Minicurso "Introdução ao Storytelling"

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30/01/2020
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STORYTELLING
&
BIBLIOTERAPIA
Uma introdução
Leonides Justiniano & Márcia Cristina de Souza
“Quem conta histórias 
governa o mundo.”
(Qaletaqa, in FONTANA, 2017).
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AGENDA DO MINI-CURSO
 1º Encontro
 Conhecendo um pouco de cada um de nós
 Conhecendo um pouco do storytelling
 Estrutura básica do ST (1)
 2º Encontro
 ST e mitologias
 Estrutura básica do ST (2)
 O processo de storydoing
 3º Encontro
 ST “Canvas”
 Construindo o conto e sua narrativa
 “Conte a sua história”
AGENDA DO MINI-CURSO
 4º Encontro
 ST como base para a Biblioterapia/Livroterapia
 Biblioterapia: definições, usos e metodologias
 Leitura e escrita terapêuticas: Biblioterapia e a escrita criativa
 5º Encontro:
 Estruturando as “sessões biblioterapêuticas”
 Modalidades biblioterapêuticas e o processo de seleção de textos: “farmácia literária”
 Biblioterapia e desenvolvimento pessoal (e profissional)
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“Nós, humanos, somos máquinas de contar e 
descobrir histórias: homo narrativus, se você 
preferir. Ao entender o mundo, procuramos 
as formas de narrativas significativas em 
tudo.”
(DODDS, 2013).
A JORNADA DO DNA É A JORNADA EM BUSCA DO “EU”.
 Quem, na ficção, ou na realidade, se colocou – ou para quem foi colocada – essa 
pergunta?
 Alice, aquela do País das Maravilhas, o tempo todo, por si e pelos outros
 Lawrence da Arábia, indagado pelo estrangeiro
 Sofia Amundsen, de O mundo de Sofia, lendo a primeira carta do filósofo desconhecido
 Cavaleiro de Arkham, interpelado por Batman
 “Quem dizem as pessoas que eu sou?”
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PEQUENAS GRANDES HISTÓRIAS PARA 
INÍCIO DE CONVERSA
 POR QUE PARTICIPAR DESTE “CURSO” INTRODUTÓRIO DE STORYTELLING E 
BIBLIOTERAPIA??
 QUAL A HISTÓRIA MAIS SIGNIFICATIVA DA MINHA VIDA??
 QUAL O LIVRO QUE MAIS ME MARCOU E POR QUÊ??
STORYTELLING
“Storytelling é comunicar através de 
contos.”
(FONTANA, 2017).
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O storydoing do storytelling
Ponto de 
Vista
(situação)
Problema
(tensão)
Solução
(ação 
resolutiva)
Resultado 
final
(moral)
HERÓI... MITO...
O QUE É UM MITO??
MITO: criar um mito!
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MITO
PEQUENO EXERCÍCIO:
EM QUANTAS “HISTÓRIAS” (NARRATIVAS) 
IMPORTANTES DA HUMANIDADE APARECE 
UMA MAÇÃ??
O MITO DA MAÇÃ
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ENTÃO...
CONSTRUINDO A NARRATIVA
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Quais as narrativas possíveis?
 Julieta, millenial de 22 anos em busca de trabalho, em sua primeira entrevista de 
emprego.
 Atiq, um jovem de 33 anos que se vê involuntariamente em um bote de borracha no 
Mediterrâneo para escapar de uma guerra em seu país.
 John Carter, prisioneiro de guerra americano em mãos dos nazistas.
 Jimi Hendrix na primeira vez em que toca em Londres, em 25 de novembro de 1966, 
na frente de Eric Clapton, Pete Townshend do The Who, Jeff Beck e todos os outros 
grandes guitarristas de seu tempo.
 Artur, em sua primeira apresentação pública, diante de um anfiteatro com cerca de 
500 pessoas.
Qual a narrativa possível?
 David Culver, repórter da CNN em Wuhan, tentando sair da região do epicentro da 
deflagração do surto do coronavírus antes do bloqueio dos transportes.
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Uma possível narrativa de Jimi Hendrix (A. Fontana, 2017)
Aqui estão eles, em frente. Os deuses brancos da música que me olham 
com arrogância.
Eu deveria colocá-los para fora, longe deste maldito palco! Este é o meu 
show, aqui é apenas a minha banda. Esta é a minha música e vocês 
realmente acham que vieram aqui para me obscurecer? Cada deus tem 
seus próprios fiéis que o adoram, cada rei tem seus próprios súditos que o 
imitam e que o tomam como modelo. Agora chega. A partir desta noite serei 
eu a inspirar vocês!
Com este solo, deixaremos as coisas claras ... você sente? Você sente o 
martelo perfurar sua alma? Eu vim aqui porque no meu país um homem 
negro não tem o direito de existir, muito menos brincar. E agora eu quero 
minha coroa. Você tem que me coroar, para que eu possa ir para casa sem 
ter vergonha de sair na rua.
Agora cante, garoto... assim, bravo!
Qual a narrativa possível?
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Qual a narrativa possível?
O storydoing do storytelling
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O storydoing do storytelling
Ponto de 
Vista
(situação)
Problema
(tensão)
Solução
(ação 
resolutiva)
Resultado 
final
(moral)
 Qual ponto de vista a história carrega? De quem é essa perspectiva?
 Qual problema/tensão deve resolver?
 Quais são os problemas da história? São também os meus?
 Qual solução vem proposta?
 Qual é a moral final sugerida?
Ponto de 
Vista
(situação)
Problema
(tensão)
Solução
(ação 
resolutiva)
Resultado 
final
(moral)
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OS “5 S” DO STORYTELLING
 Story: qual é o conto verdadeiro e próprio? (O quê)
 Storylistener: quem é o leitor do conto? (Para quem)
 Set: qual é o contexto em que é ambientado o conto? (Onde)
 Show: quais são as modalidades com as quais e pelas quais o 
conto se envolve, isto é, a forma das exibições culturais pelas 
quais se escolhe fazer? (Como)
 Storyteller: quem é o portador das histórias que influencia 
com as suas competências o êxito da story experience? (Quem)
OS “5 S” DO STORYTELLING
Story architect
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Os “5S” da “Misericordina”
 Quem é o arquiteto da história? A organização do Vaticano e a equipe 
de comunicação responsável;
 Quem é o ouvinte da história? Os fiéis em um momento particular: missa 
dominical;
 Qual é a história? O rosário contado como uma droga: um objeto 
devocional representado de uma maneira completamente diferente;
 Qual é o conjunto? Praça de São Pedro, com todas as complexidades 
que isso implica;
 Qual é o show ou performance cultural? O discurso do papa que diz, 
antes de ser distribuído aos fiéis, o que é a Misericordina e como usá-la;
 Quem é o contador de histórias, o portador da história? Papa Francisco 
que - como é sabido - tem um grande carisma comunicativo.
4 PERFIS DE UM 
CONTO
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 a primeira fisionomia é chamada de histórias de surpresa: 
apresenta um crescimento constante da história, como em 
Alice no País das Maravilhas; numerosas dificuldades são 
enfrentadas passo a passo, mas são todas mais ou menos 
superadas;
 a segunda fisionomia é a das histórias trágicas: as linhas 
da história, após um crescimento exponencial, precipitam-se 
repentinamente, como nas tragédias de Shakespeare ou nos 
grandes melodramas de Hollywood; chegamos a um clímax 
que faz tudo desmoronar;
 a terceira fisionomia - a que se parece com um 
encefalograma - é denominada história do balanço: 
apresenta uma alternância combinatória contínua de derrotas 
e vinganças ou mesmo de problemas e soluções efetivos; 
geralmente encontramos um problema que deve ser 
resolvido e a busca pela solução, por sua vez, gera suspense 
(você conhece Pulp Fiction? Aqui estamos perto);
 a quarta fisionomia é chamada de histórias de satisfação: 
aquela que mostra imediatamente uma queda violenta na 
história e depois se levanta (como a Cinderela), na qual você 
cai, mas se levanta ainda mais bonita, consciente, forte do 
que antes (ou, como no caso de Breaking Bad, mais 
perverso e cínico do que era antes da queda).
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TONS EMOTIVOS E SUAS 
CARACTERÍSTICAS
TONS EMOTIVOS E SUAS 
CARACTERÍSTICAS
TONS EMOTIVOS CARACTERÍSTICAS
Acalmar os ânimos
Conto-tramontano: os contos tramontanos são aqueles que animam o espectador, esclarecem situações,
dissolvem nós existenciais, acalmam os corações. São histórias de pacificação.
Congelar os ânimos Conto-greco: a escala de contos congela o espectador, o afligindo fortemente.
Dar sinais de problemas Conto-levante: deixe o espectador desconfortável, pois representa um potencial perigo ou dificuldade.
Levar serenidade e anunciar
boas notícias
Conto-ponente: são histórias de alegria, com final feliz, que anunciam o fim de uma dificuldade.
Desbloquear emocionalmente
uma situação (crie uma
reviravolta no conteúdo ou na
trama)
Conto-ostro: são aqueles que mitigam a atmosferae, ao liberar emocionalmente o ouvinte, o levam da
indiferença para uma emoção e acendem seu interesse.
Ferver os corações e
superaquecer a atmosfera
emocional
Conto-sirocco: são aqueles que excitam o espectador, que aquecem sua alma, que os enfervescem.
Comover a audiência (fazê-los
refletir, trazer a tristeza
necessária para entender
melhor as coisas)
Conto-libeccio: eles tocam questões existenciais profundas e conseguem comover o público.
Excitar (agitar), gerando
epicidade e memorização
(tornando o conteúdo intenso)
Conto-maestro: elas são as grandes narrativas: histórias épicas e intencionais que provocam uma
perturbação no espectador que garantem uma memorização ao longo do tempo.
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PASSOS PARA A JORNADA NARRATIVA
 1º Definir a fisionomia do conto recorrendo ao modelo PPSR
 2º Definir conteúdo e hipotetizar uma fisionomia (selecionar um dos 4 perfis)
 3º Decidir o tom emotivo (o estado de ânimo, o vento que embalará o ritmo)
Ponto de 
Vista
(situação)
Problema
(tensão)
Solução
(ação 
resolutiva)
Resultado 
final
(moral)
ATENÇÃO!!
Estabelecer a linha narrativa da história é 
fundamental.
Se você não a definir a priori, não poderá 
escrever nem imaginar nada.
Em essência, você nunca poderá criar a 
próxima estratégia de conteúdo.
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PERGUNTAS FUNDAMENTAIS
 Qual é o objetivo de contar histórias, por que contar?
 Que emoções e que sentimentos / vínculos você deseja 
despertar naqueles que o ouvem?
 Qual trama e qual sequência de ações deve aparecer?
 Como estruturar o conflito expresso em sua história (a 
grande tensão ou o grande problema)?
Lembra da “Misericordina”?
 Qual é o objetivo de contar histórias, por que contar? Revitalizar o 
contato com um objeto devocional que auxilia a oração do rosário;
 Que emoções e que sentimentos / vínculos você deseja despertar 
naqueles que o ouvem? Devoção, meditação, humildade, caridade e 
assim por diante;
 Qual trama e qual sequência de ações deve aparecer? O rosário é um 
remédio que cura o coração espiritual;
 Como estruturar o conflito expresso em sua história (a grande tensão 
ou o grande problema)? O objeto do rosário se torna um tesouro a ser 
possuído para a oração.
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UM EXEMPLO: ESCOLHE O TEU ESTADO DE ÂNIMO!!
Seja você a decidir com tudo terminará!
 Como você pode ver, há um "vento mistral" aqui. Estamos na presença 
de uma história que quer abalar, incentivar corações, motivar, inspirar e, 
é claro, fazê-la crescer.
 O tom épico e motivacional, consistente com a história da marca, não é 
dado apenas pelo texto ou imagens identificadas, mas também pelo 
processo geral de comunicação que a empresa conseguiu criar.
Tudo para confirmar a mensagem 
geral:
campeões não nascem, eles se 
tornam.
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PRÓXIMAS LINHAS...
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INCREMENTANDO A NARRATIVA
O SISTEMA DO CONFLITO
Não existe uma história sem um contraste, um drama, sem 
uma grande tensão, sem aquilo que os gregos antigos 
chamavam de pathos. Conflitos com...
 Si mesmo
 Os outros
 A natureza
 Os deuses
 A tecnologia
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A trama requer:
 um trauma a ser resolvido (que tipo de dores você 
enfrentou);
 um desafio a ser cumprido (o que você fez);
 oponentes a derrotar (quais inimigos ou obstáculos você 
superou);
 uma tarefa difícil de realizar (que resultados você alcançou).
O sistema de conflitos é o que coloca em 
movimento a narrativa.
O herói que vence sempre e o líder perfeito 
não conquistam mais ninguém.
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SEM MÁSCARAS
E
SEM MEDO
PUNHOS E CARÍCIAS
Dê um tapa no seu leitor e sorria para ele um 
segundo depois.
Assuste-o até a morte e depois tranquilize-o como 
uma mãe amorosa.
Que ele experimente os picos de exaltação e depois 
a tontura do mais escuro desespero.
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EMOÇÕES 
PRIMÁRIAS
SENTIMENTOS
DESGOSTO ABANDONO ENTUSIASMO MISOGINIA DESCONFIANÇA
ALEGRIA AFETO FÉ TÉDIO SOLIDARIEDADE
MEDO ALEGRIA CONFIANÇA NOSTALGIA SOLIDÃO
RAIVA AMIZADE FILANTROPIA ÓDIO LEVEZA
SURPRESA ADMIRAÇÃO FRUSTRAÇÃO OFENSA ESPERANÇA
TRISTEZA AMOR CIÚME ORGULHO ESTIMA
ANGÚSTIA GRATIFICAÇÃO ARREPENDIMENTO TRISTEZA
ÂNSIA INDIFERENÇA PERDÃO VINGANÇA
CULPA INDIGNAÇÃO PIEDADE VERGONHA
COMPAIXÃO INVEJA RESIGNAÇÃO
DESILUSÃO LUTO RECONHECIMENTO
DEVOÇÃO MELANCONIA REMORSO
DESESPERO MARAVILHA RESSENTIMENTO
DISSENSO MISANTROPIA REPRESÁLIA
TAPAS E BEIJOS...
QUEDA E SUPERAÇÃO!!
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SEM MÁSCARAS
E
SEM MEDO
Narra-se para uma audiência, é verdade, para
emocioná-la, chocá-la, fazê-la refletir; mas, não,
para agradá-la ou manipulá-lo.
O TRIO FREUDIANO
O “Trio Freudiano” ou o coração escuro da luz!
O TRIO FREUDIANO permite alcançar a
RESSONÂNCIA LÍMBICA.
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TRIO FREUDIANO
 a paixão: “a desenvoltura 
apaixonada do capitão Kirk que, 
como líder, parece corajoso, 
ousado, generoso, cheio de 
pathos”
 a razão: “a fria lógica vulcânica do 
Sr. Spock”
 o instinto: “a instintividade do 
rude Dr. McCoy”
COMPONENTES DO TRIO FREUDIANO DE UM PONTO DE 
VISTA NARRATIVO
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O ESQUEMA NARRATIVO 
(COMPLETADO)
Se o modelo PPSR é o cérebro, faz-se necessário o coração. 
Desenvolvendo-se, pois, o modelo...
PONTO DE 
VISTA
(Situação)
TEMA TRAMA RESOLUÇÃO CENÁRIO
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ANATOMIA DE UM CONTO (Fontana, 2017)
 Um protagonista: quem é ele?
 Quais são as suas características físicas e psíquicas?
 Qual é o seu personagem e sua experiência interior?
 Qual é sua falha fatal, ou seja, a falha fatal, a fraqueza que 
determina seu comportamento, o relacionamento com outros 
personagens e, às vezes, sua ruína?
 Por exemplo, em A Vingança dos Sith, Anakin Skywalker decide se 
mudar para o lado obscuro da Força porque ele quer salvar sua 
amada Padme, grávida do primeiro filho, da morte, porque o fluxo 
fatal de Anakin falhou em intervir antes que sua mãe Shmi fosse 
morta pela tribo Tusken...
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 Uma empresa: quais são as ações que você ou seu 
protagonista estão aplicando para alcançar seu objetivo?
 Um conflito: como você já sabe, é o motor da história. Qual 
é a adversidade que o protagonista experimenta e deve 
superar?
 Trauma: que evento violento e chocante marcou a vida do 
protagonista?
 Dos adversários: com quem o protagonista deve lutar para 
realizar a tarefa? Quem são seus antagonistas? Ou está 
lutando contra si mesmo (falamos de estagiário hostil)?
 Ajudantes: quem são os personagens que ajudam o 
protagonista a realizar a tarefa?
 Objetos mágicos: quais são as ferramentas capazes de 
"salvar" o herói em sua difícil tarefa?
 Um cenário: quais são as coordenadas espaço-temporais da 
sua história?
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ANATOMIA DE UM CONTO - desenvolvimento
Desenvolvimento de oito scripts diversos, divididos pelas funções:
 definir uma cena;
 criar um estado de espírito;
 descrever objetos;
 motivar situações;
 estabelecer lugares e horários;
 abrir um conflito;
 começar com um diálogo;
 introduzir personagens.
EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO (sem esquema narrativo)
Meu nome é Chiara, tenho 34 anos e 
sou magistrada. Nasci em Nápoles, 
mas moro em Milão há cinco anos. 
Sou casada com Luca e tenho uma 
menina de dois anos chamada 
Federica. Sou apaixonada por 
cozinhar.
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EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO (com esquema narrativo)
Meu nome é Chiara e o dia que mudou minha vida foi 
23 de maio de 1992. Eu tinha 9 anos e brincava nas 
pernas do meu avô, que era um carabinieri, enquanto 
minha avó preparava o almoço do dia seguinte. 
Almoços de domingo são uma coisa muito séria em 
Nápoles. Quando a notícia parou de ser divulgada para 
relatar o massacre de Capaci, vi meu avô com lágrimas 
nos olhos pela primeira vez na minha vida: naquele dia 
decidi que me tornaria juíza. Quando posso, depois de 
retirar minha toga, adorousar um avental: sou 
apaixonada por cozinhar e gosto de cozinhar para meu 
marido Luca e minha filha Federica, que tem dois anos. 
Hoje não moro mais em Nápoles, mas em Milão. 
Porém, em minha casa os almoços de domingo 
continuavam sendo uma coisa muito séria.
A FORÇA DAS PALAVRAS
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AS PALAVRAS VALEM
TELEVISÃO ANEL CHUVA
GORILA CHUVEIRO MARINHEIRO
CHAVE DE FENDA FANTASMA MOTOCICLETA
• REDIGIR UMA FRASE – COM SENTIDO – COM PALAVRAS INICIADAS, 
TODAS, COM A MESMA LETRA.
• TROCAR PALAVRAS DE UM CONTO.
PALAVRAS... ESTILOS LINGUÍSTICOS
ESTILO CARACTERÍSTCAS
Estilo MILITAR
Valores como poder, honra, glória, obediência e sentimentos como medo, agressão, ambição, coragem e assim por diante são
típicos do estilo militar; esse estilo visa instigar a ação e elevar o nível de emoção. Exemplos são palavras como "militantes",
"boicote", "atear fogo" e assim por diante.
Estilo MÉDICO
Traz consigo grandes temas existenciais como vida, morte, bem-estar e doença, resistência física e moral. Os sentimentos
subjacentes e ativados por esse léxico são afetividade, esperança, medo, angústia, desespero, solidão, paciência, falta de
limitação. Considere as expressões "tendo no DNA", "estado de saúde", "coração batendo", "injetando".
Estilo ESPORTIVO
Vitória, perda, derrota, espírito competitivo referem-se a valores básicos, como desafio, competição e excelência, dentro de uma
gama de sentimentos como ambição, espírito de equipe, irredutibilidade. Exemplos são as maneiras de dizer "faça uma cesta",
"acerte o alvo", "surfe à vista", "entre em campo".
Estilo POLÍTICO
Tem o objetivo de obter consentimento formal ou informal e de se apaixonar por questões como legalidade, boa governança,
igualdade entre cidadãos, liberdade. Os sentimentos por trás do estilo político são confiança, estima, desconfiança, prudência,
discernimento e controle. Exemplos são as palavras "tirania", "direitos", "deveres", "poder", "legalidade".
Estilo AMOROSO
Atrair, seduzir, acariciar são os núcleos temáticos do estilo de amor que lida com relacionamentos, vínculos, corporalidade,
distância / proximidade, dependência. Os valores básicos do dicionário do amor variam do cuidado à sensualidade, da
conjugalidade à tristeza, passando pela espera, melancolia, desejo e apego; exemplos são as expressões "ardente de paixão",
"enlouquecendo", "tendo em mente", "traindo a confiança".
Estilo RELIGIOSO
Transcendência inerente e temas como redenção, salvação, condenação, destino. Manifesta-se em palavras como "inferno",
"céu", "salvação", "demônio tentador", "anjo da guarda".
Estilo ECONÔMICO
É um léxico focado no conceito de valor e medição; exemplos são as expressões "negócios de ouro", "pagar caro", "liquidar
contas".
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“TRABALHAR COM VOCÊ É DIFÍCIL.”
 estilo militar: "Trabalhar com você é uma guerra";
 estilo médico: "Trabalhar com você está me deixando doente";
 estilo esportivo: "Trabalhar com você é uma pista de obstáculos";
 estilo político: "Trabalhar com você é uma tirania";
 estilo de amor: "Trabalhar com você é uma traição contínua";
 estilo religioso: "Trabalhar com você é um inferno";
 estilo econômico: "Trabalhar com você me deixa em ruínas".
ENCERRANDO O BATE-PAPO...
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STORYTELLING RELACIONAL
Diante de um público em um momento de 
narrativa compartilhada, é necessário criar um 
momento S.T.A.R., isto é, uma dimensão 
emotiva na qual exista qualquer coisa que eles 
recordarão para sempre
(Something They’ll Always 
Remember).
(FONTANA, 2017, § 31.49).
Situações relacionais são eventos em que a narração é usada 
principalmente como estrutura e processo de trabalho...
 Uma conversa de trabalho
 Uma fala em público
 Um discurso político ou eleitoral
 Uma performance de frente a uma certa audiência
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CUIDADO EXTREMO COM ALGUNS 
ELEMENTOS
 A voz: você pode se emocionar com o tom da sua vocalidade? Sua história 
será suportada corretamente?
 Proxêmica: você é capaz de encantar seu público com a maneira como eles 
estão na frente deles (mesmo se ainda estiverem)? Sua história viverá bem 
em seu corpo?
 Gesto: como você usa suas mãos, braços, pernas, pés, corpo, olhos, para 
capturar a atenção do seu ouvinte? Sua história se moverá e gesticulará?
 Retórica: Você está preparado para improvisar histórias com scripts já em 
mente?
 O impacto cênico: você preparou o cenário para onde irá ao ar? Você se 
vestiu adequadamente e exibiu suas máscaras dramáticas? Quais serão suas 
fantasias?
Você terá que fazer o S.T.A.R. através de sua voz, sua 
postura, seus gestos e presença de palco e, é claro, através 
de sua história que você terá projetado exatamente para o 
público à sua frente.
Portanto, o apelo à aventura e à ação será exatamente o 
presente na história do seu público, você se tornará seu 
ajudante e, arquetipicamente, terá que atuar como portador de 
novidade, transformação, bem-estar e assim por diante.
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O MOMENTO STAR
AGORA
O mundo assim como é.
Sem você, sem suas 
ideias, as suas marcas, os 
seus produtos.
CALL TO 
ADVENTURE!
A chamada para a 
aventura.
O QUE SERÁ.
O mundo como poderá se tornar.
Com você, as suas ideais, as suas 
marcas, os seus produtos.
Mostrar ao público o gap 
entre a coisa como é e o 
como poderá ser.
Colocá-lo no conto e fazê-
lo ver essa diferença.
Mostrar ao público 
exatamente que coisa 
deve ser feita para se 
vencer o desafio.
BEATITUDE
O mundo realizado 
efetivamente.
CALL TO ACTION!
A chamada para a 
ação.
NA SAÚDE E NA DOENÇA...
QUANTAS HISTÓRIAS SABER CONTAR?
 HISTÓRIAS QUE CURAM
 HISTÓRIAS QUE PREJUDICAM
 HISTÓRIAS DE AMOR
 HISTÓRIAS DE AVENTURA
 HISTÓRIAS SENTINELA (DE ALERTA)
 HISTÓRIAS MURADAS-VIVAS
 HISTÓRIAS PONTES
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O STORYTELLING É UMA EXPRESSÃO OU CAMPO 
DE MANIFESTAÇÃO DA BIBLIOTERAPIA...
AS HISTÓRIAS – REGISTRADAS EM TANTOS 
LIVROS – SERVEM A MÚLTIPLAS FINALIDADES, 
INCLUSIVE, TERAPÊUTICAS – PARA O BEM-
ESTAR.
LEMBRAR SEMPRE!!!
TER A CONSCIÊNCIA DE QUE AS SUAS HISTÓRIAS NÃO 
PERTENCEM A VOCÊ E JAMAIS PERTENCERÃO!
Somente desistindo da tentação de colocar a si mesmo e suas 
habilidades de narrador no centro e "deixando-se habitar por 
histórias" você se tornará um verdadeiro contador de histórias. 
De fato, o objetivo de cada um de nós é simplesmente servir 
nosso público...
E fazê-lo gritar: “De novo! De novo! De novo!”