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FERNANDO HENRIQUE CHUERY GOMES BARROS

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FERNANDO HENRIQUE CHUERY GOMES BARROS 
 
 
 
 
 
 
 
CEFALOMETRIA: 
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE STEINER – REVISÃO 
SIMPLES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LONDRINA 
2017 
 
FERNANDO HENRIQUE CHUERY GOMES BARROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CEFALOMETRIA: 
ANÁLISE DE STEINER – REVISÃO SIMPLES 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
ao Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Estadual de Londrina, como 
requisito parcial para a obtenção do Título de 
BACHAREL em Odontologia. 
 
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Takahashi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LONDRINA 
2017
 
FERNANDO HENRIQUE CHUERY GOMES BARROS 
 
 
 
CEFALOMETRIA: 
ANÁLISE DE STEINER – REVISÃO SIMPLES 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao Centro de Ciências da 
Saúde da Universidade Estadual de 
Londrina, como requisito parcial para a 
obtenção do Título de BACHAREL em 
Odontologia. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
_________________________________ 
Prof. Dr. Ricardo Takahashi 
Universidade Estadual de Londrina 
 
 
_________________________________ 
Prof. Dr. Evelise Ono 
Universidade Estadual de Londrina 
 
 
 
 
 
 
Londrina, ____ de____________ de 20__
 
A Deus, por ser extremamente paciente e 
piedoso comigo. Aos meus pais que 
foram companheiros em todas as horas. 
Ao meu Professor Orientador e amigo Dr. 
Ricardo Takahashi, pela paciência, 
orientação, conselhos e companheirismo.
 
AGRADECIMENTOS 
 
Ao Prof. Dr. Orientador, Ricardo Takahashi, braço amigo de todas as 
etapas deste trabalho. 
A minha família, pela confiança e motivação. 
Aos amigos e colegas, pela força e pela vibração em relação a esta 
jornada. 
Aos professores e colegas de curso, pois juntos trilhamos uma etapa 
importante de nossas vidas. 
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e 
finalização deste trabalho. 
Ao professor coordenador de TCC, Wagner Ursi, que sempre me 
incentivou a estudar mais para dar maior qualidade à minha monografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O temor do Senhor é o princípio da 
sabedoria, e o conhecimento do Santo é 
prudência 
 
Provérbios 9:10 
 
BARROS, Fernando Henrique Chuery Gomes. Cefalometria: análise de Steiner – revisão 
simples. 2017. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Bacharelado em Odontologia) – 
Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017. 
 
RESUMO 
 
A cefalometria consiste na mensuração da cabeça, incluindo os tecidos moles de 
revestimento, e mostrou-se um método válido de diagnóstico na avaliação dos 
padrões de normalidade do complexo craniofacial. Com a evolução tecnológica, 
houve também o aperfeiçoamento da técnica cefalométrica e de suas ferramentas. 
Holfrath e Broadbent, em 1931, desenvolveram o cefalostato, o que possibilitou a 
medição de diversas grandezas cefalométricas com maior precisão. Posteriormente 
foram desenvolvidas inúmeras técnicas e sistemáticas para a caracterização da 
arquitetura esquelética da face. A partir do agrupamento de diversas medidas 
cefalométricas, autores como Tweed, Downs, Ricketts, Mcnamara, Interlandi, Wits e 
Steiner, publicaram o seu método de avaliação, e através deles conseguimos, 
descrever, comparar e classificar casos clínicos. Pela relativa subjetividade, cada 
autor estipulou pontos, linhas e planos cefalométricos próprios para reproduzir as 
posições dentárias e esqueléticas, através de medidas angulares e lineares. Esse 
estudo tem como objetivo expor de forma simples e didática o método de análise 
cefalométrica empregado por Steiner, que em 1953, apresenta seu célebre trabalho, 
Cephalometrics for you and me, e seu cefalograma. A partir de então Steiner, em 
1956 e 1960 publicou mais dois trabalhos, os quais foram amplamente empregados 
e citados, Cephalometric in clinical practice e The use of Cephalometrics as an aid to 
Planning and assessing Orthodontic treatment report of a case, respectivamente. 
Nesse trabalho abordaremos a análise cefalométrica com base nos trabalhos de 
Steiner, que por ter como características a simplicidade e objetividade possibilitou 
que o clínico aplicasse a cefalometria em sua prática diária. 
Palavras-chave: Cefalometria. Diagnóstico. Ortodontia. 
 
 
BARROS, Fernando Henrique Chuery Gomes. Cefalometry: Steiner's analysis – simple 
review. 2017. 32 p. Monograph for the graduation in Dentistry. Health Sciences Center. 
Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017. 
 
ABSTRACT 
 
Cephalometry consists of the measurement of the head, including the soft covering 
tissues, and has proved to be a valid method of diagnosis in the evaluation of 
normality of the craniofacial complex. With the technological evolution, there was 
also the improvement of the cephalometric techniques and its tools. Holfrath and 
Broadbent, in 1931, developed the cephalostat, which enabled the measurement of 
several cephalometric quantities with greater accuracy. Subsequently, numerous 
techniques and systems were developed to characterize the skeletal architecture of 
the face. From the grouping of several cephalometric measurements, authors such 
as Tweed, Downs, Ricketts, Mcnamara, Interlandi, Wits and Steiner published their 
method of evaluation, and through them we manage, to describe, to compare and to 
classify clinical cases. By the relative subjectivity, each author stipulated points, lines 
and cephalometric planes themselves to reproduce the dental and skeletal positions, 
through angular and linear measurements. The objective of this study was to present 
in a simple and didactic way the method of cephalometric analysis employed by 
Steiner, who in 1953 presents his famous work Cephalometrics for you and me and 
his cephalogram. Steiner, in 1956 and 1960, published two more papers, which were 
widely used and quoted, Cephalometric in clinical practice and The use of 
Cephalometrics as an adjunct to Planning and assessment of Orthodontic treatment 
of a Case respectively. In this work, we will approach the cephalometric analysis 
based on the works of Steiner, who, because of its simplicity and objectivity, enabled 
the clinician to apply cephalometry in his daily practice. 
Key Words:	Cephalometry. Diagnosis. Orthodontics. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Linha S-N .............................................................................................. 20 
Figura 2 – Ângulo SNA = 82° ................................................................................. 20 
Figura 3 – Ângulo SNB = 80° ................................................................................. 21 
Figura 4 – Ângulo ANB = 2° ................................................................................... 22 
Figura 5 – Longo Eixo 1.NA = 22º .......................................................................... 22 
Figura 6 – Longo Eixo 1.NB = 25° .......................................................................... 23 
Figura 7 – Longos Eixos de 1.1 = 130° .................................................................. 23 
Figura 8 – Distância de 1.NA em mm e Distância de 1.NB em mm ....................... 24 
Figura 9 – Longos Eixos 1 Go-Gn = 93° ................................................................. 25 
Figura 10 – Distância 6 - NA = 27 mm e Distância 6 - NB = 23 mm ...................... 25 
Figura 11 – Distância Pogônio - NB = mm ............................................................. 26 
Figura 12 – Ângulo S-N . Plano Oclusal = 14,5° .................................................... 27 
Figura 13 – Ângulo S-N . GoGn = 32º .................................................................... 27 
Figura 14 – Distância E-S e Distância S-L ............................................................. 28 
Figura 15 – Linha "S" .............................................................................................. 28 
	 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................10 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 11 
2.1 DESENHO ANATÔMICO .................................................................................................. 11 
2.2 PONTOS CEFALOMÉTRICOS ............................................................................................ 14 
2.3 LINHAS E PLANOS ......................................................................................................... 16 
2.4 ANÁLISE DE STEINER ..................................................................................................... 18 
2.4.1 Grandezas de Steiner ................................................................................................ 19 
3 DISCUSSÃO .............................................................................................................. 29 
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 30 
 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 31 
 
 10 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Cefalometria, ciência que, metodologicamente, estuda as dimensões das 
estruturas do crânio e da face, pertenceu mais a pesquisa científica e craniometria 
anatômica do que a Ortodontia por muito tempo. No entanto mostrou-se um método 
válido de diagnóstico na avaliação dos padrões de normalidade do complexo 
craniofacial, na observação do crescimento, na determinação do plano de 
tratamento e na avaliação dos resultados terapêuticos em Odontologia e refere-se a 
combinação de medidas angulares e lineares desenvolvidas para o traçado de 
radiografias laterais e frontais do complexo craniofacial. 
Assim que Holfrath e Broadbent (1931) desenvolveram o cefalostato, 
possibilitando a medição de diversas grandezas cefalométricas com maior 
padronização e precisão, posteriormente, foram desenvolvidas inúmeras técnicas e 
sistemáticas para a caracterização da arquitetura esquelética da face, a partir do 
agrupamento de diversas medidas cefalométricas. 
Autores como Tweed (1946), Downs (1948), Ricketts (1960), Mcnamara 
(1984) e Steiner (1953), publicaram o seu método de avaliação, e através deles 
conseguimos descrever, comparar e classificar casos clínicos. Os autores 
estipularam pontos, linhas e planos cefalométricos próprios para reproduzir as 
posições dentárias e esqueléticas, através de medidas angulares e lineares. 
 Neste trabalho, abordaremos o estudo da cefalometria e análise 
cefalométrica com ênfase nos trabalhos de Steiner (1953), por ter como 
características a simplicidade e objetividade. 
 
 11 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 DESENHO ANATÔMICO 
 
Nesta seção descreveremos elementos que compõem o desenho 
anatômico, segundo Moyers (1991) e Vedovello-Filho (2008). São eles: 
a) Perfil Mole: inicia-se na altura do osso frontal, ao nível superior da 
glabela, e se prolonga inferiormente até a mandíbula, completando o contorno do 
mento. Por questão de estética, o perfil deve ser retratado por uma linha contínua 
única, evitando-se a quebra ou a sobreposição da mesma. Quando impraticável, 
pelo menos levá-las para áreas dissimuláveis como: base do nariz com lábio 
superior e linha média de união dos lábios; 
b) Sela Túrcica: corresponde a cavidade ou fossa onde se encontra alojada 
a glândula pituitária (hipófise). Situa-se na parte média da base do crânio, no osso 
esfenóide, separando a parte anterior da posterior. Para o seu traçado delineamos a 
linha radiopaca que contorna o processo clinóide anterior; a fossa em seus limites 
anterior, inferior e posterior, e o processo clinóide posterior. Pela sua nitidez na 
cefalométrica em norma lateral e relativa estabilidade durante os surtos de 
crescimento, esse componente anatômico da base craniana média transforma-se 
num referencial cefalométrico importante tanto para as grandezas cefalométricas de 
inúmeras análises, como para as superposições de telerradiografia de um mesmo 
paciente obtidas em épocas distintas; 
c) Sutura Fronto-Nasal: demarcação desses ossos inicia-se na metade 
inferior da glabela, interrompe-se na região da sutura entre o osso frontal e os ossos 
nasais (espaço equivalente ao ponto cefalométrico násio) e prossegue inferiormente 
contornando o limite dos ossos nasais em toda a sua extensão; 
d) Órbita (Borda Póstero-Inferior das Órbitas): na telerradiografia lateral 
denota o espaço da linha radiopaca que demarca os limites orbitários em seu 
contorno posterior e inferior. Na realidade, a linha radiopaca posterior retrata a 
margem lateral da cavidade orbitária na face. Representam uma das regiões mais 
difíceis de serem visualizadas em virtude da órbita ser uma estrutura lateral e par, e 
dificilmente essas estruturas se sobrepõem na tomada de uma telerradiografia 
lateral; 
 12 
e) Fissura Pterigomaxilar: retrata a região anatômica conhecida como fossa 
pterigomaxilar. O traçado dessa estrutura acompanha a linha radiopaca que delimita 
o limite posterior da tuberosidade maxilar e o limite anterior da apófise pterigóidea do 
osso esfenóide. Conferindo-lhe um semblante comparável a uma gota d’água 
invertida; 
f) Meato Acústico Anatômico (Pório Anatômico): por se situar numa região 
bastante radiopaca sua visualização torna-se um pouco comprometida. Chamamos 
atenção para que não desenhe o pório-metálico, estrutura do cefalostato (aparelho) 
,caso não seja possível sua visualização. É localizado na porção petrosa do osso 
temporal; 
g) Maxila ou Palato: a interpretação radiográfica dos traçados das bases 
apicais, ou seja: a maxila e a mandíbula, são extremamente importantes, pois, 
baseados em seu tamanho, morfologia e posicionamento espacial chegaremos a um 
diagnóstico e prognóstico ortodôntico e definiremos a planificação do tratamento, se 
ortopédico, ortodôntico ou cirúrgico. O traçado da maxila é horizontal, que vai da 
espinha nasal posterior até a espinha nasal anterior, uma linha de concavidade 
inferior, que vai da espinha nasal posterior até o limite cervical da palatina do incisivo 
superior e outra que vai da espinha nasal anterior, com concavidade anterior, que se 
estende até o limite cervical da vestibular do incisivo superior. Resumindo-se em, 
linha do assoalho da fossa nasal, abóbada palatina e o perfil alveolar anterior; 
h) Assoalho da fossa nasal: é representado por uma linha horizontal que 
parte da espinha nasal anterior e se prolonga posteriormente até alcançar a espinha 
nasal posterior. Geralmente esta linha sofre solução de continuidade do forame 
incisivo; 
i) Abóbada palatina: constitui o limite ósseo posterior da cavidade bucal. É 
representada por uma linha de cavidade inferior que vai da espinha nasal superior 
até o limite cervical do osso alveolar; 
j) Perfil alveolar anterior: corresponde a linha radiopaca mais anterior da 
maxila. Estende-se inferiormente da espinha nasal anterior, até o limite cervical da 
crista alveolar. Em ocasiões esporádicas a metade superior desta linha não se 
define com nitidez sendo seu contorno delimitado aleatoriamente tomando como 
referência a maior profundidade da curvatura e a espinha nasal anterior; 
k) Mandíbula: apresenta uma imagem radiográfica bastante nítida em sua 
totalidade, de tal forma que possamos definir a sua morfologia e consequentemente, 
 13 
o padrão de crescimento mandibular. No entanto, embora seja imprescindível essa 
interpretação da mandíbula no cefalograma, nos restringimos a traçar o suficiente 
para obtermos as grandezas cefalométricas lineares e angulares que empregamos 
clinicamente. O contorno da sínfise é traçado desde a cortical da crista alveolar, 
descendo numa linha sinuosa e contornado toda a sínfise até atingir o lado interno 
da mesma, onde levamos a linha até o quanto podemos visualizá-la 
radiograficamente. Depois de traçada a sínfise passamos para a baseda mandíbula, 
a qual inicia-se no ponto mais inferior do contorno do mento prossegue em direção 
posterior, contorna o ângulo mandibular e acompanha a linha radiopaca que delimita 
o contorno posterior do ramo e por final o desenho do processo condilar. Sempre 
que possível, traça-se o conduto mandibular e o forame mentoniano, ou outras 
estruturas internas nítidas. Caso a Base mandibular apresente imagem dupla, 
desenha-se a mais alta; 
l) Dentes: por intermédio da telerradiografia conseguimos avaliar a posição 
anteroposterior (sagital) e vertical dos dentes anteriores, representados pelo traçado 
dos incisivos centrais superiores e inferiores, e posteriores, representados pelo 
traçado dos primeiros molares superiores e inferiores, com relação ao restante do 
maciço craniofacial; 
m) Incisivos Centrais Superiores e Inferiores: consiste em delinear o 
contorno anatômico da coroa e raiz desses dentes. Os limites das coroas, quase 
sempre bem evidentes, permitem o desenho sem dificuldades. Por outro lado, as 
raízes apresentam maior dificuldade para a sua localização. Por motivo de estética, 
preconiza-se o uso do "Template" para o traçado dos dentes, porém, todo o cuidado 
deve ser tomado para se respeitar o contorno incisal e vestibular, bem como a 
correta inclinação axial dos incisivos; 
n) Dentes Posteriores: são representados pelo traçado dos primeiros 
molares. O primeiro molar é o preferido no traçado pois além de constituir um 
elemento chave para classificação de Angle, recebe toda força da ancoragem que 
aplicamos. Ao contrário dos incisivos centrais, na maioria das vezes as imagens das 
coroas não estão nítidas em virtude da superposição das imagens dos dentes do 
lado oposto e restaurações de amálgama, tomando-se o maior cuidado em traçar 
perfeitamente a distal e oclusal dos molares. 
o) Base do Crânio: compreende a parte anterior dos ossos occipital, o corpo 
do esfenóide, etmóide e frontal. Sua base posterior vai do processo clinóide, em 
 14 
sentido posterior, passando pelo corpo do esfenóide, e porção basal do osso 
occipital, acabando na borda anterior do forame Magnum. O traçado deve subir, 
numa direção anterior, completando a imagem da poção basal do occipital. Sua 
Base anterior vai da sela túrcica, subindo em direção anterior, passando pelo 
etmóide e acabando no início do contorno interno frontal. 
 A base para o traçado correto dos detalhes que constituem o desenho 
anatômico, bem como para a subsequente localização dos pontos cefalométricos, 
consiste num sólido conhecimento de anatomia radiográfica craniofacial, associado 
a uma telerradiografia de boa qualidade e muita atenção e cuidado no contorno das 
imagens radiográficas. Concluído o desenho anatômico, primeira parte do 
cefalograma, contamos com um conjunto de estruturas que nos define a morfologia 
esquelética dentária e tegumentar num mesmo desenho. Conseguimos então 
através da cefalometria, aquilo que pesquisadores tentaram incessantemente por 
vários anos, ou seja: procurar analisar juntamente o perfil mole suportado pelo perfil 
esquelético e dentário no intuito de isolar qual a parte ou partes que contribuem para 
o desarranjo dentomaxilofacial; 
 
2.2 PONTOS CEFALOMÉTRICOS 
 
Os pontos cefalométricos são descritos segundo Moyers (1991) e Vedovello-
Filho (2008). Os pontos são: 
a) Ponto S (sela): foi usado inicialmente na craniometria, por Schuller (1918), 
como o centro da sela túrcica e pode ser definido cefalometricamente como o ponto 
médio da concavidade óssea da sela túrcica. Pela sua relativa estabilidade e 
localização na base craniana média, é tido como ponto de referência central na 
sobreposição de traçados cefalométricos; 
b) Ponto N (násio): como o ponto S, este ponto veio diretamente da 
craniometria onde era definido como a intersecção da sutura internasal com a sutura 
frontonasal. Na cefalometria ele é definido como o ponto mais anterior na linha de 
união do osso frontal com os ossos próprios do nariz (sutura frontonasal). É 
interessante relembrar que o traçado do perfil anterior do osso frontal com os ossos 
próprios do nariz é interrompido exatamente neste ponto da sutura para facilitar a 
localização do ponto N; 
 15 
c) Ponto Or (orbitário): ponto mais inferior da margem infraorbitária. Em 
consequência da sua localização já foi encontrado na literatura como cognome de 
ponto infraorbitário. Geralmente as margens órbitas não estão superpostas na 
telerradiografia, nestes casos o ponto Or será intermediário entre os limites inferiores 
das órbitas; 
d) Ponto Po (pório): ponto mais superior do meato acústico externo, devido a 
sua localização torna-se um pouco difícil sua identificação e geralmente apresentam 
superposição de imagem; imagem dupla, tendo necessidade de se desenhar a 
estrutura mediana; 
e) Ponto A (subespinhal): usado inicialmente por Downs (1948), é o ponto 
mais profundo da concavidade anterior do maxilar, entre os pontos ENA (espinha 
nasal anterior) e próstio ou alveolar superior (ponto mais anterior e inferior do 
rebordo alveolar e o osso basal), razão pela qual é bastante influenciável pela 
movimentação ortodôntica dos incisivos. Pode ser determinado da seguinte maneira: 
com uma régua centrada no ponto N, gire até tangenciar a superfície mais posterior 
da concavidade anterior da maxila. Com um lápis de ponta afiada marque o ponto A; 
f) Ponto B (supramentoniano): definido como seu predecessor 
craniométrico, é o ponto mais profundo da concavidade anterior da mandíbula, entre 
os pontos Pog (pogônio) e infradentário ou alveolar inferior (ponto mais anterior e 
superior do rebordo alveolar inferior. Craniometricamente situa-se entre os incisivos 
centrais). É considerado o ponto limítrofe entre o osso alveolar e o osso basal, 
sendo alterado pela movimentação ortodôntica dos incisivos inferiores, porém em 
menor intensidade que o ponto A. Pode ser determinado da seguinte maneira: com 
uma régua centrada no ponto N, gire até tangenciar a superfície mais posterior da 
concavidade anterior da mandíbula. Com um lápis de ponta afinada marque o ponto 
B; 
g) Ponto Pog (pogônio): encontrado na literatura com variadas abreviações 
(PG, POG, Pg, Po, P), retrata o ponto mais proeminente do mento ósseo. Pode ser 
determinado da seguinte maneira: com uma régua encontrada no ponto N, gire até 
tangenciar o mento ósseo. Com um lápis de ponta afinada marque o ponto Pog; 
h) Ponto Go (gônio): representa o ponto mais inferior e mais posterior do 
contorno do ângulo goníaco, definido teoricamente como o ponto médio entre os 
pontos mais inferior e mais posterior do contorno do ângulo goníaco. É determinado 
pela bissetriz do ângulo formado pela tangente à borda inferior do corpo da 
 16 
mandíbula e outra tangente à borda do ramo ascendente. Onde a bissetriz cortar a 
mandíbula temos demarcado o ponto Go; 
i) Ponto Me (mentoniano): ponto mais inferior do contorno da sínfise 
mentoniana. Geralmente ponto de confluência da margem inferior da sínfise com a 
linha da base mandibular; 
j) Ponto Gn (gnátio): representa o ponto mais inferior e mais anterior do 
contorno do mento, definido teoricamente como o ponto médio entre os pontos mais 
inferior e mais anterior do contorno do mento ósseo. É determinado pela bissetriz do 
ângulo formado pela linha NP (linha facial) e pela linha da borda inferior do corpo da 
mandíbula (plano mandibular GoMe); onde a bissetriz deste ângulo cortar a sínfise 
temos o ponto Gn; 
k) Ponto D: porção central da sínfise mentoniana; 
l) Ponto ENA: Espinha Nasal Anterior. Ponto mais anterior do palato duro no 
plano sagital; 
m) Ponto ENP: Espinha Nasal Posterior. Ponta mais posterior do palato duro; 
n) Ponto D: porção central da sínfise mentoniana; 
Esses pontos descritos distribuem-se pelas estruturas esqueléticas, se 
situando na plano médio sagital como: sela (S), násio (N), A, B, pogônio (Pog), 
mentoniano (Me), gnático (Gn), eminênciamentoniana (E), P; ou ainda situando 
bilateralmente, como: orbitário (Or), pório (Po), gônio (Go). Associados aos pontos 
cefalométricos no tecido duro dispomos de inúmeros pontos no tecido mole, dos 
quais demarcaremos apenas três pontos necessários para a realização do nosso 
traçado cefalométrico. 
o) Ponto Ls (lábio superior): ponto localizado na região mais anterior do 
lábio superior; 
p) Ponto Pg’ (pogônio mole): ponto mais anterior do contorno do mento 
mole; 
q) Ponto Sn (sub nasal): Ponto localizado na junção de base de nariz e início 
de lábio superior; 
 
2.3 LINHAS E PLANOS 
 
Os pontos que acabamos de descrever permitem o traçado de planos e 
linhas que servem de orientação na análise cefalométrica. Com os distintos planos e 
 17 
linhas formam-se as grandezas lineares e angulares, cujas medidas, quando 
confrontadas com os dados normativos pré-estabelecidos, determinam a 
normalidade ou anormalidade das partes estudadas, com finalidade de estabelecer o 
diagnóstico cefalométrico e contribuir para a planificação do tratamento. O termo 
“plano” será empregado toda vez que são implicados três ou mais pontos 
cefalométricos para traçá-los. Destacam-se três planos que compõe nosso 
cefalograma padrão: o plano horizontal de Frankfurt, o plano oclusal e o plano 
mandibular. O termo “linha” designará todo o segmento de reta traçado a partir de 
dois pontos cefalométricos. 
Nesta seção descrevemos linhas, planos e eixos, de acordo com Moyers 
(1991) e Vedovello-Filho (2008). 
a) Linha SN: linha que passa pelos pontos S e N, situados no plano 
mediosagital e na base do crânio. Desfrutam, portanto da primazia de serem 
facilmente detectados na telerradiografia e de estarem numa região de relativa 
estabilidade, ou seja, sofrem alterações pouco apreciáveis durante o crescimento 
em relação as estruturas faciais. Em virtude dessa relativa estabilidade serve muito 
bem como linha de referência para relação espacial das estruturas faciais quando 
estas são relacionadas com a base do crânio. A linha SN corresponde ao limite 
comensurável superior do cefalograma; 
b) Plano horizontal de Frankfurt: os pontos de referência são: o ponto Po 
(pório anatômico) e o ponto Or (orbitário). O traçado vai da margem esquerda até a 
linha H (perfil mole); 
c) Plano Mandibular: representação da base da mandíbula, por meio de uma 
linha que corta 2 pontos na extremidade posterior da base e outro representado o 
extremo anterior. Na literatura existem três planos mandibulares que são: a régua 
tangente as bordas inferiores do corpo da mandíbula (DOWNS, 1948), plano 
mandibular GoGn (STEINER, 1953), e o que é mais utilizado por nós, GoMe, que 
também é utilizado por Interlandi (1971) para o traçado da linha I; 
d) Linha NA: Linha que une os pontos N e A. Inicia-se no ponto N sem tocá-
lo, e é levado cerca de 5mm abaixo da borda incisal superior; 
e) Linha NB: Linha que une os pontos N e B. Inicia-se no ponto N sem tocá-
lo, prossegue inferiormente passando pelo ponto B até alcançar o ponto mandibular; 
f) Linha ND: linha que une os pontos N e o ponto D, o qual se localiza na 
porção central da sínfise mentoniana; 
 18 
g) Linha SGn (eixo Y de crescimento): linha que une os pontos S e Gn. 
Inicia-se no ponto S sem tocá-lo, e se estende obliquamente em direção ao ponto 
Gn. Findando-se um pouco antes de alcançar o molar superior; 
h) Longo Eixo dos Incisivos Centrais Superiores: é a linha que segue o eixo 
longitudinal do incisivo central superior. Os pontos de referência são os pontos 
médios da borda Incisal e do ápice dentário. Inicia-se cerca de 5mm abaixo da 
Incisal terminando no plano de Frankfurt; 
i) Longo Eixo dos Incisivos Centrais Inferiores: é a linha que segue o longo 
eixo dos incisivos centrais inferiores. Os pontos de referência são os pontos médios 
da borda incisal e o ápice incisal. Está limitado entre os planos mandibular e o de 
Frankfurt; 
j) Linha H (Holdaway): linha utilizada para análise do tecido mole. 
Corresponde a uma tangente a área mais saliente do tecido mole do mento (Pog’) e 
a área mais anterior do perfil do lábio superior (Ls). Essa linha é traçada do plano 
mandibular à linha SN; 
k) Linha I: corresponde ao segmento de reta de cerca de 1cm que corta o 
plano oclusal. Delineada a partir dos pontos P’ e E. 
 
2.4 ANÁLISE DE STEINER 
 
Steiner (1953) publicou um artigo no Jornal Americano de Ortodontia, 
intitulado Cephalometrics For You and Me, no qual apresenta ao público acadêmico 
e clínico o seu cefalograma. Com sua precisão e simplicidade, foi rapidamente 
difundido na Ortodontia em geral e ,é até os dias de hoje, empregado 
universalmente. Inspirado nas análises de Downs (1948), Wylie (1947), Riedel 
(1952) e Margolis (1943), citou que 
 
[...] muitos arguiam que as informações obtidas, pelos filmes 
cefalométricos, não contribuem com dados suficientes para modificar 
ou influir nos planos de tratamento. O engano provinha da 
informação errada de alguns que, escrevendo sobre Cefalometria, 
lhe atribuíam uma precisão que não tem, ou propriedades que 
diretamente não são fáceis de descobrir. Ninguém deverá esperar 
obter satisfações ou benefícios do uso da Cefalometria, até fixar em 
sua mente o fato de que os descobrimentos por intermédio das 
radiografias cefalométricas são, em sua maior parte, meras 
evidências circunstanciais, as quais devem ser aceitas como tais e 
 19 
coordenadas com outras, antes de que sejam de utilidade 
(STEINER,1953, p. 729-730). 
 
Posteriormente publicou Cephalometrics In Clinical Practice (1959), onde 
evidencia a importância da cefalometria para fins comparativos, cita que "[...] um 
olhar perspicaz e experiente também pode ver a história de respostas teciduais, 
alterações ósseas, e às vezes, mudanças de função muscular" (STEINER, 1959, p. 
8-10); e diz que um bom resultado só é alcançado quando são realizados traçados 
em série cuidadosamente sobrepostos e de comparação de medidas importantes 
em série a partir do traçado inicial, mostrando por fim adições e modificações feitas 
no seu traçado. 
Em seu último trabalho The use of cephalometrics as an aid to planning and 
assessing orthodontic treatment: report of a case (1960), relatou um caso tratado 
pelo Dr. Howard Lang para demonstrar o uso de provas cefalométricas no 
planejamento e avaliação do tratamento ortodôntico utilizando e explicando métodos 
que descreveu em seus outros dois artigos. 
O Autor utilizou os ângulos SNA e SNB de Riedel (1952), os ângulos 
interincisivos e SN-plano oclusal de Downs (1948) e ideias de outros autores, como 
Wylie (1947) e Margolis (1943) e com isso conseguiu aprimorar princípios básicos da 
interpretação cefalométrica, tornando análises e medidas subjetivas em grandezas 
mensuráveis para o clínico. Fundamentou o seu cefalograma em três princípios 
básicos, os quais facilitam o uso do cefalograma no dia a dia do Ortodontista: 1 – Os 
pontos S e N estando no plano sagital são mais precisos a facilmente identificáveis, 
deslocando-se pouco nos movimentos da cabeça por se encontrarem em tecido 
duro e no centro da cabeça; 2 – as grandezas devem ser medidas próximas às 
zonas de interesse, decidindo medir o longo eixo do 1 com NA e o longo eixo do 1 
com NB; 3 – o plano mandibular, por ser difícil de ser traçado em muitos casos, é 
substituído por Go-Gn. 
 
2.4.1 Grandezas de Steiner 
 
a) Linha S-N: linha sela túrcica (S) - nasion (N): Steiner (1953) escolheu a 
linha S-N como referência de sua análise. Considera que os pontos S e N são 
facilmente identificáveis, no perfil radiográfico, e por estarem localizados no plano 
 20 
sagital médio não apresentam variações em pequenas alterações na posição da 
cabeça (Figura 1); 
 
Figura 1 – Linha S-N 
 
Fonte: o próprio autor 
 
b) Ângulo SNA: sela túrcica (S)-nasion (N)-ponto A: o ângulo SNA, 
preconizado por Riedel (1952) e aproveitado por Steiner (1953), indica a posição da 
maxila,no sentido póstero-anterior, em relação à base anterior do crânio. O valor 
aumentado além de 82° sugere que a maxila está para frente. O valor menor que 
82° sugere que a maxila está para trás. Porém, mais importante que o valor isolado 
desta medida é a sua comparação com SNB (Figura 2); 
 
Figura 2 – Ângulo SNA = 82° 
 
Fonte: o próprio autor 
 
c) Ângulo SNB: indica a posição da mandíbula, no sentido póstero-anterior, 
em relação à base anterior do crânio. O valor aumentado além de 80° sugere que a 
 21 
mandíbula está para frente. O valor menor que 80° sugere que a mandíbula está 
para trás (Figura 3); 
 
Figura 3 – Ângulo SNB = 80° 
 
Fonte: o próprio autor 
 
d) Ângulo ANB: ponto A-nasion (N) ponto B: o ângulo ANB indica a relação 
maxila-mandíbula no sentido posterior-anterior. O valor ideal de 2º não é uma 
imposição estética. É uma imposição fisiológica. Os incisivos superiores devem 
ocluir cobrindo os inferiores. Toda a mecânica fisiológica está dirigida para que os 
incisivos funcionem desta maneira. Variações, próximas aos 2°, são perfeitamente 
compensadas por diferentes posições dos incisivos. Porém, variações maiores 
determinam posições impróprias e não salutares para os incisivos. Segundo Tweed 
(1953), quando ANB está entre 0° a 4,5°, há um padrão esquelético de Classe I. 
Quando situa-se acima de 4,5°, o padrão esquelético é de classe II. Abaixo de 0° 
(ANB negativo), o padrão esquelético é de classe III. Quando ANB se mantém ao 
redor de 2°, as variações de SNA e SNB, em conjunto, um pouco para a frente, ou 
um pouco para trás, não têm significado fisiológico, apenas significado estético. Este 
significado estético pode depender do grupo racial ao qual o individuo pertence 
(Figura 4); 
e) Longo eixo do incisivo superior com N-A (1.NA) (ângulo): seguindo um 
dos seus princípios básicos, Steiner (1953) prefere medir o longo eixo dos incisivos, 
superior e inferior, próximo à zona de interesse. Mede o longo eixo do incisivo 
superior com NA. Valor médio 22° (Figura 5); 
 22 
Figura 4 – Ângulo ANB = 2° 
 
Fonte: o próprio autor 
 
Figura 5 – Longo Eixo 1.NA = 22º 
 
Fonte: o próprio autor 
 
f) Longo Eixo 1.NB = 25°M: mede-se o ângulo formado entre o longo eixo 
do incisivo inferior com a linha NB. Valor médio 25° (Figura 6); 
g) Ângulo interincisivo: ângulo formado pela intercessão dos longos eixos 
dos incisivos superiores com os inferiores. Em seu trabalho original, Steiner (1953) 
atribui para este ângulo o valor de 130°, como normal. No entanto, posteriormente, 
em 1960, dá-lhe o valor de 131°. Este ângulo apresenta variações para os diferentes 
grupos raciais. O ângulo de 131º é encontrado nos caucasianos. E é menor do que 
130º nos grupos raciais negro e amarelo, mostrando biprotrusão dentária. Desvios 
 23 
do valor considerado como normal sugerem discrepâncias que podem estar nos 
incisivos superiores, nos inferiores ou em ambos. De qualquer maneira as posições 
individuais devem ser analisadas (Figura 7); 
 
Figura 6 – Longo Eixo 1.NB = 25° 
 
Fonte: o próprio autor 
 
Figura 7 – Longos Eixos de 1.1 = 130° 
 
Fonte: o próprio autor 
 
h) Distância 1-NA (mm): distância da parte mais anterior dos incisivos 
superiores até a linha NA. E é idealmente de 4mm (Figura 8); 
i) Distância 1-NB (mm): distância da parte mais anterior dos incisivos 
inferiores até a linha NB. E é idealmente de 4mm (Figura 8); 
 24 
Figura 8 – Distância de 1.NA em mm e Distância de 1.NB em mm 
 
Fonte: o próprio autor 
 
j) Longo eixo do 1 com a linha Go-Gn (1.GoGn): Steiner (1953), seguindo 
outros autores, inicialmente media o longo eixo do incisivo inferior com o plano 
mandibular. Ao divulgar o seu cefalograma, preconiza também a medida do longo 
eixo dos incisivos inferiores com a linha NB. Porém, continua recomendando a 
medição do 1 com o plano Go-Gn, ao qual atribui o valor de 93°, citado pelo autor 
diversas vezes em suas análises STEINER (1953;1956;1960) (Figura 9); 
k) Distância 6-NA: menor distância entre a face mesial do 1° molar superior 
e a linha NA (Figura 10); 
l) Distância 6-NB: menor distância entre a face mesial do 1° molar inferior e 
a linha NB (Figura 10); 
Estas grandezas não têm valor como elemento de diagnóstico. São 
registradas apenas como documentação para avaliações seriadas. Como regra, 
devem ser tomados os molares esquerdos, porém, em caso de perda destes dentes, 
toma-se o direito, registrando o fato (Figura 10). Steiner (1953) assume que as 
estruturas em cima do lado mais próximo do tubo irão ser mostradas no filme mais 
próximo do ponto onde os raios centrais atingem o filme (Figura 10). 
 
 25 
Figura 9 – Longo Eixo 1 Go-Gn = 93° 
 
Fonte: o próprio autor 
 
Figura 10 – Distância 6 - NA = 27 mm e Distância 6 - NB = 23 mm 
 
Fonte: o próprio autor 
 
m) Distância pogônio (Pg) – NB: paralelamente ao plano de Frankfurt, mede-
se a distância do pogônio a NB (Pg-NB). Não há um valor standard para esta 
medida que aumenta significativamente com o crescimento até os 15 anos, 
aproximadamente. Depois dos 11 anos, se espera um aumento, em media, de 2 
mm. A existência de Pg com 3 a 5 mm é altamente favorável à estética, segundo os 
conceitos de beleza dos grupos sociais em que vivemos. Holdaway (1956) 
recomendou que seria o ideal quando a distância pogônio - NB fosse igual a 1-NB 
(Figura 11); 
 26 
Figura 11 – Distância Pogônio - NB = mm 
 
Fonte: o próprio autor 
 
n) Ângulo S-N. Plano oclusal: para ser apreciada a posição da linha de 
oclusão (plano oclusal) como restante da face e do crânio. Steiner (1953), seguindo 
o princípio de Downs (1952), recomenda a medida do ângulo formado pela linha SN. 
Plano oclusal, cujo valor médio ele atribui 14,5° (Figura 12); 
o) Ângulo S-N. Go-Gn: Steiner (1953) considera que muitas vezes é difícil 
determinar o plano mandibular, devido a curvaturas da borda inferior da mandíbula. 
Prefere adotar a linha Go-Gn, que melhor representa a parte inferior do corpo da 
mandíbula. As variações do valor médio do ângulo SN . GoGn (32°) indicam rotação 
da mandíbula. As rotações da mandíbula, ou seja, suas displasias esqueléticas 
verticais, podem ocorrer por diversos fatores: 
• Variações no ângulo goníaco propriamente dito; 
• Altura do ramo da mandíbula; 
• Posição da cavidade glenóide, mais alta ou mais baixa; 
• Dimensão vertical (DV) do terço ântero-inferior da face. 
Steiner (1953) reconhece a importância dos estudos de Wylie e Jonhson 
(1952). Eles oferecem algumas medidas para observar as displasias verticais 
anteriores, que não se encontram na análise de Steiner (1953). As variações de S-N 
GoGn evidenciam rotação mandibular sem caracterizar a sua localização. O 
prognóstico é desfavorável quando há displasia vertical por rotação mandibular, 
acompanhada de alterações na dimensão vertical, principalmente quando a DV está 
aumentada (Figura 13). 
 27 
Figura 12 – Ângulo S-N . Plano Oclusal = 14,5° 
 
Fonte: o próprio autor 
 
Figura 13 – Ângulo S-N . Go-Gn = 32º 
 
Fonte: o próprio autor 
 
p) Distância E-S. Distância S-L: Steiner (1953) transporta para a linha S-N, 
por perpendiculares, a parte mais posterior do côndilo mandibular (ponto E) e a parte 
mais anterior da mandíbula (ponto L), medindo-os com o ponto S . (E-S = 22mm e S-
L = 51mm). Ambas as medidas são extremamente variáveis de um paciente para 
outro, a não têm valor como medidas absolutas. São de valor para estudos 
comparativos em radiografias seriadas (Figura 14); 
q) Linha "S": Steiner (1960) usou em seu trabalho, para relacionar o perfil 
tegumentar com a linha NB, a linha “S’’, que vai do Pogônio mole até o ângulo da 
 28 
base do nariz. Quando os lábios estão ligeiramente para trás desta linha o perfil é 
normal. Quando estão muito para trás o perfil é retrusivo e se os lábios estão para 
frente desta linha o perfil e biprotrusivo (Figura 15). 
 
Figura 14 – Distância E-S e Distância S-L 
 
Fonte: o próprio autorFigura 15 – Linha "S" 
 
Fonte: o próprio autor 
 
 
 29 
3 DISCUSSÃO 
 
A análise de Steiner trouxe, para o diagnóstico ortodôntico, uma nova visão 
da cefalometria para o clínico da época. Após estudar seus trabalhos conseguimos 
visualizar uma ótima aplicabilidade clínica do estudo cefalométrico, tanto para auxílio 
no diagnóstico, quanto para meio de comparação de resultados. 
O autor toma como grandeza principal e de referência linha SN ,e diz 
 
[...] os pontos S e N estão ambos localizados no duro, tecido não 
maleável, são diretamente e facilmente visível numa imagem de raio- 
-x de perfil, e em particular porque eles estão localizados no plano 
sagital mediano e, por isso, não são deslocados pelo movimento da 
cabeça, nós escolhemos a linha SN como uma linha de referência 
para todas as medições de avaliação para o qual tal linha é 
necessária (STEINER, 1953, p. 732). 
 
Ele utiliza o plano GoGn para substituir o plano mandibular e cita 
 
Drs. Wylie e Johnson merecem crédito pelo trabalho que eles têm 
feito sobre isto. Isto teria sido notado que a linha GoGn foi tomada 
como representando o corpo da mandíbula (Riedel). Isso foi feito por 
causa da confusão entre os ortodontistas na questão de determinar 
qual linha representa a borda inferior da mandíbula, porque uma tal 
linha não expressa o que nós desejamos disso (STEINER, 1953, p. 
736-737). 
 
O que na época foi importante para ajudar na padronização da medida. 
Após Steiner, tivemos vários avanços no estudo cefalométrico, o qual foi e 
vem sendo utilizado por diversos anos como um dos principais métodos de 
diagnóstico ortodôntico. A grande maioria das medidas e grandezas de Steiner 
continuam a ser utilizadas, no entanto, posteriormente também foram acrescentadas 
novas medidas e grandezas ao seu cefalograma, como o Eixo Y de crescimento, a 
Linha H.NB , ângulo H , ângulo J entre outras , as quais não foram abordadas neste 
trabalho por não estarem tradicionalmente incorporadas em seus estudos 
publicados. 
 
 30 
4 CONCLUSÃO 
 
O estudo cefalométrico de Steiner (1953) trouxe muitas evoluções para a 
cefalometria, os quais devem ser estudados e compreendidos devidamente de 
acordo com a época em que foram propostos. Hoje a cefalometria se encontra mais 
evoluída, e com diversas mudanças, as quais devem ser levadas em conta com o 
princípio de gratidão a autores como Steiner que propiciaram o estudo cefalométrico. 
 
 31 
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