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Evolução Mundial a) A escravidão O homem era considerado objeto/coisa. O escravo não tinha qualquer direito (só o de morar no território do seu dono). A jornada de trabalho era de 20 a 22 horas. Não havia proteção jurídica. b) Servidão Os servos recebiam proteção política e militar em troca do trabalho. Não tinham qualquer direito relacionado ao trabalho. A jornada também era excessiva. O que produziam ia para o senhor feudal. Evolução Mundial c) Corporações de ofício Estabeleciam hierarquia entre mestres, companheiros e aprendizes (estes, menores entre 12 e 14 anos), que não tinham qualquer proteção jurídica. Os menores eram treinados para profissões futuras. As corporações usavam essa mão-de-obra infantil para produzir e vender seus produtos. Os menores trabalhavam de 18 a 20 horas. d) Revolução Francesa Extinção das corporações de ofício, por incompatibilidade com os ideais de liberdade. e) Liberalismo Movimento no sentido de dar liberdade ao homem sob todos os prismas. A liberdade era tanta que quem tinha poder econômico acabava colocando o que queria no contrato de trabalho, chegando a praticar abusos, excessos. A igreja pressionou para que isso acabasse. f) Revolução Industrial Redução da jornada de trabalho. Proteção do trabalho do menor e da mulher. Criação das associações de trabalho. A Igreja incentivou que se pressionasse os patrões. Vieram os sindicatos e os benefícios para o trabalhador. g) Lei de Peel (1802) Jornada de trabalho de 12 horas. Proibição do início do trabalho antes das 6 horas e término após 21 horas. A partir disso, deveria haver uma recompensa. Normas de higiene e educação para os trabalhadores. h) Doutrina social encíclica “Rerum Novarum” Traçava regras para a intervenção do Estado nas relações empregado x empregador. Temos: Empregado _____(Estado)______ Empregador A linha tem que ser reta. Se for sinuosa, há algo irregular na relação. A Igreja propôs o uso de força para evitar a sinuosidade: o Estado atuaria para impedir que o empregador desequilibrasse a relação. Isso resultou no Constitucionalismo social. i) Constitucionalismo social Inclusão nos textos constitucionais dos direitos e garantias fundamentais, inclusive direitos trabalhistas. j) Constituição do México (1917) País muito avançado, o México foi o 1° a elaborar uma Constituição com direito do trabalho. As mudanças: Jornada de 8 horas; Proibição do trabalho do menor de 12 anos; Limitação da jornada do menor de 16 anos a seis horas; Jornada noturna de 7 horas - Igual ao Brasil (22 às 5h); Descanso Semanal; Salário mínimo; Proteção à maternidade; Indenização por dispensa. No Brasil: Em 1934, os direitos do Trabalho começam a ser inseridos na Constituição, implantando-se: Direito de sindicalização e greve; Proteção contra acidente de Trabalho; Seguro social. k) Constituição de Weimar (1919) Participação nos lucros. Além dos direitos do México, acrescentou: Participação nos lucros; Representação dos empregados na empresa (Empresa com mais de 200 empregados tem que receber representação para acompanhar as ações da diretoria e decidir, principalmente, em relação aos direitos trabalhistas, o que evita processos na justiça); Seguro social. l) Tratado de Versailes (1919) Novidades: Internacionalização das normas trabalhistas; Criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho, órgão fiscalizador e negociador dos direitos trabalhistas). Obs: Não está na lei que a empresa tem que dar benefícios como vale-alimentação, combustível. Mas a empresa negocia, para fechar acordo salarial e estimular o trabalhador, procurando e evitando ação na justiça. m) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Trouxe: Férias anuais remuneradas; Limitação da jornada (foi mantida); Normas pertinentes ao lazer Seguiu praticamente a evolução mundial, na mesma linha dos demais países. A) Constituição de 1824 Aboliu as corporações de ofício. (Embora ainda hoje permaneçam a exploração de menores no trabalho) B) Lei do Ventre Livre (1871) Os filhos de escravos nascidos a partir dessa lei têm liberdade plena, inclusive para o trabalho (Cidadão de direitos e obrigações). C) Lei Saraiva de Cotegipe (1885) Escravos a partir de 65 anos passavam a gozar de liberdade, mas precisavam esperar 3 anos para ter liberdade plena. D) Lei Áurea (1888) Aboliu a escravidão. Mas nos dias de hoje ainda há trabalho escravo (Trabalhadores nos mãos do patrão). E) Constituição de 1891 Implantou a liberdade de associação. F) Constituição de 1934 – Garantia de liberdade sindical – Jornada de 8 horas - Isonomia salarial - Proteção do trabalho do menor e da mulher - Repouso semanal remunerado - Férias anuais remuneradas - Salário mínimo. G) Constituição de 1937 (Época da ditadura de Getúlio Vargas) - Sindicato único - Imposto sindical - Competência normativa dos TRT’s Essa competência é a de os TRT’S criarem a norma jurídica. Negociação => dissídio (se for o caso) => Juiz dá uma sentença normativa (fabricação da norma). Ex: Juiz diz que para os anos 2005/2006 vão valer os seguintes itens: ... Isso é fabricar uma norma sem participação do legislativo) H) Constituição de 1946 - Direito de greve - Participação nos lucros - Estabilidade I) Constituição de 1988 (Considerada a obra prima do Direito Constitucional) - Direitos individuais e tutelares do trabalho (Art. 7º) - Sindicato e sua organização (Art. 8º) - Regras sobre greves (Art. 9º) - Participação dos empregados na empresa (Art. 10) Fonte é o lugar onde nasce o Direito do Trabalho. Ele nasce no seio da sociedade, refere-se à origem de alguma coisa, de onde provém algo. 1) Fontes materiais São formas de manifestação da norma jurídica. São sempre os fatos sociais. O que acontece depois é só forma de tornar positivas as regras sociais, fazendo surgirem às normas jurídicas. São o complexo de fatores que ocasionam o surgimento de normas, envolvendo fatos e valores. Que irão influenciar na criação da norma jurídica. O mecanismo utilizado para fazer a transformação do fato social em direito positivo é a técnica legislativa. Fato social => Técnicas jurídicas => normas jurídicas (direito pressuposto) (direito posto) Direito pressuposto -> é o fato social Direito posto -> direito positivado que pode produzir efeitos. 2) Fontes formais São processos de manifestação da norma jurídica trabalhista, através das quais ela adquire positivação. São as formas de exteriorização do direito. Podem ser: - Fontes autônomas São as elaboradas pelos próprios interessados, os próprios benefícios. A construção da norma jurídica trabalhista é feita pelos próprios beneficiários (empregado e empregador). Temos: a) Convenção Coletiva -> É feita entre dois sindicatos (o dos empregados e o dos empregadores). O que fica decidido é oficializado ao Ministério do Trabalho. Tem força de lei, o resultado tem que ser respeitado, cabendo inclusive ação de cumprimento b) Acordo coletivo -> É firmado entre uma ou mais empresas e o sindicato dos empregados. O empregador pode conseguir, por exemplo, baixar valor decidido na convenção (é melhor aceitar um acordo com a empresa do que vê-la falir, gerando desemprego). c)Regulamento de empresa bilateral -> Aborda pontos que não estão na lei, nem na convenção coletiva ou acordo coletivo. Ex: Ajuda de custo/combustível para um gerente que circula com seu carro para resolver problemas da empresa na cidade. O regulamento bilateral é aquele acordado entre patrões e empregados. - Fontes HeterônomasA construção da norma jurídica não tem a participação direita de seus beneficiários. Essas fontes são: - Constituição Federal; - Leis; - Decretos; - Regulamento de empresa unilateral. 3) Fontes informadoras integradoras e interpretativas (Art. 8º da C.L.T.) - Usos e costumes - Equidade - Jurisprudência - Analogia - Princípios gerais do direito