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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro

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Licensed to Briso Souza Ferreira - Email: brisogsouza@gmail.com
Lei de Introdução às 
Normas do Direito 
Brasileiro - LINDB
INTRODUÇÃO 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é o Decreto-lei n. 
4.657/42, sendo composta de 19 artigos, aplicáveis a todos os ramos da 
ciência jurídica. É uma norma de introdução às leis, prevendo como estas 
devem ser elaboradas, interpretadas, complementadas. Por isto, o próprio 
nome desta norma foi alterado em 2010: de Lei de Introdução ao Código 
Civil (LICC) passou-se a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
Brasileiro (LINDB). Os arts. 1º a 6º tratam do processo de enfrentamento 
da lei em si: eficácia, obrigatoriedade, lacunas, interpretação e direito 
intertemporal. Já os arts. 7º a 17 traçam normas relativas ao direito 
internacional privado. Por fim, os arts. 18 e 19 tratam dos atos civis 
praticados por autoridades consulares brasileiras no estrangeiro. 
Importante registrar que a Lei Complementar n. 95/98 (alterada 
posteriormente pela Lei Complementar n. 107/2001) também trata da 
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Ou seja, esta lei 
deve ser lida em conjunto com a LINDB.
Princípio da Continuidade das Leis
Natureza Jurídica e seu Objeto
Trata-se de lei de sobre lei, norma de sobre norma ou norma de 
sobre direito. Isto significa que o objeto do Decreto-lei 4.657/42 não são 
condutas humanas, mas o próprio ordenamento jurídico. Quanto à 
natureza jurídica normativa trata-se de decreto-lei.
Licensed to Briso Souza Ferreira - Email: brisogsouza@gmail.com
Nomen iuris
A Lei 12.376/10 alterou o nomen iuris do Decreto-lei 4.657/42, que 
de Lei de Introdução ao Código Civil passou a ser Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro.
Nunca se duvidou que a Lei de Introdução sempre fosse de 
introdução a todo o ordenamento Jurídico e não só do Código Civil. O que 
o legislador fez, na verdade, foi adequar o nomen iuris ao seu campo de 
aplicação.
ATENÇÃO: O artigo 1º da Lei 12.376/10 afirma que ela amplia o campo de 
aplicação do decreto. Na doutrina e na jurisprudência é pacífico o 
entendimento de que não houve ampliação no campo de aplicação e, sim, 
mera adequação. Se na prova for perguntado se a lei menciona ampliação, 
a resposta é SIM.
Planos de análise da norma
Existência
A lei passa a existir quando o projeto de lei é sancionado pelo Chefe 
do Executivo (art. 65 e 66 da CF).
“Art. 65/CF: O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela 
outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou 
promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de 
lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em 
parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou 
parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do 
recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao 
Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de 
parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da 
República importará sanção.
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 § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a 
contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria 
absoluta dos Deputados e Senadores. 
§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para 
promulgação, ao Presidente da República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será 
colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais 
proposições, até sua votação final. 
§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo 
Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado 
a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao 
Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
A sanção (concordância do Chefe do Executivo) transforma o projeto 
de lei em lei.
ATENÇÃO: A promulgação é mera comunicação aos destinatários da lei de 
que ela foi criada com determinado conteúdo. A publicação, instrumento 
da promulgação, é mero fator de eficácia da lei.
Validade
Lei válida é aquela que foi criada de acordo com a Constituição, tanto 
em seus aspectos formais quanto materiais ou substanciais.
Lei válida é sinônimo de lei constitucional.
Eficácia da lei
É o potencial que tem a lei de produzir efeitos, isto é, de incidir. 
Efetividade ou eficácia social
Esta expressão refere-se ao grau de aderência social à norma, 
popularmente, é referida com a expressão: “lei que pegou ou não pegou”.
A efetividade deve ser levada em consideração pelo juiz?
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No Brasil, costuma-se dizer que a efetividade é assunto próprio 
da sociologia e filosofia do direito e não da dogmática. Sendo a lei 
existente, válida e eficaz cabe ao juiz aplicá-la ainda que não conte com a 
efetividade. O próprio Hans Kelsen em sua obra fundamental, “Teoria Pura 
do Direito”, afirma que sem o mínimo de efetividade, a norma não tem 
razão de ser (Hans Kelsen afirma que a norma é nula, mas tudo indica que 
ele quis dizer inexistente).
Dois conceitos jurídicos fundamentais
Vigência
É o período de eficácia, isto é, o período em que a lei pode produzir 
efeitos.
Vigor
É a força vinculante da lei, sua força obrigatória.
Entrada e vigor da lei
O art. 8º da LC 95/98, a qual disciplina a técnica de elaboração das 
leis e que regulamenta o parágrafo único do art. 59 da Constituição 
Federal (e, portanto, lei de sobre lei), estabelece que a vigência da lei será 
indicada de forma expressa, reservada a cláusula “entra em vigor na data 
da sua publicação.”
Caso este dispositivo seja descumprido terá aplicação o art. 1º da Lei 
de Introdução. Salvo disposição contrária a lei começa a vigorar em o todo 
país 45 dias depois de oficialmente publicada.
● Vacatio Legis – é o período de tempo que medeia a publicação oficial 
e a entrada em vigor da lei.
Funções da Vacatio legis:
- Permitir amplo conhecimento da lei, pois após sua publicação a alegação 
de ignorância em regra é irrelevante. Esta função é expressamente 
reconhecida no caput do art. 8º da LC 95/98. Por isso que o prazo de 
vacatio deve ser diretamente proporcional a complexidade da lei. Isto é, 
leis mais complexas devem ter prazo de vacatio maiores. 
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- Função instrumental: a doutrina afirma que a vacatio deve contemplar 
prazo razoável para que o poder público se instrumentalize a fim de dar 
cumprimento à lei.
NOTAS SOBRE A VACATIO LEGIS:
• Sistemas de vigência: a doutrina aponta a existência de três sistemas 
de vigência, são eles: 
Simultâneo ou sincrônico: A lei entra em vigor ao mesmo tempo em 
todo o território nacional.
Progressivo: A entrada em vigor varia temporalmente de Estado para 
Estado.
Omisso: o legislador não diz qual o tempo de vigência.
Obs.: O sistema Brasileiro é o simultâneo ou sincrônico.
• Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Art. 1º, 
parágrafo 1º/LINDB).
• Se antes de entrar a lei em vigor ocorrer nova publicação de seu 
texto, o prazo de vacatio se reinicia da nova publicação.
• Após a entrada em vigor da lei, sua correção é considerada lei nova. 
• Tratando-se além de um conjunto normativo, por exemplo, um 
código ou um micro sistema a correção de apenas um artigo antes da 
entrada em vigor atrasa todo o código ousó aquele artigo? Prevalece o 
entendimento segundo o qual todo o conjunto é afetado, afinal, trata-se 
de um conjunto em que a parte influencia a interpretação do todo. Em 
sentido contrário, Maria Helena Diniz.
Proibição da Repristinação Tácita 
O art. 2º, § 3º da Lei de Introdução estabelece que salvo disposição 
contrária a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido 
vigência. 
Repristinar é voltar ao passado. In pristinum statum redire = voltar ao 
primitivo estado.
Exceção: ocorrerá repristinação tácita se a lei revogadora for julgada 
inconstitucional em sede de controle concentrado de constitucionalidade 
(STF e os Tribunais de Justiças dos Estados). Neste caso o órgão julgador 
declara que a norma ingressou indevidamente no ordenamento jurídico
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(existe, mas é inválida) e retira-a do ordenamento jurídico, desfazendo os 
efeitos que foram produzidos sem que pudessem ter sido.
Obs.: O Prof. Pedro Lenza afirma que não se trata de repristinação, mas de 
mero efeito repristinatório, pois na verdade, a lei inconstitucional nunca 
produziu efeitos e, portanto, nunca revogou a lei que se pretende ver 
restaurada, houve sim mera aparência de revogação. Data venia, o 
posicionamento não parece correto, pois o art. 27 da Lei 9.868/99 o 
permitir a modulação de efeitos expressamente autorizo o STF a manter 
efeitos produzidos pela lei inconstitucional e se efeitos são mantidos é 
porque efeitos foram produzidos. 
Princípio da Obrigatoriedade da Lei
O art. 3º da Lei de Introdução dispões que ninguém se escusa de 
cumprir a lei alegando que não a conhece. Diferentemente do sustentado 
por parte da doutrina o art. 3º não estabelece presunção absoluta de 
conhecimento da lei, estabelece apenas que o desconhecimento da lei não 
imuniza o ignorante s efeitos da incidência da lei. 
O sistema jurídico pode expressamente estabelecer exceções, por 
exemplo: o art. 21 do Código Penal que disciplina o erro de proibição 
(Eduardo Espínola).
Critérios de Integração do Ordenamento Jurídico
Proibição da prolatação judicial do non liquet (não é claro).
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Parte Geral
INTRODUÇÃO 
O ser humano, detém uma natureza social, em razão disso, o seu 
comportamento gera reflexo na aplicação do Direito, pois sua finalidade é 
tratar das relações entre as pessoas, de acordo com o tipo de relação que 
elas estabelecem. Daí vem a importância de antes de tudo, ter a noção do 
que seria uma relação jurídica. 
Relação jurídica: é o vínculo entre pessoas, em razão da qual uma pode 
pretender algo a que a outra é obrigado a prestar, com proteção do 
Estado. 
Fique sabendo!
Ademais, é importante salientar que não é qualquer relação entre duas 
pessoas que será uma relação jurídica. Como é possível saber se estamos 
diante de uma relação jurídica ou de fato.
Relação 
simples ou de 
fato
Relação jurídica
O direito regula a 
situação, 
imputando 
consequências 
SimNão
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Relação Jurídica
RELAÇÃO JURÍDICA
aconteci
mento
Objeto 
Sujeito 
de 
direito 
Os elementos de uma relação jurídica são:
 Pessoa natural/física ou jurídicas, 
e excepcionalmente os entes não 
personalizados, como o espólio. 
 
Acontecimento é um fato que 
esteja previsto na norma 
jurídica capaz de criar, 
modificar ou extinguir direito 
Um animal não pode fazer parte 
de uma relação jurídica, pois não 
tem personalidade jurídica, sendo 
apenas objeto dela, um bem 
semovente – aquele que se move 
através de força própria. 
 De modo imediato, temos 
uma obrigação(dar, fazer, ou 
não fazer)
De modo mediato, o bem 
buscado(móvel, imóvel, 
honra )
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Personalidade
 Personalidade: é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair 
deveres na ordem civil 
 Atributo inerente a pessoa 
 Pessoa natural: É o ser humano. Todo direito deve corresponder um 
sujeito que lhe detém a titularidade, O código civil em seu artigo 1º, dota 
de personalidade o ser humano. 
Art. 1º, cc: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil
Aquisição de personalidade – art.2º 
 
Natureza do registro de nascimento da pessoa: o registro de nascimento 
geralmente se dá no momento posterior ao seu nascimento, logo, 
percebe-se que já tem-se adquirido a personalidade, quando nasceu, 
sendo o registro uma mera declaração. 
 REGISTRO ATO DECLARATÓRIO COM EFEITO 
 EX TUNC
 
 
“A partir de que momento se verifica a aquisição da personalidade”
O momento do nascimento com vida , que respirou , já adquire a 
personalidade, logo, estamos diante de um critério objetivo. Teoria 
natalista 
Fique sabendo!
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HOUVE RESPIRAÇÃO
SIM
NATIMORTO 
OBSERVAÇÃO
 O nascituro tem uma expectativa de 
direito, já que a lei põe a salvo os 
seus direitos desde a concepção. Os 
direitos assegurados , estão sob 
condição suspensiva: só terão 
eficácia se nascer com vida. 
 
NÃO
Será feito um registro em livro 
próprio – art. 53, §1, da LRP
Caso tenha nascido e morrido 
serão feitos dois registros: o de 
nascimento e o de óbito- art. 
53§2º, da LRP 
53, §2º da LRP
 
ASSUNTO POLÊMICO
A respeito da 
utilização de células- 
tronco embrionárias em 
pesquisas e terapias , o 
STF julgou uma ADI de 
numero 3.510, permitindo 
sua utilização. 
Enunciado n.1 da JDC/ CJF, A proteção que 
o código defere ao nascituro alcança o 
natimorto no que concerne aos direitos a 
personalidade, tais como nome, imagem e 
sepultura 
O nascituro, é o que está por 
nascer, é aquele que foi 
concebido mais ainda não 
nasceu. O nascituro tem 
personalidade jurídica em relação 
aos direitos personalíssimos e 
aos da personalidades 
(Personalidade jurídica formal), 
somente alcançará a fruição dos 
demais direitos com o 
nascimento com vida, como os 
bens patrimoniais – 
personalidade jurídica material 
Direito a vida 
Direito a filiação
Assistência pré 
natal
Exemplos 
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“São aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da 
pessoa em si e em suas projeções sociais.” - Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo 
Pamplona Filho. Podemos afirmar que os direitos da personalidade são 
aqueles inerentes à pessoa e à sua dignidade. 
Características:
(comuns à própria existência da pessoa)
1.Intransmissíveis - a titularidade do direito não pode ser transmitida, mas o 
seu exercício pode.
2.Irrenunciáveis - não são passíveis de rejeições por parte de seu titular.
3.Extrapatrimoniais
4.Vitalícios - acompanham o sujeito até sua morte, mas alguns direitos são 
resguardados após a morte, como direito à honra, à memória.
(direitos subjetivos, inerentes à pessoa, inatos)
5.Absolutos
6.Indisponíveis - não são passíveis de se abrir mão, salvo de maneira 
transitória e específica.
7.Imprescritíveis - a ausência do exercício não acarreta a perda do direito.
8.Impenhoráveis
O Art. 11 do Código Civil Brasileiro determina que os direitos da 
personalidade não possam sofrer limitação voluntária, o que gera o seu 
caráter absoluto. Porém, essa regra tem suas exceções, são elas:
- O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, 
DESDE QUE não seja permanente nem geral.
- Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não 
especificamente previstas em lei não podendo ser exercidos com abuso de 
direito de seu titular, contrariadoa boa-fé objetiva e os bons costumes. 
Direitos da Personalidade
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EX: cessão onerosa dos direitos patrimoniais decorrentes da imagem; 
contratos assinados pelos participantes de “reality shows”.
Pilar da Integridade Física
- Tutela do corpo vivo- Art.13 do cc-
- Tutela do corpo morto- Art.14 do cc
- Autonomia do paciente – Art. 15 do cc 
Pilar da Integridade Psíquica ou Moral
- Imagem- art. 20 do cc
- Vida privada do – art.21 do cc
- Nome – art.
O Art. 12 do Código Civil Brasileiro possibilita a tutela geral da 
personalidade:
“Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, 
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em 
lei.”
Ex: uma empresa lançar um álbum de figurinhas de um jogador de futebol 
sem a devida autorização. Nesse caso, será cabível uma ação específica 
para vedar novas veiculações e retirar o material de circulação.
O parágrafo único do mencionado artigo, reconhece direitos da 
personalidade ao morto, cabendo legitimidade para ingressar com a ação 
correspondente aos lesados indiretos, são eles: cônjuge, ascendentes, 
descendentes e colaterais até quarto grau. Em tais casos, tem-se o dano 
indireto, uma vez que o dano atinge o morto e repercute em seus 
familiares.
Tutela do corpo vivo
Não se pode dispor do corpo em duas situações:
- se houver contrariedade dos bons costumes 
- se importa em diminuição permanente da integridade física
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Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio 
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou 
contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo 
será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei 
especial
Exemplos:
- se machucar propositalmente, afronta os bons costumes,
- cortar o próprio braço é uma maneira de diminuição permanente do 
corpo;
A exceção, é por exigência médica, Ex.: cortar o braço por alguma doença 
ou para transplante, desde que seja órgão dúplice ou regenerável e a 
título gratuito. Os bens jurídicos tutelados são a saúde humana e os bons 
costumes; 
Esse artigo, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência 
médica, autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com 
os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a 
consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil 
(reconhecida pela jurisprudência de forma ampla). 
Tutela do corpo morto
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição 
gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a 
qualquer tempo.
Traz consigo a expressão objetivo científico, que refere-se a casos em que 
o corpo ou suas partes são deixadas para fins de estudos. Já objetivo 
altruístico se refere a casos em que deixa elementos do corpo, para fins de 
transplante, em favor de alguém; podendo o doador revogar a qualquer 
momento e segundo o enunciado 227 das JDC/ CJF: a manifestação 
expressa do doador em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, 
sendo esta utilizada quando o doador silenciou sobre a questão. 
 
 
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A retirada post mortem dos órgãos deverá ser precedida de diagnóstico de 
morte encefálica e depende de autorização de parente maior, da linha reta 
ou colateral até o segundo grau, ou do cônjuge sobrevivente, mediante 
documento escrito perante duas testemunhas. 
Autonomia do Paciente 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a 
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica
Três princípios estão insculpidos no referido artigo, o 1º princípio da 
informação, o paciente tem direito a saber as informações relativas a sua 
situação; 2º princípio da autonomia, o profissional deve respeitar a vontade 
do paciente e pelo princípio da beneficência, a atuação medica deve buscar o 
bem estar do paciente evitando, quando possível, danos e riscos . 
 A partir da leitura desses princípios percebe-se que o paciente tem 
direito a recusa de tratamento de risco, mas no caso de não ser possível 
consultar o paciente, numa situação de urgência, o médico poderá suprir o 
consentimento, fazendo a intervenção, não respondendo por 
constrangimento ilegal , pois o médico age em estado de necessidade, uma 
excludente de licitude. 
Imagem
A imagem da pessoa pode ser classificada em:
Imagem Retrato - fisionomia de alguém, o que é refletido no espelho
Imagem Atributo - a soma de qualificações do ser humano, o que ele 
representa para a sociedade.
Voz - Timbre sonoro identificador
A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses 
constitucionalmente tutelados, especialmente em face do direito de amplo 
acesso á informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, 
levar-se-á em conta a notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem 
como a veracidade destes e, ainda, as características de sua utilização 
(comercial, informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não 
restrinjam a divulgação de informações.
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Autorização: Expressa ou Tácita
Pessoas públicas + locais públicos = direito à imagem mitigada
Pessoas públicas + pessoas privadas + locais públicos = direito à imagem 
mitigada
Pessoas públicas + locais privado = direito a imagem
Pessoas privadas {por segurança ou imagem panorâmica} = não é 
necessário autorização
Privacidade
A vida privada da pessoa natural é inviolável. Porém, esse direito não é 
absoluto, devendo ser ponderado com outros valores, sobretudo 
constitucionais. 
O conceito de intimidade não se confunde com o de vida privada, pois, é 
um conceito maior. A intimidade envolve questões polêmicas, 
principalmente no que concerne á dificuldade em saber até que ponto vai 
a privacidade da pessoa e quais seriam as suas limitações. 
Há várias exceções para a proteção a privacidade , como por exemplo, a 
quebra do sigilo. 
Licensed to Briso Souza Ferreira - Email: brisogsouza@gmail.com
O dano moral In re ipsa é presumido, ou seja, não precisar ser provado.
ATENÇÃO - DANO MORAL PURO OU DANO MORAL IN RE IPSA
É o dano que decorre da simples conduta retornando de um 
campeonato em Las Vegas, Tobias, lutador de artes maciais, 
surpreende-se ao ver sua foto estampada em álbum de figurinhas 
intitulado “Os maiores lutadores de todos os tempos”, à venda nas 
bancas de todo o Brasil. Assessorado por um advogado de sua confiança, 
Tobias propõem, em face da editora responsável pela publicação, ação 
judicial de indenização por danos morais decorrente do uso não 
autorizado de sua imagem.
A editora contesta a ação argumentando que a obra não expõe Tobias ao 
desprezo público e nem acarreta qualquer prejuízo a sua honra, 
tratando-se, muito ao contrário, de uma homenagem ao lutador, por 
apontá-lo como um dos maiores lutadores de todos os tempos. De fato, 
sob a foto de Tobias, aparecem expressões como “grande guerreiro” e 
“excepcional gladiador”, além de outros elogios à sua atuação nos 
ringues e arenas.
DIANTE DO EXPOSTO, ANALISAREMOS:
É cabível a indenização pleiteada por tobias no caso narrado a cima?
 Caso tobias tivesse falecido antes da publicação do álbum, seus 
descendentes poderiam propor a referida ação indenizatória? 
Fique sabendo!
a)Pouco importa se a propaganda é positiva ou negativa, pois a simples 
violação, a conduta, para fins comerciais 
Sem autorização gera o dano.
b)sim, o art.20, PU, afirma que em se tratando de morto ou ausente são 
partes legítima para requer a proteção são o cônjuge o ascendenteou o 
descendente. No caso de uma peça prática, irá pedir tutela específica com 
intuito de retirar a propagando do ar. 
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Nome 
A escolha do nome é livre, mas não poderá expor a ridículo ou ser 
discriminatório, segundo a lei 6.015/76- lei de registros públicos.
Todos os elementos que fazem parte do nome são protegidos : 
 Prenome - nome próprio da pessoa (podendo ser simples ou composto)
Sobrenome, nome, apelido ou patronímico - nome de família
A partícula - ex: da, dos, de
O agnome - visa perpetuar um nome anterior já existente, ex: júnior, neto.
Desde que para fins lícitos o pseudônimo goza das mesmas proteções 
que o nome, podendo acrescentar a o nome . Ex.: Luís Inácio LULA das 
Silva.
 ATENÇÃO
O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações 
ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda que haja 
intenção difamatória (art. 17 do CC), o nome também não pode ser 
utilizado, sem autorização, para fins de publicidade ou propaganda 
comercial (art. 18 do CC), ocorrendo a lesão será cabível a reparação civil.
É possível alterar o nome?
O prenome é definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por 
apelidos públicos e notórios.
Os componentes do nome podem ser alterados mediante ação 
específica, cuja sentença deve ser registrada no cartório de registro das 
pessoas naturais.
A alteração pode ocorrer, excepcionalmente, nos seguintes casos:
- Quando o nome expor a pessoa ao ridículo ou a embaraços;
- Nos casos de erro de grafia perceptível de imediato;
Licensed to Briso Souza Ferreira - Email: brisogsouza@gmail.com
- Adequação de sexo;
- Introdução do nome do cônjuge ou convivente;
- Introdução de cognomes, ex: xuxa;
- Introdução do nome do pai ou da mãe;
- Para tradução de nomes estrangeiros, ex: John (João);
- Nos casos de proteção à testemunhas (nos termos da lei 9.807/99);
- Para inclusão do nome de família do padrasto ou madrasta por enteado 
ou enteada.
Capacidade
- De Direito - Própria de todo ser humano
- De Fato – exercício dos direitos
Todas as pessoas possuem a capacidade de direito, 
sendo assim, pressupõe-se a capacidade de fato. A incapacidade é a 
exceção.
Alterações decorrentes da lei nº 13.146/2015 referentes a capacidade 
civil:
Novocaput:“Art.3º São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
Antigo caput: Art. 3o São absolutamente incapazes de 
exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I – os menores de dezesseis anos;
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o 
necessário discernimento para a prática desses atos;
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade.
Os incisos II e III foram revogados. O artigo revoga parcialmente a 
capacidade absoluta. Só teremos uma hipótese de incapacidade absoluta: 
o menor de 16 anos. Não mais subsistirão as hipóteses de 
incapacidade absoluta por motivos psíquicos.
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Se a gravidade é de tal grandeza que a pessoa enferma ou com deficiência 
não possa exprimir sua vontade sobre o objeto de deliberação, não poderá 
praticar o ato. Deverá ser nomeado curador.
As pessoas que, nas causas transitórias puderem exprimir sua vontade, 
poderão praticar os atos da vida civil, desde que possam deliberar 
diretamente sobre o ato.
Em suma, não há mais presunção de absoluta incapacidade para os que, 
por enfermidade ou deficiência mental, tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos e os que, mesmo por causa 
transitória, puderem exprimir a sua vontade.
Incapacidade
Novo texto legal:
“Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade;
IV – os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial.”
Em relação aos relativamente incapazes, revogou-se a hipótese das 
pessoas com deficiência mental com discernimento reduzido e dos 
excepcionais sem desenvolvimento completo.
Tais situações foram substituídas pela nova redação do inciso III, ou seja, 
considerar-se-ão relativamente incapazes aqueles que, por causa 
transitória ou permanente, não puderem exprimir a sua vontade. Isso 
significa que, não podendo exprimir a sua vontade, não poderão praticar 
os atos da vida civil (ver art. 6º Lei nº 13.146/2015).
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As pessoas com discernimento reduzido e com desenvolvimento mental 
incompleto ou completo que puderem exprimir a sua vontade poderão 
praticar os atos da vida civil.
Em suma, não há mais a presunção de relativa incapacidade para os que, 
por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido e os 
excepcionais, sem desenvolvimento mental completo, mas que possam 
exprimir a sua vontade.
Emancipação
É o ato jurídico que antecipa os efeitos da aquisição da maioridade e da 
consequente capacidade civil plena, para data anterior àquela em que o 
menor atinge a idade de 18 anos, para fins civis. Com a emancipação, o 
menor deixa de ser incapaz e passa a ser capaz. Todavia, ele não deixa de 
ser menor.
A emancipação via de regra, é definitiva, irretratável e irrevogável, e 
poderá ocorrer nas seguintes situações (rol taxativo):
- Emancipação voluntária parental = concessão de ambos os pais, ou de um 
deles na falta do outro.
- Emancipação judicial = por sentença do juiz.
- Emancipação legal matrimonial = pelo casamento do menor.
- Emancipação legal, por exercício de emprego público efetivo = desde que 
haja nomeação de forma definitiva.
- Emancipação legal, por colação de grau em curso de ensino superior 
reconhecido.
- Emancipação legal por estabelecimento civil ou comercial ou pela 
existência de relação de emprego.
- Emancipação legal do menor militar = que possua 17 anos e que esteja 
prestando tal serviço.
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QUESTÃO 1
Devido à indicação de luz vermelha do sinal de trânsito, Ricardo parou seu 
veículo pouco antes da faixa de pedestres. Sandro, que vinha logo atrás de 
Ricardo, também parou, guardando razoável distância entre eles. 
Entretanto, Tatiana, que trafegava na mesma faixa de rolamento, mais 
atrás, distraiu-se ao redigir mensagem no celular enquanto conduzia seu 
veículo, vindo a colidir com o veículo de Sandro, o qual, em seguida, 
atingiu o carro de Ricardo.
A) Cada um arcará com seu próprio prejuízo, visto que a responsabilidade 
pelos danos causados deve ser repartida entre todos os envolvidos.
B) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados ao veículo de Sandro, e 
este deverá indenizar os prejuízos causados ao veículo de Ricardo.
C) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados aos veículos de Sandro 
e Ricardo.
D) Tatiana e Sandro têm o dever de indenizar Ricardo, na medida de sua 
culpa.
Comentário: Alternativa correta C; tendo em vista que os danos 
suportados por Sandro e Ricardo foram causados por Tatiana que dirigindo 
incautelosamente, colidiu na traseira do carro de Sandro que, 
impulsionado, atingiu a traseira do veículo de Ricardo. A presente questão 
consagra a responsabilidade civil pelos danos causados a terceiros, 
independente de qualquer excludente de responsabilidade. Não sendo 
passível de recurso.
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dos Últimos Exames
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Domicílio
CONCEITO: É a sede jurídica da pessoa 
HABITAÇÃO OU MORADIA
É o local onde a pessoa é encontrada ocasionalmente, não havendo ânimo 
de permanência.RESIDÊNCIA 
É o lugar que o indivíduo habita com intenção de permanecer, mesmo que 
ele se ausente temporariamente; é uma situação de fato.
DOMICÍLIO 
É a sede da pessoa, tanto física como jurídica, onde se presume sua 
presença para efeitos de direito e onde exerça ou pratica, habitualmente 
seus atos e negócios jurídicos. É o lugar no qual a pessoa estabelece sua 
residência com animo definitivo de permanecer (animus manendi).
O domicílio se divide em:
- Domicílio Voluntário = é aquele fixado pela vontade da pessoa, como 
exercício da autonomia privada.
- Domicílio Necessário ou Legal = é o imposto pela lei, a partir de regras 
específicas (art. 76 do CC).
- Domicílio Contratual ou Convencional = previsto no art. 78 do CC, pelo 
qual, “nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar o 
domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles 
resultantes.”
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Bens
CONCEITO: São toda utilização física ou ideal que sejam objeto de um direito 
subjetivo, nesse sentido não há como confundir bens com coisas. Os bens 
abrangem tanto o material quanto o imaterial, já as coisas ficam limitadas ao 
que é corpóreo, material. Todos os bens são coisas, porém nem todas as 
coisas são bens.
Principais Classificações dos bens (arts. 79 a 97, CC)
Quanto à mobilidade
1.Bens Imóveis - São aqueles que não podem ser removidos ou transportados 
de um lugar para outro, sem sua destruição.
1.1.Bens Imóveis por natureza ou por essência
1.2.Bens Imóveis por acessão física industrial ou artificial
1.3.Bens Imóveis por acessão física intelectual
1.4.Bens Imóveis por disposição legal
2.Bens Móveis - Podem ser transportados de um lugar para o outro, por força 
própria (semoventes) ou de terceiro, sem alteração de sua substância.
2.1.Bens Móveis por natureza ou essência
2.2.Bens Móveis por antecipação
2.3.Bens Móveis por determinação legal
Os navios e aeronaves são bens móveis especiais ou sui generis. Apesar de 
serem móveis pela natureza ou essência, são tratados pela lei como imóveis, 
necessitando de registro especial e admitindo hipoteca. 
 ATENÇÃO
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Quanto à fungibilidade
1.Infungíveis - Não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade.
2.Fungíveis - Podem ser substituídos por outros do mesma espécie, 
qualidade e quantidade.
Quanto à consuntibilidade
1.Inconsumíveis - São aqueles que proporcionam reiteradas utilizações, 
permitindo que se retire a sua utilidade, sem deterioração ou destruição 
imediata.
2.Consumíveis - São bens móveis cujo o uso importa na destruição 
imediata da própria coisa. Admitem apenas um uso.
Quanto à divisibilidade
1.Indivisíveis - Não podem ser partilhados, pois deixariam de formar um 
todo perfeito, acarretando a sua divisão uma desvalorização ou perda das 
qualidades essenciais desse todo.
2.Divisíveis - São os que podem ser fracionados sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se 
destinam.
Quanto à individualidade
1.Bens Singulares ou Individuais - São os que, embora unidos, se 
consideram de per si, independentes dos demais.
2.Bens Coletivos ou universais - São os bens que se encontram agregados 
em um todo.
Quanto à dependência
1.Bens principais ou independentes - são os bens que existem de maneira 
autônoma e independente, de forma concreta ou abstrata.
2.Bens assessórios ou dependentes - são os bens cuja existência e 
finalidade dependem de um outro bem, denominado bem principal.
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São Bens Acessórios:
- Frutos (tem sua origem no bem principal);
- Produtos (são os bens acessórios que saem da coisa principal, diminuindo a 
sua quantidade e substância. Ex: pepita de ouro retirada de uma mina);
- Pertenças (são bens que se destinam, de modo duradouro, ao uso ou 
aformoseamento de outro);
- Partes Integrantes (são os bens acessórios que estão unidos ao bem 
principal, formando com este último um todo independente. Ex: lâmpada em 
relação a um lustre);
- Benfeitorias (bens acessórios introduzidos em um bem móvel ou imóvel, 
visando a sua conservação ou melhora da sua utilidade), se subdividem em: 
a) Benfeitorias Necessárias - tem por fim conservar ou evitar que o bem se 
deteriore, ex: a reforma do telhado de uma casa.
b) Benfeitorias Úteis - são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa, ex: 
instalação de uma janela de uma casa.
c) Benfeitorias Voluptuárias - são as que tornam mais agradável o uso da 
coisa, ex: construção de uma piscina em uma casa.
Classificação em relação ao titular do domínio
1.Bens particulares ou privados - são os que pertencem às pessoas físicas ou 
jurídicas de direito privado, atendendo aos interesses dos seus proprietários. 
2.Bens públicos ou do Estado - são os que pertencem a uma entidade de 
direito público interno, como no caso da união, etc. São eles:
a) Bens de uso geral ou comum do povo
b) Bens de uso especial
c) Bens dominicais ou dominiais 
Do Bem de Família
Bem de família voluntário ou convencional:
Pode ser instituído pelos cônjuges, pela entidade familiar ou por 
terceiro, mediante escritura pública ou testamento, não podendo ultrapassar 
essa reserva um terço do patrimônio líquido das pessoas que fazem a 
instituição.
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Bem de família legal:
É o imóvel residencial próprio do casal ou da entidade familiar. Esse bem é 
impenhorável e não responde por qualquer tipo de dívida civil, comercial, 
fiscal, previdenciária ou de outra natureza, que tenha sido contraída pelos 
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele 
residam, salvo em hipóteses previstas em lei.
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QUESTÃO 1
Henrique fora condenado pelo juízo da 10ª Vara Cível da Comarca da 
Capital do Rio de Janeiro ao pagamento de indenização por danos morais 
causados a Marlon, no valor de R$ 100.000,00, tendo tal decisão transitada 
em julgado.
Na fase de cumprimento de sentença, não houve o pagamento voluntário 
da quantia, nem foram encontrados bens no foro da causa, razão pela qual 
procedeu-se à avaliação e penhora de imóvel de veraneio de Henrique, 
situado no Guarujá/SP, mediante carta precatória. O Oficial de Justiça, 
mesmo certificando em seu laudo não possuir o conhecimento 
especializado necessário para o ato, avaliou o imóvel em R$ 150.000,00.
Nesse caso, a impugnação ao cumprimento de sentença que verse 
unicamente o vício de avaliação
 
A) poderá ser oferecida no juízo deprecante ou deprecado, sendo o juízo 
deprecante o competente para julgá-la.
B) poderá ser oferecida no juízo deprecante ou deprecado, sendo o juízo 
deprecado o competente para julgá-la.
C) deverá ser oferecida no juízo deprecado, sendo o juízo deprecante o 
competente para julgá-la.
D) deverá ser oferecida no juízo deprecante, sendo o juízo deprecado o 
competente para julgá-la.
 
Comentário: Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: 
(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Incluído 
pela Lei nº 11.232, de 2005)
II – inexigibilidade do título; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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III – penhora incorreta ou avaliação errônea; (Incluído pela Lei nº 11.232, 
de 2005)
IV – ilegitimidade das partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
V – excesso de execução; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, 
como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição,desde 
que superveniente à sentença. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se 
também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo 
declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado 
em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo 
Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. 
(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) 
(Vigência)
§ 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de 
execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á 
declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição 
liminar dessa impugnação.(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005). 
Alternativa Correta: B
QUESTÃO 2
No regime da Alienação Fiduciária que recai sobre bens imóveis, uma vez 
consolidada a propriedade em seu nome no Registro de Imóveis, o 
fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da data do referido registro, 
deverá:
A) adjudicar o bem.
B) vender diretamente o bem para terceiros.
C) promover leilão público para a alienação do imóvel; não havendo 
arremate pelo valor de sua avaliação, realizar um segundo leilão em quinze 
dias.
D) promover leilão público para a alienação do imóvel; não havendo 
arremate, o fiduciário adjudicará o bem.
Comentário: Alternativa correta É a letra C. É a redação do art. 27, “caput” 
e § 1º, da Lei 9.514/97. A questão em comento reflete a literalidade de 
dispositivo da mencionada Lei, não sendo passível de recurso.
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Negócios Jurídicos
Arts. 104 a 232, CC
Fatos comuns
Ações humanas ou fatos da natureza sem repercussão no Direito. 
Fatos jurídicos
Um fato que interesse ao direito, que tenha relevância jurídica. Fato 
jurídico é o fato somado ao direito.
Atos Jurídicos
Trata-se de um fato jurídico com elemento volitivo e conteúdo lícito.
Negócio Jurídico
Ato jurídico em que há uma composição de interesses das partes com uma 
finalidade específica.
CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS
1. Fato jurídico natural (sentido estrito)
Ordinário
- Morte, maioridade, prescrição e decadência.
Extraordinário
- Inevitabilidade do evento e ausência de culpa pelo ocorrido (caso fortuito 
ou força maior).
2. Fato jurídico humano
Ato jurídico em sentido amplo ou voluntário: ato jurídico em sentido 
estrito
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Mera realização de vontade gerando consequências jurídicas previstas em 
lei (perdão, reconhecimento de filho, fixação de domicílio, etc.); Negócio 
jurídico – autonomia da vontade (Ex. contrato).
Ato ilícito ou involuntário
Civil, penal e administrativo.
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
1. Elementos essenciais
I. Gerais
- Capacidade do agente
Falta de capacidade: absoluta – ato nulo; relativo – ato anulável.
- Objeto Lícito, possível, determinado ou determinável. Defeito no objeto: 
ato nulo, Consentimento: manifestação de vontade. Defeitos: ausência de 
consentimento, erro, dolo, leão, estado de perigo, fraude contra credores, 
simulação.
II. Especiais
Forma prescrita ou não defesa em lei. Defeito na forma: ato nulo.
2. Elementos acidentais
Cláusulas secundárias, segundo a vontade dos negociantes:
I.Condição 
II.Termo 
III.Encargo 
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INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
I. Nulidades Absolutas
São as hipóteses dos arts. 166 e 167 do CC. A nulidade absoluta pode ser 
arguida por qualquer pessoa, partes, terceiros, pelo Ministério Público e 
até mesmo o juiz de ofício, pois, a questão é de interesse público. É uma 
ação declaratória, de efeito ex tunc e erga omnes. Pode ser arguida a 
qualquer tempo em qualquer grau de jurisdição (exceto para o STJ e o STF, 
que exigem o prequestionamento da matéria).
II. Nulidades Relativas
Refere-se a anulabilidade do negócio jurídico nas hipóteses de: 
incapacidade relativa do agente; vício resultante por erro, dolo, coação, 
estado de perigo, lesão ou fraude contra credores; defeitos ou vícios do 
negócio jurídico, podendo ser de consentimento ou de vontade das partes, 
ou os sociais. 
O ato anulável atinge interesses particulares, legalmente tutelados. A 
anulabilidade somente pode ser arguida pelos legítimos interessados, 
admitindo-se a confirmação expressa ou tácita. Os prazos decadenciais de 
arguição são: como regra geral 4 anos; nos casos de saneamento e 
convalidação do ato anulável o prazo é de 2 anos.
EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Se o negócio jurídico é válido, ele deve automaticamente produzir os seus 
efeitos, todavia é possível constatar elementos acidentais ou acessórios, 
secundários, opostos pela vontade humana a negócios com fundo 
patrimonial. São eles:
Condição - é um evento futuro e incerto que deriva exclusivamente da 
vontade das partes e subordina os efeitos do negócio, subdividindo em 
suspensiva ou resolutiva, sendo a primeira aquela que enquanto não 
implementada deixa em suspenso os efeitos do negócio, diz o Art. 125 do 
CC, que não haverá nem a aquisição e nem o exercício do direito, já a 
segunda é o oposto, pois aqui o negócio automaticamente produz os 
efeitos e quando implementada a condição ele se extingue, ele se resolve. 
Ex: doação de conta periódica atrelada a uma condição resolutiva.
 
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Termo - é um evento futuro e certo, podendo ser um termo inicial, que é 
aquele que marca o início do exercício de um direito, ou o final, que 
finaliza o exercício de um direito, havendo um lapso temporal existente 
entre eles denominado de prazo. 
Modo ou Encargo - é um ônus que haverá de ser cumprido pela parte para 
que tenha um bônus, um benefício que entenda superior. Ex: A oferece a B 
um carro, desde que B utilize o carro em benefício de A. Transformando 
assim o negócio jurídico, o contrato, em oneroso. Via de regra, o modo ou 
encargo não suspende a aquisição e o exercício do direito. O encargo 
ilícito/ impossível, invalida todo o negócio jurídico.
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
1. Ausência de vontade (o Negócio será nulo)
2. Vícios de consentimento:
Ignorância - Completo desconhecimento
Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, ato anulável; se recair 
sobre aspectos acidentais ou secundários, ato válido.
Dolo - Artifício empregado para enganar a outra parte
Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, ato anulável; se recair 
sobre aspectos acidentais ou secundários, ato válido, porém obriga a 
satisfação de perdas e danos.
Coação - Pressão física ou moral
A pressão é exercida sobre alguém para obrigá-lo a praticar determinados 
atos (arts. 151 a 155, CC)
Estado de perigo - É anulável
Ocorre quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa 
de sua família, de grave dano, desconhecido pela outra, parte assume 
obrigação excessivamente onerosa.
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Lesão
Ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade ou por 
inexperiência se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao 
valor da prestação oposta.
Erro - se subdivide em:
Erro sobre o negócio - é um equívoco acerca da modalidade, do tipo, do 
negócio jurídico pactuado;
Erro sobre o objeto (in corpore) - pode ser relacionado a qualidade ou a 
quantidade;
Erro sobre a pessoa (in persona) - equívoco sobre o sujeito da obrigação;
Erro sobre o direito - não é negativa de aplicação da norma, bem como não 
é desconhecimento da lei. É um equívoco sobre o alcance da norma, 
achando que alguma norma não se aplicaria a uma determinada situação.
3. Vícios sociais
Fraude contra credores
Prática maliciosa de atos que desfalcam o patrimônio do devedor,com o 
fim de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos 
direitos de credores. (Arts. 158 a 165, CC)
Possui três requisitos:
1. Anterioridade do crédito (anterior a fraude)
2. Dano ao credor (quando houver um desfazimento patrimonial hábil a 
causar insolvência)
3. Má fé (intenção de lesar)
Simulação
Declaração enganosa da vontade, visando a obter resultado diverso do que 
aparece; cria uma aparência de direito, iludindo terceiros ou burlando a 
lei. 
Divide-se em:
1. Absoluta - simples simulação. Pratica-se um ato no qual não se busca 
nenhum efeito prático, nenhum efeito real, é praticado com o objetivo de 
burlar a lei. A simulação absoluta gera nulidade absoluta.
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2. Relativa - dissimulação. Existe um ato simulado de fachada, cujo objetivo 
é acobertar um ato dissimulado. Depende de análise para determinar o 
tipo de nulidade.
PRESCRIÇÃO
É a perda de uma pretensão em função do passar do tempo, relativa a um 
direito subjetivo, patrimonial e disponível, que é manejado através de uma 
Ação Condenatória. Não gera perda do direito de ação, porque este é 
público, subjetivo, incondicionado. A pretensão consiste na possibilidade 
de exigir de outrem o cumprimento de um determinado dever jurídico, 
essa pretensão nascendo quando existe uma violação de um direito 
subjetivo. Ex: um acidente de carro que gere dano material, surgindo assim 
uma pretensão de cobrança, o prazo referente a ação de cobrança deverá 
ser analisado para não ocorrer a perda desse direito.
- Prescrição Geral/Ordinária/Comum (Art. 205 do CC) - prazo de 10 anos.
- Prescrição Especial (Art. 206 do CC) - prazo de 1 a 5 anos.
DECADÊNCIA
Diz respeito à perda de direitos potestativos (cujo elemento é um tipo de 
poder) devido ao decurso do tempo, que é manejado através de uma Ação 
Constitutiva, negativa ou positiva. Nem todo direito potestativo tem prazo 
de exercício. Ex: o direito de pedir divórcio. Se o direito potestativo tiver 
prazo de exercício e este for ignorado, ocorrerá a decadência.
INEFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Atos nulos - Praticados por absolutamente incapaz, sem a devida 
representação; objeto ilícito ou impossível; quando não se revestir o ato da 
forma prescrita em lei; quando for pretendida solenidade essencial; 
quando o negócio jurídico for simulado (arts. 167, CC).
Atos anuláveis - Praticados por relativamente incapazes, sem assistência 
de seu representantes legais. 
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PROVAS 
“Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
I – os menores de dezesseis anos;
II – aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem 
discernimento para a prática dos atos da vida civil;
III – os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar 
dependa dos sentidos que lhes faltam;
IV – o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V – os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o 
terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou afinidade.
Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz 
admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.”
OBSERVAÇÃO: os incisos e o parágrafo único em grifo foram revogados em 
decorrência a lei nº 13.146/2015. 
No campo da prova, poderão testemunhar aqueles que, por enfermidade 
ou retardamento mental, puderem exprimir a sua vontade e os cegos e 
surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos 
que lhes faltam, desde que a tecnologia assistiva permita-os testemunhar.
ATO NULO ATO ANULÁVEL
Efeito ex tunc ( desde aquele 
momento).
Efeito ex nunc (de agora em diante)
Retroage à data da celebração do 
negócio nulo.
Efeito contra todos.
Matéria de ordem pública.
Não retroage. Declarado anulado, 
opera efeitos a partir da anulação.
Efeitos entre os contratantes.
Matéria de ordem privada.
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Renumerou-se o parágrafo único e incluiu-se o parágrafo 2º, segundo os 
quais a pessoa com deficiência, física ou psíquica, poderá testemunhar em 
igualdade de condições com as demais pessoas, sendo assegurados todos 
os recursos de tecnologia assistiva (tecnologia assistiva é um termo ainda 
novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que 
contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de 
pessoas com deficiência e consequentemente promover vida 
independente e inclusão).
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Obrigações
Art.223 a 420 e 840 a 886
CONCEITO
“É a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e 
credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva 
ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o 
adimplemento através de seu patrimônio.” - Washington de Barros 
Monteiro.
Sujeito + Objetivo = Vínculo Jurídico
É o elo que sujeita o devedor a determinada prestação em favor do credor.
Fontes 
- Lei - é a fonte primária ou imediata de todas as obrigações;
- Contratos - negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa a criação, 
modificação ou extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial;
- Ato ilícito - gera o dever de indenizar;
- Atos unilaterais - são as declarações unilaterais de vontade;
- Títulos de crédito - são os documentos que trazem em seu bojo a 
existência de uma relação obrigacional de natureza privada.
Efeitos das obrigações 
- Não possuem caráter personalíssimo, logo, pode operar tanta pelas 
partes quanto por seus herdeiros.
 
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Classificação das Obrigações:
Quanto ao objeto POSITIVAS 
Obrigação de dar: 
✓ COISA CERTA: o devedor 
se obriga a dar a coisa 
individualizada.
✓ COISA INCERTA: o bem 
mesmo incerto, será 
indicado pelo gênero e 
quantidade. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER: é a 
prestação do serviço ou um 
ato positivo pelo devedor. 
NEGATIVAS
OBRIGAÇÃO DE NÃO 
FAZER: o devedor 
compromete-se a 
não praticar certo 
ato que poderia ser 
praticado, se não 
fosse a obrigação 
assumida 
Quanto aos seus 
elementos 
SIMPLES: um credor, um 
devedor, e um objeto
✓ Pluralidade de objetos: 
cumulativa e alternativa 
COMPOSTA: 
pluralidade de
✓ Credores 
✓ Devedores – 
solidariedade 
Quanto aos 
elementos 
acidentais 
Puras, condicionadas, a termo ou modais
Outras modalidade Liquidas e ilíquidas 
Divisíveis indivisíveis
De resultado ou de meio ou de garantia
Principais e acessórias 
Propter rem- hibridas, parte de direito real parte de 
direito pessoal (ex.: condomínio )
Naturais - dívidas prescritas 
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FORMAS DE EXTINÇÃO (ADIMPLEMENTO) DAS OBRIGAÇÕES
1.PAGAMENTO POR CONSIGNAÇÃO
O devedor deposita a coisa devida, liberando-se de obrigação líquida e 
certa. 
2.IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO 
Há a identidade de devedor e de credor, a existência de dois ou mais 
débitos da mesma natureza, bem como o fato de as dívidas serem líquidas 
e vencidas. A imputação ao pagamento visa favorecer o devedor ao lhe 
possibilitar a escolha do débito que pretende extinguir. Se o devedor não 
fizer qualquer declaração, transfere-se o direito de escolha ao credor.
3.PAGAMENTO COM SUB- ROGAÇÃO
Regra especial de pagamento ou forma de pagamento indireto, pela mera 
substituição do credor, mantendo-se os demais elementos obrigacionais. 
O Código civil, trata à transação e a arbitragem como formas de contrato e 
não como formas de pagamento. 
As formas de extinção sem pagamento: remissão, o compromisso e a 
transação. 
4.DAÇÃO EM PAGAMENTO - Art. 356 a 359
É uma forma de pagamento indiretoem que há um acordo privado entre 
os sujeitos da relação obrigacional, pactuando-se a substituição do objeto 
obrigacional por outro. É necessário o consentimento expresso do credor, 
o que caracteriza o instituto como um negócio jurídico bilateral. 
5.NOVAÇÃO - Art.360 a 367 
É uma forma de pagamento indireto em que ocorre a substituição de uma 
obrigação anterior por uma obrigação nova, diversa da primeira criada 
pelas partes. Seu principal efeito é a extinção da dívida primitiva, com 
todos os acessórios e garantias, sempre que não houver estipulação em 
contrário. 
 
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6.CONFUSÃO Art. 381 a 388
Está presente quando na mesma pessoa confundem-se as qualidades de 
credor e devedor. EX: A deve uma quantia a seu pai, e este morrer ou for 
declarado morto por ausência, A será credor e devedor em decorrência da 
sucessão.
7.COMPENSAÇÃO Art. 360 a 367 
Ocorre quando duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo credoras e 
devedoras umas das outras.
 
8.DA REMISSÃO DE DÍVIDAS Arts. 385 a 388
A remissão é o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do 
credor de exonerar o devedor. Não se confunde com remição, pois, esta 
para o direito civil significa resgate.
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
Modalidades:
1.Inadimplemento parcial ou Mora - é a hipótese em que há apenas um 
descumprimento parcial da obrigação, que ainda pode ser cumprida.
2.Inadimplemento total ou Absoluto - é a hipótese em que a obrigação não 
pode ser mais cumprida, tornando-se inútil ao credor.
Juros
Podem ser conceituados como sendo frutos civis ou rendimentos, devidos 
pela utilização de capital alheio.
Cláusula Penal
É a penalidade de natureza civil, imposta pela inexecução parcial ou total 
de um dever patrimonial assumido. Trata-se de uma obrigação acessória 
que visa a garantir o cumprimento da obrigação principal, bem como fixar, 
antecipadamente, o valor das perdas e danos em caso de 
descumprimento.
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QUESTÃO 1
Assinale a alternativa que contemple exclusivamente obrigação propter 
rem:
(A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aquela decorrente da 
avulsão.
(B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais.
(C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço possessório 
e o dever de pagar as cotas condominiais.
(D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar o 
terceiro que, de boa-fé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo.
Comentário: a alternativa correta é a de letra D! A obrigação do 
proprietário em indenizar o possuidor de boa-fé decorre do artigo 1219 do 
CC:
O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias 
necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem 
pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá 
exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e 
úteis.
Deixando clara a relação decorrente da propriedade, adequando-se ao 
conceito de propter rem.
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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QUESTÃO 2
Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com 
Pedro, pagando um sinal de R$ 10.000,00. No dia da entrega do veículo, a 
garagem de Pedro foi invadida por bandidos, que furtaram o referido 
carro. A respeito da situação narrada, assinale a alternativa correta.
(A) Haverá resolução do contrato pela falta superveniente do objeto, 
sendo restituído o valor já pago por Maria.
(B) Não haverá resolução do contrato, pois Pedro pode alegar caso 
fortuito.
(C) Maria poderá exigir a entrega de outro carro.
(D) Pedro poderá entregar outro veículo no lugar no automóvel furtado.
Comentário: A questão indica que o automóvel foi furtado dentro de uma 
garagem, presume-se a invasão de um local fechado, sugerindo diligência 
mínima do devedor na guarda e zelo do bem, afastando a discussão de 
culpa do devedor. Diz o Art. a seguir: 
“Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, 
ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em 
um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.” Resposta correta: 
alternativa A. 
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Contratos Parte Geral
CONCEITO
Acordo de vontade que visa a criação, modificação ou extinção das 
relações jurídicas de natureza patrimonial 
ELEMENTOS CONSTITUÍVEIS 
- Duas ou mais pessoas 
- Capacidade 
- Formas prescrita e defeso em lei
- Objeto licito, possível e determinado determinável 
- CONSENTIMENTO
PRINCÍPIOS
1.Da Autonomia da vontade - Liberdade para estipular o que lhes convir. 
2.Da Função Social dos Contratos - É um princípio de ordem pública, pelo 
qual o contrato deve ser, necessariamente, interpretado e visualizado de 
acordo com o contexto da sociedade.
3.Da força obrigatória do contrato - Preconiza que tem força de lei o 
estipulado pelas partes na avença, constrangendo os contratantes ao 
cumprimento do conteúdo completo do negócio jurídico.
4.Da Boa-fé Objetiva - As partes devem agir com lealdade e confiança 
recíproca, é uma exigência de conduta legal entre os contratantes.
5.Relatividade dos efeitos contratuais - O contrato, em regra, só vincula as 
partes que nele intervierem.
FORMAÇÃO
O contrato nasce da conjunção de duas ou mais vontades coincidentes. 
Sem o mútuo consenso não haverá contrato. O contrato possui duas fases:
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1.Fase de negociações preliminares ou de puntuação - fase em que 
ocorrem debates prévios, entendimentos, tratativas ou conservações 
sobre contrato preliminar ou definitivo. 
2.Fase de proposta, policitação ou oblação - constitui a manifestação da 
vontade de contratar, por uma das partes, que solicita a concordância da 
outra.
3.Fase de contrato preliminar - é um pré contrato, uma fase não 
obrigatória.
4.Fase de contrato definitivo ou de conclusão do contrato - é a fase do 
contrato definitivo, quando ocorre o choque ou encontro de vontades 
originário da liberdade contratual ou autonomia privada.
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS:
 
Unilaterais: Apenas um dos 
contratantes assume obrigações 
em face do outro.
Bilaterais ou Sinalagmáticos: 
Direitos e obrigações para ambas 
as partes. 
Gratuito: Oneram somente uma 
das partes. 
Oneroso: Ambas as assumem 
obrigações. 
Comutativos: As prestações das 
partes são conhecidas e 
equivalentes. 
Aleatórios: Uma das prestações não 
é conhecida no momento do 
contrato. 
Nominado: Denominação prevista 
em lei. 
Inominados: são os contratos 
criados pelas partes, não havendo 
tipificação legal. 
Paritários: Os interessados 
discutem as cláusulas contratuais 
em pé de igualdade. 
Adesão: uma das partes só faz 
aderir as cláusulas já estabelecidas 
pela outra. 
Consensuais: Se caracterizam pelo 
simples acordo de vontade. 
Solene: A lei exige forma especial 
para a celebração. 
Principais: Existem por si só, 
independente de outro. 
Acessório: Sua existência supõe a 
do principal. 
Pessoal: intuitu personae - A 
pessoa do contratante é 
fundamental para a sua realização. 
Impessoais: A pessoa do 
contratante não faz diferença a 
conclusão do negócio. 
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EFEITOS DOS CONTRATOS 
1.Exceção de contrato não cumprido 
Nenhum dos contratantes poderá, antes de cumprir sua obrigação, exigir a 
do outro. 
2.Direito de retenção 
Permite ao credor conservar coisa alheia em seu poder além do momento 
em que devia restituir até o pagamento do que lhe é devido. 
3.Revisão dos contratos 
Imprevisão, onerosidade excessiva, rebus sic ; ocorre quando umadas 
partem vem a ser prejudicada por uma alteração na conjuntura 
econômica. 
VÍCIOS REDIBITÓRIOS (Arts.441 a 446)
Podem ser conceituados como sendo os defeitos que desvalorizam a coisa 
ou a tornam imprópria para uso. Não se confunde com o erro pois, no vício 
redibitório o problema atinge o objeto do contrato, ou seja, a coisa. No 
erro o vício é do consentimento, atingindo a vontade, pois a pessoa se 
engana sozinha em relação a um elemento do negócio celebrado.
EVICÇÃO (Arts.447 a 457)
É a perda da coisa diante de uma decisão judicial ou de um ato 
administrativo que a atribui a um terceiro. Quanto aos efeitos da perda, a 
evicção pode ser total ou parcial.
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
1.Extinção Normal do Contrato - pelo cumprimento da obrigação.
2.Extinção por fatos anteriores à celebração - decorrente de :
2.1.Invalidade Contratual - nos casos envolvendo o contrato nulo e o 
contrato anulável;
2.2.Cláusula de Arrependimento - os contraentes estipulam que o negócio 
será extinto, mediante declaração unilateral de vontade, se qualquer um 
deles se arrepender;
2.3.Cláusula resolutiva expressa - um evento futuro e incerto que 
acarretará na extinção do contrato
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3.Extinção por fatos posteriores à celebração - nas hipóteses em que uma 
das partes sofre prejuízo, é a denominada rescisão contratual.
4.Extinção por morte - ocorre nos casos em que uma das partes assume 
uma obrigação personalíssima, denominada cessação contratual. Nesses 
casos o contrato se extingue de pleno direito.
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Principais Espécies 
de Contrato
Compra e venda - Arts. 481 a 532, CC
Um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o 
outro, a pagar-lhe o preço em dinheiro. Não transfere domínio. Este é 
transferido pela tradição (bens móveis) ou pelo registro do título aquisitivo 
no Cartório de Registro de Imóveis (bens imóveis).
Troca ou permuta - Art. 533, CC
As partes obrigam-se a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. 
Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas de 
compensação recíproca.
Contrato Estimatório ou Venda em Consignação - Arts. 534 a 537, CC
Umas das partes (consignatário) recebe de outra (consignante) bens móveis, 
ficando autorizada a vendê-los, obrigando-se a pagar um preço estimado 
previamente se não restituir as coisas consignadas dentro do prazo ajustado.
Doação - Arts. 538 a 564, CC
Uma pessoa por liberdade, transfere de seu patrimônio bens ou vantagens 
para outra, sem a presença de qualquer remuneração.
Locação - Arts. 565 a 578 e 593 a 626, CC
Uma das partes, mediante remuneração, compromete-se a fornecer à outra, 
por certo tempo, o uso de uma coisa, a prestação de um serviço ou a 
execução de determinado trabalho. 
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Há três espécies de Locação:
Locação de coisas - Uso e gozo de bem infungível
Locação de obras ou empreitada - Execução de obra ou trabalho.
Locação de serviços - Prestação de serviços economicamente apreciáveis
Pela disposição atual no Código civil, a prestação de serviços e a 
empreitada não são espécies de locação, e sim contratos autônomos.
Fique sabendo!
Empréstimo - Arts. 579 a 592
Alguém entrega uma coisa para outrem, gratuitamente, obrigando-se este 
a devolver a mesma coisa ou devolver outra da mesma espécie e 
quantidade.
Há duas espécies:
Comodato - Empréstimo de bem infungível e inconsumível, em que a coisa 
emprestada deverá ser restituída findo o contrato.
Mútuo - Empréstimo de bem fungível e consumível, em que a coisa é 
consumida e desaparece, devendo ser devolvida outra de mesma espécie e 
quantidade.
Da Prestação de Serviço - Arts. 593 a 609 do CC
É o negócio jurídico pelo qual alguém, o prestador, compromete-se a 
realizar uma determinada atividade com conteúdo lícito, no interesse de 
outrem, o tomador, mediante certa e determinada remuneração.
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Depósito - Arts. 627 a 652
Uma pessoa (depositária) recebe de outra (depositante) um objeto móvel 
para guardá-lo, temporariamente e gratuitamente, até que o depositante 
o reclame.
Mandato - Arts. 653 a 709
Alguém (mandatário) recebe de outrem (mandante) poderes para, em seu 
nome (em nome do mandante), praticar atos ou administrar interesses. 
Fiança - Arts. 818 a 839
Também chamada caução fidejussória, é a promessa feita por uma ou mais 
pessoas de garantir ou satisfazer a obrigação de um devedor se este não a 
cumprir, assegurando ao credor seu efetivo cumprimento.
- Garantia real(res = coisa) a coisa garante a divida = Penhor, hipoteca, 
anticrese, 
- Garantia fidejussória= garantia prestada por pessoas = Fiança e aval
A fiança é um contrato acessório, logo, não existe sem um contrato, no 
qual constará a obrigação que estará sendo garantida pela fiança.
Unilateral gera obrigação apenas para o fiador que se obriga para com o 
credor, mas este nenhum compromisso assume em razão aquele. 
Gratuito, em regra, o fiador não recebe remuneração apenas ajuda o 
devedor.
SÚMULA 214 DO STJ o fiador na locação não responde por obrigações 
resultantes de aditamento ao qual não anuiu. 
Empreitada - Arts. 610 a 626 do CC
Por meio desse negócio jurídico uma das partes (empreiteiro ou prestador) 
obriga-se a fazer ou a mandar fazer determinada obra, mediante uma 
determinada remuneração, a favor de outrem (dono de obra ou tomador).
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QUESTÃO 1
É a operação que consiste na tomada de uma posição no mercado futuro 
aproximadamente igual – mas em sentido contrário – àquela que se detém 
ou que se pretende vir a tomar no mercado à vista. É uma forma de o 
investidor se proteger contra os feitos da oscilação de preço.” O conceito 
acima, extraído do Vocabulário do Mercado de Capitais, expedido pela 
Comissão Nacional de Bolsas de Valores em 1990, corresponde a que tipo 
de contrato relacionado à compra e venda empresarial?
(A) Hedging ou hedge.
(B) Contrato estimatório.
(C) Venda com reserva de domínio.
(D) Preempção.
Comentário: Alternativa correta A; Hedge É a Operação financeira 
realizada com o intuito de proteger um investimento, diminuindo seu 
risco. Esse movimento de proteção é chamado, no jargão do mercado, de 
“fazer um hedge” ou “se hedgear”. Na prática, o hedge pode ser feito 
através de operações nos mercados derivativos (opções e futuros) ou 
ainda assumindo uma posição em outro ativo que tenha comportamento 
inverso ao do ativo que se queira proteger. Dessa forma, o ganho que se 
teria no ativo que está sendo “hedgeado” será menor, mas, em 
contrapartida, seu risco também será diminuído.
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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Direito das coisas
Os direitos podem ser classificados em:
Pessoais
- Relações entre pessoas, abrangendo o sujeito ativo, o passivo e a prestação 
que o segundo deve ao primeiro (ex.: contratos).
Das coisas
- Relação entre o homem e a coisa que se estabelece diretamente (ex. 
propriedade), contendo três elementos: o sujeito ativo, a coisa e a relação 
(ou o poder) do sujeito ativo sobre a coisa (domínio).
Conceito
Conjunto de regras que regulamentam as relações jurídicas entre o homem e 
as coisas determinadas ou determináveis.
Conteúdo do direito das coisas
1. Posse
2. Direitos Reais - Propriedade / Direitos reais sobre a coisa alheia
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Posse
Arts. 1.196 a 1.227
CONCEITO
É o domínio fático que a pessoa exerce sobre a coisa.
TEORIAS
Subjetiva ou Subjetivista
Entende a posse como o poder direto que a pessoa tem de dispor 
fisicamentede um bem com a intenção de tê-lo para si e de defendê-lo 
contra a intervenção ou agressão de quem quer que seja. Essa teoria não foi 
adotada.
Objetiva ou Objetivista
Para a constituição da posse basta que a pessoa disponha fisicamente da 
coisa, ou que tenha a mera possibilidade de exercer esse contato. O código 
civil adota a teoria objetiva 
FÂMULO DE POSSE
Detém a coisa em virtude de dependência econômica ou vínculo de 
subordinação (Art. 1.198).
ELEMENTOS
Sujeito capaz; objeto lícito e possível; forma livre; relação dominante entre 
sujeito e coisa.
OBJETO
Em regra envolve coisas corpóreas.
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CLASSIFICAÇÃO: 
Direta
Exercida por quem detém 
materialmente a coisa.
Indireta
Posse exercida por meio de outra 
pessoa, ex.: proprietário que tem a 
coisa por meio do inquilino.
Justa
Adquirida sem vícios.
Injusta
Adquirida com violência, às 
escondida ou com abuso de 
confiança.
De boa-fé
O possuidor ignora os vícios que 
impedem sua aquisição legal.
De má-fé
O possuidor tem ciência dos vícios.
Nova Velha
AQUISIÇÃO DA POSSE
Posse é adquirida quando se tem poder sobre uma coisa física, no momento 
que se torna possível o exercício de qualquer dos poderes da propriedade. 
Apreensão da coisa, exercício do direito, disposição da coisa, tradição e 
constituto-possessório (art. 1.205).
QUEM PODE ADQUIRIR A POSSE
A própria pessoa, representante (procurador) e terceiro (gestor de negócios).
EFEITOS DA POSSE
Ameaça > Interdito proibitório
Turbação > Manutenção da pose
Esbulho > Reintegração de posse
Nunciação de obra nova > Impedir obras
Dano infecto > Caução de futuros e eventuais danos
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2. PERCEPÇÃO DOS FRUTOS
Possuidor de boa-fé
- Tem direito aos frutos percebidos, ao uso e gozo da coisa, às despesas de 
produção; não tem direito aos frutos pendentes quando cessa a boa-fé.
Possuidor de má-fé
- Responde pelos prejuízos, pelos frutos colhidos e percebidos e pelos 
frutos que por sua culpa se perderam, mas tem direito às despesas de 
produção.
DEFESA DA POSSE
Judicial
- Interdito proibitório;
- Manutenção da posse;
- Reintegração de posse;
- Nunciação de obra nova;
- Dano infecto;
- Embargos de terceiro.
Direta, pessoal
- Legítima defesa da posse para manter-se (na turbação);
- Desforço imediato para restituir-se (no esbulho).
PERDA DA POSSE
- A posse é perdida quando se cessar os poderes inerentes ao possuidor. 
Ex: abandono, tradição, perda ou destruição, posse de outrem e constituto 
possessório. A permissão ou a tolerância não geram a perda da posse.
COMPOSSE
Duas ou mais pessoas possuem simultaneamente coisa indivisiva.
TRANSMISSÃO DA POSSE
Pode ocorrer por ato entre vivos (locação, comodato, depósito, usufruto, 
etc) ou por causa mortis (em decorrência do óbito de alguém, e 
consequentemente o ato sucessório).
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QUESTÃO 1
Com a ajuda de homens armados, Francisco invade determinada fazenda e 
expulsa dali os funcionários de Gabriel, dono da propriedade. Uma vez na 
posse do imóvel, Francisco decide dar continuidade às atividades agrícolas 
que vinha sendo ali desenvolvidas (plantio de soja e de feijão). Três anos 
após a invasão, Gabriel consegue, pela via judicial, ser reintegrado na 
posse da fazenda. Quanto aos frutos colhidos por Francisco durante o 
período em que permaneceu na posse da fazenda, afirmativa correta.
A) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, 
mas tem direito de ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio.
B) Francisco tem direito aos frutos percebidos durante o período em que 
permaneceu na fazenda.
C) Francisco tem direito à metade dos frutos colhidos, devendo restituir a 
outra metade a Gabriel.
D) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, 
e não tem direito de ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio.
Comentário: A alternativa correta é a A. Francisco é possuidor de má-fé. E, 
nos termos do art. 1216,CC, deve restituir todos os frutos percebidos e 
colhidos, sendo assegurado ressarcimento das despesas de custeio e 
produção. 
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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Direitos Reais de 
Propriedade
Arts. 1.228 a 1.368
CONCEITO
Direito que a pessoa física ou jurídica tem de usar, gozar (ou fruir), dispor de 
um bem ou reivindicá-lo de quem injustamente o possua.
Reafirma-se a função social da propriedade acolhida no artigo 5°, XXIII, da 
constituição federal.
CLASSIFICAÇÃO
Plena
- Quando presentes todos os elementos da propriedade:
Uso, gozo, disposição e reivindicação.
Limitada
- Quando recai sobre ela algum ônus (ex.: hipoteca) ou é resolúvel. 
Restrição ao direito de propriedade
- Constitucionais
- Administrativos
- Militares
- Civis
PROPRIEDADE IMÓVEL
Perda da propriedade
- Alienação, renúncia, abandono, perecimento, desapropriação e 
transferência (inter vivos).
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Aquisição da Propriedade
Acessão
- Ocorre quando a um bem imóvel acrescenta-se outro bem imóvel. São 
elas: Formação de ilhas (apenas as que se formarem em correntes comuns 
ou particulares), Aluvião( acréscimo paulatino de terras às margens do rio 
mediante lentos depósitos naturais ou desvio de águas), Avulsão( repentino 
deslocamento de uma porção de terra por força natural violenta, 
desprendendo-se de um prédio e juntando-se a outro); Abandono Álveo (rio 
que seca ou desvia totalmente o seu curso); e Acessões Artificiais 
(acréscimos feitos pelo homem: plantações e construções).
Usucapião
Adquire-se por duas formas:
- Extraordinário: 15 anos (o prazo cai para dez anos se o possuidor 
estabelecer moradia ou realizar obras de caráter produtivo.
- Ordinário: 10 anos e prova de boa-fé (o prazo cai para cinco anos se o 
móvel foi adquirido onerosamente, estabelecendo moradia ou investimento 
de caráter econômico).
Aplicar-se-ão a usucapião de bens móveis as mesmas regras concernentes à 
usucapião de bens imóveis no que tange á acessão de posses e às causas de 
suspensão e interrupção dos prazos da prescrição aquisitivas.
 
Modos derivados
- Sucessão hereditária (causa mortis) e registro de transferência (inter vivos).
Direitos de vizinhança
Trata-se de direito real existente em razão do seu titular estar em prédio 
confinante ou contíguo a outro prédio, gerando para ele direitos e 
obrigações em razão de seu direito real. Uso nocivo da propriedade, árvores 
limítrofes, passagem forçada, águas, limites entre prédios e construção 
(devassamento, águas e beirais, paredes divisórias e tapagem.
Condomínio
Ocorre quando duas ou mais pessoas são proprietárias de um mesmo bem 
divisível ou indivisível.
 
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- Convecional
- Edilício
AQUISIÇÃO E PERDA
Derivada
- Especificação (transformação de coisa móvel em espécie nova), confusão 
(mistura entre coisas líquidas), comistão (mistura entre coisas sólidas), 
adjunção, tradição e herança. 
Originária
- Ocupação e usucapião (extraordinário, cinco anos; ordinário, três anos).
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
- É a que se extingue com a ocorrência de uma condição resolutiva ou de 
um termo final
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Direitos Reais Sobre 
Coisas Alheias
Arts. 1.369 a 1.510, CC
DIREITOS REAIS DE GOZO E FRUIÇÃO
1. Servidão predial - Arts. 1.378 a 1.389, CC
Conceito:
Trata-se de direito real sobre a coisa alheia através do qual um prédio passa 
a ser denominado de serviente, servindo a outro prédio que passa a ser 
denominado de dominante, a fim de proporcionar-lhe determinada

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