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TRABALHO ORÇAMENTARIA

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Introdução
Orçamento Base Zero (OBZ) teve sua origem nos Estados Unidos, pela Texas Instruments Inc., durante o ano de 1969. Foi adotado pelo Estado da Geórgia no governo Jimmy Carter, com vistas ao ano fiscal de 1973. As principais características são: análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas, e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente; todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.
 Conceito e aplicação
O Orçamento Base Zero é uma técnica contábil utilizada em empresas para planejar o plano orçamentário de um determinado período ignorando as receitas, custos, despesas e investimentos dos anos anteriores. Em outras palavras, ele atua considerando a base financeira do zero, como se a empresa estivesse se iniciando naquele momento. Embora pareça não fazer sentido, essa metodologia é aplicada partindo do princípio de que muitas empresas ao elaborar seus orçamentos, consideram que todos os gastos de períodos anteriores devem ser repetidos. No entanto, isso não é obrigatório, e pode acabar gerando um orçamento maior do que deveria e desandando a estratégia, já que os números não são examinados minuciosamente. Esse modelo é muito utilizado em empresas que desejam controlar o orçamento e diminuir custos. 
Para aplicar o Orçamento Base Zero, antes de tudo, é essencial apresentar a metodologia aos gestores de todas as áreas da empresa e adiantar a eles não só a importância dessa ferramenta, como também os inúmeros levantamentos que ela exigirá. Que o uso do Orçamento Base Zero amplia a visão estratégica dos gestores, já sabemos que, afinal, para realizar o orçamento partindo do zero, eles são obrigados a analisar cada custo e despesa isoladamente. Desse modo, se torna mais fácil eliminar o que não é necessário, liberando valores para serem investidos em outros fatores mais importantes que podem estar passando despercebidos.
Orçamento Base Zero (OBZ)
Esta técnica usa o mesmo princípio do grupo de pessoas que prefere “virar a página”. Para isso, parte da premissa de que nem todos os eventos ocorridos no ano atual irão se repetir no próximo ano, pois na sua empresa você não terá necessariamente gastos com as mesmas funções e operações nos exercícios seguintes.
No Orçamento Base Zero, portanto, devem ser orçadas as despesas com base em cada processo, projeto e atividade necessários para atingir as metas e os objetivos definidos. Somado a isso, cada gasto deve ser discutido e justificado pelos gestores. Dessa maneira, eles garantem somente o uso dos recursos essenciais para o ano seguinte.
Pelo fato de este modelo não levar em consideração os dados históricos para realizar o orçamento, ele acaba tomando muito mais tempo para ser feito, uma vez que todos os gastos da empresa devem ser discutidos e justificados. Porém, a vantagem é a eliminação de processos e projetos que não estejam alinhados com os objetivos do negócio.
Pelas características da metodologia OBZ, sua utilização é indicada principalmente quando se deseja realizar uma reestruturação na empresa. Se você está pensando em dar uma guinada no negócio, talvez esta seja a melhor solução. Mas evidentemente que ela também pode ser usada em outras circunstâncias.
Para termos uma ideia de como aplicar o orçamento OBZ, vamos dar um exemplo do marketing. É comum que as necessidades da empresa em um ano exijam uma atitude do setor que pode não ser a ideal para o período seguinte. Dependendo da realidade do mercado, as estratégias de comunicação precisam mudar em termos de proporção, agressividade e estratégias de penetração do público-alvo.
Então, com os objetivos da empresa em mãos, os profissionais do marketing definem o que é necessário para colaborar de maneira efetiva para o cumprimento dessas metas naquele ano. A partir daí é pensado no orçamento necessário para financiar as ações no período, descartando o que foi feito anteriormente, já que se tratava de outra realidade. Ou seja, não é preciso olhar para o passado para tocar esse processo.
O mesmo vale para o desenvolvimento de produtos. Em um ano, para lidar com a pressão dos concorrentes, pode ser mais necessário investir em novos itens do portfólio. Já no período seguinte, isso pode não ser uma exigência interna ou de mercado, considerando que a demanda foi, pelo menos em partes, cumprida.
Como fazer o OBZ
O primeiro passo para implementar a metodologia OBZ na empresa é preparar as equipes. Você precisa treinar os profissionais para este momento, envolvendo-os no processo. Isso é fundamental para que todos entendam o espírito do orçamento base zero e não o vejam como uma mera burocracia.
O segundo passo é deixar bem claro as divisões da empresa, ou seja, os setores que fazem parte dela. Pode parecer algo óbvio, mas quando cada área sabe exatamente em que ponto começa e em qual ponto termina suas obrigações, evitam-se muitos contratempos. Como cada uma das áreas tem uma demanda própria, um ritmo diferente e uma forma de trabalhar específica, essas particularidades precisam ser bem dimensionadas e respeitadas.
Na sequência, chega o momento de levantar as estratégias da empresa. Para isso, é necessário estabelecer os objetivos corporativos para o período selecionado e, com base neles, estipular as metas.
Por fim, é necessário definir o que chamamos de limiar dos gastos, quer dizer, o mínimo que precisa ser investido para que a empresa consiga operar sem grandes dificuldades. Tudo o que passar deste ponto deve ser devidamente analisado pelos profissionais, que definirão se é ou não interessante considerar. E os números, claro, precisam ser confiáveis. Por isso, é importante sistematizar o registro, a classificação e o acompanhamento dos desembolsos de sua empresa.
Vantagens
A maior vantagem é que facilita a identificação de despesas e custos desnecessários, sem se basear no histórico. Outras vantagens são:
Aumenta a motivação dos gestores;
Aumenta a motivação do quadro de pessoal ao dar maior iniciativa e responsabilidade pela tomada de decisões;
Permite a utilização dos recursos de forma muito mais eficiente;
Ajuda a identificar orçamentos inflacionados;
Dá maior liberdade e responsabilidade aos gestores na tomada de decisão;
Melhora a comunicação organizacional;
Elimina os processos que não trazem benefícios;
Agrega melhorias operacionais com melhor custo x benefício.
Desvantagens
Em contrapartida, como qualquer processo ele possui suas desvantagens. São elas:
Demanda maior envolvimentos dos gestores nos departamentos;
Exige maior dedicação de tempo por parte dos colaboradores no orçamento;
Dependendo a empresa, pode gerar conflitos internos;
Cria a necessidade de um treinamento específico dos gestores;
Requer maior nível de honestidade por parte dos gestores;
Requer maior confiança por parte da diretoria;
Em uma organização de maior porte, se não houver as ferramentas adequadas pode ser um desafio;
Do mesmo modo, em uma organização grande a quantidade de informação necessária para processo de
Orçamentação pode se tornar intratável.
No geral, a prática tende a trazer mais benefícios do que adversidades, principalmente porque obriga toda a empresa a sair da zona de conforto. Como aplicar o orçamento base zero na empresa?
A princípio ele deve ser aplicado em qualquer etapa da gestão orçamentária e não apenas nos gastos e despesas, como as pessoas acreditam.
Algumas etapas que podem ser utilizadas para introduzir o OBZ são:
Na hora de realizar as projeções de vendas. É comum que a gerência tenha como base as vendas do ano anterior acrescidas de um percentual;
Na comercialização de produtos, que podem estar gerando margens ruins ou até mesmo levando a perda de oportunidade de alinhar a demanda ao mercado;
Nas despesas com pessoal que independente do setor de atuação da empresa, são as despesas com maior representatividade. A aplicação do OBZ pode dar a visão de áreas que estão com necessidade de pessoal ou funcionários que estão sendo subutilizados;
Muitas vezes na hora de montar a ficha dos produtos, algunsfornecedores de insumos e matéria prima são fixados sem que posteriormente haja uma pesquisa para saber se existem alternativas mais baratas sem alterar a qualidade do produto final;
Quando há a réplica do orçamento anterior para a criação do novo, alguns serviços contratados que não são mais utilizados passam despercebidos. O OBZ corrige esse problema e aponta se aquela despesa é mesmo necessária, caso contrário faz o corte. O orçamento base zero parece complicado e trabalhoso a princípio, mas ele vale a pena.
Conclusão
 Independentemente do modelo a ser adotado, o importante é que a empresa mantenha sempre os pés no chão e realize os orçamentos com cautela, bom senso e de acordo com a realidade.
É essencial observar os cenários e analisá-los com base em estudos e números, sem subestimar nenhuma necessidade ou realidade. Somente assim o orçamento poderá apresentar resultados positivos para a empresa. E caso essa parte, de conquistar os resultados, for a mais desafiadora, nós temos um material indispensável, feito para quem precisa ajustar esse aspecto. Afinal, de pouco adianta tomar todos esses cuidados na hora de fazer o orçamento, adequando-o às metas da empresa, se pouco sai efetivamente do papel. O ideal é buscar a ajuda de um profissional da área, de preferência um consultor especializado. Este irá ajudar a tornar a empresa mais enxuta sem perder o foco estratégico. Em suma, a elaboração certamente demanda dedicação, tempo e treinamento para Aplicação do Orçamento Base Zero. Tanto da equipe quanto dos gestores e após efetuado é importante que a empresa tenha ferramentas para controlar e garantir que a nova cultura orçamentária seja seguida. Para garantir a eficiência e crescimento de qualquer negócio, o esforço em busca da melhor performance deve ser permanente. A rotina empresarial necessita eventualmente da adaptação de tarefas e o OBZ é uma das metodologias que vêm sendo amplamente utilizada pelos empresários.
https://blog.algartelecom.com.br/financas/orcamento-base-zero-obz-vantagens-e-desvantagens/
LUNKES, Rogério João. Contribuição à melhoria do processo orçamentário empresarial. Tese de doutorado – Engenharia da Produção. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.

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