: 5 a 30 Hz 
 
TETRAPOLAR ESTÁTICA: A corrente forma-se dentro do tecido à 45º da diagonal 
do ponto de interseção das duas correntes com modulação de profundidade de 
100%. 
Indicação: relaciona-se com o reparo tecidual e analgesia de lesões com 
locais bem definidos, como entorses, fraturas, luxações, pós-operatórios. 
 
Tempo mínimo sugerido de 25 minutos. 
 
 
 
 
 
 
TETRAPOLAR DINÂMICA (Varredura): A corrente gira em cada quadrante no 
sentido horário e anti-horário, retornando a posição inicial. Produz varredura, o que 
aumenta a área de estimulação efetiva (+- 360°). A modulação a 45º é de 100%. 
Tem indicação para tratamento de trigger points, nas dores à distância e difusas. 
Outra indicação importante é na remoção de edemas. Tempo mínimo sugerido: 25 
minutos, porém pode requerer mais que a Estática, pois a área tratada é maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RADIOFREQUÊNCIA 
 
A radiofrequência é uma onda eletromagnética, 
compreendida entre 30 KHz e 300 MHz, sendo a 
frequência mais utilizada entre 0,5 a 1,5 MHz. Sua ação 
terapêutica está baseada na conversão desta energia 
eletromagnética em efeito térmico (calor). Sua forma de 
onda é bifásica sinusoidal. No caso de equipamentos 
modernos, tem-se conseguido que sejam homogêneas e 
não atenuadas, o que reduz o risco de lesões. O uso da RF está amplamente 
difundido na fisioterapia dermato-funcional, devido aos seus amplos resultados 
frente ao sistema tegumentar. Porém, além da área estética, estudos já provam sua 
eficácia no tratamento de disfunções musculoesqueléticas e como agente 
analgésico. É uma técnica considerada não ablativa, que quando bem aplicada e 
com temperatura controlada é capaz de produzir efeitos importantes no organismo, 
como: 
 
 
DIAPULSI 
Nemesys 
 
Aumento da elasticidade em tecidos ricos em colágeno, diminuição da 
densidade; (temperaturas mais baixas) 
Diminuição da elasticidade, retração e aumento da densidade do 
colágeno; (temperaturas mais altas) 
Neocolagenogênese e Neoelastogênese; produção tardia de novas fibras de 
colágeno e elastina, com maior comprimento e diâmetro e subsequente 
remodelamento do tecido. 
Hiperemia cutânea e profunda; 
Melhor 
A do metabolismo celular, aumento da permeabilidade da membrana; 
Vasodilatação e aumento da circulação sanguínea e linfática; importante 
melhora dos aportes nutricionais e oxigenativos, auxiliando na expulsão de 
catabólitos tóxicos, dentre eles os radicais livres. 
Facilitação da drenagem linfática e venosa, diminuição edemas em 
áreas com processos inflamatórios; 
Regeneração tissular, com maior ação de fibroblastos; 
Retração dos septos fibrosos; 
Lipólise – liberação de catecolaminas/eliminação de gordura localizada; 
Relaxamento muscular e analgesia. 
 
Formas de geração da RF Modo de emissão 
 Capacitiva 
 Resistiva 
 Indutiva 
 Monopolar 
 Bipolar 
 Tripolar 
 Multipolar 
O termo capacitivo faz referência ao sistema eletrônico conhecido como 
condensador ou capacitor, usado para armazenar energia. Neste caso, o eletrodo 
ativo é considerado um capacitor cuja função básica é gerar e armazenar energia. 
Esta energia eletromagnética é liberada quando entra em contato com a pele do 
paciente, e provoca um grande atrito tecidual devido a sua absorção, gerando 
elevação da temperatura dos tecidos próximos ao transdutor. 
Segundo Ronzio (2009) a passagem de uma RF pelo tecido produz uma 
vibração iônica: os íons ao serem submetidos a uma RF vibram à frequência da 
mesma gerando fricção e colisão entre os tecidos adjacentes produzindo um 
aumento de temperatura, sendo esta a forma mais eficiente de transformar energia 
elétrica em calor. Este tipo de equipamento consegue aumentar com mais facilidade 
a temperatura dos tecidos ricos em água. 
 
ELETRODOS: A RF aplica sua energia através de, no mínimo, dois eletrodos: 
 Eletrodo ativo: provoca grande densidade de corrente no ponto de aplicação, 
produzindo efeitos térmicos locais. 
 Eletrodo de dispersão (passivo ou de retorno): consiste em uma placa 
condutiva de grande contato que fecha o circuito da corrente fazendo com que a 
energia retorne ao paciente. Nesta área os efeitos térmicos são praticamente 
nulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emissão monopolar: a energia percorre de um eletrodo ativo para um de 
dispersão. Este modo tem propriedades de elevar a temperatura em tecidos mais 
profundos, por isso se destaca na terapia em tecidos como tendões, músculos, 
articulações etc. Mas também é utilizado na estética. Colocação coplanar ou 
contraplanar. 
Emissão bipolar: eletrodo ativo e passivo se encontram na mesma manopla. 
Emissão tri/multipolar: reúne três ou mais eletrodos na mesma manopla. Não 
atinge, assim como a emissão bipolar, profundidades tão grandes. 
 
Potência do equipamento: quanto maior a potência, maior será o aumento da 
temperatura, mas se o aquecimento ocorre rapidamente, ele não é capaz de atingir 
os tecidos mais profundos. 
 
Temperatura: Os efeitos fisiológicos desejados pela RF são encontrados em uma 
temperatura tecidual interna entre 38 e 45°C. Danos começam a ser irreversíveis 
acima de 50°C, com desnaturação proteica e redução de atividade enzimática. 
Por este motivo, caberá ao profissional o controle constante da temperatura 
da pele. Este poderá ser feito por um termômetro de Laser Infravermelho ou 
termografia, cuja medição térmica será imediata. Temperatura normal da superfície 
da pele varia de 29 a 31°C. 
A temperatura sempre será mais elevada nas camadas mais internas do 
corpo (derme e tecido subcutâneo) quando comparada à epiderme/camada córnea. 
 
 
 
 
 
 
Para se conseguir tais temperaturas internas, é importante movimentar a 
manopla de forma lenta, repassando por várias vezes numa mesma área, o que 
promoverá em poucos minutos o aumento da temperatura. 
A RF de forma não ablativa promove o aumento da elasticidade de tecidos 
ricos em colágeno, pois aumentos leves de temperatura, a partir de 5º a 6ºC da 
temperatura da pele, aumenta a extensibilidade e reduz a densidade do colágeno, 
melhorando patologias como o fibroedema geloide e fibroses pós-cirurgia plástica. 
Aumentos maiores de temperatura e manutenção em 40ºC durante todo o 
período de aplicação diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do 
colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele, promovendo a diminuição 
da elasticidadeem tecidos ricos em colágeno. 
 
(Carvalho, G.F. et al. Avaliação dos efeitos da radiofrequência no tecido conjuntivo. RBM - REV. BRAS. 
MED. VOL.68 ABRIL/2011). 
 
 
Tempo de tratamento: Ao atingir a temperatura pretendida é necessário mantê-la 
por algum tempo homogeneamente, podendo-se diminuir a potência do 
equipamento ou realizar movimentos mais rápidos e amplos na aplicação. 
Um tempo mínimo de 3 minutos mantendo a temperatura desejada é descrito 
em alguns manuais, porém tempos maiores de 5 e 7 min proporcionam maior 
conversão de calor e melhores resultados. 
Para flacidez de pele da face, por exemplo, Agne (2013) recomenda 30 
minutos de terapia, dividindo a face em 4 partes (lado direito e esquerdo, região 
frontal e pescoço). 
 
 
 
 
 
 
Temperatura externa (termômetro) Temperatura subcutânea 
35 – 38°C 40°C 
40 – 41°C 45°C 
Disfunção Temperatura Frequência de tratamento 
FEG 36 a 38°C 2 a 3 sessões semanais 
Fibrose 36 a 38°C 2 a 3 sessões semanais 
Contraturas/fibrose 
muscular 
36 a 40°C 2 a 3 sessões semanais 
Flacidez de pele 40 a 42°C 
Máxima: uma sessão semanal. 
Mínima: uma sessão a cada 
21 dias 
Neocolagenogênese 40 a 42°C Máxima: uma sessão semanal. 
Mínima: uma sessão a cada 
21 dias 
*Sendo 42°C o limite máximo tolerado. 
 
Fonte: BORGES 2010. Dermato-funcional Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 
 
Principais Indicações da RF 
 Flacidez de pele facial e 
corporal (lifting não cirúrgico); 
 Redução de rugas e linhas de 
expressão; 
 Olheiras; 
 Fibroses recentes e tardias; 
 Cicatrizes e aderências; 
 FEG (celulite); 
 Gordura localizada; 
 Edema denso (estado 
subagudo ou crônico); 
 Contratura muscular; 
 Fibromialgia; 
 Liberação miofascial; 
 Dor muscular; 
 Tendinopatias. 
Contra indicações 
 Marca-passo; 
 Câncer ou metástase; 
 Implantes metálicos; 
 Processo infeccioso sistêmico; 
 Artrite; 
 Imunossupressão; 
 Trombose venosa recente; 
 Gestantes; 
 Sobre glândulas hormonais, 
como a tireoide; 
 Intolerância ao calor; 
 Ausência de sensibilidade 
térmica; 
 Pacientes medicamentosos de 
vasodilatadores/anticoagulante; 
 Processos febris. 
 
Deve-se ter claro que o recurso somente deve ser utilizado quando o 
aquecimento tecidual está permitido. Intensidades (potência) muito altas podem 
gerar calor de forma muito rápida e não homogênea, criando riscos ao paciente. 
Recomenda-se manter a dosimetria não tão alta a fim de poder prolongar a terapia, 
o que aumenta os efeitos benéficos da RF. É recomendado não aplicar 
simultaneamente com outros aparelhos de eletroterapia e também retirar correntes, 
aparelhos eletrônicos e elementos metálicos de perto do aparelho. 
 
 
 
DIATERMIA DE ONDAS CURTAS 
 
É uma corrente de alta frequência, sendo a mais utilizada no campo próximo 
a 27,12 MHz com impulsos senoidais. Nesta frequência se perdem os efeitos 
químicos e biológicos da excitação neuromuscular, porém permanece a propriedade 
de conversão elétrica em efeito térmico nos diferentes tecidos. Quando aplicadas ao 
corpo, as ondas curtas fornecem aquecimento em profundidade (termoterapia 
profunda), o que as torna adequadas para o tratamento das articulações e do tecido 
muscular. 
 
Os equipamentos de OC são constituídos de dois circuitos oscilantes: 
 Circuito gerador de energia eletromagnética de alta frequência (primário); 
 Circuito de tratamento (ressonante ou secundário), formado pelo conjunto de 
eletrodos e o corpo do paciente. 
 
Devido à produção de um campo eletromagnético no entorno do 
equipamento, algumas normas para biossegurança devem ser adotas: 
 Rede elétrica filtrada de uso exclusivo/ aterramento; 
 Gaiola de Faraday; 
 Utilização de macas e cadeiras em madeira; 
 Evitar uso simultâneo de outros aparelhos de OC. 
 
A corrente de condução depende da condutância dos tecidos atravessados, 
que é maior para o sangue e os tecidos ricos em água e mínima para a gordura. 
 
A condução da corrente de OC se realiza por dois processos: 
 Condução elétrica: o tecido que contém altas proporções de moléculas com 
carga (íons) será o mais aquecido no tratamento com OC, convertendo a energia 
cinética das moléculas em calor. 
 Condução de deslocamento: aumenta a constante dielétrica dos tecidos 
constituídos por dipolos, que se aquecerão. 
 
Método indutivo de geração de calor: usa indução magnética para produzir 
pequenas correntes em redemoinho nos tecidos. O eletrodo indutivo (bobina/tambor) 
é conectado ao paciente sobre a região a ser tratada. 
 
Método capacitivo: dois eletrodos são colocados um frente ao outro ou distalmente. 
A diferença de potencial entre os eletrodos criará uma força eletromotriz nos tecidos, 
que movimentará os íons e será responsável pelo aquecimento. 
 
 
 
Tipos de Eletrodos 
 
Eletrodos flexíveis de borracha vulcanizada, condensados ou capacitivos: 
pequeno, médio e grande. 
Observação: tratar áreas articulares e musculares. 
 
Eletrodos de Schliephake (discoidais), com dobradiças, indutivos: pequeno, 
médio, grande. 
Observação: tratar áreas articulares (ombro, joelho e tornozelo). 
 
 
Método de Aplicação: 
 
Diz respeito ao comportamento das linhas de força do campo elétrico em 
relação com a posição das várias camadas de tecido. 
 
A) Aplicação contraplanar, em paralelo ou 
transversal: 
 
Eletrodos em lados opostos à parte a ser 
tratada, atingindo as estruturas mais profundas. Ex.: 
articulações. 
 Um eletrodo lateral e outro medial OU um 
eletrodo anterior e outro posterior. 
 
 
 
 
 
 
B) Aplicação longitudinal: 
 
As linhas de força atingem todo o segmento 
sob a influência das ondas curtas. Ex.: eletrodo 
anterior à coxa e outro na posição plantar. 
 
 
 
 
 
 
C) Aplicação coplanar: 
 
Eletrodos do mesmo lado do corpo para 
tratamentos de tecidos mais superficiais e também, 
mais seletivos. Eletrodos bilateral ou unilateral 
(paravertebral). 
 
 
 Dosimetria: A dose pode ser determinada como a quantidade de energia térmica 
produzida num certo tempo (minutos) a qual resultará em efeitos fisiológicos. 
 
Como não podemos dosar o fluxo de corrente no corpo do paciente usamos 
como parâmetros clínicos A SENSAÇÃO DE CALOR REFERIDA PELO PACIENTE, 
que deve ser um calor agradável. 
 
Se a dosagem for muito baixa: o paciente mal sente o aquecimento 
 
 
 alta: o paciente poderá sentir calor em demasia. 
 
 
 A dosagem exata depende da perfeita sensibilidade do paciente 
 
 A sensação de calor depende da orientação prévia prestado ao paciente. 
 
 Do tamanho dos eletrodos; 
 Da distância do eletrodo/pele; 
 Da posição dos eletrodos; 
 Da região a ser tratada. 
 
 
Escala de Schliephake: 
 
 CALOR I: muito débil, o paciente mal sente o calor 
 CALOR II: débil, o paciente refere um calor “morno”. 
 CALOR III: médio, paciente refere uma sensação clara de calor ou “agradável”. 
 CALOR IV: forte, o paciente sente o calor no limite do suportável. 
 
Fase em que se encontra a patologia – dosagem e tempo médio de aplicação. 
FASE AGUDA: dosagem I – tempo de 5 – 10 min. 
 
FASE SUBAGUDA: dosagem I e II – tempo de 5 – 10 min. 
 
FASE CRÔNICA: dosagem III e IV – tempo de 20 – 30 min. 
 
 Para as fases aguda e subaguda Jones (2013) recomenda o uso do OC em 
forma pulsada. 
 
Efeitos Fisiológicos: As respostas fisiológicas são responsáveis pelos efeitos 
terapêuticos da termoterapia e os mais importantes são: 
 Efeito anti-inflamatório; 
 Efeito antiespasmódico; 
 Efeito analgésico; 
 Diminuição da rigidez articular; 
 Aumento da extensão do tecido conectivo. 
 
Indicações 
 
 Osteoartrites; 
 Tendinite e tendinoses; 
 Bursite; 
 Torções, luxações e 
contusões; 
 Fraturas; 
 
 
 Contraturas; 
 Lombalgia; 
 Fibromialgia; 
 Síndrome do túnel do carpo; 
 Torcicolo; 
 Fasceíte plantar;ONDAS CURTAS PULSADAS - OCP 
 
São direcionadas para o tratamento de processos patológicos que estão 
impedidos de receber cargas térmicas excessivas. Trabalham na mesma frequência 
operacional das ondas curtas (27,12 MHz), não produzem efeitos térmicos, mas 
geram ainda os efeitos terapêuticos. Os aparelhos emitem pulsos de curta duração e 
longos períodos de pausas intermediárias (até 20x o tempo de duração do pulso), o 
que garante a possibilidade de resfriamento tecidual. A dosimetria do OCP não é 
mais dada pela sensação térmica referida pelo paciente. O fisioterapeuta deverá 
estabelecer a potência média do equipamento através da seguinte fórmula e 
parâmetros: 
Wm = potência média (Watt) 
Wp = potência de pico (Watt) 
Dp = duração do pulso (ms) varia de 0,4 a 0,6 ms 
F = frequência (Hz) 
Wn = Wp x Dp x F 
 
Valores indicados para processos na fase aguda: 
 Frequência entre 20 e 50 Hz 
 Potência média até 20 W 
 Dose subliminar (não produz efeitos térmicos perceptíveis) 
 
Valores indicados para processos na fase subaguda: 
 Frequência acima de 80 Hz 
 Potência média acima de 20 W 
 Dose limiar (produz efeitos térmicos levemente perceptíveis) 
 Efeitos e Indicações do OCP 
 
 Redução do edema quente e do processo inflamatório agudo e subagudo; 
 Aumento da vascularização periférica, com formação de neovasos; 
 Aumento do crescimento e da reparação nervosa periférica; 
 Melhora o nível de polarização da membrana celular; 
 Diminuição do tempo de reabsorção de hematomas; 
 Afecções reumáticas; 
 Afecções musculoesqueléticas mesmo com acometimento neurológico. 
 
Sintonia: A sintonia na diatermia de ondas curtas é fundamental para a eficácia 
desta terapêutica. Deve estar relacionada com a sensação de calor desejada e 
conforme a escala de Schliephake, se isto não estiver acontecendo pode-se ter: 
 
 Mudar a posição dos eletrodos; 
 O tamanho dos eletrodos não é adequado com a área de tratamento; 
 Observar a distância entre eletrodos/pele ou em relação aos cabos. 
 
 Vantagem: ter 100% de eficácia nesta terapêutica e melhorar a vida útil 
do aparelho. 
 
 
 Distância dos eletrodos/pele: Deve ter uma distância de 1 a 1,5 cm. 
No caso dos eletrodos flexíveis faz-se necessária a utilização de toalhas entre a pele 
e os aplicadores. 
 
Preparo do Paciente 
 
 A sensibilidade térmica precisa ser testada e registrada. 
 Explanação; 
 Exame: examinar a parte a ser tratada quanto a possíveis riscos e 
contraindicações; 
 Para isso, ela deve ser adequadamente exposta, pois as roupas podem: 
- Ser feitas de um material sintético inapropriado; 
- Conter fechos de material metálico; 
- Estar úmidas ou ocultar umidade sobre a pele; 
- Restringir a circulação da parte a ser tratada. 
 Assegurar que o paciente mantenha a posição correta durante a terapia e que 
ele não seja deixado sozinho; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICROONDAS 
 
É uma forma de diatermia através de ondas eletromagnéticas de alta 
frequência – 433,92 MHz; 915 MHz e 2.450 MHz e comprimento de onda 
eletromagnética de 69cm; 32,7 cm e 12,25cm, respectivamente. No Brasil os poucos 
equipamentos fabricados utilizam frequência de 2.450 MHz. Os mecanismos de 
interação da energia de alta frequência emitida por microondas com os tecidos 
biológicos são basicamente a condução iônica e a rotação dipolar, como na 
diatermia por OC. 
Uma característica fundamental deste tipo de termoterapia é a profundidade, 
pois atravessa a pele e camada adiposa (não muito espessa), sem perder energia, 
disponibilizando-a aos músculos. Fato que se deve a maior quantidade de moléculas 
dipolares do músculo, se comparado à gordura. Por uma relação inversa entre 
frequência e comprimento de onda, quando comparado à terapia de ondas curtas, a 
de microondas apresenta menor pode de penetração, uma vez que tem F mais 
elevada. 
Propriedades físicas das microondas: 
 Reflexão: A intensidade da radiação que incide sobre a unidade da área de 
superfície é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a fonte 
de energia e a superfície. Ou seja, a distância (ar/pele) interfere diretamente 
na quantidade de energia recebida pelo paciente. Portanto, o refletor deverá 
estar bastante próximo ou até encostado na pele. 
 Absorção: princípio que dita a transformação da irradiação em geração de 
calor. 
 Onda estacionária: quando a energia é enviada para tecidos com diferentes 
interfaces pode haver reflexão e somação de ondas, aumentando o risco de 
queimaduras (ocorre quando incidida sobre implantes metálicos, por 
exemplo). 
Componentes de um equipamento de microondas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerador de alta frequência - 
Gabinete; 
Magnétron (válvula de 
emissão eletromagnética); 
Cabo coaxial; 
Antena refletora – Eletrodos: 
circular ou retangular; 
Tipos de Eletrodos 
 Eletrodos ou refletores circulares 
 Maior calor na periferia; 
 Menor calor na região central. 
 
 Eletrodos ou refletores retangulares 
 Maior calor na região central; 
 Menor calor na periferia. 
 
Efeitos Fisiológicos e Terapêuticos 
 Calor profundo: produz calor pelo atrito de íons e vibração entre as 
moléculas (energia friccional) principalmente nos tecidos ricos em água e 
proteínas; Aquece igualmente tecidos superficiais e profundos; 
 Hiperemia: acontece a nível superficial e profundo; 
 Aumento do metabolismo e circulação; 
 Aumento do aporte de oxigênio (Liberação de hemoglobina); 
 Aumento de reabsorção (Melhora do retorno venoso e linfático); 
 Aumento da elasticidade tecidual; 
 Aumento da sensibilidade de proprioceptiva; 
 Aumento da velocidade de condução nervosa; 
 Redução das contraturas/espasmos; 
 Melhora na mobilidade articular; 
 Relaxamento (Aumento do limiar de excitabilidade das fibras nervosas motoras e 
sensitivas); 
 Analgesia; 
 Fibrinolítico (Hidratação e ação sobre o núcleo do colágeno, menos viscoso). 
 
 
Dosimetria e tempo de aplicação: A potência de saída é importante fator nestes 
aparelhos. Em equipamentos com condições normais ela está limitada em 250 W. 
Para curiosidade, fornos de microondas domésticos 
apresentam potência superior a 800 W.A dosimetria depende 
novamente da sensação subjetiva de calor referida pelo 
paciente. 
 Microondas Contínuo - calor muito débil (fase aguda e 
subaguda), calor médio e forte (fase crônica). 
 Microondas Pulsado – fase aguda e subaguda. 
Na fase aguda e subaguda – tempo de 5 a 10 
minutos; 
Na fase crônica – tempo de 10 a 20 minutos. 
 
Indicações 
Artralgia Ciatalgia 
(crônica) 
Entorse 
(crônica); 
Fibromialgia 
Artrite 
(crônica) 
Contratura de 
Dupuytren 
Epicondilite 
(crônica) 
Mialgia 
Bursite 
(crônica) 
Contusão Esporão de calcâneo Sinovite 
(crônica) 
Braquialgia Distensão Fibrose Tendinite 
(crônica) 
 
Contra indicações 
Áreas isquêmicas; Gestantes – região lombar; Processo inflamatório (MO 
contínuo); 
DIU – lombar Osteomielite; Sobre implantes metálicos; 
Estado febril; Paciente com marca passo; Sobre tecidos sintéticos 
Feridas abertas; Perda de sensibilidade; Trombose; 
Flebite; Período pré-menstrual; Tumores; 
 
Cuidados e Precauções 
 Olhos; 
 Áreas com excesso de suor; 
 Áreas genitais (testículos e ovários); 
 Foco perpendicular (90º) as áreas de aplicação; 
 Utilizar cadeiras, mesas e macas de madeira; 
 Retirar metais próximos ao local de aplicação (brincos, anéis, piercing, 
pulseiras e correntes); 
 (CLAUTON MACHADO, 2008) 
 
 
 
 
ULTRASSOM 
 É uma onda mecânica longitudinal (direção de propagação = direção de 
vibração), não audível, com frequência entre 1 e 5 MHz, sendo a energia transmitida 
pelas vibrações das moléculas do meio pelo qual a onda está se propagando. Este 
meio deve conter propriedadeselásticas. No campo terapêutico denominamos 
ultrassom as oscilações cinéticas ou mecânicas produzidas por um transdutor 
vibratório que se aplica sobre a pele. 
As emissões ultrassônicas foram descobertas em 1880 por Pierre e Marie 
Curie, que ao aplicar uma corrente elétrica sobre um cristal de quartzo perceberam a 
geração de uma vibração de alta frequência, mais tarde denominada de US. 
Transdutor do US: Transdutor da onda é o termo que designa todo dispositivo que 
converte energia eletromagnética em energia mecânica (efeito piezoelétrico). Para 
que isto ocorra o transdutor deverá ser dotado de um material piezoelétrico – cristais 
de quartzo, minerais policristalinos, compostos cerâmicos. 
Propriedades Importantes do US 
 Tamanho do transdutor: E.R.A (Área Efetiva de Emissão) é conhecida como o 
tamanho do transdutor. Difere do tamanho da capa metálica que o envolve, 
sendo sempre menor. O tamanho dessa área é dado em cm² e tem relação direta 
com o tempo de tratamento. Podemos dizer que quanto menor a ERA, maior 
será o tempo de terapia. São encontrados no mercado diversos transdutores: 1 
cm² - 3,5 cm² - 5 cm² - 7 cm² - inclusive manoplas com mais transdutores (ex. 
Manthus®, que possui manopla com 3 emissores de 5 cm² cada). 
 Intensidade de emissão: esta não é a mesma em toda a ERA. O transdutor não 
apresenta homogeneidade em sua área de emissão, tendo a parte central maior 
intensidade. Característica conhecida como Hot Spot (ponto quente). 
 Calibragem: é essencial para o correto funcionamento do US. Quando o 
aparelho se encontra calibrado pode se dizer que a potência marcada no 
equipamento é a mesma emitida no transdutor. 
 
Frequência 
 1 MHz (lesões profundas) 
Penetração: a 4 cm de distância do transdutor a potência selecionada fica reduzida a 
50%, chegando a 10% em 12cm de profundidade. 
Hot Spot: 5 cm. 
Está indicada para tecidos mais profundos (músculos, tendões, bolsas sinoviais). 
 3 MHz (lesões superficiais) 
Penetração: a 1,5 cm a potência já fica reduzida a 50%, sendo insignificante ao 
alcançar 5cm de profundidade. 
Hot Spot: 2 cm. Está indicada para as camadas da pele e camada subcutânea 
(tratamento de FEG, úlceras, drenagem linfática etc.). 
Intensidade: Varia de 0,1 à 3,0 W/cm². A passagem de uma onda ultrassônica 
através dos tecidos promove um decréscimo em sua intensidade com a distância 
(atenuação). 
Atenuação 
 Divergência do feixe sonoro – Reflexão; 
 Absorção da onda ultrassônica - Convertida em calor. 
 Reflexão: O termo Impedância dá a ideia de facilidade ou dificuldade que um 
determinado meio oferece à passagem da onda do US. A reflexão/eco do US é 
produzida quando este tenta passar de um meio a outro com distinta impedância 
acústica. Se esta impedância é muito diferente, haverá quase que total reflexão e 
o feixe não poderá alcançar estruturas mais profundas. 
 Absorção: Os tecidos corporais apesentam distintos coeficientes de absorção e 
conversão de energia ultrassônica em efeito térmico. O coeficiente de atenuação 
do ultrassom tende a aumentar com a frequência, assim existe um limite máximo 
na frequência a ser empregada. Quanto + alta a frequência > é a atenuação do 
feixe quando este passa pelos tecidos. A profundidade de penetração da energia 
ultrassônica nos tecidos biológicos é inversa à frequência. Os feixes de US estão 
situados na faixa terapêutica e penetram de 3 a 5 cm nos tecidos moles (3MHz). 
Pelas suas propriedades físicas, os tecidos ricos em colágenos são os que 
mais absorvem o feixe de ultrassom, ao contrário dos músculos e sangue com 
elevado índice de água. 
Coeficientes de absorção dos diferentes meios e tecidos nas frequências de 
1,0 e 3,0 MHz – Guirro e Guirro (2004) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta propriedade mostra porque o US é mais efetivo sobre tendões, bainhas e 
fáscias e à medida que avança nos tecidos perde sua capacidade de penetração. 
Existem equipamentos mais modernos que já contam com o modo SCAM, que 
possibilitam uma varredura em diferentes frequências evitando a formação de 
pontos quentes no deslocamento do cabeçote em pontos pequenos. 
Tipos de Ultrassom 
 Ultrassom Contínuo (USC): permite intensidades de 0,1 a 2 W/cm². Maior efeito 
térmico, assim mais utilizado em patologias crônicas ou pós operatório tardio 
(onde se pretende gerar calor). O USC gera uma elevação térmica em torno de 
5°C e apresenta efeito tixotrópico. 
 
MEIOS 1 MHz 3 MHz 
Ar (20°C) 2,76 8,28 
Cartilagem 1,16 3,48 
Tendão 1,12 3,36 
Pele 0,62 1,86 
Músculo – feixe 
perpendicular 
0,76 2,28 
Músculo – feixe paralelo 0,28 0,84 
Gordura 0,14 0,42 
Água 0,0006 0,0018 
 Ultrassom Pulsado (USP): emissão de onda fracionada. Permite intensidades 
de 0,1 a 3 W/cm². Menor efeito térmico, assim mais utilizado em patologias 
agudas e subagudas. 
Quando se trata do USP, o equipamento deverá oferecer frequências 
menores de emissão de pulsos, sendo as duas mais importantes 16 e 100Hz. 
Estando a primeira indicada para fases agudas, por favorecer mais o 
resfriamento tecidual e a de 100 Hz para fase subaguda, pois promoverá 
aquecimento perto de 1°C (redução de edema frio e hematomas). 
Duty Cycle: o ciclo de trabalho ou Duty Cycle corresponde à relação de 
trabalho ON e OFF do pulso. Alguns aparelhos permitem selecionar a duração do 
pulso: relação proporcional (1:9, 2:8) ou percentual (5%; 10%; 20%;). 
Exemplo: se considerarmos um pulso de 10 ms quando a emissão é pulsada 
a 100 Hz, a seleção de um percentual de 10% significa que o tempo ON será de 1,0 
ms enquanto o tempo OFF terá 9,0 ms. No USP a 16 Hz cada impulso dura 
aproximadamente 62 ms, logo um Duty Cycle de 50% terá tempo ON de 31 ms e 
tempo OFF de 31 ms. 
O Duty Cycle permite aumentar a dosimetria para aumentar a profundidade 
de penetração da onda sem aumentar a temperatura. Relação entre os valores da 
intensidade instantânea e média do ultrassom terapêutico para os diferentes regimes 
de pulso: 
 
 
Efeitos biológicos observados devido aos efeitos térmicos e mecânicos: 
 Estimulação da circulação sanguínea - 
vasodilatação; 
 Incremento da flexibilidade dos tecidos ricos em 
colágeno, com diminuição da rigidez articular; 
 Relaxamento muscular; 
 Modulação da resposta inflamatória; 
 Estimulação da capacidade regenerativa do 
tecido; 
 O aumento da permeabilidade celular e a micro massagem produzida auxilia no 
retorno venoso e linfático, favorecendo absorção de edema Estimulo sobre os 
nervos periféricos; 
 Em combinação, a cavitação e os microderrames acústicos podem resultar em 
estimulação da atividade fibroblástica, aumentando o fluxo sanguíneo, 
regeneração tecidual e cicatrização óssea. 
 Redução da dor. 
 
Métodos de aplicação 
 Aplicação direta: superfícies razoavelmente planas, sem irregularidades, 
permitindo contato de todo o transdutor. O transdutor deverá estar totalmente 
acoplado à pele, um bom agente acoplador é necessário. Géis comerciais com 
alta viscosidade e pouca tendência em produzir bolhas de ar são ideais. 
 
 Aplicação subaquática: superfícies de contornos irregulares, onde a área não 
permite o contato do transdutor com a pele ou ainda presença de dor que não 
permita contato com o cabeçote. 
 
 Aplicação por meios intermediários: áreas irregulares com luvas cirúrgicas 
preenchidas de água, balão de látex e placas de silicone. 
 
Dosimetria e tempo de aplicação: A quantidade de energia no US é a potência 
medida em Watts e os valores têm relação direta com a ERA. 
W/cm² 
 Por exemplo: se temos um transdutor de 5 cm² e selecionamos uma potência 
de 0,5 W/cm², a potência total emitida pelo cabeçote será de 2,5 W. 
 0,1 a 0,3 W/cm² = dose baixa 
 0,4 a 0,6 W/cm² = dose média 
 0,7 a 1,2 W/cm² = dose alta 
TEMPO = área (cm²) x ERA (cm²) - Fábio Borges (2010). 
Fiurini e Longo recomendam que seja dispendido um período de tratamento 
total de no máximo 15 minutos. SegundoGuirro e Guirro, estabelece-se, como regra 
geral, o tempo de 2 min para áreas próximas de 10 cm² (ITAKURA et. al., 2012). 
Indicações 
 
 
Contra indicações 
 Região precordial; Cérebro; 
 Órgãos reprodutores; 
 Fígado, baço e útero grávido; 
 Epífises ósseas em 
crescimento; 
 Tumores; 
 Paralisia; 
 Sobre a coluna vertebral; 
 Flebite e trombose; 
 Sobre implantes metálicos; 
 Processos infecciosos. 
 
Cuidados e Precauções 
 Perfeito acoplamento do transdutor à pele; 
 Não ligar o equipamento sem o acoplamento do transdutor à pele; 
 Testar a sensibilidade da área de tratamento; 
 Realizar testes periódicos de cavitação; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPRESSAS 
 
Material macio tipo pano ou turbante, úmido ou seco, quente ou frio, aplicado 
firmemente a uma região do corpo humano. 
(BLAKISTON,1998). 
 
Em nosso país, as mais variadas formas de hidroterapia têm ocupado lugar 
de relativo destaque, sobretudo no aproveitamento das qualidades terapêuticas de 
nossas águas minerais. Alguns centros de reabilitação de grandes cidades 
brasileiras possuem piscinas e tanques. Há ainda, o consagrado uso da água sob 
forma de bolsas, sacos, toalhas, compressas quentes ou frias, no tratamento das 
mais variadas formas de patologias. 
 
Reações à água fria: 
 
 Vasoconstrição periférica; 
 Hiperemia; 
 Sensação de relaxamento; 
 Diminuição das pulsações e incursões respiratórias; 
 Queda da temperatura; 
Reações à água quente: 
 Vasodilatação periférica; 
 Relaxamento muscular; 
 Diminuição da pressão arterial; 
 Aumento do nº de pulsações; 
 Respiração superficial; 
 Elevação da temperatura interna. 
 (LEITÃO & LEITÃO, 2005). 
 
 
Compressas Frias 
 
a) Compressas úmidas: para 
diminuir a cefaléia febril associada 
a outros procedimentos 
hidroterápicos – uma toalha turca 
molhada em água gelada e 
aplicada à cabeça como um turbante. Pode-se usar associada a uma bolsa de gelo 
sobre a toalha. 
b) Envoltório gelado “caseiro” confeccionado mediante a utilização de gelo em 
flocos com um pano atoalhado. Usado em articulações, lesões musculares etc. 
 
 
c) Compressas geladas comerciais (bolsas de gelo): são geladas em freezer e 
em seguida moldadas à parte a ser tratada. Deve-se usar uma toalha úmida (fria) 
entre a pele e a bolsa para evitar queimadura e manter a temperatura 
aproximadamente à 0ªC. 
 
Tempo de aplicação: até 20 min. 
 
Compressas Quentes 
 
a) Compressas úmidas: toalha quente a uma temperatura média de 15 à 
20ºC, colocadas sobre a área a ser tratada até a sensação de resfriamento, aplicada 
de 3 à 6 vezes. 
 b) Compressas quentes comerciais (bolsas de água quente): colocadas ao 
ferver em um recipiente com água por ≅ 15 min, aplicar sobre a área a ser tratada 
envolta por uma toalha úmida em água quente ou seca. 
 
 
 
 
 
 
Tempo de aplicação: até 20 min. 
 
INDICAÇÕES: 
 Processos febris (fria); 
 Cefaleia (fria); 
 Aumento circulatório (quente); 
 Dores musculares (quentes). 
 
 CONTRA INDICAÇÕES: 
 Ausência de sensibilidade; 
 Processos alérgicos; 
 Área inflamatória (quente); 
 Processos infecciosos. 
 (LEITÃO & LEITÃO, 2005 e STARKEY, 2001) 
FORNO DE BIER 
 
 É um agente de aquecimento superficial. O Forno de Bier tem o formato de 
“U”, externamente é revestido, geralmente, por uma folha de metal. Internamente é 
revestido por material isolante (amianto) que auxilia no sentido de evitar a dissipação 
de calor, possui ainda duas resistências laterais protegidas por material isolante para 
evitar o contato direto do paciente. No interior do forno circula ar quente à 
temperatura de 60ºC a 80ºC, produzido por uma fonte de energia térmica. As 
paredes abertas do forno recebem uma cortina de fazenda grossa (cobertor ou 
feltro) que impede a dispersão do calor, mantendo a temperatura interna elevada. 
 
Dosimetria: O paciente deve referir que sente um calor agradável e suportável a 
pele humana. O tempo total de aplicação desde o início da sensação de calor até o 
final da aplicação, ou seja, resfriamento é em torno de 20 e 30 minutos. 
Depende da sensação subjetiva do paciente e da área a ser tratada. Temperaturas 
mais indicadas, toleráveis e seguras estão próximas ou pouco acima dos 60°C. 
Também é possível usar o forno com aplicação prévia de uma toalha 
umedecida com água morna, aumentando a condução de calor e ao mesmo tempo 
diminuindo o risco de queimaduras. 
Obs. O forno de Bier não é uma boa indicação para região cervical, 
dissipando calor para a cabeça no paciente. 
 
Indicações 
 
 
 
 
 
 
 
Artralgias; Artrite; Artrose; Contratura; Contusão; Ciatalgia; Distensão; Dorsalgia; 
Espondilite; Entorse (crônico); Fibrose; Mialgias; Miogelose; Lombalgias; Pós-
gesso; Pré-cinesioterapia. 
 
Contra indicações 
 
 
Cuidados e Precauções 
 
 Sensibilidade reduzida ou pele extremamente fina; 
 Pele extremamente ressecada; 
 Crianças e idosos; 
 Não encostar a área das resistências no paciente; 
 Orientar o paciente para que não se mexa durante a terapia com o forno de Bier; 
 Procurar permanecer com o paciente durante a aplicação do forno de Bier. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIOTERAPIA 
 
 É o uso do resfriamento local ou geral do corpo com fins terapêuticos. 
 (LOW e REED, 2001) 
 
 O termo crioterapia é utilizado para descrever a aplicação de modalidades de 
Perda de sensibilidade; 
Transtornos circulatórios; 
Processo inflamatório agudo; 
Estados febris; 
Período menstrual (região lombar); 
Gestante (lombar); 
Infecção renal e urinária (região lombar); 
Áreas de tumores (pode provocar áreas de metástases). 
 
frio que tem uma variação de temperatura de 0ºC à 18ºC. Com a crioterapia há uma 
transferência de energia, fazendo com que o corpo responda com alterações de 
ordem locais e sistêmicas. 
 
Para manter um constante resfriamento nos tecidos há a dependência: 
 Da diferença de temperatura entre o agente de resfriamento e os tecidos 
 Da condutibilidade térmica dos tecidos que difere de um local para outro; 
 Da extensão de tempo durante o qual o frio é aplicado; 
 
A quantidade de perda de energia depende do tempo de aplicação; a 
temperatura cai até que a perda de energia na superfície fique equilibrada com a 
energia térmica suprida pelo restante do corpo, ponto no qual a temperatura se torna 
constante. Do tamanho da área que está sendo resfriada (Quanto MAIOR a área, 
mais energia térmica é perdida). 
 
Efeitos locais da aplicação do frio: Vasoconstrição imediata e redução da dor, do 
espasmo muscular, da inflamação, da produção de resíduos celulares, da taxa 
metabólica devido menor captação de O₂. (STARKEY, LOW e REED, 2001) 
 
Métodos de aplicação terapêutica do frio: O resfriamento da superfície do corpo 
pode ser conseguido mediante a: 
 Aplicação de uma substância com uma temperatura mais baixa, desse modo 
conduzindo a energia térmica para fora da superfície. Exemplo: cubos de gelo e 
gelo em flocos. 
 Por condução: 
 Imersão; 
 Compressas frias: bolsas de gelo convencionais(caseiras) e comerciais; 
 Tolhas de banho; 
 Massagem com gelo, lenta e prolongada (10-15 min) para alívio da dor -breve 
(poucos segundos) para facilitação neuromuscular; Sistema de compressão por 
crioterapia sustentada. 
 Por evaporação: spray evaporador. 
 
 
 
Indicações: 
 Dor aguda ou crônica; 
 Edema e dor pós-cirúrgica; 
 Espasmo muscular agudo ou crônico; Queimaduras de 1º grau, pequenas e superficiais; 
 Inflamação aguda provinda ou não de traumatismo; 
 Associação de cinesioterapia. 
 
Contra indicações: 
 Aplicação abdominal em indivíduos portadores de transtornos gástricos ou 
intestinais; 
 Na presença de afecções cutâneas e tumores ou transtornos circulatórios na 
área a ser tratada; 
 Em caso de alergia ao frio; 
 Em indivíduos com diabetes insulina-dependentes; 
 Sobre área cardíaca; 
 Região anestesiada. 
 
Cuidados Especiais: 
 Doenças cardíacas: trombose coronária e angina têm sido às vezes 
provocadas pelo frio levando à sugestão de que o gelo aplicado localmente 
pode causar vasoconstrição reflexa arterial das coronárias; 
 Hipertensão: o resfriamento de grandes áreas, como o segmento de um 
membro, pode levar ao aumento transitório na pressão sangüínea arterial; 
 Áreas com camadas de gordura muito espessas; 
 Sobre nervos muito superficiais. 
 
 
 
 
 
 
PARAFINA 
 
É uma forma de calor superficial, em que se usa a parafina misturada com 
óleo mineral a uma temperatura de fusão de 52ºC a 54ºC com fins terapêuticos. 
Mas, suportável à pele humana entre 40ºC à 44ºC, conforme a sensibilidade ou o 
grau de dor do paciente. 
A parafina é uma substância branca, em forma de cera, obtida da destilação 
do petróleo. É um recurso termoterápico, limpo e eficiente, e é de grande 
conveniência para a administração de calor em certas regiões específicas, por 
exemplo, pequenas articulações das mãos e dos pés. Atualmente, clínicas de 
estética (SPAs) têm introduzido a parafina em seus protocolos de tratamento. 
Nesses casos é comum a adição de ervas ou aromatizantes. 
 
Efeitos fisiológicos e terapêuticos 
 
 
 
Dosimetria: Tolerável à pele humana entre 40ºC a 44ºC. Basta, para isso, assoprar 
a parafina e observar se há formação de uma nata ou película, se formar a 
temperatura é considerada então a ideal para tratamento do paciente. É 
recomendável aquecer a parafina lentamente, assim seu ponto de fusão será 
homogêneo e será possível controlar a temperatura ideal. 
Tempo de aplicação: varia de 15 a 20 minutos. 
 
 
 
Calor superficial; Analgésico, Relaxante, Umidificante e 
Flexibilizante, Vasodilatador – Hiperemia, Nutrição Tecidual, 
Aumento do fluxo sanguíneo, Aumento do metabolismo local, 
Aumento do aporte de oxigênio, Melhora do retorno venoso e 
linfático, Antiflogístico e Descontraturante. 
Métodos ou técnicas de aplicação 
 Mergulho ou imersão: Em um recipiente de 3 a 4kg. Mais utilizado e é indicado 
para extremidades superiores e inferiores. O segmento 
corporal deve ser introduzido lentamente e mantido submerso 
por um tempo curto, 2 segundos em média. Ao se retirar o 
membro a parafina ligeiramente se torna solida. Depois de 
alguns segundos volta-se a introduzir o segmento por mais 2s, 
repetindo a técnica de 8 a 10 vezes até se obter uma grossa 
camada. 
 Método de Pincelamento: Caso a região a ser tratada não permita imersão na 
parafina ou o paciente apresente muita sensibilidade ao calor, 
está indicada a técnica de pincelamento no local, promovendo 
várias e várias camadas, mantendo a região com uma camada 
bastante espessa. 
 Método do enfaixamento: Quando há uma alteração de 
sensibilidade bastante importante, compressas de gases são mergulhadas na 
parafina já dissolvida e resfriada e irá imediatamente ser envolta no local de 
aplicação. A aplicação está indica especialmente para articulações como punho, 
cotovelo, joelho e tornozelo. Para facilitar a aplicação recomenda-se o uso de 
ataduras com 50 cm de comprimento. 
Indicações 
 Anquilose;  Fibrose; 
 Artralgia;  Mialgias; 
 Artrite (fase crônica);  Modelos; 
 Artrose;  Paresia; 
 Bursite (fase crônica);  Pós-imobilização; 
 Contratura;  Pé-cinesioterapia; 
 Entorse (fase crônica)  Tendinite (fase crônica) 
 
 
Contra indicações 
 Perda de sensibilidade; 
 Áreas isquêmicas; 
 Áreas hemorrágicas; 
 Processo inflamatório agudo; 
 Feridas na pele; 
 Estados febris; 
 Edema; 
 Antes de 48h pós-trauma. 
 
Cuidados e Precauções 
 Testar a sensibilidade; 
 Limpar a área a ser tratada; 
 Observar a temperatura da parafina; 
 Pré-aquecer a parafina antecipadamente; 
 Colocar o termostato automático a uma temperatura de aproximadamente 55ºC 
só para dissolve-la; 
 Escolher o método que melhor se adapta a área a ser tratada; 
 Não abrir os dedos após colocar a área de tratamento em um contato com a 
parafina, pois o paciente poderá sentir sensação de queimação local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RADIAÇÃO INFRAVERMELHA (RIV) 
 
 Radiação infravermelha é uma parte da radiação eletromagnética cujo 
comprimento de onda é maior que o da luz visível ao olho do ser humano, porém 
menor que o das microondas, conseqüentemente, tem menor freqüência que a da 
luz visível e maior que a das microondas. Quanto mais quente, menor seu 
comprimento de onda e maior sua capacidade de penetração. 
 
 
Fontes de RIV: 
 
 
 
 
 
 Sol Lâmpadas incandescestes de 
 Tungstênio 
 É uma forma de calor superficial por conversão que atinge cerca de 3 a 5cm. 
Tempo de aplicação: RIV à seco = 15minutos; 
 RIV úmida = 20minutos. 
 
Efeitos fisiológicos: Aumento de metabolismo(hiperemia); 
 Aumento das atividades das glândulas sudoríparas; 
 Diminuição do espasmo muscular e relaxamento dos tecidos; 
 Vasodilatação das arteríolas e capilares; 
 Analgesia dos nervos sensitivos. 
 
Indicações: Analgesia de processos dolorosos crônicos; 
 Cervicalgia, dorsalgia e lombalgia; 
 Aumento de vascularização de locais com pequenas alterações 
circulatórias. 
 
Contra indicações: Circulação cutânea arterial deficiente; 
 Doença aguda da pele, como dermatites e eczemas; 
 Enfermidade febril aguda – aquecimento tecidual adicional 
somente sobrecarregará o sistema de regulação térmica; 
 Lesão da pele em razão de terapia profunda com raio X ou 
outra radiação ionizante; 
 Pacientes cujo nível de consciência esteja acentuadamente 
reduzido por drogas ou doenças; 
 Regulação deficiente da pressão sanguínea; 
 Tumores de pele podem ser estimulados a aumentar seu 
crescimento. 
 
Cuidados e precauções: Orientar para o paciente permanecer em posição 
confortável e imóvel; 
 Não deixar o paciente sozinho durante a terapia; 
 Logo após o uso do equipamento, não deixá-lo esfriar 
em vento corrente. 
 (KITCHEN, 2010) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 
 
 Ocupa a região do espectro eletromagnético entre a luz visível e o raio X, 
definida em termos dos comprimentos de onda. Existem duas fontes básicas de 
RUV: A natural (sol); 
 As artificiais (lâmpadas de quartzo). 
O espectro ultravioleta é dividido em três regiões: 
RUV – A ou longa (320-400nm) 
Chega as camadas mais profundas e estimula a produção de melanina, portanto 
responsável pela pigmentação direta da pele (bronzeamento sem ação 
eritematógena). 
RUV - B ou média (280-320nm) 
É a mais energética. Causadilatação dos capilares sangüíneos, chamada de 
“vermelhidão” ou eritema actínico. Intensidade varia conforme a sensibilidade 
individual e a duração da exposição. 
 
RUV – C ou curta (100-280nm) 
 
É retida pela camada de ozônio. Pouco penetrante. Encontrada em alguns 
arcos de solda e lâmpadas germicidas. Não na luz solar que atinge a superfície da 
pele. Após a exposição da pele as RUV quando a irradiação sobrepassa o limiar 
específico aparece um ERITEMA, denominado dose de eritema mínimo. Deve ser 
rosácea e anulado com uma pressão sobre o mesmo. 
 
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO 
 
Efeitos terapêuticos: 
 Anti-raquítico; 
 Bactericida; 
 Sobre o metabolismo; 
 Produção de eritema; 
 Pigmentação e espessamento da pele. 
 
 
 
 
Indicações: 
 Vitiligo; 
 Psoríase; 
 Raquitismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contra indicações: 
 
 Enxerto de pele recentes; 
 Enfermidades febris agudas; 
 Fotoalergia – reação alérgica à 
radiação UV; 
 Lesões de pele devida a radiação 
ionizante – radioterapia; 
 Lupus eritematozo sistêmico pode 
ser exacerbado; 
 Problemas de pele agudos – 
eczema agudo e dermatites.
 
Precauções e orientações: 
 Olhos; 
 Distância do aparelho a pele – 40 à 60cm 
 Fotossensibilidade – presença de dermatite aguda(medicamentos); 
 Excesso de calor e luz – lâmpada deteriorada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LASER 
Amplificação de luz por emissão estimulada de radiação (GUIRRO e 
GUIRRO, 2004). É uma emissão de luz coerente, monocromática e colimada, capaz 
de promover alterações físicas e biológicas. 
O laser de baixa potência tem sido usado desde o final da década de 1960, 
sendo que sua potência de radiação é tão baixa (2 à 30mW) que os efeitos 
biológicos ocorrem devido aos efeitos diretos da irradiação e não por aquecimento. 
A coerência da emissão se dá devido ao alinhamento das ondas eletromagnéticas 
no tempo e no espaço. 
A monocromaticidade se dá porque a luz emitida possui um único 
comprimento de onda. A colimação da radiação laser de baixa potência se dá devido 
a coerência espacial dos raios laseres permanecendo num feixe paralelo. A 
direcionalidade dos fótons em um único sentido e a coerência de emissão é que 
proporcionam a elevada concentração de energia. O seu poder de penetração não 
vai além de poucos milímetros, mas a energia é absorvida nos diferentes estratos da 
pele. 
 
Efeito Bioquímico: A energia absorvida pode atuar de duas maneiras: estimulando 
a liberação de substâncias pré-formadas como histamina, serotonina e bradicinina 
ou modificando as reações enzimáticas normais através da excitação ou inibição 
celular. Tem ação no estímulo da produção de ATP (adenosina trifosfato) no interior 
da célula favorecendo a mitose celular. 
 
Efeito Biolétrico: Promove a normalização do potencial de membrana, atuando 
como um fator de equilíbrio da atividade funcional celular. 
 
Efeito Bionergético: 
 Efeitos primários: substâncias fotorreativas – respostas celulares decorrentes da 
absorção da energia; 
 Efeitos secundários: estruturas que respondem ao campo eletromagnético – 
alterações fisiológicas que afetam toda a série de tecidos submetidos a 
irradiação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo GUIRRO e GUIRRO(2002) a radiação laser pode atingir entre 9,7 – 
14,2 mm com 1% de energia incidente. 
 
Dentre os efeitos secundários têm-se: 
 Aumento do tecido de granulação; 
 Regeneração de fibras nervosas; 
 Neoformação de vasos sangüíneos e regeneração dos linfáticos; 
 Aumento do colágeno após irradiação; 
 Aceleração de processo cicatricial; 
 Aumento dos fibroblastos e da produção de colágeno. 
 
Indicações: 
 Cicatrização de feridas e úlceras; 
 Tratamento de lesões músculo esqueléticas: contusão, contratura e distensão 
muscular; 
 Bursite, epicondilite e tendinite; 
 Tratamentos dermatológico-funcionais. 
 
Contra indicações: 
 Áreas com implantes metálicos superficiais; 
 Sobre região de marca-passo; 
 Sobre região pré-cordial; 
 Sobre tumores; 
 Epífises ósseas em crescimento; 
 
Cuidados: 
 Proteger os olhos do contato com a radiação laser através de óculos de 
proteção com filtragem adequada a cada comprimento de onda; 
 Usar o equipamento laser somente para casos específicos de tratamento com 
esta terapêutica; 
 Evitar refletir o feixe sobre superfícies metálicas, manter a caneta laser para 
baixo quando da manipulação do equipamento; 
 Somente ligar o laser quando o aplicador estiver em contato com a pele; 
(LOW e REED, 2001 – GUIRRO e GUIRRO, 2010)

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