Buscar

OSSIFICAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO OSSEA

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ
EDUCAÇÃO FISICA BACHARELADO
KAMILA LOURDES DA SILVA 
OSSIFICAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO OSSEA
ARAXÁ-MG
2019
KAMILA LOURDES DA SILVA
OSSIFICAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA 
Trabalho solicitado para obtenção de notas no 1° período de Bacharelado em Educação Física, da disciplina de Anatômia Humana do Centro Universitário do Planalto de Araxá.
 Prof. Marcelo Barbosa
ARAXÁ-MG
 2019
DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OSSO 
E TRANSFORMAÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO DO EMBRIÃO
Quando crianças acontece muitos processos para que possamos nos desenvolver, um passo muito importante ocorre no nosso esqueleto, o processo de ossificação inicial que se desenvolve pela transformação do tecido conjuntivo do embrião em osso. É o tecido conjuntivo que dá origem a maior parte dos nossos ossos, ele é composto de células mesodérmicas. Quando os tecidos embrionários ainda são de mesoderma que não é diferenciado (mesênquima), acontece um processo um pouco mais simples, chamado de Ossificação intramembranosa. Se as Células mesodérmicas se transformarem em células produtoras de cartilagem antes do começo da formação do osso, o processo é um pouco mais trabalhado e é chamado de Ossificação Endocondral (intracartilaginosa). Neste processo a estrutura do esqueleto tem inicio como cartilagem, e depois é substituída por osso. A diferença entre os ossos citados, intramenbranoso e endocondral é o tecido que é substituído por osso. O osso que se desenvolve de qualquer uma dessas transformações tem a mesma composição. Os ossos começam aparecer a partir da 5 semana do desenvolvimento embrionário, a clavícula geralmente é o primeiro osso a se ossificar, muitas partes ainda não foram substituídas por osso neste período, há algumas suturas separando os ossos individuais da cabeça. No local onde as suturas se unem umas com as outras forma-se uma área chamada de Fontanela. Algumas fontanelas não se ossificam antes dos 18 meses após o nascimento. Alguns ossos do corpo não se ossificam até a puberdade. 
 
OSSIFICAÇÃO E CÉLULAS QUE À COMPOE 
A ossificação intramembranosa é formadora dos ossos frontal, parietal, dos maxilares superior e inferior. Atribui também para a formação dos ossos curtos e para o crescimento em medida dos ossos longos. O primeiro sinal de que esta acontecendo a ossificação intramembranosa é a formação (pelos fibroblastos) de uma matriz orgânica que possui fibras colágenas se estendendo por através do tecido. Algumas células na matriz crescem e começam a criar espiculas ósseas pela calcificação da substância intersticial no meio das fibrilas. Essas células formadoras de osso são chamadas de osteoblastos. Os osteoblastos se desenvolvem a partir de células indiferenciadas chamadas de pré-osteoblastos (celulas osteprogenitoras), que se desenvolvem de células mesenquimais embrionárias. Como a maioria das camadas de osso são depositadas, as espiculas ficam mais densas e seguram os osteoblastos em lacunas. Depois de os osteoblastos serem presos nas lacunas, sua atividade diminui, e eles tornam-se células ósseas maduras chamadas osteócitos. As espículas mais desenvolvidas de osso são conhecidas como trabéculas (pequenas traves). As trabéculas se espalham por todas as direções, se juntando as outras formando uma rede de osso esponjoso. Em regiões onde geralmente se forma o osso compacto, as trabéculas continuam a se espessar a medida que o osso extra vai sendo depositado. Aos poucos os espaços no meio das trabéculas vão se estreitando e o osso substitui os espaços, formando o osso compacto. No decorrer do desenvolvimento, a maior parte das superfícies externas dos ossos acabam cobertas pelo periósteo , nesta membrana se encontra células osteoprogenitoras (pré-osteoblastos) que podem se transformar em osteoblastos que dão inicio a formação do osso. O aumento da atividade destes osteoblastos periféricos é responsável pelo o aumento do osso em espessura. Mesmo depois de se tornarem calcificados estes ossos, precisam necessariamente passar por grandes remodelações, para ficarem preparados à mudanças de dimensões do corpo em crescimento. Esta remodelação é feita através da reabsorção de osso antes depositado por células grandes chamados Osteoclastos e pela deposição de novo osso em padrões que se acham de forma determinada requeridos para o crescimento. Os osteoclastos ,também se originam das células osteoprogenitoras.
 
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
A maior parte dos ossos formam-se pela ossificação de modelos de cartilagem hialina que são formados nos primeiros estágios de vida do embrião. Os modelos de cartilagem recordam a forma do osso futuro. Cada modelo está cercado por uma membrana de tecido conjuntivo fibroso chamada pericôndrio. Durante a ossificação endocondral, a cartilagem modelo se degenera, os condrócitos são substituídos por osteoblastos, e então o osso se desenvolve. O processo de desenvolvimento do osso endocondral começa com a mudança do pericôndrio num periósteo fabricador de osso. Esta transformação é feita pelo acúmulo de osteoblastos na superfície interna do pericôndrio. Como resultado desse procedimento, a cartilagem da diáfise se torna encasulada por um revestimento de osso compacto que é depositado pelas células do periósteo. Enquanto o osso esta sendo formado na periferia da diáfise, as células cartilaginosas, dentro da diáfise aumentam, preenchendo todas as lacunas que as rodeiam. Com este aumento , a matriz de cartilagem que jaz profundamente ao sitio de ossificação periférica é diminuída a finos tabiques e espiculas. Esta matriz começa a se ossificar formando um certo tecido chamado cartilagem calcificada, que deixa a difusão dos nutrientes para as células cartilaginosas impossível. Com isso as células cartilaginosas morrem e se degeneram, deixando os espaços sem conteúdo os tornando ocos, na matriz cartilaginosa calcificada. Isto irá acontecer primeiramente na diáfise . Os vasos sanguíneos invadem os espaços da matriz e formam alças capilares. Os vasos sanguíneos levam as células osteoprogenitoras e osteoblastos até os espaços formados na matriz de calcificada. Os osteoblastos formam trabéculas de osso esponjoso nos espaços deixados na matriz calcificada. A área da diáfise onde este fato ocorre é chamada de Centro Primário de Ossificação. Na maior parte dos ossos, o centro primário de ossificação aparece no terceiro mês da vida do embrião. A diferença entre a formação de trabéculas na ossificação endocondral e sua formação na ossificação intramembransa é que nesta ultima as trabéculas se formam ao redor das fibras colágenas , enquanto nos ossos endocondrais elas se desenvolvem em volta de espiculas de cartilagem calcificada. Na medida em que o centro primário de ossificação aumenta na diáfise , uma parte do osso esponjoso feita recentemente é destruído pelos osteoclastos, formando a cavidade medular. 
No nascimento , a maior parte dos ossos estão nesta fase primaria do desenvolvimento, então quer dizer que já têm uma diáfise de osso compacto que cerca remanescentes de osso esponjoso e a cavidade medular, durante, a epífise permanece como cartilagem hialina. Depois de pouco tempo após o nascimento, as células cartilaginosas da epífise aumentam de tamanho, a matriz se calcifica, e se nota Centros Secundários de Ossificação em ambas as epífises. Os centros secundários de ossificação formam-se da mesma forma que os centros primários exceto que não se forma cavidade medular, esses centros de ossificação aumentam, e cada centro ocupa uma epífise inteira. A cartilagem que permanece é uma camada superficial delgada (que futuramente se tornará a cartilagem articular) e uma camada mais consistente que separa cada epífise da diáfise do osso. Esta ultima cartilagem é chamada Cartilagem (disco ) epifisária 
AUMENTO DO OSSO
O osso pode aumentar em comprimento, enquanto a cartilagem epifisária permanece . As células cartilaginosas adentram na mitose e assim precisamente aumentam o tamanho do disco epifisário.No mesmo tempo , o lado do disco epifisário voltado para a diáfise vai então sendo substituído por tecido ósseo. Na formas normais de crescimento, esses dois processos estão ligados de forma equilibrada, de modo em que a diáfise aumenta em comprimento enquanto a cartilagem epifisária continua mantendo a mesma espessura. À medida , em que o osso aumenta em comprimento , ele também passa por uma reabsorção seletiva, e de formação de osso , que deixa a epífise num tamanho relativo constante. Estas condições permanecem prevalecendo até cerca dos dez anos de idade, quando a taxa de crescimento diminui e é portanto aos poucos alcançada pela ossificação continua do lado do disco epifisário voltado para a diáfise. Por volta dos 25 anos nos homens, e alguns anos antes nas mulheres, a cartilagem do disco epifisário é completamente substituída por osso, sobrando então apenas uma linha epifisária para marcar sua localização primária. Quando isto acontece, o osso não consegue crescer mais em comprimento, mas ele retém a capacidade de aumentar em diâmetro. 
FRATURAS E CONSOLIDAÇÃO OSSEA
Tipos de Fraturas
As fraturas são nomeadas a partir das varias condições do local de quebra, os tipos mais comuns são:
Fratura Simples: São fraturas internas, não atravessam a pele
Fratura Composta: São fraturas expostas, extremidades quebradas atravessam a pele.
Fratura Cominutiva: Nesta fratura o osso é partido em muitos pedaços que permanecem do local da quebra.
Fratura com Afundamento: A área quebrada é comprimida para dentro, como frequentemente acontece com fraturas dos ossos planos da calota craniana.
Fratura Impactada: As extremidades quebradas do osso ficam uma sobre a outra. 
CONSOLIDAÇÃO DAS FRATURAS
Todas as fraturas ficam provavelmente sujeitas a três mudanças progressivas durante o processo de consolidação há formação de um pró-calo, formação de um calo cartilaginoso e formação de um calo ósseo.
PRÓ-CALO: Quando um osso é quebrado ocorre uma hemorragia dos vasos sanguíneos do sistema haversiano e do periósteo. Isto causa um inchaço e se tem um coagulo sanguíneo chamado Pró-Calo.
CALO FIBROCARTILAGINOSO: Os Fibroblastos entram no Pró-Calo e criam fibras. Depois de alguns dias o Pró-Calo é substituído por um Calo Fibrocartilaginoso que se desenvolve no meio das extremidades do osso e assim forma uma ponte que aglutina os fragmentos . 
CALO ÓSSEO: No inicio a porção mais exterior do calo externo se consiste da cartilagem formada pelos condroblastos e condrócitos que invadem a área. Devagar , entretanto, os osteoblastos derivados da camada interna do periósteo e o endósteo formam um Calo Ósseo que conseguem manter as extremidades do osso firmemente unidas. Inicialmente o calo ósseo é de osso esponjoso, mas ele é lentamente remodelado para formar um osso compacto. A formação do osso compacto está sob influência da pressão parcialmente, quando o osso reparado esta novamente sendo usado para movimentos do corpo e sustentação. A imobilização prolongada do osso quebrado pode ser prejudicial para o processo de consolidação. Por isto muito das vezes é usado pinos para manter juntas as extremidades de um osso quebrado , permitindo então que o osso possa suportar peso quase que imediatamente. As pressões do uso permitem o aumento da ação dos osteoblastos e facilitam a consolidação. Nos meses que procedem a formação do calo ósseo , os osteoclastos reabsorvem o osso do calo externo e a parte do calo interno que tampava o canal medular bloqueando de tal forma que eventualmente apenas uma pequena elevação externa é marca indicativa do local da fratura. Então pode se dizer que na Consolidação de uma fratura, O reparo primário começa com a formação de um coágulo sanguíneo chamado Pró-calo. O tecido conjuntivo invade o Pró-Calo, substituindo-o por um calo fibrocartilaginoso. O calo fibroso é aos poucos substituído por osso, que se forma à custa de células do periósteo.