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A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA 3° semestre
NOmes
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL (PTI):
A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização
Ituiutaba
2019
Nomes
NOMES
Aline da cruz azevedo
Andressa da silva oliveira
Arianne santos medeiros souza
Betânia soares azevedo
Graciane de oliveira melo
Maria eduarda oliveira silva
marla luciene de morais
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL (PTI):
A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização
Trabalho apresentado em requisito a produção textual em grupo referente ao 3° semestre, Portfólio para as disciplinas de: Metodologia científica, Educação de Jovens e Adultos, Fundamentos da Educação, Educação Formal e não Formal, Didática: Planejamento e Avaliação e Praticas pedagógicas: Gestão da sala de aula.
Professores: Maria Luzia Silva Mariano, Vilze Vidotte Costa, Mari Clair Moro Nascimento, Natália Gomes dos Santos, Alexandre Lourenco Ferreira e Maria Eliza Corrêa Pacheco.
 
 
Ituiutaba
 2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
4 CONCLUSÃO	8
REFERÊNCIAS	9
INTRODUÇÃO
O respectivo tema tratado neste estudo possui por objetividade abordar as disciplinas do semestre, compreendendo a interdisciplinarmente que busca propor relevantes reflexões acerca de questões voltadas ao EJA (Educação de Jovens e Adultos), configuradas em significativos tópicos que são essenciais em apontar os fatores históricos, políticos e sociais que perpassam a Educação de Jovens e Adultos, levando-se em consideração a real função social da escola, sobretudo diante do processo de escolarização da população analfabeta e com baixa escolarização, os desafios e as possibilidades para a efetivação do direito à educação dos mesmos, apresentando-se a importância das práticas sociais e a sua relevância de processo ligada a programas de Educação Popular, que vinham sendo aplicados. Assim acredita-se que uma educação inclusiva emancipatória se faz necessária, com uma política educacional pautada realmente na diversidade, por meio de projetos pedagógicos que repensem suas ações e visualizem as peculiaridades de cada aprendente que em especial aos discentes ingressantes do EJA.
Assim fica claro que os professores que forem atuar no EJA, devem ser bem preparadas, onde o papel do professor na aprendizagem desses torna-se elemento de suma importância, visando-se assim o reconhecimento positivo, que revela/norteia/contribui a riqueza da diversidade humana, buscando-se assim construir diariamente uma formação que vise diariamente/constantemente refletir/pensar em uma educação que sirva para abrir os olhos, espírito e o coração, não para negligencia-los, que sendo assim haja o respeite e a promoção das diferenças culturais, que galgando ações, projetos, atitudes e saberes diários que ajude a fortalecer/concretizar o ideal da igualdade de oportunidades para todos.
A educação de jovens e adultos ainda é tida como problema para os educadores de nosso país, que indagam sua metodologia. Para um bom entendimento é de suma importância à pesquisa aprofundada de suas origens em nosso país, e como foi ditada como lei em nossa constituição. O analfabeto era visto de maneira preconceituosa, chegando-se a atribuir a causa da ignorância, da pobreza, da falta de higiene e da escassa produtividade à sua existência, sua história é permeada pela trajetória de ações e programas destinados à Educação Básica e, em particular, aos programas de alfabetização para o combate ao analfabetismo. 
O EJA (Educação de Jovens e Adultos) é uma modalidade de Ensino que busca auxiliar aqueles alunos que não tiveram condições de egressar na escola e conclui-la em tempo hábil. Porém antes de trazer algumas considerações sobre estas metodologias de ensinagem que o EJA abarca, acredita-se ser importante fazer um apanhado histórico dele, onde:
O governo militar, criou o movimento brasileiro de alfabetização (MOBRAL), em 1967, com o objetivo de alfabetizar funcionalmente e promover uma educação continuada. com esse programa a alfabetização ficou restrita à apreensão da habilidade de ler e escrever, sem haver a compreensão contextualizada dos signos.26 configurava-se assim, o sentido político do MOBRAL, que procurava responsabilizar o indivíduo de sua situação desconsiderando-o do seu papel de ser sujeito produtor de cultura, sendo identificado como uma “pessoa vazia sem revista histedbr on-line artigo revista histedbr on-line, campinas, n.38, p. 49-59, jun.2010 - issn: 1676-2584 55 conhecimento, a ser ‘socializada’ pelos programas do mobral” (MEDEIROS, 1999, p. 189). 
Assim, é importante fomentar que o ensino supletivo foi implantado com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB 5692/71, e que nesta respectiva Lei, um capitulo foi dedicado especificamente para o EJA. Assim no ano de 1974 o MEC (Ministério da Educação) propôs a implantação dos CES (Centros de Estudos Supletivos), este centros tinham influências tecnicistas devido à situação política do país naquele momento. 
Contudo, o MOBRAL teve seu término no ano de 1985, sendo ele substituído pela Fundação EDUCAR que apoiava tecnicamente e financeiramente as iniciativas de alfabetização existentes, nos anos 80, e que assim difundiram–se várias pesquisas sobre a língua escrita que propuseram aumentar um olhar mais apurado ao EJA, onde com a promulgação da constituição de 1988, o Estado amplia o seu dever com a Educação de jovens e adultos. 
Desta forma, o artigo 208 da Constituição de 1988 voga que é dever do Estado com os enlaces que abarcam a educação e que a mesma será efetivado mediante a garantia de I – ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria;” Na década de 90 emergiram iniciativas em favor da Educação de jovens e adultos, o governo incumbiu também os municípios a se emprenharem nesta política, agregando outras parcerias com ONG’s, municípios, universidades, grupos informais, populares, Fóruns estaduais, nacionais e através dos Fóruns que se iniciaram em de 1997, a história da EJA começa a ser registrada no intitulado “Boletim da Ação Educativa”, ganhando outros olhares (STRELHOW, 2010).
No início bem antes de 1996, em torno dos anos de 1940, contudo foi neste ano que foi afirmada, em lei, um segmento pensado e elaborado para garantir aos jovens e adultos seus direitos de escolarização de forma a atender as suas necessidades, levando em consideração suas condições de vida e de trabalho. Desde então, as escolas entre outras instituições têm plena consciência da importância dessa educação em nosso meio, diante da necessidade de se ter uma cultura letrada no país para garantir, de fato, a educação como direito de todos, conforme previsto na Constituição Federal do Brasil (CF) de 1988 em consonância com a LDB 9394/96, buscando atender as legislações em torno da EJA, vários programas educacionais foram, e são desenvolvidos e ofertados para jovens e adultos, no entanto, também, vários foram e são descontinuados, como podemos citar o caso do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), isso porque o seu modelo não alterou as bases do analfabetismo, focadas fundamentalmente na estrutura organizacional da educação no país, por ter como preocupação principal apenas o ensinar a ler e a escrever, sem nenhuma relação com a cultura, dia-a-dia ou formação pessoal do homem. 
Assim como em qualquer trabalho no campo da educacional, muitos são os desafios e as possibilidades para a efetivação ao direito a educação de jovens e adultos na forma de EJA, mas que é de caráter fundamental o envolvimento dos alunos com o processo de aprendizagem, ficando sob a responsabilidade do professor: instigaro questionamento, a proposição de dúvidas e discordâncias acerca do saber construído. Portanto ao proceder, ele possibilita, ao estudante, ter ciência do status da própria aprendizagem, devendo este buscar meios Universidade para a ultrapassagem das limitações que vêm impedindo o progresso do próprio conhecimento (ABRECHT, 1994, citado por NASCIMENTO, 2013).
A história da educação brasileira foi marcada por uma dualidade voltada para os pobres e ricos, compondo-se, de certa forma a realidade de jovens ou adultos diante da necessidade de trabalhar para adquirir sustento junto à família e por não conseguirem adaptar o horário do trabalho ou a sua carga horária diária com a dos estudos se privam de obter uma educação, realidade essa que tem de ser mudada em nosso país, ou permaneceremos em meio aos conflitos de uma sociedade frustrada, pelo simples fato de jovens e adultos analfabetos, continuarem sendo menosprezados pela falta de recursos existentes para o seu aprendizado.
Assim, A EJA emerge de lacunas do sistema educacional regular (processo de escolarização), abarcando um conjunto diversificado de processos e práticas tanto formais, quanto informais relacionadas à aquisição ou ampliação de conhecimentos básicos, de competências técnicas e profissionais ou de habilidades socioculturais (CANAVARRO BENITE, et al., 2010).
Ainda Canavarro Benite et al., (2010, p. 10) fomentam sobre a visão dos legisladores, que o Ensino Supletivo surgiu para reorganizar o antigo exame de madureza, que facilitava a certificação e propiciava uma pressão por vagas nos graus seguintes, em especial no universitário, onde com a extinção da Fundação EDUCAR em 1990 ocorre a descentralização política da EJA, transferindo a responsabilidade pública dos programas de alfabetização e pós-alfabetização aos municípios. 
Segundo Haddad e Di Pierro (2000, citado por CANAVARRO BENITE, et al., 2010, p. 11):
O fim da Fundação EDUCARM em 1990, representa um marco no processo de descentralização da escolarização básica de jovens e adultos, que representou a transferência direta de responsabilidade pública dos programas de alfabetização e pós-alfabetização de jovens e adultos da União para os municípios. Desde então, a União já não participa diretamente da prestação de serviços educativos, enquanto a participação relativa dos municípios na matrícula do ensino básico de jovens e adultos tendeu ao crescimento contínuo [...] (HADDAD e DI PIERRO, 2000, citado por CANAVARRO BENITE, et al., 2010, p. 11).
Contudo, muitos foram as discussões, questionamentos, pautas e ações para que se chegasse ao conceito e estrutura do EJA, com novas mudanças desta modalidade de ensino com roupagem de supletivo, tendo em vista enquanto o termo “ensino” se restringe à mera instrução, o termo “educação” é muito mais amplo compreendendo os diversos processos de formação (SOARES, 2002, p. 12).
Desta forma faz-se importante ressalvar que muitos foram as discussões, questionamentos, pautas e ações para que se chegasse ao conceito e estrutura do EJA, com novas mudanças desta modalidade de ensino com roupagem de supletivo, tendo em vista enquanto o termo “ensino” se restringe à mera instrução, o termo “educação” é muito mais amplo compreendendo os diversos processos de formação (SOARES, 2002, p. 12).
Para tanto, o relacionamento entre professor e aluno precisa ser de reciprocidade, proporcionando um ambiente de relacionamento saudável onde dê segurança ao aluno para se expressar. Vale ressaltar que esta referida produção ou construção se dará mediante a interação entre os envolvidos no processo, ou seja, a interação entre aluno-aluno, aluno-professor, professor-aluno e até mesmo entre professor, por meio das trocas de experiência durante o processo de ensino e aprendizagem. 
Contudo é dever do professor no EJA auxiliar seus alunos para construção de saberes e de autonomia, pois é sabido que é por meio deste profissional da educação que os discentes desenvolvem o conhecimento, favorecendo sua construção histórica de sujeito social, trazendo a capacidade de criar, inovar, de mudar os sentidos da história da Pátria. Nessa perspectiva, a prática pedagógica é entendida como ação do professor no espaço escolar, construídos durantes as aulas escolares. 
Desta forma é inegável que acerca do processo avaliativo, o mesmo deve ser feito de forma contínua, e não apenas em momentos de avaliações (provas), assim faz-se necessário observar o desempenho de cada aluno no decorrer das atividades corriqueiras em sala de aula todo, dessa forma conseguindo perceber o real aprendizado longe de um momento de estresse causado pelas famosas “provas”. Para conseguir o valor da nota estipule metas, pontuação por caderno, atividades realizadas, participação em aula, apresentações, debates além das provas.
A avaliação do EJA deve ser desenvolvida com o intuito de formar mentes sociais, não apenas com foco na aprovação, pois quanto melhor o ensino for equilibrado e estimulante para esses alunos, maior o aproveitamento no sistema de avaliação será desenvolvido e assim é neste no momento de suas atuações, de maneira nenhuma poderá se mecânica, esse professor deve discorrer suas habilidades de forma interativa e em movimento dialético, com suporte nos conhecimentos que possui (NASCIMENTO, 2013).
É com estes olhares que a prática pedagógica do professor de EJA, vem somar com essa tarefa de melhorar o domínio de ensino, domínio esse de realização na execução do trabalho docente, é nesta perspectiva, que a pratica educativa é o produto final a partir do qual os profissionais adquirem o conhecimento prático que eles poderão aperfeiçoar e trabalhar com este público, galgando um ensino-aprendizagem de suma excelência. 
CONCLUSÃO
Após as leituras realizadas para embasar e oferecer uma estrutura sólida e mais coerente, conclui-se que o EJA é uma importante modalidade de ensino que muito auxilia aqueles alunos que por motivos diversos, não conseguiram concluir seus estudo em tempo hábil, propostos pela legislação. 
Contudo acerca do trabalho do professor no EJA, este profissional carece sempre compartilhar metodologias e condições para desenvolver e facilitar à aprendizagem, pois é sabido que a identidade do grupo tem como resultado a relação de atividades mais amplas e profundas, como do tipo de liderança, respeito aos colegas, perspectivas de evolução, compreensão e ajuda mútua, aceitação, onde são estas algumas das qualidades que podem ser desempenhadas pelos educadores, levando-se em consideração os mais variados aspectos pedagógicos estando eles intimamente ligados ao fato de que os educandos possuem prazer, gosto e satisfação em acrescer seus conhecimentos e saberes frente a novas competências, descobertas e dessa forma buscando sua autonomia.
Na atualidade uma das grandes incitações no campo educacional é o de formar cidadãos autônomos, críticos e reflexivos, dispostos a proporcionar sua autoformação no decorrer de sua vida, visando-se assim manter atitudes de sujeitos pesquisadores/questionadores responsáveis por sua própria compreensão e aprendizado.
Assim busca-se por meio de diversas metodologias de ensino pedagógico, aumentar um olhar frente a ações docentes, em especial e objeto deste estudo, os alunos do EJA, tendo por foco norteador a transposição do ensinar e aprender, ou seja, oferecer elementos ricos em excelência de poder objetivando-se propor possibilidades, onde tira-se o sujeito sob mero observador e substitui-se pelo cidadão questionador, que se incomoda com os fatos do dia a dia e impõe- se, na análise das informações a ele oferecida, organizando novas competências linguísticas e cognitivas. 
Portanto o ato de ensinar pode ser caracterizado como uma ferramenta de conhecimentos que contribui para um olhar intercultural e alternativo face à homogeneização da cultura moderna globalizada, cuja intenção necessita estar voltada a integração dos educandos frente a suas capacidades, maneiras de pensar, sentir, agir e tornar-se cada vez mais reflexivo e autônomo. 
REFERÊNCIAS
ABRECHT, Roland(1994), citado por NASCIMENTO, Mari Clair Moro. AVALIAÇÃO FORMATIVA: A PRÁTICA EM CONSTRUÇÃO. Maringá. 2013. Disponível em: <http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2013/trabalhos/co_03/79.pdf>. Acesso em: 10 de mai. 2019>.
BRASIL/MEC. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: 20 de dezembro de 1996. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm>. Acessado em: 07 de mai. 2019.
____________ Constituição (1988) Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
CANAVARRO BENITE, Anna M, et al. Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 389-410, abr./jun. 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867>. Acesso em: 07 de mai. 2019>.
HADDAD, S.; DI PIERRO, M. C, citado por CANAVARRO BENITE, Anna M, et al. Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 389-410, abr./jun. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867>. Acesso em: 01 de mai. 2019>.
MEDEIROS, Maria do Socorro de Araújo. A Formação de Professores para a Educação de Adultos no Brasil: da história à ação. Palma de Malorca: Tese de Doutorado pela Universitat de les Illes Balears, 1999. 
NASCIMENTO, Mari Clair Moro. Avaliação Formativa: A Prática Em Construção. Maringá. 2013. Disponível em: <http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2013/trabalhos/co_03/79.pdf>. Acesso em: 10 de mai. 2019>.
SOARES, L. J. G. Educação de jovens e adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
STRELHOW, Thyeles Borcarte. Breve história sobre a Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Campinas, n.38, p. 49-59, jun.2010 - ISSN: 1676-2584. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/38/art05_38.pdf>. Acesso em: 11 de mai. 2019>

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