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Direito Processual Civil V

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09/09/2019
Ações Possesórias
Cabe dentro dos procedimentos especiais devido à existência de liminar (inaudita altera parte) que permite ao juiz, imediatamente, proteger o possuidor de turbação ou esbulho.
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.
O interdito proibitório é cabível quando há iminência da turbação ou do esbulho.
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito.
Portanto, existe um tipo de ação para cada violação do direito de posse (ameaça, turbação ou esbulho). É o denominado processo formulário. Hoje em dia, não faz mais sentido uma ação para cada. Nesse sentido, corrobora o art. 554:
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.
Assim, não faz sentido haver ação possessória como procedimento especial, porque contidos os requisitos da tutela de urgência (perigo in mora – haverá já na ação possessória, porque requer posse nova de 1 ano e dia) ou da tutela de evidência (prova trazida na inicial, mesmo que não de urgência), será admita a ação. Contudo, houve manutenção do procedimento especial no CPC.
São requisitos da inicial nas ações possessórias:
Art. 561. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração.
Na prática, os juízes verificam apenas o título de propriedade, o que está errado, porque a ação possessória protege o possuidor, não o proprietário.
Não convencido dos requisitos, o juiz pode aprofundar sua cognição, designando audiência de justificação (função de formar o conhecimento do juiz, para que ele volte a apreciar o pedido acerca da liminar). 
Pode o réu, na contestação, alegar que é ele o possuidor e requerer o fim da turbação ou esbulho:
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
Aqui encontramos uma reconvenção ou uma ação dúplice. 
O processo, ainda, pode ser bifásico. No sentido de, obtendo a cessão da turbação ou do esbulho, o autor obter outro pedido:
Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I - condenação em perdas e danos;
II - indenização dos frutos.
Na segunda fase, procedimento comum.
As ações possessórias passam a ter uma relação com a função social da posse, determinado pela CF.
A alteração de uma sociedade rural para uma urbana, transformou também as ações possessórias. Nesse sentido, colocam-se recorrentes as ações coletivas de posse (parágrafos do art. 554 e art. 565), por exemplo. Assim, é necessária a colocação de discussão, no contraditório, mais profunda acerca da turbação ou do esbulho.
Art. 554, § 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
§ 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados.
§ 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1º e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios.
O parágrafo primeiro traz uma tentativa de reestabelecer equilíbrio ao contraditório.
23/09/2019
Ação Monitória
Procedimento novo que o Brasil copiou de países europeus, trazendo para o ordenamento nos anos 90. Visa acelerar o procedimento para que, ou haja fim na fase inicial, ou se converta em execução.
Na ação, há prova documental que não tem força de título executivo. Por exemplo, cheque prescrito (não apresentado no prazo de que é como título executivo).
Caso o juiz, em cognição sumária, ateste a que o documento traz veracidade dos fatos, expede mandado monitório.

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