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AOLs COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO.docx

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AOLs COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO – ESTUDAR 
UNIDADE 1 
Pergunta 1 
Assinale a alternativa em que há INADEQUAÇÃO entre o contexto e a linguagem utilizada. 
R: Professor em reunião com pais de alunos no salão da escola: “Como já falamos, a gente não pode continuar com 
alguns alunos com maus comportamento. A discussão desse assunto com vocês, pais, vai de encontro às teorias 
mais contemporâneas”. 
Pergunta 2 
Diante de uma reunião com o pessoal de uma conceituada empresa, o Gerente Administrativo utilizou uma linguagem 
que não foi assimilada pelos funcionários presentes na reunião. Como sabemos, a comunicação só estará completa 
quando houver o fornecimento ou a troca de informações de maneira clara. Nesse caso, qual dos componentes da 
comunicação abaixo o Gerente não utilizou corretamente em sua comunicação? 
R: Código 
PERGUNTA 3 
Podemos denominar como letra de música o gênero do texto abaixo. Sabendo-se da liberdade composicional que se 
há para esse gênero, analise-o: 
Cuitelinho 
Composição: Paulo Vanzolini 
Cheguei na bera do porto 
onde as onda se espaia. 
As garça dá meia volta, 
senta na bera da praia. 
E o cuitelinho não gosta 
que o botão de rosa caia. 
Quando eu vim de minha terra, 
despedi da parentaia. 
Eu entrei no Mato Grosso, 
dei em terras paraguaia. 
Lá tinha revolução, 
enfrentei fortes bataia. 
A tua saudade corta 
como o aço de navaia. 
O coração fica aflito, 
bate uma, a outra faia. 
E os oio se enche d´água 
que até a vista se atrapaia. 
 
I. Percebe-se que o produtor do texto opta por utilizar uma variante linguística, de certa forma, distante da 
norma culta padrão da Língua Portuguesa. 
II. Pelo que se pode perceber, “Cuitelinho” narra, em primeira pessoa, a história de alguém que, certamente, 
foi de uma cidade de interior para um centro urbano. Portanto, os elementos linguísticos utilizados no texto 
também expõe características dessa narrativa. 
III. Espaia, parentaia, bataia, faia e atrapaia, embora com desvios do padrão ortográfico tradicional, têm 
grande importância para a produção de sentidos, favorecendo, inclusive, o ritmo musical, o que, aliás, é 
característico do gênero textual em questão. 
IV. Apesar de ser uma composição interessante, os desvios em relação à norma culta devem ser evitados em 
qualquer situação, a fim de que a Língua Portuguesa não seja deteriorada. 
Marque, portanto, a alternativa que apresente apenas as proposições VERDADEIRAS. 
R: ​I, II e III. 
Pergunta 4 
Leia a tirinha com atenção: 
(DJOTA. Só dando gizada. Correio Popular. Campinas, 12/08/2003. In: ABAURRE, M. L. M. et alii. Português: 
contexto, interlocução e sentido. São Paulo: Moderna, 2008, p.205.) 
A tirinha acima exemplifica o uso de variedades linguísticas. Sobre variedades e registros de linguagem, assinale a 
afirmativa incorreta. 
R: ​Norma culta ou padrão é a denominação dada à variedade linguística dos membros da classe social de 
maior prestígio, que deve ser utilizada por todos da mesma comunidade. 
Pergunta 5 
Considere o texto abaixo: 
Disparidades raciais 
Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo foi seguido pela criação do mito da 
democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde então, a falsa ideia de que haveria no país um convívio cordial entre as 
diversas etnias. 
Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos e negros, por exemplo, mascarava a 
manutenção de uma descomunal desigualdade socioeconômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta 
divisão igualitária de oportunidades. 
O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de Janeiro permite dimensionar algumas 
dessas inequívocas diferenças. Em 91, o analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre 
brancos, e quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido ultrapassar a 4ª série do 1º 
grau, contra 39% dos brancos. Os números 
relativos ao ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator socioeconômico: até aquele ano, 12% 
dos brancos haviam concluído o 3º. Grau, contra só 2,5% dos negros. 
É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o analfabetismo no Rio de Janeiro era muito 
maior entre negros com mais de 70 anos do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se 
traduziu numa proporcional equalização de oportunidades. 
Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do país e com acentuada tradição 
urbana, parece inevitável extrapolar para outras regiões a inquietação resultante desses dados. 
(Folha de São Paulo, 9. de jun. de 1996. Adaptado). 
R: Referencial: o autor discorre acerca de um tema e expõe sobre ele considerações pertinentes. 
Pergunta 6 
Leia o texto. 
ACERCA DA CONSTITUIÇÃO DA TEORIA DA LINGUAGEM 
(Louis Hjelmslev, Universidade de Copenhague) 
A linguagem – a fala humana – é uma riqueza inesgotável dotada de múltiplos valores. A linguagem entrelaça-se, 
indissociavelmente, ao homem e o acompanha em sua jornada. A linguagem é o utensílio com o qual o homem dá 
forma ao pensamento e ao sentimento, às sensações, ao esforço, à vontade e à ação, o instrumento com o qual 
move e é movido, a derradeira e mais profunda pré-condição da sociedade humana. Mas é, também, a última e 
inarredável tábua de salvação do indivíduo, seu refúgio em momentos de solidão, nos espaços onde a mente enfrenta 
o viver, conflito 
que deságua no monólogo do poeta, do pensador, do introspectivo. Antes do primeiro despertar de nosso consciente, 
a linguagem já soava ao nosso redor, pronta a acolher e abrigar o primeiro e hesitante germe do pensar, para daí 
acompanhar-nos, de forma indissociável, ao longo da vida, desde os afazeres do cotidiano até os nossos momentos 
mais íntimos e mais sublimes, de onde o cotidiano, pela âncora da reminiscência que a linguagem assegura, toma 
emprestado calor e força. Não é a linguagem um mero companheiro de viagem, que nos seja familiar, porém externo; 
é, sim, uma trama tecida na profundidade da mente humana; é o tesouro das lembranças enraizadas no indivíduo e 
em sua estirpe, é a consciência ética atenta, pela recordação e pelo incentivo. A fala é a marca da personalidade, 
para o bem e para o mal. A marca da terra natal. Da nação. A patente de nobreza da humanidade. 
Refletindo sobre o texto, marque a alternativa INCORRETA. 
R: O tema central do texto é, pois: a linguagem tem um papel ativo na formação do indivíduo, porém, apenas quando 
ele detém o conhecimento das suas normas e regras. 
Pergunta 7 
Leia o poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, e responda à questão que segue marcando a alternativa 
correta. 
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial, 
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. 
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. 
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar 
que daqui para diante vai ser diferente. 
(Carlos Drummond de Andrade) 
R: Percebe-se, nesse texto, que o poeta deu grande ênfase à construção da mensagem, utilizando, por exemplo, 
palavras como “fatias” e “industrializou” em sentido conotativo. Trata-se, portanto, de um texto de função, 
predominantemente, poética​. 
Pergunta 8 
 
Considere o texto abaixo para responder à questão que segue. Composição: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira 
 
Asa Branca 
 
Quando oiei a terra ardendo 
Qual a fogueira de São João 
Eu perguntei a Deus do céu, ai 
Por que tamanha judiação 
Eu perguntei a Deus do céu, ai 
Por que tamanha judiação... 
 
Marque a alternativa INCORRETA em relação ao texto “Asa Branca”. 
 
R: O texto quis apresentar uma linguagem escrita parecida com a linguagem oralde um povo que majoritariamente 
não teve escolaridade, por isso expõe tantos erros de Português. 
 
Pergunta 9 
Faça uma leitura atenta da linguagem verbal e não verbal da situação abaixo. 
As crianças não compreenderam a atitude da avó, apesar de ela dizer que estava fazendo um cachecol. O fato de 
não saberem que a avó estava fazendo um cachecol, para uma girafa. Esse problema se originou: 
R: Na mensagem. 
Pergunta 10 
Considere o texto abaixo: 
A variação é inerente às línguas, porque as sociedades são divididas em grupos: há os mais jovens e os mais velhos, 
os que habitam numa região ou outra, os que têm esta ou aquela profissão, os que são de uma ou outra classe social 
e assim por diante. O uso de determinada variedade linguística serve para marcar a inclusão num desses grupos, dá 
uma identidade para os seus membros. Aprendemos a distinguir a variação. Quando alguém começa a falar, 
sabemos se é de São Paulo, gaúcho, carioca ou português. Sabemos que certas expressões pertencem à fala dos 
mais jovens, que determinadas formas se usam em situação informal, mas não em ocasiões formais. Saber uma 
língua é ser “poliglota” em sua própria língua. Saber português não é só aprender regras que só existem numa língua 
artificial usada pela escola. As variações não são fáceis ou bonitas, erradas ou certas, deselegantes ou elegantes, 
são simplesmente diferentes. Como as línguas são variáveis, elas mudam. 
FIORIN, José Luiz. “Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico”. In O direito à fala. A questão do 
preconceito linguístico. Florianópolis. Editora Insular, pp. 27, 28, 2002. 
Marque a alternativa que NÃO condiz com que se defende no texto do professor José Luiz Fiorin. 
R: Visto que qualquer língua é essencialmente heterogênea, cabe à escola enfatizar o conhecimento das regras, a fim 
de que os falantes desenvolvam a competência discursiva. 
UNIDADE 2 
Pergunta 1 
Assinale a opção em que a supressão (retirada) das vírgulas alteraria o sentido do anunciado: 
R: Alguns pesquisadores, que se encontram comprometidos com as culturas dos países avançados, acabam se 
tornando menos criativos. 
 
Pergunta 2 
Para responder a esta questão você deverá analisar a concordância nominal no texto abaixo. 
Estabelecemos aqui uma outra forma de compreender a cidade: pelo discurso. Aliamos assim, em nossa reflexão, o 
sujeito, a história e a língua em uma relação particular, que é a relação de significação. Como significa a cidade? [...] 
Como os sentidos aí se constituem, se formulam e transitam? São essas as questões que nos ocupam. 
Quando pensamos a cidade, introduzimos de imediato uma relação face à nação. [...] Uma nação, por outro lado, é 
uma entidade abstrata, enquanto uma cidade tem dimensões, formas visíveis, sendo perceptível em primeira 
instância. Assim, podemos dizer que outra característica de cidade, importante para nossos fins, é o fato de que a 
cidade introduz a dimensão da representação sensível de suas formas, ao lado da consideração de um espaço de 
cidadania. Vemos, descrevemos, calculamos, organizamos, administramos a cidade de maneira perceptível. [...] E 
podemos dizer que um país é feito de muitas cidades distribuídas em sua superfície. Aí trazemos uma outra 
consideração, a de que se supõe uma localização territorial. Cidade e território são solidários. 
No território urbano, o corpo dos sujeitos e o corpo da cidade formam um, estando o corpo do sujeito atado ao corpo 
da cidade, de tal modo que o destino de um não se separa do destino do outro, em suas inúmeras e variadas 
dimensões: material, cultural, econômica, histórica etc. O corpo social e o corpo urbano formam um só. 
Para nossa época, a cidade é uma realidade que se impõe com toda sua força. Nada pode ser pensado sem a cidade 
como pano de fundo. Todas as determinações que definem um espaço, um sujeito, uma vida cruzam-se no espaço 
da cidade. ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004. p. 11. 
I. Em “O sujeito e a história humana” a palavra humana fica no singular e no feminino porque concorda apenas com o 
substantivo história. 
II. No enunciado “O corpo social e o corpo urbano formam um só” a palavra só não fica no plural porque não está 
exercendo papel de adjetivo. 
III. Em “A cidade introduz a dimensão e a consideração espacial” o adjetivo espacial poderia estar se referindo tanto à 
dimensão quanto à consideração. 
IV. O fragmento “Cidade e território são solidários” também ficaria de acordo com a norma culta se escrito na forma: 
“A cidade e o território é solidária”, porque o adjetivo se referiria apenas à cidade. 
V. Se no enunciado “Todas as determinações que definem um espaço, um sujeito, uma vida” acrescentássemos ao 
final a palavra boa ela iria se referir apenas à vida. 
São ACEITÁVEIS apenas os comentários que constam nas opções: 
R: I, II e V. 
Pergunta 3 
Complete as frases abaixo utilizando o verbo no singular ou no plural, de acordo com as opções entre parênteses: 
1) Hoje_1___ cinco dias que Joana viajou. (1 faz / 2 fazem) 
2) ____2_ flores importadas. (1 Vende-se / 2 Vendem-se) 
3) A nova lista de preços a serem praticados no mercado _____ sair hoje. (1 deve / 2 devem) 
4) Entre os presentes, _____ a tesoureira e o secretário. (1 estava / 2 estavam) 
5) 30% das mulheres não _____ (1 paga / 2 pagam) imposto de renda. 
R: 1, 2, 1, 2, 2​. 
Pergunta 4 
Leia o texto com atenção. 
OS URUBUS E SABIÁS 
Tudo aconteceu numa terra, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem 
grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores. 
E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e 
fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos 
outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, 
instrutor em início de carreira, era se tornar um 
respeitável urubu titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce 
tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, 
que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor 
encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. “- Onde estão os 
documentos dos seus concursos?“ E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais 
coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca 
apresentaram um diploma para provar que sabiam estudar, mas cantavam simplesmente... -- Não, assim não pode 
ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito ordem. E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os 
passarinhos que cantavam em alvarás... Moral: Em terra de urubus diplomados não se ouve canto de sabiá. 
(ALVES, Rubem. Estórias... Apud INFANTE, Ulisses. Curso de gramática...) 
Com relação ao uso da forma verbal “houvessem” (Ls. 15 e 16), podemos fazer a seguinte afirmação, com base no 
padrão culto do idioma: 
R: Está incorreto, pois deveria ser “houvesse”. 
Pergunta 5 
Analise os pares de enunciados abaixo. Indique a alternativa em que, apesar da alteração no uso da vírgula, o 
sentido se mantém. 
R: ​Brasileiros, podem unir-se a favor da liberdade! 
Brasileiros podem unir-se a favor da liberdade! 
Pergunta 6 
Leia atentamente o texto e, a partir da análise linguística, marque a alternativa incorreta quanto à concordância 
verbal. 
A tribo que mais cresce entre nós 
A nova tribo dos micreiros cresceu tanto que talvez já não seja apenas mais uma tribo, mas uma nação, embora a 
linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam ao seu objeto de culto sejam quase de uma seita. São 
adoradores que têm com o computador uma relação semelhante à do homem primitivo com o totem e o fogo.Passam 
horas sentados, com o olhar fixo num espaço luminoso de algumas polegadas, trocando não só o dia pela noite, 
como o mundo pela realidade virtual. 
(Zuenir Ventura, Crônicas de um fim de século). 
 
R: O verbo “dedicar”, no trecho “a linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam”, deveria estar no singular, 
seguindo a mesma concordância dos verbos “crescer” e “ser” na frase “A nova tribo dos micreiros cresceu tanto que 
talvez já não seja apenas mais uma tribo”, já que possuem o mesmo sujeito. 
 
Pergunta 7 
Leia o texto com atenção. 
Os problemas envolvendo concordância talvez sejam o mais evidente exemplo brasileiro de que um idioma é, acima 
de tudo, fato social: mesmo quando linguisticamente o "erro" não contraria a índole da língua, mesmo se há 
evidências de que o brasileiro cancela a regra em sua fala, é alto o peso social no modo como os falantes encaram o 
problema. 
Para Maria Helena de Moura Neves, do Mackenzie e da Unesp de Araraquara, muito do que se diz sobre 
concordância em cartilhas e manuais é posto só em termos de regras a ser obedecidas. 
(...) 
Com deslizes de concordância não parece haver distinção de classe e nem seria preciso puxar a memória para 
lembrar José Sarney, presidente do Senado, em uma de suas defesas no episódio dos atos secretos, nomeações e 
gastos na calada da noite, sem assinatura oficial. "Não há atos nenhum que não estão na rede", emendou o senador. 
Um escorregão gramatical de uma figura pública ganha relevo, muitas vezes desproporcional ao tropeço. Mas 
equívoco como o de Sarney, escancarado em jornais de grande circulação, ilustra como são maleáveis as regras de 
concordância na fala, em relação às impostas pela escrita. (Revista Língua, setembro de 2009) 
Analise as afirmações abaixo. 
I. Especialistas em linguagem defendem que é necessário promover mudanças nas gramáticas em relação às regras 
de concordância. 
II. O deslize cometido pelo presidente do senado é um claro exemplo de que as elites estão mais expostas aos 
desvios de concordância. 
III. O teor do estudo da concordância, nas gramáticas, é prescritivo, sem que haja espaço para a observação das 
variantes linguísticas. 
De acordo com o texto, está correto o que se afirma em: 
R: Apenas III. 
Pergunta 8 
Observe o texto abaixo e marque a alternativa verdadeira em relação ao novo acordo ortográfico. 
Um Índio 
(Caetano Veloso) 
Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante De uma estrela que virá numa velocidade estonteante E 
pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante (...) 
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi Tranqüilo e 
infalível como Bruce Lee, virá que eu vi O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá (...) 
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos Surpreenderá a todos, não por ser exótico Mas pelo fato de 
poder ter sempre estado oculto Quando terá sido o óbvio. (In: http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44788/. Acesso 
em: 27/01/12) 
R: No texto, a palavra “tranqüilo”, grafada com trema, remete ao fato de que tal produção foi escrita dentro dos 
padrões do antigo acordo ortográfico. 
Pergunta 9 
Com o objetivo de entreter seus visitantes, uma página na internet expôs a imagem de uma placa na traseira de um 
caminhão com a seguinte frase: 
“É FÁCIO FALAR DE MIM DIFÍCIO 
FAZER O QUE EU FASO” 
A partir da análise dos elementos linguísticos presentes na frase, só NÃO podemos compreender que: 
R: Por ser a escrita um registro fiel da fala, a frase demonstra um grande desvio em relação à norma culta da Língua 
Portuguesa. 
Pergunta 10 
Muitas pessoas recorrem ao gênero textual horóscopo para obter uma interpretação e, talvez, previsão do seu dia. 
Veja que o texto abaixo, inclusive, já se adaptou ao Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
Previsão para 20 de agosto de 2011 
Peixes: Mude de ares, faça algo diferente - você está sensível a bons aromas, sabores, belezas de todo o tipo. Seus 
sentidos trazem todas as informações importantes de hoje. Boa expressão, sonhos claros, intuição poderosa. 
Memória boa e ideias felizes. 
Sobre o Novo Acordo Ortográfico, NÃO se pode afirmar que: 
R: As palavras que têm três vogais juntas não terão mais acento nesse grupo, como acontece no texto acima, em que 
a palavra ideias não é mais acentuada. 
UNIDADE 3 
Pergunta 1 
No jornalismo, o lead (ou, em sua forma aportuguesada, o lide) é o trecho introdutório de uma notícia. Veja que o 
texto abaixo utiliza esse recurso. Sobre a relação dessa parte com o resto do texto, marque a alternativa 
VERDADEIRA. 
O Balanço do Balanço da Blitz Global da Educação 
Mais verbas para educação serviria para aumentar a segurança nas escolas, por exemplo, impedindo que massacres 
como o de Realengo se repitam. Mas os poderosos não estão preocupados com isso, pois eles estão seguros. 
22/5/2011 8:55, Por CMI Brasil 
O Jornal Nacional (programa jornalístico diário do canal conservador da TV Globo) fez durante a semana que acabou 
uma blitz na educação. Durante a blitz, disse que para tornar a escola atraente, não se deve falar de análise sintática 
nem de mecânica dos astros, mais de coisas mais pragmáticas. 
Ontem fez um balanço da sua blitz, apontando, entre outras coisas, exemplos do que prejudicam o aprendizado: 
“aluno que trabalha e estuda; distância da escola; indicação política do diretor; falta de professores; e indisciplina.” 
Eu esperava que entre essas coisas constasse o salário do professor, pois se esse salário não prejudica o 
aprendizado, ele prejudica o ensinamento. Acho que o Brasil precisa aumentar a verba para a educação, tirando-a, 
por exemplo, das verbas destinadas ao pagamento de juros, para alimentar os gordos banqueiros. 
Mais verbas para educação serviria para aumentar a segurança nas escolas, por exemplo, impedindo que massacres 
como o de Realengo se repitam. Mas os poderosos não estão preocupados com isso, pois eles estão seguros. 
Mas, como dizem Caetano e Gil, na música Haiti, a prioridade deles não é essa, até porque educação é uma 
mercadoria que dá muito lucro para a burguesia além de preparar as pessoas para fazerem funcionar o sistema sem 
questioná-lo. 
 
R: Por meio da análise, percebemos que o lide nada mais é do que uma parte do texto, a qual, pela referência a um 
fato marcante da atualidade e a crítica aos “poderosos”, desperta a curiosidade do leitor, fazendo com que ele 
continue a leitura. 
Pergunta 2 
O resumo é um gênero textual presente em muitas instâncias discursivas, inclusive na acadêmica. Na produção de 
um artigo científico, por exemplo, é essencial o resumo, a fim de mostrar sobre o que fala o trabalho acadêmico. Veja, 
portanto, um resumo de um artigo científico publicado na Revista da FACED. 
 
RESUMO: ​A partir da metáfora do texto como tecido, interessa-nos refletir sobre a releitura, revisão e reescrita textual 
como partes integrantes do trabalho da tecelagem da escritura. Trata-se de refletir sobre o tema da reescrita na 
perspectiva do sujeito que escreve e que, ao fazê-lo, deixa marcas do seu dizer em curso. Ressalta-se, nessa 
perspectiva, o papel do rascunho como testemunho da apropriação da modalidade escrita da língua pela criança que 
aprende. 
In:​ ​ARAUJO. Liane Castro de. ​Tecendo Sentidos: Reescrita e Produção de Texto. ​Revista da FACED, nº 05, 2001 
É possível entender do texto que: 
R: O objetivo central do artigo será refletir sobre a releitura, a revisão e a reescrita textual como partes integrantes da 
produção escrita. 
Pergunta 3 
Considere o cartum e o texto abaixo, aproveite para praticar as estratégias de leitura que você aprendeu para 
responder às questões abaixo. 
(escoladeanimais.com/blog/2007/04/cartum.htm) 
Conteúdo próprio para tirar força do YouTube 
No final de março, foi lançado mundialmente o www.southparkstudios.com. Elaborado pelos criadores do desenho"South Park", Matt Stone e Trey Parker, o site permite que se assista às 12 temporadas da animação - por streaming 
e de graça. Ainda não existe algo desse calibre no Brasil, mas o pessoal já está se preparando. 
A Rede Record possui o site "Mundo Record" (www.mundorecord.com.br), que exibe os principais programas da 
emissora. Novelas são disponibilizadas 25 horas após serem exibidas na TV. 
A Globo Vídeos (video.globo.com) também coloca no ar grande parte da programação que vai para a TV. Mas, para 
ter acesso a esse conteúdo, é preciso ser assinante da Globo.com - na Record é tudo liberado. Procurado pelo 
reportagem, o site global não se manifestou. 
O "Mundo Record", assim como a "Globo Vídeos", não exibe seus telejornais, folhetins e atrações em uma tacada só 
- um vídeo de 50 minutos, por exemplo. Tudo é "picotado" para ganhar o tal "tempo de internet". (...) 
DUAS TELEVISÕES - O YouTube é o grande responsável pela popularização dos vídeos online, afinal dá para achar 
tudo nele - conteúdo legal e ilegal. Segundo dados do Nielsen/NetRatings, o serviço tem 8,6 milhões de usuários 
domiciliares no Brasil. De acordo também com dados do próprio Google, a cada minuto dez horas de vídeo são 
colocadas no site. Então como concorrer com esse gigante? A resposta: conteúdo próprio para a web. 
Multishow e MTV têm, hoje, seriados - importados e brasileiros - que são transmitidos apenas em seus sites. O ESPN 
360 (www.espn.com.br/360), canal de vídeos da ESPN Brasil, também vem ganhando material próprio. Na Olimpíada 
de Pequim o site terá um videorrepórter especial para o evento. 
É como se, aos poucos, as emissoras começassem a criar duas TVs diferentes: a tradicional e a da internet. "Cada 
vez mais vemos que dá para fazer uma MTV própria na rede sem depender da própria MTV", explica Zico Goes, 
diretor de programação da emissora. 
Para Goes, outro fato que aos poucos vai se relevando é que a MTV está ganhando dois públicos distintos: aquele 
que só vê o Overdrive (serviço online de vídeos da emissora) e o que só acompanha o canal pela própria televisão 
tradicional. 
Outra tendência, que já acontece muito, é os canais colocarem em seus sites algo que ficou de fora da TV. "É pegar o 
material bruto que foi ao ar e readaptá-lo para a web. Pode ser desde os melhores momentos de um programa ou 
cenas de bastidores dele", diz Daniela Mignani, gerente de marketing do Multishow. "Chamamos isso de conteúdo de 
degustação." A ESPN usa desse mesmo recurso em seus principais programas diários, como o noticiário 
SportsCenter, que vai ao ar à noite. Algumas horas depois, já de manhãzinha, é possível ver, editado, o "best of" do 
jornal esportivo no canal online 360. 
A produção de material próprio para a rede ainda não é popular. Segundo Goes, os videoclipes correspondem a 40% 
da audiência do Overdrive. No ESPN 360, na Terra TV e na UOLTV, as reportagens são os campeões de visitas. 
(http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo_virtual/2008/05/28) 
Relacionando o texto com o cartum, assinale a alternativa correta. 
R: Cada vez mais, a programação própria da rede televisiva vem ganhando espaço na internet. 
Pergunta 4 
Leia o texto com atenção, e aproveite para utilizar as estratégias de leitura que você aprendeu nesta unidade. 
O ódio à diferença 
É milenar o hábito de estranhamento entre os homens. Indivíduos que por algum motivo destoam num grupo qualquer 
costuma provocar sentimentos de antipatia entre aqueles que se sentem iguais entre si e superiores ao que lhes 
parece diferente. O racismo, baseado em preconceito, nasce daí. Povos mais escuros, mais pobres, menos cultos ou 
simplesmente de outra etnia sempre foram vítimas de desprezo irracional por parte de coletividade que se 
consideram superiores na comparação ( VEJA. 26/9/2001). 
Na sentença, O racismo, baseado em preconceito, nasce daí, o fato de a expressão baseado em preconceito vir entre 
vírgulas indica que: 
R: ​Todo racismo se apoia em preconceito. 
Pergunta 5 
Leia atentamente o poema de Carlos Drummond de Andrade. 
Aula de português 
 
A linguagem 
na ponta da língua, 
tão fácil de falar 
e de entender. 
 
A linguagem 
na superfície estrelada de letras, 
sabe lá o que ela quer dizer? 
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, 
e vai desmatando 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, esquipáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 
 
Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a prima. 
 
O português são dois; o outro, mistério. 
 
 (Carlos Drummond de Andrade) 
 
Com base na interpretação do texto, marque a alternativa que está INCORRETA​: 
R: Infelizmente, quem não conhece bem a gramática fica à margem da sociedade e não consegue nem 
estabelecer relacionamento com os familiares. Isso é o que evidencia o poeta em “Aula de Português”. 
Pergunta 6 
Para a compreensão do texto apresentado abaixo, é fundamental que o interpretemos conforme as definições 
mostradas a seguir. 
A ÚLTIMA CRÔNICA ​(Fernando Sabino) 
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o 
momento de escrever. (...) Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na 
lembrança: "assim eu quereria meu último poema". (...) Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que 
merecem uma crônica. 
 Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de 
espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de 
seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as 
perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a 
instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. 
 Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, (...) e aponta 
no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. (...) A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de 
sua presença ali. (...) O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, 
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. 
 A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que 
não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa 
de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. (...) Ninguém mais os 
observa além de mim. 
 São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. (...) Como a um gesto 
ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater 
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam , discretos: "parabéns pra você, parabéns pra 
você..." (...) A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. (...) O pai corre os olhos pelo 
botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos 
olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se 
abre num sorriso. 
 Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. 
 
(Fernando Sabino. In: ​Para gostar de ler​. São Paulo: Ática, 1979-1980. v. 5, p. 40-2.) 
I. O cronista busca um fato do cotidiano para narrar uma história simples, mas que revele a beleza 
contida nas práticas comunsdo dia a dia. 
II. A temática de “A última crônica”, a partir de um olhar do ​eu-poético​, é a comemoração de um 
aniversário realizada por uma família de pessoas humildes, que pretende ser o mais discreta 
possível. 
III. O observador da referida família descreve os membros desta com certo preconceito, utilizando 
expressões como: “casal de pretos”, “compostura da humildade” e “negrinha”. 
IV. A forma como a família age, mesmo tentando não chamar atenção, acaba fazendo com que os 
frequentadores do botequim da Gávea fiquem incomodados com a presença deles, exceto o 
poeta, que queria um tema para sua crônica. 
V. Segundo a história narrada na crônica de Fernando Sabino, a comemoração de três anos do 
aniversário da filha do casal sai conforme o planejado pelos adultos, e o eu-poético consegue 
obter a cena que gostaria de descrever na sua última crônica. 
R: I, II e V. 
Pergunta 7 
O cartum abaixo faz referência à obra ​O Pensador​, do escultor francês Auguste ​Rodin, produzida no século XIX. 
Analise-o e marque a alternativa CORRETA. 
R: Há no cartum uma grande crítica à sociedade atual, pois o autor faz uma comparação entre o ser pensante, 
reflexivo sobre os fatos do mundo, e aquele que apenas absorve o que a mídia, através da tecnologia, lhe coloca. 
Pergunta 8 
Os gêneros textuais caracterizam-se, geralmente, por apresentarem certos padrões estruturais e, principalmente, por 
se disporem a uma função específica no âmbito da interação social. Sabendo disso, analise atentamente o texto 
abaixo e marque a alternativa VERDADEIRA. 
MEU DIÁRIO 
7 de julho 
Pai é um negócio fogo, o meu, o do Toninho, do Mauro, do Joca, do Zé Luís e o do Beto são mais ou menos. O meu 
deixa jogar na rua, mas nada de chegar perto da avenida. O Toninho está terminantemente proibido de ir ao bar do 
seu Porfírio. O do Beto é bem bravo, só que nunca está em casa: por isso, o Beto é o maior folgado e faz o que quer. 
Também, quando o pai chega, mixou a brincadeira. O do Joca é que nem o meu. O do Zé Luís deixa, mas é 
obrigatório voltar às seis em ponto e o do Mauro às vezes deixa tudo, outras dá cada bronca que Deus me livre, tudo 
na tal língua estrangeira [língua do P] que ele inventou. 
AZEVEDO, Ricardo. Nossa Rua Tem um Problema. São Paulo: Paulinas, 1986. 
R: Apesar de manter a estrutura típica do gênero, o texto acima não é diário pessoal, pois a função típica desse 
gênero não é mantida, ficando em seu lugar o papel lúdico. 
Pergunta 9 
Leia atentamente o texto abaixo. 
Pelé critica atrasos para Copa de 2014 e teme se envergonhar 
SÃO PAULO - Pelé está preocupado com os atrasos na preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e 
afirmou nesta sexta-feira que o país corre "um grande risco" de causar vergonha a ele, que se empenhou na 
campanha pelo torneio em solo brasileiro. "Vocês sabem a luta que a gente fez para conseguir a Olimpíada e a Copa 
do Mundo, viajando pelo mundo pedindo voto, e agora chegou um momento que está preocupando todo mundo", 
disse Pelé em entrevista coletiva. 
"O Brasil está correndo um grande risco de envergonhar a gente na maneira de administrar a Copa do Mundo, 
principalmente na comunicação. Os aeroportos estão assustando mais, e não é só os brasileiros", declarou o 
ex-jogador. 
Pelé contou ter conversado com dirigentes da Fifa e também com um grupo ligado ao presidente da Uefa, Michel 
Platini, que também manifestaram preocupação com o ritmo dos preparativos no Brasil. 
A maioria das obras para o Mundial está atrasada, e alguns dos estádios nem começaram a ser construídos, como o 
caso da arena do Corinthians, escolhida por São Paulo para receber os jogos da competição na cidade. "O Brasil tem 
obrigação de fazer uma boa Copa do Mundo, uma boa administração, e infelizmente já está atrasando, e tem essa 
polêmica de São Paulo... o Campeonato Paulista é a base do futebol brasileiro, é o que deveria já estar definido e não 
está definido ainda." 
(In: 
http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,pele-critica-atrasos-para-copa-de-2014-e-teme-se-envergonhar,681390,0
.htm) 
Desse texto, só NÃO podemos interpretar que: 
R: Com o atraso nas obras dos estádios para a Copa de 2014, o Brasil corre o risco de não mais sediar o torneio e 
isso vem sendo alvo das críticas de Pelé. 
Pergunta 10 
Interprete o texto a seguir para responder à questão. 
Estabelecemos aqui uma outra forma de compreender a cidade: pelo discurso. Aliamos assim, em nossa reflexão, o 
sujeito, a história e a língua em uma relação particular, que é a relação de significação. Como significa a cidade? [...] 
Como os sentidos aí se constituem, se formulam e transitam? São essas as questões que nos ocupam. 
Quando pensamos a cidade, introduzimos de imediato uma relação face à nação. [...] Uma nação, por outro lado, é 
uma entidade abstrata, enquanto uma cidade tem dimensões, formas visíveis, sendo perceptível em primeira 
instância. Assim, podemos dizer que outra característica de cidade, importante para nossos fins, é o fato de que a 
cidade introduz a dimensão da representação sensível de suas formas, ao lado da consideração de um espaço de 
cidadania. Vemos, descrevemos, calculamos, organizamos, administramos a cidade de maneira perceptível. [...] E 
podemos dizer que um país é feito de muitas cidades distribuídas em sua superfície. Aí trazemos uma outra 
consideração, a de que se supõe uma localização territorial. Cidade e território são solidários. 
No território urbano, o corpo dos sujeitos e o corpo da cidade formam um, estando o corpo do sujeito atado ao corpo 
da cidade, de tal modo que o destino de um não se separa do destino do outro, em suas inúmeras e variadas 
dimensões: material, cultural, econômica, histórica etc. O corpo social e o corpo urbano formam um só. 
Para nossa época, a cidade é uma realidade que se impõe com toda sua força. Nada pode ser pensado sem a cidade 
como pano de fundo. Todas as determinações que definem um espaço, um sujeito, uma vida cruzam-se no espaço 
da cidade. 
ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004. p. 11. 
I. A autora define a cidade como objeto de sua reflexão. 
II. A articulação entre o homem, o tempo e o lugar é fundamental para que a cidade seja estudada em seus múltiplos 
sentidos. 
III. O crescimento das cidades no mundo atual sufoca os seres humanos, assim como os dispersa. 
IV. A cidade funciona como um texto com múltiplos sentidos, passível de leituras ricas em reflexão. 
V. O texto defende a necessidade da volta ao campo como alternativa às dificuldades da vida nos centros urbanos. 
São CORRETOS apenas os comentários constantes nas opções: 
R: I, II e IV. 
 
UNIDADE 4 
Pergunta 1 
O texto abaixo, publicado no site da Revista Superinteressante, apresenta uma interessante reflexão sobre o modo 
dos seres humanos se portarem diante das questões raciais. Analise-o atentamente, especialmente no que diz 
respeito à coesão e à coerência textuais, e marque a alternativa INCORRETA. 
E se todos os humanos fossem da mesma cor? ​por Maurício Horta 
Não haveria intolerância ou o argumento de superioridade racial. Os negros, portanto, não teriam sido escravizados, 
não teria existido o ​apartheid nem o nazismo. Ou seja, a história da humanidade seria completamente diferente. 
Engano seu. A natureza humana é bem mais complexa que isso: mesmo se todos tivessem a mesma cor de pele, 
textura de cabelo ou formato de olhos, bastaria que algum povo se destacasse no desenvolvimento técnico e 
econômico para se sentir superior aos demais. Aí o argumento para o domínio não seria a diferença física, mas, sim, 
cultural, que justificaria a exploração dos mais fracos pelos mais fortes e daria origem a todo tipo de intolerância. Em 
algum momento o conceito de raça apareceria. 
http://super.abril.com.br/cotidiano/todos-humanos-fossem-mesma-cor-621695.shtm 
R: No trecho“Os negros, portanto, não teriam sido escravizados, não teria existido o apartheid nem o nazismo”, o 
termo destacado explicita uma relação de conclusão entre essa frase e a que lhe antecede. 
Pergunta 2 
Leia atentamente o texto abaixo: 
Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a abandonar os estudos de arquitetura por causa da tuberculose. 
Mas a iminência da morte não marcou de forma lúgubre sua obra, embora em seu humor lírico haja sempre um toque 
de funda melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo toque de morbidez, até no erotismo. Tradutor de autores 
como Marcel Proust e William Shakespeare, esse nosso Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia do paraíso cotidiano 
mal idealizado por nós, brasileiros, órfãos de um país imaginário, nossa Cocanha perdida, Pasárgada. Descrever seu 
retrato em palavras é uma tarefa impossível, depois que ele mesmo já o fez tão bem em versos. 
Revista Língua Portuguesa​, nº 40, fev. 2009. 
A coesão do texto é construída principalmente a partir do(a): 
R: emprego de pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nosso”, “ele”. 
Pergunta 3 
Conter a obesidade é um desafio tão urgente para o Brasil quanto acabar com a fome. Ninguém sabe ao certo quantos são os 
famintos brasileiros, mas o programa Fome Zero pretende atingir 44 milhões de pessoas. Por outro lado, o contingente com 
excesso de peso já ultrapassa a assustadora marca dos 70 milhões - cerca de 40% da população. Não há dúvida: o Brasil que come 
mal é maior do que o Brasil que tem fome. Apesar do tamanho do problema, falta ao país um esforço maciço de combate ao 
flagelo da gordura, que abre caminho para o surgimento de mais de 30 doenças e sobrecarrega o orçamento da saúde com 
http://super.abril.com.br/cotidiano/todos-humanos-fossem-mesma-cor-621695.shtm
internações hospitalares que poderiam ser evitadas. 'As autoridades não podem achar que há contradição entre atacar a fome e a 
obesidade ao mesmo tempo', comenta o endocrinologista Walmir Coutinho, 'mas os dois são problemas complementares.' 
Mesmo entre os pobres, a ocorrência de excesso de peso supera a fome. 'Nas favelas, verifica-se que a obesidade é mais prevalente que a 
desnutrição', comenta Coutinho. Nos últimos 20 anos, a obesidade infanto-juvenil cresceu 66% nos Estados Unidos e desencadeou uma batalha 
jurídica contra as cadeias de fast-food semelhante à guerra contra o tabaco. No Brasil, o crescimento ocorreu com um ritmo especialmente 
acelerado nas camadas sociais mais baixas. A consciência do problema ainda é incipiente, embora a Organização Mundial de Saúde tenha 
declarado a obesidade uma epidemia global que ameaça principalmente os países em desenvolvimento. Dos 6 bilhões de habitantes do planeta, 
1,7 bilhão está acima do peso. A exportação do modelo americano de progresso - urbanização, proliferação de carros, junk food e longas 
jornadas de trabalho em frente ao computador - leva países emergentes, como Brasil, Índia e África do Sul, a um paradoxo. Em duas gerações, 
grande parte da população passou da desnutrição à obesidade porque teve acesso a grande quantidade de comida barata e ruim, industrializada, 
cheia de gorduras e açúcar. 
O resultado é desastroso: as pessoas ganham peso sem acumular nutrientes essenciais. A classe média e os ricos encontram meios eficazes de 
combater a obesidade, responsável por 30% das mortes no Brasil. Podem pagar por programas de emagrecimento e atividade física não 
acessíveis aos menos favorecidos. Por isso, cada vez mais a obesidade estará relacionada à pobreza. 'A fome é uma tragédia que precisa ser 
combatida, mas a obesidade atinge ainda mais gente no Brasil e acarreta um ônus mais elevado’, comenta o endocrinologista Alfredo Halpern, 
um dos fundadores da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. 
A gravidade da situação exige um esforço articulado de saúde pública e medidas criativas. 
(http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT590194-1653,00.html) 
A análise de aspectos globais do texto, tais como os sentidos expressos, as intenções, o tipo e o gênero em que ele se manifesta, 
nos leva a concluir que: 
I. o trecho que poderia expressar ​a ideia central defendida no texto é: “os ricos encontram meios eficazes de combater a 
obesidade, responsável por 30% das mortes no Brasil. Podem pagar por programas de emagrecimento e atividade física não 
acessíveis aos menos favorecidos.” 
II. se trata de um texto do ​tipo narrativo, do ​gênero notícia, cujo enredo envolve um cenário (a realidade brasileira) e 
personagens facilmente identificáveis (entre eles, por exemplo, o endocrinologista Walmir Coutinho). 
III. predomina no texto uma linguagem com ​função referencial​. Nesse sentido, justifica-se o uso de dados e informações 
objetivos, quantitativamente expressos, e respaldados por opiniões abalizadas de especialistas. 
IV. aparecem no texto evidências de ​intertextualidade​. Com efeito, algumas passagens do Texto A remetem, explicitamente, a 
outros textos pertinentes ao tema tratado. Além disso, o texto mobiliza o nosso conhecimento prévio acerca de muitos itens. 
V. a linguagem usada no texto se reveste de um caráter de ​formalidade​, na medida em que se ajusta às suas condições sociais de 
circulação: está publicado em um órgão de informação e destina-se a um público mais escolarizado. 
R: II, III e IV. 
Pergunta 4 
Em busca de satisfação 
01​Engana-se a instituição de ensino que acredita que seu maior concorrente é uma outra instituição, ​02​localizada a 
poucos quarteirões de distância, que resolveu diminuir a mensalidade para atrair mais alunos. ​03​Essa instituição não 
deveria ser a maior preocupação de uma outra que se considera ou se pretende ser ​04​séria, competente e eficiente na 
prestação de seus serviços educacionais. 
05​Uma universidade que realmente está comprometida com sua missão de formação de profissionais ​06​qualificados 
para o mercado de trabalho e com a formação integral de valores do indivíduo deveria ​07​concentrar seus esforços e 
sua inteligência coletiva para buscar, criar e oferecer novas e melhores ​08​alternativas de ensino-aprendizagem para 
seus alunos. 
09​Educação sempre foi considerada como obrigação. No Brasil, porém, uma obrigação “ruim”, um mal ​10​necessário, 
como já ouvi pais e filhos dizendo. Além do que, a obrigatoriedade de estudar tornou as ​11​instituições de ensino tão 
“poderosas” e tão prepotentes em sua missão de “educar” que acabou se tornando ​12​um “inimigo” a mais do prazer 
que se pode ter da e pela aprendizagem. 
13​Aprender tem que ser prazeroso. Tem que fazer sentido, ter significado. Aprender, seja lá o que for, ​14​tem que ser 
estimulante, motivante, interessante. Tem que gerar mais vontade de aprender, tem que ​15​estimular a criatividade, a 
curiosidade. 
16​É preciso resgatar o prazer em aprender. A aprendizagem pelo sentido. Aprender a aprender e fazer o ​17​aluno tomar 
gosto pela coisa é a grande missão dos educadores. 
18​A concorrência não está na esquina, na outra instituição mais barata. A concorrência para quem quer e ​19​pensa em 
prestar um serviço educacional de qualidade está na vida, nas ruas, nos bares, livrarias e vida ​20​cultural presente em 
qualquer grande cidade. 
21​É preciso resgatar o prazer de aprender. 
Carmem Maia http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos (texto adaptado) 
O trecho em que a elipse ​NÃO ​é utilizada como um mecanismo de coesão textual é: 
R: “Educação sempre foi considerada como obrigação. No Brasil, porém, uma obrigação “ruim”, um mal necessário,como já ouvi pais e filhos dizendo.” (refs. 09 e 10) 
Pergunta 5 
O texto abaixo é um fragmento de uma reportagem publicada no site “Administradores.com.br”. Leia-o com atenção e 
analise as proposições que seguem. 
 ​Isto é pra ontem!": urgência pode impactar rendimento de profissionais​ Por ​Gladys Ferraz Magalhães​, 
InfoMoney 
Os profissionais estão cada vez mais habituados a terem de realizar tarefas que necessitam de máxima urgência. 
Contudo, segundo alertam especialistas, o costume de líderes e gestores de pedirem tudo “para ontem” pode 
impactar o rendimento dos colaboradores. 
De acordo com a consultora em RH (Recursos Humanos) do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo, Juliana 
Saldanha, as tarefas urgentes sempre irão existir, entretanto é necessário que elas não sejam banalizadas. “Líderes e 
gestores precisam dar o valor real à palavra urgência”. 
Ainda segundo Juliana, a questão da urgência nas corporações é algo novo, que surgiu em consequência do 
desenvolvimento da tecnologia da informação, que traz tudo em tempo real, obrigando as pessoas a fazerem muita 
coisa em pouco tempo. Aliado a isso, explica ela, está a falta de planejamento e de estratégia de profissionais e 
organizações. “Existe uma grande pressão por metas, mas falta estratégia”, ressalta. Desta forma, os profissionais 
podem apresentar queda no rendimento, por conta, sobretudo, da falta de foco. 
I A reportagem acima é considerada um texto por ser um enunciado verbal que apresenta unidade de sentido e 
intencionalidade discursiva. 
II Dizer que o texto é uma reportagem é esclarecer o seu gênero textual, perceptível também pelo seu formato e pela 
sua função social. 
III O tipo textual predominante no texto acima é expositivo, pois prima pela objetividade, é informativo e utiliza alguns 
recursos persuasivos, tais como citação de especialista. 
IV Os interlocutores do texto são apenas os administradores que visitam o site e a mensagem que veicula só a eles 
interessa. 
Estão corretas: 
R: I, II e III, apenas. 
 
Pergunta 6 
1. . Leia o texto com atenção. 
Texto 1 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 15 
 20 
Sair de casa. Vale a pena? 
 A convivência entre pais e filhos tem momentos complicados. Mas a maioria dos teens não pensa em morar 
só 
Os adolescentes ainda continuam respondões e com acessos de mau humor, mas pelo menos 
começaram a entender melhor os pais. A maioria gosta da vida familiar, convive bem com o pai e a mãe e não 
pretende sair de casa tão cedo. Autonomia e independência? Para quê, se em casa tem a comidinha da 
mamãe? Os jovens pensam até em morar sozinhos um dia, mas só quando estiverem seguros da decisão. 
Para a maior parte, não vale a pena sacrificar o conforto pela independência. Uma pesquisa que ouviu 2 425 
jovens em seis capitais e no interior de São Paulo aponta que 82% deles têm pouca ou nenhuma vontade de 
morar longe dos pais. A principal razão é o bom relacionamento dentro de casa. Apenas 7% da garotada se 
dá mal com o pai e só 3% não se dão bem com a mãe. [...]. 
A relação entre pais e filhos mudou – e para melhor. Até bem pouco tempo atrás o diálogo entre 
gerações era muito mais difícil. Educação significava rigidez. Assuntos como a sexualidade passavam longe 
da mesa de jantar. Os filhos reprimidos dessa época se tornaram os pais desorientados de hoje em dia. Ao 
mesmo tempo que se aproximaram dos filhos, vivem um dilema. Qual a melhor conduta? Endurecer o jogo, 
como no passado, e ressuscitar todo o conflito de gerações, ou assumir uma postura liberal e correr o risco de 
perder as rédeas da situação? A resposta é mais simples do que parece. A maioria dos educadores concorda 
que os pais devem fazer papel de pais, precisam censurar quando for necessário, não ceder e aguentar firme 
as provocações. "Não adianta fazer concessões ao jovem. É preciso deixar claro o que se pretende passar 
para ele", afirma o psicólogo paulista Antonio Carlos Egypto. 
 (Trecho de matéria da Veja, julho/2003) 
 A respeito da estrutura textual, considere os comentários apresentados abaixo: 
 
 1 Podemos afirmar que o tipo textual de “Sair de casa. Vale a pena?” é narrativo, pois conta a história de 
jovens que estão para sair de casa. 
 2 - O Texto 1 é de caráter predominantemente objetivo, pois se utiliza da impessoalidade verbal, emprega em 
sua maioria termos em sentido denotativo e se vale de argumentos de autoridade para persuadir o leitor. 
3 No trecho retirado da matéria da revista Veja, a temática que mantém a coerência textual é a relação entre 
pais e filhos e, não necessariamente, a saída destes de casa. 
4 Ainda que o escritor não se coloque de forma direta, sua ideologia é perceptível a partir das suas escolhas 
lexicais, dos dados expostos e dos argumentos utilizados. 
5 As perguntas realizadas no corpo do texto deverão ser respondidas pelos interlocutores, por isso são 
posteriormente desconsideradas pelo autor da matéria. 
São ACEITÁVEIS apenas os comentários que constam nas opções: 
R: II, III e IV. 
Pergunta 7 
01​Em 1837, após longa viagem a bordo do navio ​02​britânico H.M.S. Beagle, com o objetivo de fazer um ​03​levantamento 
dos recursos e da cartografia das ​04​costas setentrionais da América do Sul, Darwin ​05​passou a escrever suas 
primeiras notas sobre a ​06​origem das espécies. (...) 
07​Considerando a variação de cada indivíduo de ​08​uma população, Darwin chegou à conclusão de que ​09​alguns 
estariam mais aptos que outros e assim ​10​venceriam a competição pela sobrevivência. Os ​11​indivíduos mais 
adaptados ao meio possuiriam ​12​variações vantajosas em relação aos demais. A esse ​13​processo Darwin denominou 
seleção natural. 
14​(...) 
15​Durante a década de 1840, consciente das ​16​implicações de seu trabalho sobre a tese da imutabilidade ​17​das 
espécies e sobre os preceitos religiosos, ​18​Darwin estudou minuciosamente os mecanismos da ​19​evolução, 
baseando-se na teoria da seleção natural, ​20​sem publicar suas ideias. (...) Seu livro A origem das ​21​espécies foi 
finalmente lançado em 1859, sendo o ​22​mais vendido daquele ano, com uma tiragem de 1250 ​23​exemplares. Apesar 
das provas detalhadas apresentadas ​24​nessa publicação, as ideias de Darwin encontraram ​25​fortes oponentes, tanto 
na comunidade científica ​26​quanto na religiosa. (...) 
27​Sua teoria passou a ser totalmente aceita pelo ​28​meio científico apenas no século 20, quando ​29​pesquisadores 
encontraram as publicações do monge e ​30​botânico austríaco Johann Gregor Mendel (1822-​31​1884), o qual descobrira 
a transmissão hereditária ​32​dos caracteres. 
ABRÃO, Maria Sílvia. Navegando pelo mundo, Darwin revolucionou 
a ciência. 
Analise as possibilidades de reescrita do primeiro parágrafo do texto, apresentadas abaixo. 
 I. Em 1837, após longa viagem a bordo do navio britânico H.M.S. Beagle objetivando de fazer um 
levantamento dos recursos e da cartografia das costas setentrionais da América do Sul, que Darwin 
passou a escrever suas primeiras notas sobre a origem das espécies. 
II. Com o objetivo de levantar recursos e cartografar as costas do sul da América do Sul após longa 
viagem, feita a bordo do navio inglês H. M. Beagle em 1837, Darwin deu início aos registros primários 
referentes a origem das espécies. 
III. Após demorada viagem, realizadaa bordo do navio britânico H.M.S. Beagle, para coletar dados e 
cartografar as costas setentrionais da América do Sul, Darwin iniciou em 1837, suas anotações a 
cerca da origem das espécies. 
IV. Foi em 1837 que Darwin iniciou a tomada de notas acerca da origem das espécies – após longa 
viagem no H.M.S. Beagle, navio britânico a bordo do qual percorreu a costa setentrional da América 
do Sul coletando informações sobre recursos e sobre a cartografia. 
O(s) parágrafos correto(s) e coerente(s) é/são, apenas: 
R: IV. 
Pergunta 8 
Leia atentamente o texto que segue. 
O tempo 
 
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará. 
(Mário Quintana) 
Em relação à coerência e à coesão do texto marque a alternativa INCORRETA. 
R: O poema “O Tempo”, de Mário Quintana, não apresenta termos que conectem as frases, ou seja, não apresenta 
conexões gramaticais, por isso a dificuldade de interpretá-lo, pois não conseguiu ser um texto coerente. 
 
Pergunta 9 
Analise a receita exposta abaixo e, após refletir sobre a coesão e a coerência textuais, assinale a alternativa verdadeira. 
Vampiro enganado 
Ingredientes 
1 copo de suco de uva 
1 cenoura raspada e cortada em pedaços 
1 tomate maduro 
1 laranja descascada e cortada em pedaços, sem semente 
 ​Modo de fazer 
1 — Coloque no liquidificador a laranja e a cenoura e triture bem. 
2 — Acrescente o tomate e o suco de uva. 
3 — Junte dois ou três cubos de gelo e uma colher de sopa de açúcar. 
4 — Desligue o aparelho e passe a bebida por um coador para retirar as fibras que tenham ficado. Sirva em copos altos. 
(Ziraldo. ​O livro de receitas do Menino Maluquinho​. São Paulo: Melhoramentos, 2002. p. 18.) 
R: A coesão no referido texto é estabelecida pelo fato dos nomes estarem, basicamente, no mesmo campo 
semântico, o qual remete ou à comida ou aos instrumentos para fazer uma receita. 
 
 
Pergunta 10 
Considere as seguintes sentenças. 
1. ​Ainda que os salários estejam cada vez mais defasados, o aumento de preços diminui consideravelmente seu 
poder de compras. 
2. O Governo resolveu não se comprometer com nenhuma das facções formadas no congresso. ​Desse modo​, todos 
ficarão à vontade para negociar as possíveis saídas. 
3. ​Embora o Brasil possua muito solo fértil com vocação para o plantio, isso conseguiu atenuar rapidamente o 
problema da fome. 
4. Choveu muito no inverno deste ano. ​Entretanto​, novos projetos de irrigação foram necessários. 
As expressões grifadas NÃO estabelecem as relações de significado adequadas, criando problemas de coerência, 
em: 
R: 1 e 3 apenas.

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