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HIDRAULICA APLICADA E HIDROLOGIA PROFª CLIVIA ALMEIDA CURSO: ENGENHARIA CIVIL AULA 11 PLANO DE AULA • Revisão; • Perda de carga localizada; • Acessórios – Perda de carga localizada; • Comprimento equivalente; • Exercícios. Relembre 1) Perda de carga; 2) Conduto forçado; 3) Regime permanente; 4) Número de Reynolds; 5) Equações. Perda de carga localizada Ao escoar por um conduto forçado, o fluido é submetido a variações de pressão decorrentes de variação na elevação da tubulação, da velocidade de escoamento ou ainda do atrito do fluido com a face interna da parede do conduto. Um fluido em um sistema de escoamento passa por tubos, válvulas, conexões, acessórios diversos e também podem ocorrer mudanças da área de escoamento. Figura 1 – ilustração de um conduto forçado Perda de carga localizada “O escoamento em uma tubulação pode exigir a passagem do fluido através de vários acessórios, curvas ou mudanças súbitas de área. Perdas de carga são encontradas, sobretudo, devido à separação do escoamento.” (Porto, 1999) Figura 2 – exemplo de perda de carga Perda de carga localizada As tubulações de transporte de água sob pressão, de qualquer porte, são construídas por tubulações montadas em sequência, de eixo retilíneo, unidas por acessórios de natureza diversa, como válvulas, curvas, derivações, registros ou conexões de qualquer tipo e, eventualmente, uma máquina hidráulica como bomba ou turbina. Obs.: Em trechos retilíneos, de diâmetros constantes e mesmo material, a perda de carga unitária é constante, desde que o regime seja permanente. Expressão geral da perda de carga: 𝒉𝒇 = 𝑲 𝑽² 𝟐𝒈 Acessórios – Perda de carga localizada Cotovelos e curvas Tais conexões, muito utilizadas nas diversas instalações de transporte de água, produzem perdas localizadas devido à mudança de direção do escoamento. Pelo efeito da inércia, os filetes tendem a conservar seu movimento retilíneo e são impedidos pela fronteira sólida da conexão. Esta mudança de direção provoca uma modificação substancial no perfil de velocidade e, consequentemente, na distribuição da pressão, de modo que ocorre um aumento de pressão na parte externa da curva com diminuição da velocidade e o inverso na parte interna da curva. Acessórios – Perda de carga localizada Cotovelos e curvas Figura 3 – curvas Figura 4 - cotovelos Acessórios – Perda de carga localizada Cotovelos e curvas O cotovelo é um conector mais popular em construções residenciais. Pode ser encontrado na curvatura de 45° e 90° e nas versões rosca ou comum (nessa última é necessário solda ou cola para o mesmo ser instalado). É indicado para terminais de água com baixa pressão, como chuveiros e torneiras. A curva é mais comprida que o cotovelo e permite a passagem de água de alta pressão . É encontrada em curvatura de 45° e 90° também. Acessórios – Perda de carga localizada Cotovelos e curvas Basicamente a perda de carga depende da rugosidade da parede, do numero de Reynolds, da relação entre o raio de curvatura médio e o diâmetro e do ângulo de curvatura. Equação empírica para cálculo do coeficiente K para curvas e cotovelos: 𝐾 = 0,13 + 0,16 𝑟 𝐷 −3,5 𝛼 180° Acessórios – Perda de carga localizada Registro de gaveta Com frequência, as tubulações dispõem de mecanismos que permitem regular a vazão transportada, ou mesmo promover o fechamento total. Tais equipamentos, comumente chamados de válvulas, podem ser de diversos tipos, tamanhos e geometrias. Quando totalmente abertas, as válvulas não produzem alterações substanciais no escoamento, porém, quando parcialmente fechadas, provocam perdas de carga consideráveis. Figura 5 – registro de gaveta Acessórios – Perda de carga localizada Válvula de borboleta As válvulas de borboleta são dispositivos usados em instalações hidráulicas para fazer controle de vazão. Podem ser operadas de modo manual ou com auxílio de dispositivos elétricos (acionadores), para fechamento total ou fixação de um certo ângulo de abertura. Figura 6 - válvula borboleta Acessórios – Perda de carga localizada Valores diversos de perda de carga localizada Figura 6 – tabela de valores diversos de perda de carga localizada. (Porto, 1999) Comprimento equivalente • O método dos Comprimento equivalentes consiste em substituir, para simples efeito de cálculo, cada acessório da instalação por comprimentos de tubos retilíneos, de igual diâmetro, nos quais a perda de carga seja igual à provocada pelo acessório, quando a vazão em ambos é a mesma; • Assim cada comprimento equivalente é adicionado ao comprimento real da tubulação, a fim de simplificar o cálculo, transformando o problema em uma simples perda de carga distribuída. Comprimento equivalente 𝑳𝒆 = 𝑲 𝑫𝒇 Figura 8 – tabela de comprimento equivalente. (Porto, 1999) Figura 7 – tabela exemplo de comprimento equivalente. (Porto, 1999) file:///C:/Users/user/Downloads/Hidraulica-Basica-4ed-Rodrigo-de-Melo-Porto.pdf Comprimento equivalente Comprimentos equivalentes para peças de PVC rígido ou cobre Figura 9 – tabela de comprimento equivalente. (Porto, 1999) Exemplo 1 Na instalação hidráulica predial mostrada na figura 10, as tubulações são de aço galvanizado novo, os registros de gaveta são abertos e os cotovelos têm raio curto. A vazão que chega ao reservatório D é 38% maior que a que escoa contra a atmosfera no ponto C. Determine a vazão que sai do reservatório A, desprezando as cargas cinéticas. Exemplo 1 Exemplo 1 - dados Exemplo 1 Diferença de perda de carga= 2m 𝑱𝑩𝑪𝑳𝑩𝑪 = 𝑱𝑩𝑫𝑳𝑩𝑫 + 𝟐 saida =(-0,5 + 30,98x1,5)/40 1,149 curvas =2x(0,189+30,53x1,5)/40 2,299 registro =0,010+6,89x1,5 0,259 tê =0,396+62,32x1,5 2,347 saida =(-0,5 + 30,98x1)/40 1,219 registro =0,010+6,89x1 0,276 tê =0,396+62,32x1,5 2,347 Tabela 1 – comprimentos equivalentes trecho BD Tabela 2 – comprimentos equivalentes trecho BC /25 /25/40 /40 Exemplo 1 Diferença de perda de carga= 2m 𝑳𝑩𝑫 = 𝟔, 𝟎𝟓𝟒 + 𝟕, 𝟑𝟎 = 𝟏𝟑, 𝟑𝟓 𝒎 𝑳𝑩𝑪 = 𝟑, 𝟖𝟒𝟐 + 𝟔 = 𝟗, 𝟖𝟒𝟐 𝒎 𝜷𝑩𝑫 = 𝟑, 𝟗𝟒𝟓 𝒙 𝟏𝟎 −𝟐 𝜷𝑩𝑪 = 𝟑, 𝟎𝟒𝟒 𝒙 𝟏𝟎 −𝟏 𝑸𝑩𝑫 = 𝟏, 𝟑𝟖𝑸𝑩𝑪 𝟑, 𝟗𝟒𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟐𝒙 𝟏, 𝟑𝟖𝑸𝑩𝑪 𝟏,𝟖𝟖 𝒙𝟏𝟑, 𝟑𝟓 + 𝟐 = 𝟑, 𝟎𝟒𝟒 𝒙 𝟏𝟎−𝟏𝒙𝑸𝑩𝑪 𝟏,𝟖𝟖𝒙𝟗, 𝟖𝟒𝟐 Exemplo 1 𝑸𝑩𝑪 = 𝟏, 𝟖𝟎 𝑳/𝒔 𝑸𝑩𝑫 = 𝟐, 𝟒𝟖 𝑳/𝒔 𝑸𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟒, 𝟐𝟑 𝑳/𝒔 Exercício 1 A instalação hidráulica predial da figura está em um plano vertical e é toda em aço galvanizado novo com diâmetro de 1”, e alimentada por uma vazão de 2,0 l/s de água. Os cotovelos são de raio curto e os registros de gaveta. Determine qual deve ser o comprimento x para que as vazões que saem pelas extremidades A e B sejam iguais. Utilize o método do Comprimento Equivalente. Exercício 1
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