Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 
ABORDAGEM MORFOFUNCIONAL DA COLUNA VERTEBRAL 
 
 
Djanira Aparecida da Luz Veronez1 
 
INTRODUÇÃO 
 
A coluna vertebral é uma haste óssea longitudinal, mediana, formada a partir da 
sobreposição das vértebras, estruturas discoides e irregulares. 
A coluna vertebral constitui um importante eixo de conexão anatômica e funcional 
entre o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico, por meio da medula 
espinhal, contida no canal vertebral da coluna vertebral. 
Constitui importante papel na postura, sustentação de peso, locomoção, proteção da 
medula espinhal e raízes nervosas. Ao sentar, a coluna vertebral transmite o peso 
do corpo por meio das articulações sacroilíacas para o osso ilíaco, e assim para as 
tuberosidades isquiáticas. Na postura ereta, o peso do corpo é transferido das 
articulações sacroilíacas para os acetábulos dos ossos do quadril, em seguida para 
os fêmures. 
 A coluna vertebral (Figura 1) pertence ao esqueleto axial junto com o esqueleto 
cefálico, osso esterno e as costelas. É constituída por 33 vértebras, 24 pré-sacrais, 
sendo 7 cervicais, 12 torácicas e 5 lombares; pelo sacro, composto de 5 vértebras 
sacrais ossificadas e pelo osso cóccix, formado de 4 vértebras coccígeas 
rudimentares fundidas entre si. 
O corpo estando na posição ortostática, com disposição proximal para distal, a 
coluna vertebral se apresenta dividida em cinco regiões: cervical, torácica, lombar, 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1 Biomédica. Doutora em Ciências Médicas área de concentração Neurociências pela Universidade Estadual de 
Campinas. Professora do departamento de anatomia da Universidade Federal do Paraná. 
	
  
 2 
sacral e coccígea. Neste sentido, as abreviações C, T, L, S e Cc são frequentemente 
utilizadas para indicar as regiões da coluna vertebral, respectivamente. 
As vértebras são identificadas por características estruturais próprias. Os corpos 
vertebrais gradualmente tornam-se maiores à medida que se aproximam do osso 
sacro e, a seguir, tornam-se progressivamente menores em direção ao osso cóccix. 
Como uma haste flexível, a coluna vertebral é composta por estruturas móveis, as 
vértebras, os discos intervertebrais, os ligamentos e a musculatura circunvizinha. 
 3 
 
Figura 1. Coluna vertebral (vista posterior) 
 
 
 
 4 
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DAS VÉRTEBRAS 
 
As vértebras são classificadas como vértebras atípicas e vértebras típicas. As 
primeiras são as três cervicais, atlas (C1), áxis (C2), e a sétima proeminente (C7). 
As atípicas possuem componentes estruturais que são comuns a todas as vértebras 
restantes e móveis. Estas são constituídas pelos seguintes acidentes anatômicos: o 
corpo vertebral; os pedículos; as lâminas; os processos articulares superiores e 
inferiores; os processos transversos e o processo espinhoso. 
Entre uma vértebra e outra, bilateralmente, são formados os forames intervertebrais, 
um orifício que se localiza lateralmente ao canal vertebral. Encontra-se relacionado 
ao espaço intervertebral e parte inferior do corpo da vértebra. Localiza-se entre as 
faces articulares, posteriormente, e o corpo vertebral e o disco intervertebral, 
anteriormente. Por meio dos forames intervertebrais emergem as raízes nervosas do 
interior do canal vertebral. 
 5 
 
Figura 2. Vértebra lombar (vista superior) 
 
Corpo Vertebral 
 
O corpo vertebral é composto por tecido ósseo esponjoso internamente e tecido 
ósseo compacto recobrindo sua superfície. Situado anteriormente, o corpo vertebral, 
varia de diâmetro conforme a região da coluna vertebral em que se localiza. 
 6 
Os corpos das vértebras cervicais (C1 à C7) apresentam menor diâmetro e altura 
quando comparados aos corpos vertebrais das demais regiões da coluna vertebral. 
A altura e o diâmetro dos corpos das vértebras torácicas (T1 à T12) aumentam 
progressivamente, apresentando um aspecto cilíndrico. Os corpos vertebrais 
lombares (L1 à L5) são largos, grandes e achatados (Figuras 2 e 3) por constituírem 
as vértebras que suportam as maiores sobrecargas de força e pressões da coluna 
vertebral. As vértebras sacras (S1 à S5) e as vértebras coccígeas (Cc1 à Cc3) são 
ossificadas entre si, constituindo, respectivamente, o osso sacro - que apresenta 
forma triangular; e o osso cóccix - com formato irregular. 
 
Pedículos 
 
Os pedículos vertebrais são expansões ósseas que conectam o corpo vertebral aos 
processos transversos, lateralmente. São localizados anteriormente às lâminas 
ósseas. 
 
 Lâminas 
 
As lâminas são placas ósseas que ligam os processos transversos, lateralmente, ao 
processo espinhoso, posteriormente. 
 7 
 
Figura 3. Vértebra lombar (vista lateral) 
 
Processos articulares superiores e inferiores 
 
Todas as vértebras cervicais, torácicas e lombares apresentam dois processos 
articulares superiores, com as faces articulares dirigidas posteriormente, que 
permitem a articulação com a vértebra superiormente localizada, e dois processos 
articulares inferiores, com as faces articulares voltadas anteriormente, que 
possibilitam a juntura com a vértebra localizada inferiormente - além de contribuir 
com a estabilidade da coluna vertebral. 
Processo transverso 
 
 8 
Os processos transversos são acidentes anatômicos duplos em cada vértebra 
cervical, torácica e lombar. São localizados entre os corpos vertebrais, 
anteriormente, e o processo espinhoso, posteriormente. 
Os processos transversos das vértebras cervicais possuem forames transversos por 
onde passam, em direção ascendente, as artérias vertebrais. Nas demais vértebras, 
torácicas e lombares, inexistem os forames transversos. 
 
Processo espinhoso 
 
O processo espinhoso, localizado posteriormente, ao longo da coluna vertebral 
possui características específicas em cada região. 
As vértebras cervicais apresentam o processo espinhoso curto e bífido. As vértebras 
torácicas possuem os processos espinhosos longos e dirigidos inferiormente. As 
vértebras lombares apresentam os processos espinhosos curtos e quadriláteros. 
 
VÉRTEBRAS CERVICAIS 
 
São em número de sete vértebras cervicais (C1 à C7). Sendo que as duas primeiras 
vértebras são classicamente descritas como atípicas, devido à forma e à finalidade 
de permitir os movimentos da cabeça. 
 9 
 
Figura 4. Vértebra cervical típica (vista superior) 
 
A primeira vértebra cervical, chamada atlas, é constituída de dois arcos vertebrais, 
um posterior e um anterior, para formar os limites do forame vertebral. 
 10 
 
Figura 5. Atlas 
Entre os arcos vertebrais da atlas (Figura 5) encontra-se a face articular para o 
dente do áxis, segunda vértebra cervical. Articula-se com a base do crânio nos 
côndilos occipitais e com o áxis, inferiormente. 
O áxis (Figura 6) também é uma vértebra atípica, pois apresenta o dente do áxis 
(também chamado de processo odontoide da áxis), uma porção óssea, densa, que 
se projeta na parte superior do áxis (segunda vértebra cervical) para dentro do atlas 
(primeira vértebra cervical) para constituir a articulação atlanto-axial que permite 
movimentos rotatórios da cabeça. 
 11 
 
Figura 6. Áxis 
Entre a terceira e a sexta vértebras cervicais, os componentes são: corpos 
vertebrais pequenos e ovais, forame vertebral grande e triangular, os processos 
transversos com forames transversos e os processos espinhosos curtos e bífidos 
(Figura 4). 
A sétima vértebra cervical denominada vértebra proeminente apresenta os mesmos 
componentes de uma vértebra típica, porém é definida como atípica devido ao 
processo espinhoso proeminente. 
 
VÉRTEBRAS TORÁCICAS 
 
 12 
As vértebras torácicas são em número de doze (T1 a T12). 
Tipicamente, as vértebras torácicas (Figura 7)apresentam um corpo vertebral com 
tamanho intermediário entre os corpos vertebrais cervicais e lombares. Possuem os 
processos transversos com ausência dos forames transversos. Os processos 
espinhosos são longos e dirigidos inferiormente. Os forames vertebrais torácicos são 
ovais. 
 
Figura 7. Vértebra torácica típica (vista superior) 
 
A T1, primeira vértebra torácica, apresenta uma face articular inteira, bilateralmente, 
para a cabeça da primeira costela. O corpo se apresenta semelhante ao de uma 
vértebra cervical, o processo espinhoso é longo, espesso e com disposição 
horizontal. A décima segunda vértebra torácica apresenta uma face articular inteira, 
bilateralmente, para a costela situada na face lateral do pedículo. Por ser uma 
vértebra que se encontra em uma região de transição, a décima segunda vértebra 
torácica, ela é semelhante a uma vértebra lombar, com seu corpo, pedículos, 
lâminas e processos mais espessos. 
 
VÉRTEBRAS LOMBARES 
 
 13 
As vértebras lombares são em número de cinco (L1 a L5). Apresentam o corpo 
vertebral grande (Figura 8), mais largo e espesso - quando comparados às demais 
regiões da coluna vertebral. Os processos transversos não apresentam forames 
transversos. O processo espinhoso é curto e quadrilátero e os forames vertebrais, 
triangulares. 
 14 
 
Figura 8. Vértebra lombar típica (vista superior) 
 
 15 
A quinta vértebra lombar (L5) apresenta o corpo vertebral inclinado inferiormente, 
anteriormente, com a finalidade de compor a articulação lombossacral. 
 
OSSO SACRO 
 
O osso sacro é constituído por cinco vértebras fundidas. 
Na face anterior ou pélvica do osso sacro (Figura 9) se encontram as linhas 
transversais ou cristas transversais e os forames sacrais anteriores. Na face dorsal 
se encontram os forames sacrais posteriores, a crista sacral mediana, as cristas 
sacrais intermédias, as cristas sacrais laterais, o hiato sacral e os cornos sacrais 
(Figura 10). Lateralmente se encontram as asas do osso sacro e as tuberosidades 
sacrais. 
 
Figura 9. Osso sacro (vista anterior) 
 16 
 
Na base do osso sacro localizam-se o promontório e os processos articulares 
superiores, que permitem a formação da articulação lombossacral. Inferiormente, 
identifica-se no ápice do osso sacro a face articular para o osso cóccix. 
 
Figura 10. Osso sacro (vista posterior) 
 
OSSO CÓCCIX 
 
O osso cóccix é constituído de três a cinco vértebras coccígeas que apresentam 
tamanho reduzido quando comparado às demais regiões da coluna vertebral. 
No osso cóccix identificam-se os cornos sacrais, os tubérculos coccígeos, a face 
articular com o sacro e os sulcos transversais. 
 17 
ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL 
 
Os corpos das vértebras unem-se por discos intervertebrais (Figura 11) e ligamentos 
longitudinais, anterior e posterior. 
Os discos intervertebrais, principais meios de união dos corpos das vértebras, são 
presentes desde a superfície inferior do corpo do áxis até a articulação 
lombossacral. Nas regiões torácica e lombar, os discos são numerados e 
denominados de acordo com a vértebra sob a qual se encontram, por exemplo, o 
disco L2 é encontrado entre as vértebras L2 e L3 e assim sucessivamente. 
 18 
 
Figura 11. Coluna vertebral (vista anterior com ênfase na porção lombar) 
 
Os discos intervertebrais inserem, superiormente e inferiormente, nas delgadas 
camadas de cartilagem hialina (placas cartilaginosas) que revestem o osso 
esponjoso das superfícies superior e inferior dos corpos das vértebras e nas suas 
bordas superior e inferior de osso compacto. 
 19 
As vértebras desde C2 (segunda vértebra cervical) até S1 (primeira vértebra sacral) 
são interpostas por estruturas discais chamadas de discos intervertebrais. Ao todo 
são 23 discos intervertebrais na coluna vertebral. 
Cada disco intervertebral constitui-se de uma estrutura fibrocartilaginosa formada 
por anéis concêntricos, em sua porção externa e um núcleo gelatinoso formado por 
substâncias hidrófilas (muco polissacarídeo), que garantem essa característica 
hidrófila (retenção de água), mantendo a capacidade de hidratação e flexibilidade do 
disco. Os anéis fibrosos, compostos de 12 a 20 camadas fibrosas concêntricas, 
suportam as pressões submetidas à coluna vertebral, transmitidas pelos corpos 
vertebrais. 
 
Articulações entre os arcos vertebrais 
 
Os arcos vertebrais adjacentes unem-se por meio de articulações sinoviais, entre as 
faces dos processos articulares denominadas articulações zigoapofisárias (Figura 
12) e por articulações fibrosas que unem as lâminas, os processos espinhosos e 
processos transversos adjacentes. 
A forma e o posicionamento anatômicos das faces dos processos articulares 
superiores e inferiores determinam os tipos de movimentos entre vértebras. As faces 
são planas e estão orientadas obliquamente, de superior e anterior para inferior e 
posterior na curvatura cervical; são planas e orientadas no plano frontal na curvatura 
torácica. Na região lombar, as faces dos processos articulares superiores são 
ligeiramente côncavas e voltadas medialmente, enquanto aquelas dos processos 
articulares inferiores são ligeiramente convexas e voltadas lateralmente. 
 20 
 
 Figura 12. Coluna vertebral (vista antero-lateral) 
 
As articulações zigoapofisárias possuem cápsulas articulares delgadas e 
suficientemente frouxas para permitir uma amplitude de movimento normal nas 
articulações. 
 21 
A cápsula Articular é uma estrutura com tecido conjuntivo fibroso responsável pelo 
revestimento das articulações zigopofisárias e, juntamente com a membrana 
sinovial, tornam a estrutura fechada, por onde circula o líquido sinovial, para 
lubrificar e promover deslizamentos na articulação. 
Articulações fibrosas 
 
As articulações fibrosas da coluna vertebral são constituídas na presença de 
ligamentos. 
Os ligamentos são estruturas fibrosas cuja função está relacionada à estabilidade 
intrínseca das vértebras na sua posição natural. 
As lâminas de vértebras adjacentes são unidas internamente por fortes ligamentos 
elásticos, denominados ligamentos amarelos, que realmente são amarelos “in vivo”, 
devido à riqueza em fibras elásticas. Os ligamentos amarelos ficam tensos em todas 
as posições assumidas pela coluna vertebral, sendo importante para sua 
estabilização. Estendem-se lateralmente sobre as cápsulas articulares, constituindo 
o limite posterior do forame intervertebral. 
Os ápices dos processos espinhosos, desde a sétima vértebra cervical até o osso 
sacro, são unidos pelo ligamento supraespinhal constituído por tecido conjuntivo 
denso. 
Os ligamentos interespinhais são delgadas membranas de tecido conjuntivo denso 
que unem os processos espinhosos adjacentes e são contínuos com os ligamentos 
amarelos e ligamentos supraespinhais. 
Os ligamentos intertransversais unem lateralmente os processos transversos 
vizinhos, sendo mais desenvolvidos na região lombar e praticamente ausentes na 
região cervical. 
O ligamento longitudinal posterior é um ligamento laminar que se localiza dentro do 
canal vertebral justaposto à porção posterior dos corpos vertebrais. 
O ligamento longitudinal anterior encontra-se na linha mediana do corpo vertebral, 
contendo forma laminar. Inicia-se na base do crânio e vai até o osso sacro. 
 22 
Apresenta a capacidade de reforçar a estabilidade da coluna vertebral, 
anteriormente. 
O ligamento costotransverso e ligamento radiado são responsáveis pela união entre 
as costelas, os processos transversos e o corpo vertebral subseqüentemente. 
 
Articulações atlanto-axiais 
 
As faces articulares superiores dos processos articulares do áxis e as faces 
articulares inferiores do atlas formam articulações atlanto-axiais, classificadas como 
articulações sinoviais planas que permitem movimentos de deslizamentos. 
O arco anterior e o ligamento transverso do atlas formam com o dentedo áxis uma 
articulação sinovial troclear, que possibilita movimentos rotatórios da cabeça. 
 
Articulações atlanto-occipitais 
As articulações atlanto-occipitais são formadas entre os côndilos occipitais e as 
faces articulares superiores do atlas. As duas articulações funcionam como uma 
unidade, elipsoide e biaxial, permitindo assim os movimentos de flexão, extensão e 
flexão lateral da cabeça. 
 
Articulações costovertebrais 
 
As costelas se articulam com a coluna vertebral em dois pontos: a articulação 
costovertebral, entre a cabeça da costela e as fóveas costais, superior e inferior, dos 
corpos de duas vértebras adjacentes e a articulação costotransversal, entre o 
tubérculo da costela e a fóvea costal transversal do processo transverso da vértebra 
correspondente. 
 23 
 
Figura 13. Coluna vertebral e gradil costal (vista posterior) 
 
A articulação costovertebral é uma articulação sinovial, contendo cápsula articular, 
cavidade articular e líquido sinovial. É dividida em dois compartimentos, superior e 
inferior, pela presença de um ligamento intra-articular, curto, situado 
horizontalmente, que vai da cabeça da costela para o disco intervertebral. A cápsula 
articular encontra-se reforçada anteriormente, pelo ligamento radiado. 
A articulação costotransversal é uma articulação sinovial formada por uma espessa 
cápsula articular e os ligamentos costotransversais próprio, lateral e superior, que 
reforçam a articulação. 
 
Articulações sacroilíacas 
 
 24 
As articulações sacroilíacas (Figura 14) são articulações sinoviais simples do tipo 
plana e, portanto, capazes de movimentos de deslizamentos, porém com amplitude 
limitada. São formadas pelas faces auriculares do osso íleo e do osso sacro. Além 
da cavidade articular, possuem o ligamento sacroilíaco interósseo, o qual 
posteriormente se confunde com o ligamento sacroilíaco dorsal, um espessamento 
da cápsula articular. Anteriormente, a cápsula articular também apresenta um 
espessamento, o ligamento sacroilíaco ventral, menos espesso que o dorsal. 
 
Figura 14. Articulação sacroiliaca (vista posterior) 
 
CURVATURAS DA COLUNA VERTEBRAL 
 
A coluna vertebral apresenta-se com uma haste óssea, porém não retilínea. 
 25 
Com a posição fetal, no útero materno, a coluna vertebral adquire a forma da letra 
“C”, com concavidade anterior. Com o desenvolvimento, a curvatura muda 
progressivamente. 
No nascimento, a criança apresenta as características advindas da posição fetal, ou 
seja, a coluna vertebral apresenta-se como uma concavidade anterior. À medida 
que o recém-nascido adquire controle sobre seu corpo, a forma da coluna vertebral 
progressivamente se altera. 
Nas regiões torácica e sacral, a curvatura original permanece, ou seja, com 
concavidade anterior e nas regiões cervical e lombar a curvatura primitiva 
desaparece, dando origem a curvaturas com convexidade anterior (Figura 15). 
A tentativa de sustentar e erguer a cabeça, por volta do terceiro mês de vida, 
promove o desenvolvimento da curvatura cervical e se consolida na fase de sentar e 
do engatinhar. A curvatura lombar desenvolve-se a partir do momento em que se 
iniciam as tentativas de sentar e ficar em pé, ocasionada pelo aumento do tônus 
muscular dos músculos iliopsoas e músculos eretores espinhais, dorsais. Torna-se 
consolidada por volta dos dois anos de idade. 
 26 
 
Figura 15. Curvaturas da coluna vertebral (vista lateral) 
 
Classificação das curvaturas da coluna vertebral 
 
 27 
A coluna vertebral apresenta suas curvaturas divididas em curvaturas primárias e 
curvaturas secundárias. 
As curvaturas primárias são menos móveis e foram adquiridas na posição fetal (no 
útero materno) e não se modificam após o nascimento. Preservam a característica 
de concavidade anterior. São elas: curvatura torácica e curvatura sacrococcígea. 
As curvaturas secundárias são também denominadas de curvaturas de 
compensação. São definidas como extremamente móveis quando comparadas às 
curvaturas primárias. São elas: curvatura cervical e curvatura lombar. 
 
 
REFERÊNCIA: 
 
1. DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 
2ª.ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 2005. 
 
2. ELIS, H., LOGAN, B., DIXON, A. Anatomia Seccional Humana. São Paulo, 
Editora Santos, 2001. 
 
3. FLECKENSTEIN, P.; TRANUM-JENSEN, J. Anatomia em Diagnóstico por 
Imagens. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2004. 
 
4. GUYTON AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier; 2006. 
 
5. GRAY, Tratado de Anatomia Humana. 36ª Edição, Guanabara Koogan, 2000. 
 
 28 
6. MOORE, K. L., DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5ª. Edição. 
Editora Guanabara Koogan 2007. 
 
7. NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. Editora Artmed. 2004. 
 
8. SOBOTTA. Atlas de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 
2006. 
 
9. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1991. 
10. ROHEN, J. W. Y., YOKOCHI, C. Atlas Fotográfico de Anatomia Humana. 
Editora Manole, 2004. 
 
11. Van de Graaff KM. Anatomia humana. 6ª. ed. São Paulo: Manole, 2003. 
 
12. WEIR, J.; ABRAHAMS, P.H. Atlas de Anatomia Humana em imagens. 2ª ed. 
São Paulo: Manole, 2000. 
 
13. WOLF-HEIDEGGER, G. Atlas de Anatomia Humana. 2ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004.

Mais conteúdos dessa disciplina