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TÓPICO 1 - Erros em Química Analítica Quantitativa e Preparação de Amostras

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1 
 Curso: Engenharia Ambiental 
 
 Disciplina: Química Analítica 
 
 
TÓPICO 1 – Erros em Química Analítica e Preparação 
de Amostras 
 
 
Profª. Drª. Elisandra Scapin 
2 
Química 
Analítica 
Química 
Bioquímica 
Química Inorgânica 
Química Orgânica 
Físico-Química 
Física 
Astrofísica 
Astronomia 
Biofísica 
Engenharia 
Civil 
Química 
Elétrica 
Mecânica 
Ambiental 
Medicina 
Química Clínica 
Química Medicinal 
Farmácia 
Toxicologia 
Ciências dos Materiais 
Metalurgia 
Polímeros 
Estado sólido 
Ciências Sociais 
Arqueologia 
Antropologia 
Forense 
Agricultura 
Agronomia 
Ciência dos Animais 
Ciência da Produção 
Ciência Dos solos 
Ciências do 
Meio Ambiente 
Ecologia 
Metereologia 
Oceanografia 
Geologia 
Geofísica 
Geoquímica 
Paleontologia 
Paleobiologia 
Biologia 
Botânica 
Genética 
Microbiologia 
Zoologia 
3 
MÉTODOS ANALÍTICOS QUANTITATIVOS 
 
O cálculo dos resultados de uma análise quantitativa típica, pode ser 
dado a partir de duas medidas: 
 
-a massa ou o volume de uma amostra que está sendo analisada 
 
- medida de alguma grandeza que é proporcional à quantidade do 
analito presente na amostra, como massa, volume, intensidade de 
luz ou carga elétrica. 
 
De acordo com esta grandeza os métodos analíticos podem ser 
classificados: 
Método Gravimétrico 
Determina-se a massa do analito ou de algum 
composto quimicamente a ele relacionado. 
4 
 
 
Baseia-se na medida da interação entre a radiação eletromagnética e 
os átomos ou as moléculas do analito, ou ainda a produção de 
radiação pelo analito. 
mede-se o volume da solução contendo 
reagente em quantidade suficiente para 
reagir com todo analito presente. 
Método Volumétrico 
Envolve a medida de alguma 
propriedade elétrica, como o potencial, 
corrente, resistência e quantidade de 
carga elétrica. 
Método Eletroanalítico 
Método Espectroscópico 
5 
Um grupo de métodos variados inclui a medida de 
grandezas, como: 
 
- razão massa-carga de moléculas por espectrometria 
de massas, 
 
- velocidade de decaimento radiativo, 
 
- calor de reação, 
 
- condutividade térmica de amostras, atividade óptica e 
índice de refração. 
6 
ANÁLISE QUANTITATIVA TÍPICA 
7 
ANÁLISE QUANTITATIVA TÍPICA 
Uma análise quantitativa típica envolve uma sequência de etapas: 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
A amostra é 
solúvel? 
Não 
Sim 
Dissolução 
Química 
Propriedade 
Mensurável 
Não 
Mudança da 
forma Química 
Eliminação de 
interferências 
Medida da 
Propriedade X 
Cálculo dos 
resultados 
Estimativa da 
confiabilidade dos 
resultados 
Sim 
8 
ANÁLISE QUANTITATIVA TÍPICA 
Propriedade 
Mensurável 
Não 
Mudança da 
forma Química 
Eliminação de 
interferências 
Medida da 
Propriedade X 
Cálculo dos 
resultados 
Estimativa da 
confiabilidade dos 
resultados 
Sim 
Em alguns casos, algumas etapas podem ser omitidas. 
 
Ex.: se a amostra for líquida, podemos evitar a etapa de 
dissolução. 
Na etapa final, avaliamos a qualidade dos resultados e estimamos sua 
confiabilidade. 
Quantidade relativa 
do analito presente 
nas amostras. 
9 
A Escolha do Método 
 
- A etapa essencial de uma análise quantitativa é a seleção do método. 
 
- Algumas vezes a escolha é difícil e requer experiência, assim como 
intuição. 
 
Uma das primeiras questões a ser considerada - 
 
- Alta confiabilidade quase sempre requer grande investimento de 
tempo. 
 
Geralmente, o método selecionado representa um compromisso entre a 
exatidão requerida e o tempo e recursos disponíveis para a análise. 
nível de exatidão 
requerido 
Seleção 
do método 
10 
Muitas amostras : pode-se gastar um tempo considerável em 
operações preliminares. 
 
Apenas uma única amostra ou algumas poucas amostras: pode ser 
mais apropriado selecionar um procedimento que dispense ou 
minimize as etapas preliminares. 
 
Finalmente, a complexidade e o número de componentes presentes 
da amostra sempre influenciam, de certa forma, a escolha do 
método. 
Uma segunda consideração 
relacionada com o fator econômico: 
número de amostras 
que serão analisadas. 
Seleção 
do método 
11 
A próxima etapa em uma análise quantitativa: Obtenção da amostra. 
 
Para gerar informações representativas, uma análise precisa ser 
realizada com uma amostra que tem a mesma composição do 
material do qual ela foi tomada. 
 
Quando o material é amplo e heterogêneo, grande esforço é requerido 
para se obter uma amostra representativa. 
 
A dosagem de uma grande quantidade de amostra será realizada em 
uma amostra que pesa cerca de um grama, por exemplo. 
 
Obtenção 
 da amostra 
Seleção 
do método 
12 
O isolamento do material que represente de forma exata a composição 
média toda a amostra é uma tarefa difícil, que exige manipulação 
cuidadosa e sistemática de todo o material do carregamento. 
 
Amostragem: processo de coletar uma pequena massa de um material 
cuja composição represente exatamente o todo do material que está 
sendo amostrado. 
 
As amostras precisam geralmente de preparação para retirar 
substâncias que interferem na análise do constituinte desejado, e, 
talvez converter o constituinte em análise em uma forma disponível 
para a análise. 
Obtenção 
 da amostra 
Seleção 
do método 
13 
Além da escolha criteriosa de uma amostra, deve-se ter 
cuidado com o armazenamento desta amostra. 
 
Não importando que a amostragem seja simples ou 
complexa, todavia, o analista deve ter a certeza de que a 
amostra de laboratório é representativa do todo antes de 
realizar a análise. 
 
Frequentemente, a amostragem é a etapa mais difícil e a 
fonte dos maiores erros. 
 
 A confiabilidade dos resultados finais da análise nunca será 
maior que a confiabilidade da etapa de amostragem. 
Obtenção 
 da amostra 
Seleção 
do método 
14 
A terceira etapa em uma análise: Processamento da amostra. 
 
Sob certas circunstâncias, nenhum processamento é necessário 
antes da etapa de medida. 
 
Ex.: uma vez que uma amostra de água é retirada de um córrego, 
seu pH pode ser medido diretamente. 
 
Na maior parte das vezes, porém, devemos processar a amostra de 
alguma forma. 
 
A primeira etapa é, muitas vezes, a preparação da amostra de 
laboratório. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
15 
Preparação da Amostra de Laboratório: 
 
Uma vez selecionado o conjunto de amostras, deve ser preparada uma 
amostra de laboratório para análise. 
 
Um sólido bruto deve ser macerado e misturado de forma que a 
amostra de laboratório tenha a mesma composição do conjunto de 
amostras. 
 
Os sólidos são secados normalmente a 110ºC sob pressão atmosférica 
para retirar a água adsorvida antes da análise. 
 
Amostras sensíveis à temperatura podem simplesmente ser 
armazenadas em um meio que as mantenha com um nível de umidade 
reprodutível e constante. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
16 
A absorção ou liberação de água pode ocorrer durante cada uma das 
etapas, dependendo da umidade do ambiente. 
 
Como qualquer perda ou ganho de água altera a composição química 
de sólidos, é uma boa ideia secar as amostras logo antes do início da 
análise. 
 
Alternativamente, a umidade de uma amostra pode ser determinada 
no momento da análise, em um procedimento analítico à parte. 
 
É importante dissolver a amostra inteira para assegurar que todos os 
constituintes estejam dissolvidos para análise. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
17 
Se a amostra não se dissolve em condições moderadas, pode ser usada a 
digestão ou fusão ácida. 
 
A matéria orgânica pode ser destruída por combustão ou carbonização 
úmida (oxidação com reagentes líquidos) para colocaros elementos 
orgânicos numa forma mais disponível. 
 
Os sólidos podem ser moídos em um almofariz e pistilo: 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
Almofariz 
de ágata 
Almofariz de cerâmica 
Almofariz de 
carbeto de boro 
18 
O almofariz de ágata (ou de porcelana, 
mulita e alumina) é projetado para moer 
pequenas partículas em pó bem fino. 
 
O almofariz e o pistilo de carbeto de 
boro são 5x mais duros do que o de 
ágata e menos propenso à 
contaminação da amostra. 
 
Um moinho de bolas é um dispositivo 
de moagem no qual bolas de aço ou 
cerâmica rodam dentro de um cilindro 
para moer a amostra em um pó muito 
fino. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
19 
As amostras líquidas apresentam um conjunto de problemas 
ligeiramente diferentes, mas ainda assim relacionados, 
durante a etapa de preparação. 
 
Se essas amostras forem deixadas em frascos abertos, os 
solventes podem evaporar e alterar a concentração do analito. 
 
Se o analito for um gás dissolvido em um líquido, o frasco da 
amostra deve ser mantido dentro de um segundo recipiente 
selado, para prevenir a contaminação por gases atmosféricos. 
 
Medidas especiais, incluindo a manipulação da amostra e a 
medida em atmosfera inerte, podem ser exigidas para 
preservar a integridade da amostra. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
20 
21 
Definição das Réplicas da Análise: 
 
-A maioria das análises químicas é realizada em réplicas de amostras 
cujas massas ou volumes tenham sido determinados cuidadosamente 
realizados. 
 
-As réplicas melhoram a qualidade dos resultados e fornecem uma 
medida de confiabilidade. 
 
-As medidas quantitativas em réplicas são geralmente expressas em 
termos da média e vários testes estatísticos são executados para 
estabelecer a confiabilidade. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
22 
Preparo de Soluções: Alterações Físicas e Químicas 
 
A maioria das análises é realizada com soluções da amostra preparadas 
em um solvente adequado. 
 
Idealmente, o solvente deve dissolver toda a amostra, incluindo o 
analito, de forma rápida e completa. 
 
As condições da dissolução devem ser suficientemente brandas de 
forma que perdas do analito não venham a ocorrer. 
 
Infelizmente vários materiais que precisam ser analisados são 
insolúveis em solventes comuns. 
 
Ex.: minerais à base de silício, os polímeros de alta massa molar e as 
amostras de tecido animal. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
23 
Nessas circunstâncias, devemos realizar alguns tratamentos químicos 
drásticos. 
 
 A conversão do analito em materiais dessa natureza em uma forma 
solúvel é, frequentemente, a tarefa mais difícil e demorada no processo 
analítico. 
 
 A amostra pode necessitar de aquecimento em soluções aquosas de 
ácidos fortes, bases fortes, agentes oxidantes, agentes redutores ou 
alguma combinação desses reagentes. 
 
Pode ser necessária a ignição da amostra ao ar ou ao oxigênio para 
realizar sua fusão, sob elevadas temperaturas, na presença de vários 
fundentes. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
24 
- DISSOLVENDO MATERIAIS INORGÂNICOS COM ÁCIDOS 
 
Os ácidos não-oxidantes como o HCl, HBr, HF, H3PO4, H2SO4 
diluído e HClO4 dissolvem metais por meio de reação redox. 
 
Os metais com potencias de redução negativo se dissolvem, 
embora alguns, como o Al, formem um revestimento protetor de 
óxido que inibe a dissolução. 
 
Espécies voláteis formadas por protonação de ânions como o 
carbonato (CO3
2-), sulfeto (S2-), fosfito (P3-), fluoreto (F-) e 
borato (BO3
3-) serão eliminados por ácidos quentes em frascos 
abertos. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
25 
HF quente é especialmente útil para a dissolução de silicatos. 
 
Para o HCl, HBr, H2SO4, H3PO4 e HClO4 podem ser usados frascos 
de vidro ou de platina, para o HF deve ser usado frascos de teflon, 
polietilieno, prata ou platina. 
 
As substâncias que não se dissolvem em ácidos não-oxidantes 
podem se dissolver no ácido oxidante HNO3; em H2SO4 
concentrado a quente; ou em HClO4 concentrado a quente. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
26 
27 
O HNO3 ataca a maioria dos metais, mas não ataca a prata e a 
platina, que se dissolvem água réguia (mistura 3:1 de HCl:HNO3). 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
A digestão é feita numa bomba de 
Teflon aquecida em um forno de 
microondas. 
 
A bomba não pode ser feita de metal 
que absorve as microondas. 
 
Uma vantagem da bomba é que ela 
é resfriada antes de ser aberta, 
evitando assim a perda de 
produtos voláteis. 
28 
DISSOLVENDO MATERIAIS INORGÂNICOS POR FUSÃO 
 
Substâncias que não se dissolvem em ácido geralmente podem ser 
dissolvidas por um fundente inorgânico derretido e quente. 
 
A maioria das fusões usa tetraborato de lítio (Li2B4O7, p.f. 930ºC), 
metaborato de lítio (LiBO2, p.f. 845ºC) ou uma mistura dos dois. 
 
Pode ser adicionado um agente antiumectante como o KI para evitar 
que o fundente cole no cadinho. 
 
Ex.: 2 g de cimento pode ser fundido com 2 g de Li2B4O7 e 30 mg de 
KI. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
29 
30 
-DECOMPOSIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS 
 
A digestão de matéria orgânica é classificada em 
-carbonização seca – quando o processo não envolve 
líquido 
 
-Carbonização úmida – quando é usado líquido 
 
A fusão com Na2O2 (oxidação de Parr) ou com metais 
alcalinos pode ser feita numa bomba fechada. 
 
Processos de carbonização úmida convenientes envolvem a 
digestão em microondas com ácido numa bomba de Teflon. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
31 
32 
Ex.: tecido animal pode ser digerido para a análise de metais 
colocando-se a amostra em frasco de Teflon de 60mL contendo 
HNO3; H2SO4 de alta pureza e aquecendo-se em forno de 
microondas de cozinha. 
 
- Digestão de Kjeldahl: processo de carbonização úmida 
utilizando H2SO4 para análise de nitrogênio. 
 
- Método de Carius: digestão com HNO3 fumegante em tubo 
de vidro de parede reforçada fechado, a 200º-300ºC. 
 
São adicionados H2SO4 ou uma mistura de H2SO4 e HNO3 a 
uma substância orgânica em um tubo de digestão de vidro 
tampado com uma tampa de refluxo. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
33 
Primeiro a amostra é carbonizada por 10 a 20 minutos em 
refluxo suave até que todas as partículas se dissolvam e a 
solução tenha aparência negra uniforme. 
 
O aparelho é desligado e a amostra é resfriada por 2 minutos. 
 
É feita a oxidação pela adição de H2O2 ou de HNO3 através de 
uma tampa de refluxo até que desapareça a cor, ou que a 
solução fique pouco tingida. 
 
Se a solução não estiver homogênea, o aparelho é ligado e a 
amostra é aquecida para solubilizar todos os sólidos. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
34 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
35 
A carbonização úmida com refluxo de HNO3 - 
HClO4 é um processo muito aplicado, porém 
perigoso, pois o ácido perclórico causa numerosas 
explosões. 
 
Deve-se primeiro aquecer amostra lentamente 
até a ebulição com HNO3 mas sem o HClO4. 
 
Adicionar HNO3 novamente e repetir a 
operação diversas vezes. 
 
Após o resfriamento até a temperatura 
ambiente adicionar HClO4 e aquecer 
novamente. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
36 
A combinação de Fe2+ e H2O2 – reagente de Fenton- oxida a 
matéria orgânica em soluções aquosas diluídas.Ex.: os compostos orgânicos de urina são destruídos em 30 
minutos a 50ºC liberando traços de mercúrio para análise. 
 
Uma vez que o analito esteja solubilizado - a amostra apresenta 
uma propriedade que seja proporcional à sua concentração e 
podemos medi-la. 
 
Caso contrário, outras etapas químicas podem ser necessárias 
para converter o analito a uma forma adequada para a medida. 
 
Ex.:determinação de Mn em aço, o Mn deve ser oxidado para 
MnO4
– antes da medida da absorbância. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
37 
Nesse momento da análise, pode-se prosseguir 
diretamente para a etapa de medida, porém, na maioria dos 
casos, devemos eliminar as interferências na amostra antes 
de realizar as medidas. 
 
 
 
 
 
 
Uma vez que temos a amostra em solução → converter o 
analito a uma forma apropriada para a medida. 
Antes eliminar substâncias 
presentes na amostra que possam 
interferir na medida. 
Seleção 
do método 
Obtenção 
 da amostra 
Processamento 
 da amostra 
Propriedade 
Mensurável 
Eliminação de 
interferências 
38 
Poucas propriedades químicas e físicas de importância na 
química analítica são exclusivas de uma única substância 
química. 
 
Ao contrário, as reações usadas e as propriedades medidas são 
características de um grupo de elementos ou compostos. 
 
As espécies além do analito, que afetam a medida final, são 
chamadas interferências ou interferentes. 
 
Um plano deve ser traçado para se isolar os analitos das 
interferências antes que a medida final seja feita. 
 
Não há regras claras e rápidas para a eliminação de 
interferências; de fato, a resolução desse problema pode ser o 
aspecto mais crítico de uma análise. 
Eliminação de 
interferências 
39 
TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS 
 
A preparação de uma amostra pode incluir: 
 
1.Dissolução da amostra 
 
2. Extração do constituinte em análise de uma matriz complexa 
 
3. A concentração de um constituinte diluído em um nível que ele 
possa ser medido 
 
4. Conversão química do constituinte em análise a uma forma 
detectável 
 
5. Retirada ou o mascaramento de espécies interferentes. 
40 
Técnicas de Extração Líquida: 
 
Na extração o constituinte em análise é dissolvido em um solvente 
que não dissolve a amostra inteira e não decompõe o constituinte. 
 
Ex.: na extração por microondas de pesticidas do solo, uma mistura 
contendo o solo e os solventes acetona e hexano é colocada numa 
bomba de Teflon e aquecida por microondas a 150ºC. 
 
Esta temperatura é 50ºC maior do que os pontos de ebulição de 
cada solvente em um recipiente aberto na pressão atmosférica. 
 
Os pesticidas solúveis se dissolvem, mas a maior parte do solo 
permanece insolúvel. 
 
O líquido é analisado por cromatografia. 
Preparação De Amostras 
41 
Extração por fluido supercrítico: usa um fluido supercrítico 
como solvente de extração. 
 
O CO2 é o fluido supercrítico mais comum - é relativamente barato 
e elimina a necessidade de remoção dos solventes orgânicos, que 
é cara. 
 
A adição de um segundo solvente como o MeOH aumenta a 
solubilidade de constituintes polares. 
 
Na extração por fluido supercrítico o fluido pressurizado é 
bombeado por um recipiente de extração aquecido. 
 
O fluido pode ficar em contato com a amostra por algum tempo ou 
ser bombeado nela continuamente. 
Preparação De Amostras 
42 
Ao sair, o CO2 evapora, deixando o constituinte em análise extraído 
no recipiente da coleta. 
 
Alternativamente, o CO2 pode ser borbulhado num solvente no 
recipiente de coleta para formar uma solução constituinte em análise. 
Preparação De Amostras 
43 
Vidraria utilizada para a 
extração líquido-líquido 
contínua de um constituinte 
não-volátil: 
Preparação De Amostras 
Aparelhagem para extração líquido-
líquido contínua usada quando o 
solvente é (a) mais denso do que o 
líquido que está sendo extraído ou (b) 
menos denso do que o líquido que 
está sendo extraído. 
44 
- Extração em Fase Sólida: 
 
A extração em fase sólida usa um pequeno volume de uma fase 
estacionária cromatográfica para isolar de uma amostra os 
constituintes desejados. 
Preparação De Amostras 
A extração retira uma grande 
parte da matriz da amostra 
para simplificar a análise. 
 
Normalmente 1 mL de fase 
sólida está contido numa 
coluna ou seringa. 
45 
A extração em fase sólida pode diminuir o consumo de 
solvente na química analítica. 
 
Ex.: análise de pesticidas em despejos aquáticos emprega 
200 mL de diclorometano por extração em fase sólida em 
discos de sílica-C18. 
 
Os pesticidas são recuperados do disco pela extração em 
fluido supercrítico com CO2, que é despejado num pequeno 
volume de hexano. 
 
Esta análise pode salvar 105 kg de CH2Cl2 por ano. 
Preparação De Amostras 
46 
Etapas da extração em fase sólida: 
Preparação De Amostras 
47 
- Pré-Concentração: 
 
As análises-traço precisam frequentemente da pré-concentração 
do constituinte em análise para tê-lo em uma concentração maior 
antes da análise. 
 
Os íons metálicos presentes nas águas naturais podem ser pré-
concentrados com uma resina de troca de cátions. 
 
As resinas de troca iônica podem capturar gases básicos ou 
ácidos. 
 
O carbonato liberado como CO2 do (ZrO)2CO3(OH)2.xH2O usado 
no processamento de combustível nuclear pode ser medido 
colocando-se uma quantidade conhecida de sólido pulverizado 
no tubo de ensaio e adicionando-se solução de HNO3. 
48 
Quando a solução é purgada com N2, o 
CO2 é capturado quantitativamente pela 
resina de troca aniônica umedecida na 
pistola: 
 
 
 
 
 
 
O carbonato é eluído da resina com 
solução 1 M de NaNO3 e medido pela 
titulação com ácido. 
CO2 + H2O H2CO3
2resina+OH- + H2CO3 (resina
+)CO3
2- + H2O 
49 
50 
Seleção e manuseio de reagentes e produtos químicos 
 
A pureza dos reagentes tem um peso importante na exatidão vinculada a 
qualquer análise. 
 
É, portanto, essencial que a qualidade de um reagente seja consistente 
com seu propósito de uso. 
 
Classificação de Produtos Químicos 
 
Grau do Reagente 
 
Os produtos químicos de grau reagente estão de acordo com os padrões 
mínimos estabelecidos pelo Comitê de Reagentes Químicos da American 
Chemical Society (ACS) e são utilizados onde for possível no trabalho 
analítico. 
51 
Grau-Padrão Primário 
 
As qualidades requeridas para um padrão primário, 
principalmente extraordinária pureza,. 
 
Reagentes Químicos para Uso Especial 
 
Os produtos químicos que tenham sido preparados para uma 
aplicação específica também estão disponíveis. 
 
Entre eles estão incluídos os solventes para espectrofotometria e 
para cromatografia líquida de alta eficiência. 
 
Os dados fornecidos para um solvente espectrofotométrico, por 
exemplo, podem incluir sua absorbância em comprimentos de onda 
selecionados e seu comprimento de onda de corte do ltravioleta. 
52 
ERROS EM QUÍMICA ANALÍTICA 
 
O erro experimental 
 
 
Erro Sistemático (erro determinado) 
 
- Aparece como uma falha no projeto de um experimento ou em 
uma falha de um equipamento. 
 
-É reprodutível se você conduzir o experimento várias vezes 
exatamente da mesma maneira. 
 
-Pode ser descoberto e corrigido, embora isto não seja muito fácil. 
 
Ex.: o uso de um medidor de pH que foi padronizado 
incorretamente produz um erro sistemático. 
sistemático 
aleatório 
53 
Ex.: A utilização de uma bureta não-calibrada. 
 
A característica chave: o erro sistemático é reprodutível. 
 
Erro Aleatório (erro indeterminado) 
 
- Resulta de efeitos de variáveis descontroladas (e 
possivelmente incontroláveis) nas medidas. 
 
- Está sempre presente, não é corrigido e é a última limitação na 
determinação de uma grandeza. 
 
- Um tipo de erro aleatório está associado à leitura em escala. 
 
Ex.: uma pessoa lendo omesmo instrumento diversas vezes 
provavelmente obterá diversas leituras diferentes. 
54 
Precisão e Exatidão 
 
Precisão é uma medida de reprodutibilidade de um 
resultado. 
 
Se você medir uma quantidade várias vezes e os valores forem 
muito próximos uns dos outros, sua medida é precisa. 
 
Se os valores variarem muito - sua medida não é precisa. 
 
Exatidão se refere a quão próximo um valor de uma medida 
está do valor “verdadeiro”. 
 
Exatidão é o seu valor mais próximo do valor conhecido. 
 
O resultado de um experimento pode ser completamente 
reprodutível, porém errado. 
55 
56 
- Ex.: se você comete um erro na preparação de uma solução 
para uma titulação, tal solução não deverá ter a concentração 
desejada. 
 
Serão obtidas titulações com valores altamente reprodutíveis, 
porém o resultado será incorreto. 
 
Em cada caso, a precisão dos resultados é excelente mas a 
exatidão é pequena. 
 
Ao contrário, é possível realizar uma série de medidas pouco 
reprodutíveis, agrupadas em torno de um valor correto. 
 
Neste caso, a precisão é pequena mas a exatidão é grande. 
 
Um procedimento ideal, proporciona tanto precisão quanto 
exatidão ( próximo do valor verdadeiro). 
57 
Referências Bibliográficas: 
 
1. HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. 8ª Edição., Rio de Janeiro, 
Editora Livros Técnicos e Científicos S. A., 2012. 
 
2. SKOOG, D. A.; West, D. A.; Holler, F. J.; Crouch, S. R.; Fundamentos de 
Química Analítica, 9ª Edição, Editora Thomson, 2014. 
 
3. VOGEL, A. I. Analise Química Quantitativa. 6 ed. Rio de Janeiro: Livros 
Técnicos e Científicos. 2002. 
 
4. BACCAN, N. Química Analítica Quantitativa Elementar. São Paulo: Edgard 
Blücher. 2001. 
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