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ÍNDICE DAS ATIVIDADES PROPOSTAS – VOLUME 6 Nº Título da atividade Nº Título da atividade 01 EXERCÍCIO PRÁTICO DE COMPOSIÇÃO COM MATERIAIS ALTERNATIVOS E TEXTURAS EM DESENHO. 51 OS INSTRUMENTOS MUSICAIS: CONCEITUAÇÃO E APRECIAÇÃO DE IMAGEM. 02 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA DE DESENHO COM DIFERENTES TIPOS DE LINHAS E CRIAÇÃO DE COMPOSIÇÃO ARTÍSTICA. 52 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO E EXPRESSÃO MUSICAL. 03 O FAZER ARTÍSTICO E SUAS FERRAMENTAS: O DESENHO FEITO A CARVÃO E O USO DE FERRAMENTAS ALTERNATIVAS. 53 EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO E PRÁTICA ARTÍSTICA: AS NOTAS MUSICAIS. 04 O FAZER ARTÍSTICO E SUAS FERRAMENTAS ARTESANAIS: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA NA TÉCNICA DA DECOUPAGE. 54 A ARTE ANCESTRAL: OS ÍNDIOS E SUA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. 05 O FAZER ARTÍSTICO E SUAS FERRAMENTAS: MATERIAIS ALTERNATIVOS E SUAS APLICAÇÕES. 55 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE A ARTE INDÍGENA: PINTURA FACIAL, MATÉRIA-PRIMA NATURAL E PADRÕES GEOMÉTRICOS. 06 FERRAMENTAS ARTÍSTICAS: EXPERIMENTAÇÃO COM A ESCOVA DE DENTES E CANUDINHO. 56 EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA SOBRE OS PADRÕES GEOMÉTRICOS NA ARTE INDÍGENA E O FILTRO DOS SONHOS. 07 O CÍRCULO E A ARTE: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA COM O COMPASSO. 57 CONHECENDO O ARTISTA: MAURITS CORNELIS ESCHER. CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 08 A ARTE DIGITAL: PESQUISA SOBRE OS DIFERENTES TIPOS DE ARTE DIGITAL – MONTAGEM DE EXPOSIÇÃO DE IMAGENS. 58 CONHECENDO O ARTISTA: FRIEDENSREICH HUNDERTWASSER – “AS CINCO PELES”. 09 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA COM PIGMENTOS ALTERNATIVOS: O PÓ DE CAFÉ COMO PIGMENTO PARA A EXPRESSÃO ARTÍSTICA. 59 ELEMENTOS ARTÍSTICOS DA POP ART: A COLAGEM COMO FORMA DE EXPRESSÃO – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 10 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO SOBRE O FILME: “O TOURO FERDINANDO”. 60 A ARTE E A PUBLICIDADE: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE PROPAGANDA, SLOGAM, JINGLE E CARTAZ. 11 EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA COM SEMENTES: COLAGEM E TEXTURAS COM DIFERENTES SEMENTES. 61 LEITURA INTERPRETATIVA DE OBRA DE ARTE: DESENVOLVIMENTO DO OLHAR CRÍTICO. 12 O ARTESANATO: EXPERIMENTANDO PRODUZIR UMA MÁSCARA DE PAPEL MACHÊ. 62 O DESIGN NO BRASIL: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA DE DESENHO DE MÓVEIS. 13 A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO, DO ARTESANATO AO DESENHO INDUSTRIAL. PARTE 1. 63 CONHECENDO O ARTISTA: PIET MONDRIAN. APRECIAÇÃO DE OBRAS DE ARTE E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 14 A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO, DO ARTESANATO AO DESENHO INDUSTRIAL. PARTE 2: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 64 CONHECENDO O ARTISTA: THEO VAN DOESBURG - LEITURA DE IMAGEM E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA – PORTA TRECO. 15 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA ACERCA DOS TRABALHOS MANUAIS E COMPUTAÇÃO GRÁFICA: RODA DE DEBATE. 65 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE A SÉRIE “BICHOS” E “CAIXA DE FÓSFORO”, DA ARTISTA LYGIA CLARK. 16 A FOTOGRAFIA: A HISTÓRIA CONTADA ATRAVÉS DE IMAGENS. 66 A ARTE CONCRETA E NEOCONCRETA NO BRASIL – CONCEITUAÇÃO E EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO. 17 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA COM FOTOGRAFIAS: MOMENTOS VIVIDOS. 67 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE A OBRA “CAMINHANDO”, DA ARTISTA LYGIA CLARK. 18 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE OS CONCEITOS DE FOTOGRAFIA E MEMÓRIAS. 68 COMPREENDENDO A ARTE CONTEMPORÂNEA: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA A PARTIR DO GRAFITE DE THIAGO MUNDANO. 19 AS MEMÓRIAS DE NOSSA VIDA: OS REGISTROS E AS LEMBRANÇAS DE QUEM SOMOS. 69 A COR: LEITURA DE IMAGEM E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: ILUSTRAÇÃO DE TEXTO E DECOMPOSIÇÃO DA LUZ BRANCA. 20 EXERCÍCIO PRÁTICO DE ANÁLISE E RELEITURA DA OBRA DE DEBRET: “CENA DE CARNAVAL”. 70 AS CORES E AS EMOÇÕES: CONCEITUAÇÃO E EXERCÍCIO DE PESQUISA DE ARTIGOS E LEGENDA DE COR. 21 NOSSA PERSONALIDADE TRADUZIDA EM IMAGENS: A MINHA VIDA E MINHAS RECORDAÇÕES. 71 O ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO: AS FORMAS DESCONSTRUÍDAS ATRAVÉS DOS ÂNGULOS. 22 A CULTURA BRASILEIRA: AS CONTRIBUIÇÕES DOS DIFERENTES POVOS E SEUS ARTISTAS: MANABU, ALFREDO E TOMIE. 72 A MONOCROMIA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: ESCALA E COLAGEM MONOCROMÁTICA. 23 ARTISTAS IMIGRANTES: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA COM TOMIE OHTAKE, ALFREDO VOLPI E MANABU MABE. 73 CONCEITO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE SOMBRA E LUZ. 24 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE AS INFLUÊNCIAS DOS DIFERENTES POVOS NA CULTURA BRASILEIRA. 74 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE SOMBRA PROJETADA/SOMPRA PRÓPRIA E NAS OBRAS DE CLAUDE MONET. 25 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE GENEALÓGICA. 75 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE SOMBRAS COLORIDAS. APLICAÇÃO DE COR. 26 HERANÇAS CULTURAIS: CANCIONEIRO POPULAR – PARÓDIA COM A CANÇÃO “BOI DA CARA PRETA”. 76 A PERSPECTIVA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: LINHA DO HORIZONTE, PONTO DE FUGA E LINHA CONVERGENTE. 27 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA NAS OBRAS DE ALFREDO VOLPI E TOMIE OHTAKE. 77 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE LINHA DO HORIZONTE, PONTO DE FUGA, LINHA CONVERGENTE, PRIMEIRO E SEGUNDO PLANOS. 28 O BARROCO: ORIGEM E APRECIAÇÃO DO ESTILO. 78 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CONSTRUINDO UMA COMPOSIÇÃO COM PLANOS – RECORTE E COLAGEM. 29 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: ESCULTURA EM SABÃO – OS DOZE PROFETAS DE ALEIJADINHO. 79 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CONSTRUINDO UM CUBO. 30 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: O BARROCO E AS EMOÇÕES. A ALEGRIA E A TRISTEZA. 80 LEITURA DE IMAGEM E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: “A ESCOLA DE ATENAS”, DE RAFAEL SANZIO. 31 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE O CLARO E ESCURO E O AUTORRETRATO NO BARROCO. 81 RELEITURA DA ARTE: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 32 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA ACERCA DO BARROCO – AUTORRETRATO E PRÁTICA DE DESENHO DE FACE. 82 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE RELEITURAS DE OBRAS DE ARTE. 33 EXPERIMENTAÇÃO ACERCA DO BARROCO BRASILEIRO: MESTRE ATAÍDE E O TETO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS – MINAS GERAIS. 83 ANALISANDO UMA OBRA DE ARTE: TARSILA DO AMARAL E A SEMANA DE ARTE DE 1922. 34 A CULTURA POPULAR BRASILEIRA: APRECIAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 84 O FOLCLORE BRASILEIRO: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO INTERPRETATIVA. 35 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA DE RESIGNIFICAÇÃO DE CANTIGAS FOLCLÓRICAS: “A CANOA VIROU”. 85 A ARTE LINEAR – CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 36 EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO SOBRE HERANÇAS CULTURAIS. 86 CONFECÇÃO DE MODELO CIRCULAR DE ARTE LINEAR – FIO OU DESENHO. 37 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO SOBRE CULTURA POPULAR. 87 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE ARTE LINEAR – MODELO QUADRADO – FIO OU DESENHO. 38 OS IORUBÁS: CONHECENDO AS RAÍZES AFRICANAS. 88 ESCULTURA E MODELAGEM: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 39 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIAÇÃO DO POEMA E MESTRE BIMBA. 89 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE LINHAS: DESENHO ESPELHADO E CLONADO. 40 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIAÇÃO DE MÁSCARAS AFRICANAS. 90 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA A PARTIR DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS. DUAS E TRÊS DIMENSÕES. 41 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: PRODUÇÃO DO CAXIXI – CHOCALHO E PRÁTICA MUSICAL. 91 O MOSAICO: BREVE CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 42 AS EXPRESSÕES DA ARTE URBANA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. 92 ILUSTRAÇÃO DE TEXTO - O DESENHO ILUSTRATIVO: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA DE CRIAÇÃO DE TEXTO E ILUSTRAÇÃO. 43 EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS E CONCEITOS: OS TIPOS DE ARTE URBANA. 93 HISTÓRIA EM QUADRINHOS: CONCEITUAÇÃO E ATIVIDADE PRÁTICA DE CRIAÇÃO DE ENREDO. 44 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE GRAFITE E PICHAÇÃO – STICKERS (ADESIVOS). 94 A DANÇA COMO FORMA DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA. 45 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIAÇÃO E APLICAÇÃO DA ARTE EM ESTÊNCIL. 95 A ARQUITETURA COMO FORMA DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA. 46 EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO SOBRE ARTE URBANA: CRIAÇÃO DE OPINIÃO E LEITURA DE IDEIA. 96 PRÁTICA DE INTERVENÇÃO NA IMAGEM POR DESENHO. 47 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE INTERVENÇÃO URBANA: EXPRESSÃO CORPORAL E CONSTRUÇÃO ARTÍSTICA. 97 CONHECENDO A ARTISTA: LAUREN KING – DESENHOS A PARTIR DE FOTOGRAFIAS ANTIGAS. 48 A ARTE RÚSTICA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: TEXTURAS NA MASSA. 98 CONHECENDO O ARTISTA: EDUARDO SRUR E SUAS INTERVENÇÕES URBANAS CONSCIENTIZADORAS. 49 A HISTÓRIA DO ARTESANATO 99 PRATICANDO RELEITURA DE OBRA DE ARTE – “A BONECA”, DE TARSILA DO AMARAL. 50 EXERCÍCIO DE OBSERVAÇÃO E INTERPRETAÇÃO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DO ARTESANATO.100 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE COR: “A REGATA EM ARGENTEUIL”, DE CLAUDE MONET. 01 – EXERCÍCIO PRÁTICO DE COMPOSIÇÃO COM MATERIAIS ALTERNATIVOS E TEXTURAS EM DESENHO. Cada vez mais artistas encontram forma de fazer seus trabalhos com o menor impacto possível ao meio ambiente. Um deles é o espanhol Lorenzo Duran, que usa apenas um bisturi e folhas que já caíram das árvores para fazer suas obras. Durante algum tempo, ele estudou sobre técnicas de cortar papel e pensou que isso poderia ser feito em folhas de árvores, e é aí onde ele faz surgir lindas figuras bastante detalhadas de animais, arabescos, entre outros desenhos. Para fazer cada uma delas, Duran primeiro faz um molde no papel, depois, cuidadosamente, faz os recortes na folha. O artista conta que é um processo bastante delicado e que nenhuma obra é repetida. Praticar a arte: Observe as imagens das composições feitas com folhas secas e outros elementos abaixo. Inspire-se nelas e na produção artística de Lorenzo Duran para criar o cabelo da personagem. 02 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA DE DESENHO COM DIFERENTES TIPOS DE LINHAS E CRIAÇÃO DE COMPOSIÇÃO ARTÍSTICA. Quando os pontos estão tão próximos entre si que se torna impossível identificá-los individualmente, cria-se a sensação de direção e movimento. Neste caso, essa cadeia de pontos se transforma em outro Elemento Visual distinto: a LINHA. A linha também é definida como um ponto em movimento. Isso é explicado pelo fato de que quando fazemos uma marca contínua (linha) assim que tocamos a superfície com o marcador (lápis, caneta ou qualquer outro instrumento) esse primeiro toque forma um ponto que movemos para a trajetória requerida. Nas ARTES, a linha tem uma enorme energia. A linha nunca é estática (Parada, sem movimento): A linha tem flexibilidade e liberdade: A linha tem propósito e direção, vai para algum lugar: A linha pode ser classificada: - Pela sua ESPESSURA (fina e grossa) - Pela sua FORMA (reta, sinuosa, quebrada ou mista). - Pelo seu TRAÇADO (cheia, tracejada, pontilhada, traço e ponto), ou por espiral. Praticar a arte: Pratique seus traços em desenho repetindo as formas sugeridas nos espaços. Em seguida, crie um desenho utilizando algumas delas. Aplique as cores que desejar: 03 – O FAZER ARTÍSTICO E SUAS FERRAMENTAS: O DESENHO FEITO A CARVÃO E O USO DE FERRAMENTAS ALTERNATIVAS. No mundo artístico, todos os tipos de materiais são aceitos sem preconceito, quando passam pelas mãos de artistas, transformam-se em verdadeiras obras de arte. Mas para o artista trabalhar e transformar uma simples superfície numa obra de arte, ele necessita de ferramentas que o ajudem a chegar a esse objetivo. Essas ferramentas muitas vezes são conhecidas por leigos, mas também podem ser objetos curiosamente adaptados pelo artista quando este requer uma técnica ou um visual diferente em seu trabalho. Os pintores de tela, por exemplo, costumam possuir uma caixa de ferramentas repleta dos mais variados tipos e tamanhos de pincéis, espátulas, paninhos, palitos etc. As ferramentas usadas pelos desenhistas que trabalham com as mais variadas superfícies são: caneta, carvão, pastel, caneta hidrocor, giz, lápis e lápis de cor, além da borracha, do apontador e do esfuminho. O esfuminho é uma ferramenta usada para esfumar ou sombrear um desenho feito a carvão vegetal, como mostram as figuras ao lado. Muitas vezes, na falta de um esfuminho para alcançar tal técnica de sombreamento, o desenhista utiliza o próprio dedo – ferramenta alternativa – para dar acabamento ao seu trabalho. Pode-se usa também algodão ou um contonete: Praticar a arte: No espaço abaixo, desenhe utilizando um pedaço de carvão vegetal. Experimente o sombreamento usando ferramentas alternativas, como o dedo, algodão ou cotonetes. 04 - O FAZER ARTÍSTICO E SUAS FERRAMENTAS ARTESANAIS: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA NA TÉCNICA DA DECOUPAGE. Os trabalhos artísticos baseados em recorte e colagem, chamados também de artesanais, utilizam ferramentas como cola, tesoura, fita métrica, esquadros e réguas. É um trabalho que requer muita habilidade, criatividade e bom gosto. Geralmente, os artistas que desenvolvem esse tipo de arte utilizam ferramentas improvisadas – alternativas – no desenvolvimento ou no acabamento de seus trabalhos, como por exemplo, os carretéis de linha, que podem ser usados para moldar circuferências (círculos) de diferentes tamanhos. Outra ferramenta usada como alternativa é o pincel, muitas vezes utilizado apenas para passar e distribuir cola sobre os objetos. Decoupage: saiba o que é, como fazer e aplicar com inspirações Você sabe recortar e colar? Então você sabe fazer decoupage. Basicamente é a isso que a técnica se refere, ou seja, colar recortes de papel na superfície de objetos conferindo a eles uma aparência final delicada. O termo decoupage – ou decoupagem – tem origem no verbo francês découper, que significa recortar, mas apesar do termo francês, a técnica se originou na Itália. Na época em que foi criada, a técnica era apenas uma maneira de driblar a falta de recursos e conseguir decorar a casa a um baixo custo. Os artesãos se valem de inúmeras técnicas a fim de trabalhar sua matéria-prima e transformá-la em objetos totalmente novos, mais bonitos e mais funcionais. Dentre as técnicas encontra-se a decoupage. A técnica da decoupage é a arte de recortar e colar papel decorado para revestir um objeto, que pode ser de vidro, metal, madeira ou tecido. Ou seja, você escolhe um papel bonito, com uma estampa que te agrade e o usa para revestir uma caixinha de bijuterias, por exemplo. Praticar a arte: Recorte a imagem abaixo com cuidado e aplique-o, através da técnica da decoupage em uma superfície mais resistente, como um pedaço de madeira, papelão, algum objeto, em uma pequena tela ou na capa do seu caderno de arte. 05 - O FAZER ARTÍSTICO E SUAS FERRAMENTAS: MATERIAIS ALTERNATIVOS E SUAS APLICAÇÕES. As ferramentas alternativas, como o próprio nome diz, são aquelas adaptadas pelo artista de acordo com suas necessidades. No período pré-histórico, o homem já registrava os acontecimentos do seu cotidiano e, para realizar tal registro, desenhava nas superfícies das pedras e nas paredes das cavernas. As ferramentas utilizadas naquele período e consideradas atualmente como ferramentas alternativas eram, entre outras, pedaços de carvão vegetal, sangue de animais, além de pedras e ossos que serviam como lápis e caneta para contornar as gravuras. Para o artista. É muito comum a busca de novidades na sua profissão. Afinal, uma das coisas mais interessantes no ramo artístico é a possibilidade de inovação. Materiais alternativos, como pó de café, açúcar, macarrão, legumes, sementes, molho de tomate, sucatas etc., também são muito utilizados por artistas que desejam criar uma arte original. Praticar a arte: Faça experimentações com materiais alternativos, como o pó de café, pétalas de flores de diferentes cores, sementes etc. Crie um desenho e aplique as cores que você encontrar nesses objetos. Identifique no espaço quais mateirias você usou. 06 – FERRAMENTAS ARTÍSTICAS: EXPERIMENTAÇÃO COM A ESCOVA DE DENTES E CANUDINHO. É muito comum encontramos objetos inusitados que ajudam os artistas na criação de técnicas diferentes e colaboram no desenvolvimento do seu trabalho artístico. O canudinho e a escova de dentes estão entre os materiais que permitem criar desenhos originais e personalizados. Praticar a arte: No espaço abaixo e com tintas de cores variadas, você criará desenhosusando uma escova de dentes e um canudinho. Pingue um pouco de tinta e vá soprando com o canudinho e veja como é fácil e divertido criar formas abstratas. Você deverá passar tinta nas cerdas da escova de dentes e, em seguida, com o dedo, espirrar sobre o papel. Ele ficará todo cheio de pontinhos. Essa técnica é usada pelos artistas para dar acabamento nos trabalhos de forma delicada e suave. 07 – O CÍRCULO E A ARTE: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA COM O COMPASSO. Uma das formas geométricas mais desenhadas e atraentes que exite é o círculo. Com ele, é possível criar desenhos incríveis. O compasso é a ferramenta utilizada na criação de desenhos de círculos, mas, na ausência dele, é possível utilizar objetos que, adaptados, o substituem. O compasso é um instrumento de desenho que faz arcos de circunferência. Também serve para marcar um segmento numa reta com comprimento igual a outro segmento dado, e resolver alguns tipos de problemas geométricos, como por exemplo construir um hexágono, ou achar o centro de uma circunferência. O compasso parabólico que conhecemos hoje foi inventado por Leonardo da Vinci. Praticar a arte: No espaço abaixo, crie uma composição artística apenas formada por círculos. Tente fazê-la sem o uso do compasso. Adapte materiais com essa forma para criar uma obra diferente. Você poderá utilizar o seu apontador, o rolo de fita adesiva, o vidrinho de tinta, uma tampinha etc. Você também poderá criar um compasso alternativo. 08 – A ARTE DIGITAL: PESQUISA SOBRE OS DIFERENTES TIPOS DE ARTE DIGITAL – MONTAGEM DE EXPOSIÇÃO DE IMAGENS. Existem vários modos de definir o conceito, mas pode-se afirmar que a arte digital engloba toda e qualquer manifestação artística executada com a ajuda de meios eletrônicos como computadores, smartphones ou similares. Tais aplicações artísticas podem estar expostas tanto em meios virtuais quanto em suportes tradicionais. Como exemplos de manifestações artísticas, temos a web art, as ilustrações digitais, as técnicas de video arte e os gifs. A arte digital foi possível devido ao surgimento das formas de arte contemporâneas, que começaram a ganhar força no período pós- guerra, quebrando seu vínculo com as tradições e regras rígidas do movimento modernista que, por sua vez, havia substituído as escolas de arte academicistas. A evolução das técnicas e dos suportes apontava cada vez mais para formas de arte flexíveis, inovadoras e que cruzassem barreiras consolidadas. Com o aparecimento dos primeiros computadores, de dimensões colossais e capacidade de processamento ínfima, artistas de vanguarda viram um novo espaço de experimentação aberto. Praticar a arte: A arte digital está cada vez mais presente no cotidiano do ser humano. As criações feitas por meio do computador (ferramenta contemporânea), além de originais, tem o poder de atrair pela perfeição. Faça uma pesquisa sobre arte digital, escolha uma e traga para a sala de aula para uma roda de conversa e montar uma exposição de imagens. Procure conhecer um pouco mais sobre cada uma delas e transmita para seus colegas de sala e professores. Quais são os tipos de arte digital? Por se tratar uma área em grande expansão, existem diversas maneiras de expressar esse movimento. Os resultados dessas criações podem ser admirados por meio de impressões gráficas ou nas telas de computadores, smartphones, tablets, televisões ou notebooks. Abaixo, listamos os principais tipos de arte digital que podemos encontrar facilmente quando estamos conectados em nossos dispositivos eletrônicos, são eles: ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ - Desenho vetorial: imagens que podem ser facilmente diminuídas ou aumentadas, conforme a necessidade do artista; - Pixel Art: técnica que envolve a criação de uma imagem por meio de manipulação individual de pixels e suas cores; - Desenho/ilustração: técnicas de criação gráfica que simulam a arte tradicional por meio de softwares específicos; - Animação digital: além da criação, a arte digital permite que esses materiais sejam animados em modelos bidimensionais ou tridimensionais; - Modelagem 3D: consiste na criação de esculturas e arquiteturas digitalmente. Esse trabalho pode se transformar em um material tão real que pode ser comparado a uma fotografia. Use o espaço ao lado para escrever as informações que você reuniu na sua pesquisa. Traga a imagem impressa para a sala de aula. 09 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA COM PIGMENTOS ALTERNATIVOS: O PÓ DE CAFÉ COMO PIGMENTO PARA A EXPRESSÃO ARTÍSTICA. No período pré-histórico, o homem registrava os acontecimentosde seu cotidiano por meio de pinturas feitas nas paredes das cavernas e nas superfícies de rochas. O sangue de animais era usado para pintar as gravuras e o carvão vegetal, para contorná-las. Um dos materiais alternativos usados por alguns artistas é o pó de café. Misturado com água, é possível criar pinturas interessantes e muito bonitas, como mostram as imagens abaixo. Praticar a arte: Com um pouco de pó de café misturado com água, crie uma composição artística. Você poderá usar um pincel ou até mesmo o próprio dedo para fazer um trabalho diferente. Faça esse exercício numa folha de sulfite ou canson. Crie um título para a sua obra. 10 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO SOBRE O FILME: “O TOURO FERDINANDO”. “O Touro Ferdinando” conta a história de um touro gigante com um grande coração. Depois de ser confundido com um animal perigoso, ele é capturado e arrancado de sua casa. Determinado a voltar para sua família, ele se une a uma equipe desajustada na aventura final. Situado na Espanha, Ferdinando prova que você não pode julgar ninguém pela sua aparência. 12. Por que Nina e o pai não puderam levar o touro para participar do festival das flores daquele ano? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 13. O que convenceu Ferdinando a ir para o festival das flores, contrariando Nina e o pai? a) Se a laranja cair até eu contar até 3... b) Se a pedra ainda estiver aí... c) Se esse ovo não chocar antés de eu contar até 10... 14. Como as pessoas reagiam ao verem Ferdinando passeando pelas ruas da cidade onde acontecia o festival? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 15. O que aconteceu para que o touro Ferdinando saísse correndo pelo festival assustando as pessoas? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 16. Ferdinando podia falar e ser entendido por todos ou só por outros animais? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 17. Descreva como foi a cena quando Ferdinando se esconde dentro da loja de patros da simpática velhinha. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 18. Qual é o nome da cabra, treinadora de touros? a) Laura. b) Lupe. c) Telma. 19. Como se chamavam os Ouriços? a) Pedro, Paula e Daniel. b) Pingo, Gota e Fofo. c) Una, dois e quatro. 20. Onde a cabra Lupe gostava de dormir? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 21. Quem era “El Primeiro” e o que procurava no Ranho Casa Del Toro? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 22. O que acontecia com os touros que não eram “bons de briga”? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 23. Descreva como é o cenário do abatedouro. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 24. Em que local o touro Ferdinando é capturado depois de fugir pela cidade de Madri? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 25. Durante o duelo com “El Primeiro”, na arena, Ferdinando estava realmente atacando o toureiro ou apenas se livrando dos ataques do humano? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 26. Por que Valente chama Ferdinando de “Touro da flor”? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 27. Como a cabra Lupe descobre o que é o “amor”? ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1. Como se chamavam os filhotes de touros que viviam no rancho? a) Jorge, Corajoso, Pedrinho e Tomás. b) Tonhão, Bravo, Cabeludo e Simpático. c) Ferdinando, Valente, Guapo e Magrão. 2. Como foi a reação de Ferdinando ao defender a flor que ele cultivava no pátio do rancho ao ser ameaçada pelo filhote Valente? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3. O que aconteceu com o pai de Ferdinando ao ser levado pelo caminhão para enfrentar o temido “El Matador”? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 4. Como se chamava o rancho onde vivia Ferdinando e seus amigos? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 5. Por que o pequeno Ferdinando quis fugir do rancho? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 6. Quem encontrou Ferdinando assustado escondido dentro de um celeiro e o que essa pessoa usava presa a orelha? a) Lúcia, com um brinco em forma de coração. b) Alice, com uma tiara de cristal. c) Nina, com uma flor branca. 7. Ao se tornarem melhores amigos, Nina e Ferdinando faziam várias coisas para se divertirem, cite algumas delas. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 8. Como se chamava o cachorro que já vivia na fazenda onde Ferdinando foi morar? a) Justin. b) Albert. c) Paco. 9. Como se chamava o galo que Ferdinando assustava ao acordar? a) Jhon. b) Jorge. c) Prince. 10. Como se chamava a galinha que Ferdinando tentou ensinar a voar? a) Joana. b) Maria. c) Suzie. 11. Por que o rabo de Paco balançava quando Ferdinando o chamava de irmão? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 11 – EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA COM SEMENTES: COLAGEM E TEXTURAS COM DIFERENTES SEMENTES. Cereais como milho, feijão, arroz e lentilha são usados na criação de obras artísticas. São materiais alternativos e, quando bem utilizados, deixam os trabalhos com aparência rústica e bastante atraente. Praticar a arte: Na mandala abaixo você irá preenchê-la com sementes dos mais variados tipos. Tenha em mãos pelo menos três tipos diferentes de grãos, sementes e cereias para poder deixar seu trabalho rico em cores e criatividade. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________ 12 – O ARTESANATO: EXPERIMENTANDO PRODUZIR UMA MÁSCARA DE PAPEL MACHÊ. O artesanato consiste em técnicas manuais para produzir objetos, peças e utensílios, inicialmente com matérias-primas naturais, como barro, pedra, couro, folha, fibra vegetal etc. Essas técnicas surgiram na Pré-história, em períodos remotos, e atravessaram todas as fases da civilização. Com o advento da Revolução Industrial, o artesanato perdeu força, pois as linhas de produção priorizavam objetos produzidos em série. Em geral, o artesanato é praticado por famílias, dentro de suas próprias casas ou em pequenas oficinas. Hoje, o artesão é identificado como aquele que produz objetos típicos da cultura popular. A característica do artesanato é que as peças produzidas pelos artesãos têm alguma função prática ou decorativa, com propósitos utilitários. As obras de arte são resultantes da necessidade de expressão dos artistas, sem propósitos comerciais definidos. De qualquer forma, há uma estética que orienta tanto os artesãos quanto os artistas. Praticar a arte: Faça uma máscara de papel machê seguindo as instruções: PASSO 1: Produzindo a base da máscara. Misture cola branca e água em uma tigela. Encha um balão (bexiga) até atingir o tamanho de uma cabeça. Rasgue tiras de jornal, mergulhe-as na cola branca com água e envolva o balão com elas. Cubra um pouco mais da metade do balão com duas camadas do jornal, que foi molhado na mistura de cola e água, e deixe tudo secar até o dia seguinte. PASSO 2: Continue a fazer a máscara. Molhe mais tiras de jornal na cola branca com água. Adicione mais duas camadas desse material à sua máscara e deixe-as secar também. No dia seguinte, depois que seu trabalho estiver bem seco, fure o balão e, em seguida, separe-o da máscara. PASSO 4: Decorando a máscara artesanal. Pinte sua máscara com tinta, canetinhas ou giz de cera. Se quiser, use também feijões ou outros grãos para fazer relevos, destacando, por exemplo, as sobrancelhas ou a boca. PASSO 3: Vamos finalizar a máscara. Peça ajuda ao seu professor para cortar a máscara no formato de um rosto, deixando buracos para os olhos e para a boca, se quiser. Misture cola branca e água em uma tigela. Encha um recepiente com pequenos pedaços rasgados de papel-toalha ou papel higiênico. Adicione a mistura de cola com água para tornar tudo uma pasta. Usando a pasta como uma espécie de argila, faça o nariz, a boca, as sobrancelhas e/ou o que mais quiser ter em sua máscara. 13 – A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO, DO ARTESANATO AO DESENHO INDUSTRIAL. PARTE 1. Antes do surgimento das indústrias, a maioria dos produtos era criada pelos artesãos. Os objetos eram desenhados e produzidos como únicos. O desenho ou o estilo do objeto, além de sua função, estava relacionado ao estilo e à habilidade do artesão. Com o início da industrialização e da produção em série, houve, primeiramente, a preocupação de reproduzir as formas desenvolvidas pelos artesãos, foi então que surgiu o desenho industrial , e seus pioneiros foram os próprios artesãos do passado recente. As formas dos objetos industrializados passaram a ser definidas por sua funcionalidade e beleza, pelas características e propriedades dos materiais utilizados e pela possibilidade de serem produzidos em quantidade significativas. Com o passar do tempo, o interesse em reduzir os custos e aumentar a produção fez com que o desenho se adequasse cada vez mais aos processos industriais. É neste momento que a indústria ou pelo designer, que procurará criar formas compatíveis com o processo de produção, abandonando as formas rebuscadas e optando por desenhos simples, baseados nas figuras geométricas. Com o crescimento da produção e a redução dos preços, ocorreu um grande aumento de consumidores. Isso fez com que os designers criassem modelos diferentes para atender àqueles que gostavam de formas longas e ovaladas e aos que apreciavam as formas mais bojudas e arredondadas, por exemplo. A simplificação mais radical das formas ocorreu na Alemanha, na escola denominada “Bauhaus”. Para os projetistas da Bauhaus, as formas deveriam ser puras, porém a aparente simplicidade não deveria esquecer a funcionalidade do objeto nem a criatividade do designer. Com o desenvolvimento tecnológico e o surgimento de novos materiais, a forma industrializada ganha maior liberdade. Ao mesmo tempo, a ideia de conforto passa a ser mais valorizada e a ergonomia, ciência que estuda as dimensões e os movimentos do corpo humano no trabalho, começa a ganhar destaque nos estudos e nas criações dos designers. Como o desejo de conforto não se limita aos períodos de trabalho, os designers desenvolvem seus produtos também para os momentos de descanso, como as poltronas Mole, Sheriff e Kilin, criadas por um dos pioneiros do desenho de móveis no Brasil, o arquiteto Sérgio Rodrigues. O desenho industrial não está apenas nos móveis, mas em todos os objetos produzidos pela indústria, de utensílios de cozinha até automóveis; de pequenos objetos, como talher, até máquinas de grande porte, como uma colheitadeira agrícola. Esta é a ampla experiência de trabalho do designer gaúcho José Carlos Bornancini, que projetou produtos dos mais variados e possui um deles – o jogo de talheres Camping, desenvolvido em conjunto com o arquiteto Nelson Ivan Petzold – incluído no Museu de Arte Moderna de Nova York. A tecnologia na produção de desenhos: Até pouco tempo, os desenhos eram produzidos manualmente, ou seja, o designer utilizada a prancheta, mesa específica para desenhos, réguas, esquadros e compassos para transferir suas ideias para o papel. Artistas como Sérgio Rodrigues e José Carlos Bornancini criavam seus produtos manualmente. Hoje a tecnologia utilizada nos processos de produção está rpesente também no ato de projetar. Os designers utilizam o computador para desenhar seus produtos e, com isso, facilitam a relação entre a criação e a industrialização. No entanto, não basta a tenologia. O fundamental são as ideias e as criações dos designers, considerados artistas do nosso tempo. São eles que definem o material, a forma, a cor e a textura, procurando sempre inovar com a técnica e arte. 14 – A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO, DO ARTESANATO AO DESENHO INDUSTRIAL. PARTE 2: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. Praticar a arte 1: Para produzir um objeto em série, ou seja, em grande quantidade, é necessário adequá-lo aos processos industriais. Para isso, o artesão dá lugar ao designer, ou desenhista industrial, para que este crie formas compatíveis com o processo de produção, abandonando as formas rebuscadas e optando por formas simples, baseadas em figuras geométricas. O artesão é um artista nato, e o desenho do objeto que produz, além de sua função, está relacionado a seu estilo e à sua habilidade. Neste exercício, você trabalhará como um artesão e usará palitos de picolé, tesoura, cola e muita imaginação para criar um modelo de cadeira. Observe as imagens a seguir para você se inspirar em sua obra. Depois de produzir a cadeira, você dará acabamento pintado-a, aplicando adesivos ou, se quiser, revestindo-a com um papel decorativo. Você escolhe. Aproveite para fazer uma exposição com todos os trabalhos da sala e conhecer a criatividade de seus colegas. Praticar a arte 2: José Carlos Bornancini foi um desenhista industrial que projetou produtos dos mais variados. Entre eles, o jogo de talheres Camping, o qual você já conheceu. Agora será a sua vez de trabalhar como um designerde talheres. Use a sua criatividade para criar um garfo, uma faca e uma colher diferentes dos padrões que já conhece. Use o espaço abaixo para este exercício . 15 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA ACERCA DOS TRABALHOS MANUAIS E COMPUTAÇÃO GRÁFICA: RODA DE DEBATE. Praticar a arte 1: Atualmente, os mais diversos produtos são projetados por meio do computador, trabalho realizado pelos designers ou desenhistas industriais, diferentemente do que aconteceia até pouco tempo, quando os artistas projetavam manualmente a sua arte. Será que você sabe distinguir quais são os trabalhos feitos por meio da computação gráfica e quais são os criados manualmente? Preste atenção nas imagens a seguir e discrimine-as utilizando M caso seja um produto produzido manualmente ou CG se for produzido por computação gráfica: Praticar a arte 2: Como você pode ver, a tecnologia está cada vez mais presente no desenho industrial, ou seja, na criação de móveis, talheres, desenhos cinematográficos etc. Diante dessa realidade, verificamos quanto essa ferramenta é utilizada na produção dos mais diversos produtos. Observe mais uma vez as imagens contidas no exercício anterior e responda ao que se pede: a) Qual imagem que mais chamou a sua atenção? b) A imagem escolhida é produzida por computação gráfica ou manualmente? c) Explique por que você escolheu essa imagem. d) Você prefere os desenhos feitos por meio da computação gráfica ou manualmente? Explique por quê. Depois de responder às questões do exercício anterior, leve suas respostas para a sala de aula e exponha-as numa roda de conversa. Ouça as respostas dos seus colegas e discuta a respeito, questionando, explicando e defendendo suas escolhas. Praticar a arte 3: Faça uma breve pesquisa sobre as diferenças entre os trabalhos de iustrações manuais e as ilustrações feitas por computação gráfica envolvidos em filmes, desenhos e livros para você debater em sala de aula: ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ 16 – A FOTOGRAFIA: A HISTÓRIA CONTADA ATRAVÉS DE IMAGENS. Registrar imagens é uma forma de resgatar momentos importantes e permitir que sua memória seja eternizada. Para tais registros, tronou-se muito comum o uso da máquina fotográfica. Ela sempre está presente em viagens, festas, reportagens e em eventos diversos. Mas como era quando ela ainda não existia? A necessidade de registrar imagens e acontecimentos sempre existiu na vida do homem, pois conhecer o passado é importante para entender e até mesmo viver o presente. Em virtude dessa necessidade, o homem começou a fazer registros por meio de pinturas desde a Pré-história. No Brasil, por exemplo, o artista Jean-Baptiste Debret, por meio de suas pinturas, registrou os usos, os costumes, as pessoas e os lugares que conheceu no Brasil no início do século XIX. Graças a essas obras, é possível ter a noção de como era o nosso país naquela época e, consequentemente, resgatar a sua história. Debret nasceu em Paris, capital da França, no dia 18 de abril de 1768. Estudou pintura com Louis David, que era um dos maiores artistas franceses da época. Entre os anos de 1816-1818, um grupo de 40 pessoas veio para o Brasil com a Missão Artística Francesa, dentre elas Debret, que, a convite do regente D. João, de Portugal, deveria criar uma escola de arte, a Academia Imperial de Belas-Artes, na cidade do Rio de Janeiro, e trabalhar como professor. Debret montou as duas primeiras exposições de arte no Brasil. Depois de 15 anos em terras brasileiras, o artista voltoupara a França, em 1831. Em seu país, escreveu sobre o Brasil e ilustrou suas histórias com pinturas em aquarela. O álbum, em três volumes, recebeu o título de “Viagem pitoresca e histórica ao Brasil”. Debret tinha como missão documentar o Brasil com desenhos e pinturas. Ele retratou o povo, os costumes, a paisagem, os acontecimentos importantes, a vida cotidiana do Rio de Janeiro e tudo o que achou necessário e interessante para um viajante. O quadro ao lado retrata uma cena de carnaval do início do século XIX. Quando Debret morou no Brasil, o carnaval, que tinha o nome de “entrudo”, era diferente. As pessoas saíam pelas ruas e jogavam uns nos outros, água, farinha, cal etc. A intenção era molhar e sujar as pessoas que passassem desprevinidas. Com seu trabalho artístico, Debret forneceu-nos informações de como era a sociedade brasileira do começo do século XIX. 17 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA COM FOTOGRAFIAS: MOMENTOS VIVIDOS. Praticar a arte 1: Usamos a máquina fotográfica para registrar momentos especiais em nossas vidas: uma viagem, um aniversário, um passeio da escola etc. Traga para a sala de aula fotos de eventos que, para você, foram inesquecíveis. Escolha as fotos que mais lhe agradam. Forme uma roda de conversa e, com o professor e os colegas, exponha suas fotos e responda as questões a seguir: a) Por que a foto foi escolhida? _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ b) Qual a data em que foi tirada? _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ c) Qual o local em que foi tirada? _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ d) Quem tirou a foto? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ e) Foi um dia comum ou um dia especial? Por que? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ f) Qual é o seu sentimento ao apreciar a foto? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ g) Quem são as pessoas que estão na foto? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ h) Descreva com suas palavras como foi esse dia. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ Praticar a arte 2: Ainda com as fotos que você escolheu, separe a de que você mais gostou e, no espaço a seguir, desenhe algo que seja relacionado a ela. Por exemplo, uma foto tirada numa linda praia, em um dia ensolarado, faz você lembrar-se do picolé de frutas que saboreou enquanto brincava na areia ou da brincadeira de bola com seus amigos e familiares. Vale o que lhe vier à cabeça. Aproveite para reviver aquele momento por meio do seu desenho. 18 – EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE OS CONCEITOS DE FOTOGRAFIA E MEMÓRIAS. Praticar a arte: Leia com atenção as questões e frases a seguir e complete a atividade com suas respostas. Se precisar de ajuda, use a parte teórica sobre a fotografia. 1. Qual é o tipo de máquina usada para registrar momentos especiais? 2. São registradas e nos ajudam a preservar momentos importantes. 3. É muito comum registrarmos os __________ e momentos especiais. 4. Além de viagens, as __________ também são ricas em momentos para serem registrados. 5. Resgatar momentos importantes é permitir que sua ________ seja eternizada. 6. A máquina fotográfica sempre está _________ nos momentos especiais de nossas vidas. Praticar a arte2: No início do século XIX, o artista Debret teve a missão de retratar a vida no Brasil. Ele executou esse trabalho por meio de suas pinturas, as quais nos permitem, até os dias atuais, conhecer melhor a nossa história. Neste exercício, você registrará imagens que fazem parte de sua vida. Utilizando-se do desenho, retrate o que se pede em cada espaço a seguir: 19 – AS MEMÓRIAS DE NOSSA VIDA: OS REGISTROS E AS LEMBRANÇAS DE QUEM SOMOS. Os registros que ficam dos nossos primeiros anos de vida influenciam a pessoa que nos tornamos e são essenciais para desvendar nosso verdadeiro eu e para cultivar relações mais saudáveis. Essas memórias permitem enxergar por trás de todas as fachadas e defesas, chegando ao fundo daquilo que a pessoa realmente é e não quem ela está tentando ser. E embora não possa mudar seu passado, você pode alterar a forma de entendê-lo e seguir em frente sob a luz dessa nova compreensão. Para que um acontecimento fique registrado na nossa memória de longo prazo, ele precisa ter mexido com nossas emoções. Mas isso não significa lembrar-se apenas de momentos em que experimentamos felicidade, tristeza ou medo intensos. A maioria das lembranças costuma ser bem trivial. Daí a importância de prestar atenção aos detalhes do que registramos, pois alguma coisa naquela situação nos tocou fundo – e é por isso que ela oferece um instantâneo da nossa essência. A compreensão das lembranças da infância não apenas explicará suas ações e reações no presente, como ajudará a direcionar comportamentos futuros. Isso vai permitir avaliar as marcas que que estarão carregamos para a vida adulta, e fará com que você não desconte seus traumas neles. Não se trata, portanto,de remoer o passado, mas de aprender a se relacionar com ele de maneira saudável, tornando-se uma pessoa mais serena e madura. Praticar a arte: Os momentos importantes de nossa vida são inesquecíveis. Ficam guardados na memória e são lembrados sempre. Relembre um dia que foi muito especial para você, com a família, com amigos ou conhecidos, e retrate-o no espaço a seguir. Depois exponha o seu trabalho aos seus colegas de sala, para que todos possam saber um pouco mais sobre você. Crie um título para a sua obra. 20 – EXERCÍCIO PRÁTICO DE ANÁLISE E RELEITURA DA OBRA DE DEBRET: “CENA DE CARNAVAL”. Praticar a arte 1: Debret registrou muito bem, com suas pinturas, os acontecimentos que achava interessantes. “Cena de carnaval” é um dos seus quadros. Olhando-o, podemos conhecer como essa festa, tão importante em nosso país, era comemorada séculos atrás. Faça uma análise da obra, reproduzida abaixo, e responda aos testes referentes a ela. Em seguida, numa roda de conversa, exponha as suas respostas e o seu ponto de vista: a) Para você, a obra acima é: b) O que mais lhe chama a atenção na obra: c) Se você pudesse alterar algo, mudaria: d) Em relação ao carnaval existente no país nos dias atuais, o registrado na obra é: Praticar a arte 2: Agora você fará uma releitura da obra de Debret. Para isso, use suas respostas como suporte. Acrescente ou retire itens da obra para modificá-la. Lembre-se de que releitura não é cópia. Você poderá alterar a obra de acordo com seu gosto e seu ponto de vista. 21 – NOSSA PERSONALIDADE TRADUZIDA EM IMAGENS: A MINHA VIDA E MINHAS RECORDAÇÕES. Praticar a arte 1: Viagens, festas, comemorações em geral são difíceis de esquecer, principalmente quando são aproveitadas do começo ao fim. Agora, você montará um pequeno painel usando recortes de jornais e revistas. Procure imagens que possam retratar seu cotidiano e dizer mais sobre você. 22 – A CULTURA BRASILEIRA: AS CONTRIBUIÇÕES DOS DIFERENTES POVOS E SEUS ARTISTAS: MANABU, ALFREDO E TOMIE. O Brasil é um país rico no que diz respeito à diversidade cultural, em razão da vinda e da presença de diferentes povos que permitiram que a formação da cultura brasileira fosse realiazada por diversas influências culturais. Por causa disso, as influências sofridas pela cultura brasileira são muitas e vieram dos portugueses, nossos colonizadores, dos indígenas, que aqui viviam, dos africanos, trazidos para o Brasil como escravos, e de imigrantes, principalmente a partir do século XIX. A probição do tráfico de escravos, em 1850, e a posteiror abolição da escravidão no Brasil, em 1888, foram fatos que impulsionaram a vinda de imigrantes para o Brasil. Italianos, japoneses, alemães, árabes, dentre outros, vieram para o Brasil em busca de terras e trabalho e de uma nova oportunidade de vida. Eram milhares de pessoas de diferentes idades e escolaridade, de níveis sociais variados, uma população formada por camponeses, comerciantes e trabalhadores de indústria. As influências deixadas por esses povos foram muitas, sendo responsáveis pela formação da cultura nacional. Vários artistas estavam entre os imigrantes que chegaram no país. Muito deles eram autodidatas e pintavam apenas nas horas vagas, pois, para sobreviver, exerciam outras profissões. Eram operários, professores, lavradores, açougueiros, pintores de parede, ourives etc. Entre eles estão: Manabu Mabe, artista japonês, chegou no Brasil ainda criança, em 1934. Trabalhava nas lavouras de café e pintava em dias de chuva. Sem condições financeiras para obter um ateliê, adaptou um no meio da lavoura de café para pintar paisaigens e naturezas-mortas, esta última, uma técnica em que são pintados objetos inanimados, como frutas, flores e livros. Ganhou vários prêmios em sua carreira artística, entre eles o de melhor pintor nacional da Quinta Bienal de São Paulo, em 1959. Manabu morreu em 1997, aos 73 anos de idade, na cidade de São Paulo. Manabu Mabe era conhecido no Brasil como “o samurai da pintura”. Suas telas eram marcadas por cores fortes e vibrantes e grandes dimensões. Alfredo Volpi, italiano, veio para o Brasil com os pais em 1897, um ano depois de seu nascimento. Desde pequeno, gostava de misturar tintas para criar novas cores. Trabalhou como decorador de interiores e pintor de painéis em paredes de mansões paulistanas. Fez sua primeira aquarela aos 16 anos de idade e aos 18 fez sua primeira pintura com tinta óleo sobre a tampa de uma caixa de charutos. Na década de 1940, passou a ter contato com pintores importantes que o influenciaram. Faleceu em 1988, na cidade de São Paulo. As obras de Alfredo Volpi são de grande contribuição para a arte moderna brasileira. Suas telas só eram feitas à luz do sol e com o uso de tintas fabricadas por ele mesmo, uma mistura de verniz com clara de ovo e pigmentos naturais (argila colorida, ferro, terra, óxidos etc.) Tomie Ohtake é outro nome importante quando se fala em artistas que chegaram ao Brasil. Nasceu no Japão, em 1913, e veio para o país aos 23 anos de idade. Começou sua carreira artística aos 40 anos. Além de pintora, Tomie também trabalhava com esculturas e gravuras. Seus trabalhos podem ser vistos em locais públicos, principalmente na cidade de São Paulo. Tomie Ohtake sempre encarou a arte com naturalidade e simplicidade, o que a torna uma artista singular. Em suas obras, todas abstratas, ou seja, que não representam objetos de nossa realidade, sabe aplicar as cores de maneira organizada e racional. Suas pinturas, formadas por linhas equilibradas e traços suaves, são apreciadas até mesmo por aqueles que não se idenficam com o abstracionismo. 23 – ARTISTAS IMIGRANTES: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA COM TOMIE OHTAKE, ALFREDO VOLPI E MANABU MABE. Praticar a arte 1: Alguns artistas imigraram para o Brasil ainda jovens. A presença desses artistas na cultura brasileira fez grande diferenca, pois através deles houve enriquecimento no campo das artes, cada um monstrando, por meio de suas obras, estilos diferentes. Retome à parte teórica sobre esses artistas e responda às questões: a) Dos três artistas imigrantes apresentados, com qual deles você se identifica ou de qual gostou mais? Por que? Pesquise mais um pouco sobre o artista que escolheu. Praticar a arte 2: Faça uma releitura de alguma obra do artista que você escolheu. Para a elaboração do seu trabalho, use cores diferentes das que o artista usou na obra original. Cole ao lado da sua releitura, uma pequena imagem da obra que você escolheu. 24 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE AS INFLUÊNCIAS DOS DIFERENTES POVOS NA CULTURA BRASILEIRA. Praticar a arte 1: A cultura brasileira é formada por diversos povos. São heranças ou influências que estão presentes no cotidiano dos brasileiros e que às vezes passam despercebidas, por exemplo, na culinária, no artesanato, na música etc. Faça uma pesquisa e complete os itens a seguir de acordo com o seu conhecimento no que diz respeito a algumas dessas influências. // Praticar a arte 2: Além dos seus colonizadores, os portugueses, o Brasil também recebeu influências importantes dos indígenas e dos africanos. A seguir, você pode ver imagens características do artesanato e da música desses povos, que, com seus costumes e diferenças, ajudaram a cultura nacional. Faça uma composição artística que contenha as imagens a seguir e pinte-a com cores bem alegres e vibrantes. 25 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA:CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE GENEALÓGICA. Praticar a arte: Você já parou para pensar sobre sua ascendência? Já perguntou de onde vieram seus avós ou bisavós? Faça uma pesquisa relacionada aos seus antepassados e descubra se na sua família existe algum parente que imigrou para o Brasil à procura de uma vida melhor. Utilize o esquema a seguir para construir sua árvore genealógica. Converse com seus familiares para preencher as informações. Complete os quadro com os dados que conseguir. Cole uma foto 3x4 de cada pessoa da sua família, se possível. 26 – HERANÇAS CULTURAIS: CANCIONEIRO POPULAR – PARÓDIA COM A CANÇÃO “BOI DA CARA PRETA”. As cantigas de roda e de ninar chegaram ao país por meio dos portugueses e por aqui permaneceram até os dias atuais. A música “Boi da cara preta” é uma dessas cantigas que, com a vinda para o Brasil, sofreu alteraçoes em sua letra pelos índios e pelos africanos que aqui se encontravam. BOI, BOI, BOI. BOI DA CARA PRETA. PEGA ESTA CRIANÇA QUE TEM MEDO DE CARETA. NÃO, NÃO, NÃO. NÃO PEGA ELE, NÃO. ELE É BONITINHO, ELE CHORA, COITADINHO. Praticar a arte 2: Depois de ter criado a sua paródia a partir da canção popular “Boi da cara preta”, faça um desenho para ilustrar a sua versão da música. Aplique as cores que desejar e crie um título para a música/desenho: Praticar a arte 1: Agora é a sua vez de fazer as alterações em “Boi da Cara Preta”. Em grupo, escolha as palavras expostas nos balões a seguir e refaça a letra da música conforme achar mais interessante. Se for necessário, utilize outras palavras escolhidas por você e seus colegas: ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ CÉU CRIANÇA CAMPO JOGO RODA DIVERTIDO AZUL BONITO ARCO-ÍRIS GATINHO PASSARINHO VOAR CORRE PULA QUIETINHO PEDRA 27 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA NAS OBRAS DE ALFREDO VOLPI E TOMIE OHTAKE. Praticar a arte 1: O imigrante e artista italiano Alfredo Volpi fez uma série de obras com o tema “Bandeirinhas”. São obras coloridas que usam apenas bandeirinhas de festas juninas e que ilustram o divertido mundo infantil. Com papel colorido, tesoura e cola, faça uma composição artística usando apenas bandeirinhas. O uso de barbante neste trabalho o deixará mais criativo e diferenciado. Praticar a arte 2: Tomie Ohtake começou a sua carreira artística só aos 40 anos de idade e seu estilo é o abstracionismo, marcado por formas não definidas, mas intendo de cores. Além das pinturas, Tomie Ohtake também realizou trabalhos de esculturas e gravuras. Os trabalhos abstracionistas podem contem formas geométricas ou apenas formas sinuosas. Crie uma obra abstrata no espaço a seguir. Ela pode ser formada por figuras geométricas ou apenas por linhas curvas. Da mesma forma que a artista, use cores fortes e vivas para deixar o seu trabalho mais bonito. Este trabalho poderá ser feito com tinta em papel. 28 – O BARROCO: ORIGEM E APRECIAÇÃO DO ESTILO. O Barroco é um estilo de arte que se desenvolveu na Europa, no século XVII. Originou-se na Itália e se espalhou por outros países, como a França, Espanha e Países Baixos (Holanda e Bélgica). Historicamente, o Barroco teve início no período da chamada Contra-reforma, quando a Igreja Católica tentava frear o avanço do protestantismo pela Europa. Na arte barroca, há o predomínio de situações contraditórias, variando entre o amor espiritual e o amor físico, o sagrado e o profano. Essas características contrastam com a proposta mais sóbria e racional do movimento artístico que o antecedeu, o Renascimento. A arte barroca retrata reis e as rainhas da época, mas também o povo. Uma das características marcantes da pintura barroca é o contraste de claro e escuro (luz e sombra). Um dos grandes precursores do chamado chiaroscuro foi o italiano Caravaggio (1571- 1610). Contudo, no Barroco, a técnica ganhou contornos mais leves, para apontar introspecção e religiosidade das figuras retratadas. Retrato e autorretrato: Um retrato pode ser uma fotografia, uma pintura ou qualquer outra representação artística que um artista faz de uma ou mais pessoas. O autorretrato é um retrato que o artista faz de si mesmo. Os suportes podem ser pintura em tela, grafite em papel ou, até mesmo, recorte e colagem. Enfim, são infinitas as formas que podem ser usadas pelos artistas para fazer um autorretrato. Na pintura, o autorretrato surgiu no Renascimento, graças a artistas como Leonardo da Vinci, e tornou-se mais frequente no Barroco. Um dos grandes mestres do estilo nesse período foi o pintor e gravurista holandês Rembrandt. Rembrandt nasceu na Holanda, em 1606, e viveu até 1669. Ele gostava muito de fazer autorretratos, tanto que chegou a pintar cerca de cem deles, desde sua juventude até sua velhice. Ao ser questionado sobre esse hábito, ele respondia “Quererão saber que espécie de pessoa eu fui”. Barroco no Brasil: No Brasil, o estilo barroco desenvolveu-se durante o século XVIII. Foi empregado por artistas em todas as regiões, principalmente nas cidades históricas de Minas Gerais, em Salvador (Bahia) e em Olinda (Pernambuco). A arte barroca no Brasil esteve presente, basicamente, nas igrejas católicas da época: na arquitetura, nos ornamentos, nas esculturas e nas pinturas. Mestre Ataíde: Manuel da Costa Ataíde foi um pintor do Barroco mineiro. Nasceu em Mariana, Minas Gerais, por volta de 1762, e morreu em 1830. Mestre Ataíde, como era conhecido, costumava representar madonas e anjos com traços bem brasileiros. Suas obras encontram-se, principalmente, nos tetos das igrejas. No teto da igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, ele retratou uma madona mulata, muito parecida com sua namorada, Maria do Carmo. Nos anjos, colocou aparência dos garotos mulatos de Vila Rica e de seus filhos. As cores usadas para pintar o teto dessa igreja são muito mais vivas e quentes do que as pinturas do barroco português. O anjo que aparece pintado com o cajado aos pés da madona é o artista Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814), que era amigo de Mestre Ataíde e também um dos grandes representantes da obra barroca no Brasil. Aleijadinho: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, é o artista brasileiro mais conhecido do Barroco brasileiro. Foi escultor, arquiteto e entalhador, e sua vida é cheia de mistérios. Suas obras mais famosas são o conjunto do Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo, um patrimônio histórico e artístico com 66 imagens esculpidas em madeira de cedro (1796-1799), e os 12 profetas em pedra-sabão (1800-1805). Muitos especialistas afirmam que foi Aleijadinho que fez o projeto arquitetônico da Igreja de São Franciscode Assis, além de todos os ornamentos de seu interior. Aos 40 anos, atacado por uma doença que o deixou deformado, sua obra ganhou contornos góticos, e sua técnica tornou-se ainda mais diferenciada e única. 29 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: ESCULTURA EM SABÃO – OS DOZE PROFETAS DE ALEIJADINHO. Dentre as principais obras produzidas por Aleijadinho, destacam-se “Os Doze profetas”, que se encontram na parte frontal da Basílica do Bom Jesus de Matozinhos na cidade de Congonhas do Campo, em Minas Gerais. São esculturas em pedra-sabão, criadas entre os anos de 1795 e 1805, representando os doze profetas, que são: Praticar a arte 1: Agora é a sua vez de criar um profeta. Aleijadinho usou a pedra-sabão, uma rocha pouco dura e ideal para esculpir. Com o uso da argila, do sabão ou até mesmo da massinha de modelar, você ficará livre para modelar um profeta. Como ele será? Ele terá um manto? Um gorro? Um livro em suas mãos? Use o espaço abaixo para criar o esboço (croqui) – projeto, da escultura do seu profeta. 30 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: O BARROCO E AS EMOÇÕES. A ALEGRIA E A TRISTEZA. Praticar a arte: Uma das características do Barroco é retratar situações contraditórias, como a alegria e a tristeza, razão e emoção. Para você, como seria uma obra com sentimento de tristeza e alegria? Desenvolva, nos espaços das molduras, um desenho para cada um desses sentimentos. Você pode usar diferentes técnicas artísticas como o desenho e colagem. 31 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE O CLARO E ESCURO E O AUTORRETRATO NO BARROCO. Uma das características marcantes da pintura barroca é o uso do claro e escuro formando regiões de luz e sombra na obra. As figuras abaixo são compostas de um jogo de luz e sombra. Observe que é através dessa técnica que o artista dá sensação de volume e realidade. Para criar o efeito de luz e sombra, você pode trabalhar com o lápis de grafite ou um lápis de cor, de preferência o preto. Basta diminuir ou amentar a intensidade da cor usada. Praticar a arte 2: Conforme sabemos, autorretrato é o retrato que o artista faz de si mesmo, com tinta a óleo, lápis de cor, giz de cera, grafite e até mesmo recorte e colagem. Selecione uma foto de seu rosto e, com base nela, faça um desenho de si mesmo no espaço abaixo. Use o material que achar mais interessante e divirta-se fazendo seu autorretrato. Praticar a arte 1: Exercite o uso de luz e sombra no espaço a seguir. Para isso, projete a sombra da árvore para a direção que você preferir. Você pode usar um lápis de cor ou o lápis de grafite comum. Lembre-se de aumentar e diminuir a intendidade da cor escolhida nos lugares corretos. Desenhe também outros elementos para incrementar sua atividade. 32 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA ACERCA DO BARROCO – AUTORRETRATO E PRÁTICA DE DESENHO DE FACE. Praticar a arte 1: Rembrandt, artista barroco, além de ser fascinado por pintar autorretratos, gostava de registrar as fases das emoções de sua vida. Como Rembrandt, registre, por meio de desenho, um ou mais momentos importantes da sua vida. Praticar a arte 2: Fazer desenhos de faces não é fácil. São muitos detalhes dos olhos, do nariz, e da boca. Vamos exercitar essa habilidade completando as partes do rosto do modelo proposto. Depois de desenhado, você poderá aplicar as cores que desejar. 33 – EXPERIMENTAÇÃO ACERCA DO BARROCO BRASILEIRO: MESTRE ATAÍDE E O TETO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS – MINAS GERAIS. Praticar a arte 1: Mestre Ataíde e Aleijadinho foram artistas que mais se destacaram no Barroco brasileiro. As pinturas de Mestre Ataíde, encontradas principalmente no teto de igrejas de Minas Gerais, são compostas de cores bem fortes e vivas, como mostra a figura a seguir. Algumas pessoas pintam o teto de alguns cômodos de sua residência, principalmente quartos, para poder apreciá-los enquanto estão deitadas. Se você tivesse a oportunidade de pintar o teto de seu quarto, como faria? Use o espaço abaixo para registrar a sua ideia. Lembre-se de usar cores fortes e vivas para deixá-las ainda mais atraente. Praticar a arte 2: Relacione os itens abaixo, que se relacionam ao Barroco no Brasil: I. Período em que o estilo Barroco se desenvolveu no Brasil. II. Localidades brasileiras por onde o Barroco se espalhou. III. Principal local em que a arte barroca se desenvolveu. IV. O que era representado por Mestre Ataíde em uas obras. V. Artistas do Barroco brasileiro. VI. Cores usadas por Mestre Ataíde. Igrejas Católicas Mestre Ataíde e Aleijadinho Anjos e madonas Século XVIII Vivas e quentes Cidas históricas de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco 34 – A CULTURA POPULAR BRASILEIRA: APRECIAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. Cultura popular é a manifestação cultural que surge de tradições e costumes de um povo. Envolve arte, folclore, dança, música, festas, literatura, entre outros. É transmitida de geração em geração e, na maioria das vezes, de forma oral. Seu agente principal é o povo, que não só produz, mas principalmente, participa dela. O Brasil é um país muito rico em cultura popular; e aqui, diversos ritmos e manifestações florescem de Norte a Sul, com características próprias em cada região. Isso ocorre porque a formação do povo brasileiro é marcada por uma diversidade de culturas, dentre as quais se destacam a cultura indígena, a européia e a africana. Os indígenas já ocupavam o país quando os colonos portugueses aqui chegaram; posteriormente, os africanos foram trazidos pelos colonizadores. Os portugueses e os africanos enriqueceram o país com seus costumes e tradições. Anos mais tarde, outros povos: os italianos, japoneses, espanhóis etc., vieram para cá e também contribuíram, significativamente, para a formação cultural do Brasil. São muitos os exemplos de expressão da cultura popular em nosso país: artesanato, carnaval, literatura de cordel, danças e festas folclóricas, capoeira, samba, cantigas de roda, samba, lendas urbanas, superstições, frevo etc. Sem falar na linda festa que se chama “Boi- Bumbá”. O Boi-Bumbá: essa festa é um espetáculo que mistura teatro, dança, música e técnica circense. Trata-se de uma das manifestações folclóricas mais conhecidas do Brasil, portanto é um exemplo de cultura popular. Por meio do canto e da dança, o povo conta a história da morte de um boi e de sua volta à vida. O personagem principal desse bailado popular é o boi. A brincadeira está centrada na história de um vaqueiro e sua mulher que, grávida, tem o desejo de comer língua de boi. Segundo a lenda, o marido, com medo do filho nascer doente, mata o boi preferido do patrão. O enredo de Boi-Bumbá é o mesmo em todo o país; no entanto, o espetáculo pode adquirir nomes, ritmos, formas de apresentação, vestuários, personagens, instrumentos, rituais, adereços e temas diversificados, dependendo do estado em que é representado. No Amazonas a festa do boi da cidade de Parintins, atrai turistas de vários lugares no mundo. No “bumbódromo” (local onde ocorrem as apresentações), as torcidas preparam-se para ver Caprichoso e Garantido. Eles representam uma das maiores manifestações folclóricas da região Norte. Na cidade de Parintins, Caprichoso e Garantido são dois grupos folclóricos que apresentam coreografias diferentes da lenda Boi-Bumbá; com roupas coloridas e típicas, esses grupos dão um toque de originalidade à apresentação. O grupo Garantido é representado pela cor vermelha, e o grupo Caprichoso é a azul. O enredo é encenado com um homem dançando embaixo da “carcaça” do boi. Ela é feita de uma armação de madeira recoberta de tecidovistoso e conduzida por dois vaqueiros, entre danças e trejeitos no meio da multidão. De repente, o boi é atingido por um golpe certeiro de um dos vaqueiros e morre. As cantorias passam a lamentar a morte do animal; segue sua partilha e o quase banquete, pois, nesse momento, o boi ressuscita, e a alegria é geral. A lenda do Boi-Bumbá é interpretada também por meio da música “Boi-Bumbá”, do compositor paraense Waldemar Henrique (1905-1995). Leia a letra da música a seguir: Boi-Bumbá Ele não sabe que dia é hoje! O céu forrado de veludo azul-marinho Veio ver devagarinho Onde o boi ia dançar Ele pediu pra não fazer muito ruído Que o santinho distraído Foi dormir sem se lembrar E vem de longe o eco surdo do bumbá Sambando A noite inteira encurralado batucando Bumba meu pai do campo Bumba meu boi bumbá Lá, liá, liá, liá E sabiá da mata cantador Lá, liá, liá, liá E sabiá da mata sofredor Irerê passarinho no sertão do Cariri Irerê meu companheiro Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria? A estrela Dalva lá no céu já vem surgindo Para ouvir galo cantar. Na minha rua resta cinza da fogueira Que passou a noite inteira Fagulhando para o ar E vem longe o eco surdo do bumbá Sambando Bumba meu pai do campo Bumba meu boi bumbá Praticar a arte: Apreciando a música do boi- bumbá, produza um desenho do boi assim como desejar. 35 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA DE RESIGNIFICAÇÃO DE CANTIGAS FOLCLÓRICAS: “A CANOA VIROU”. Praticar a arte 1: A música geralmente está presente nas manifestações e brincadeiras populares, como por exemplo, nas cantigas de roda – brincadeiras em que as crianças, de mãos dadas e em roda, cantam melodias folclóricas. Leia a letra da música: “A canoa virou” e, depois, substitua as palavras destacadas por outras. Complete os espaços deixados em branco: Praticar a arte 3: Depois de trocar os nomes e divertir-se cantando “A canoa virou” de forma diferente, use o espaço a seguir para escrever uma reportagem com base na cantiga. Conte o que aconteceu. Por que a canoa virou? E de quem foi a culpa? O que aconteceu com Maria? Crie um texto nos moldes das reportagens verídicas. Ilustre e compartilhe sua notícia. _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ Praticar a arte 2: Forme um grupo com seus colegas de sala. Cada grupo deve cantar a cantiga com o nome escolhido, mas de forma diferente. Cada grupo poderá transformar a canção folclórica em ritmo de rap, funk, samba, música sertaneja etc. Usem os nomes dos colegas para deixar o desafio mais divertido. Use o espaço abaixo para criar sua versão, ou criar uma paródia com o ritmo original. __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ A canoa virou (Versão folclórica) A canoa virou Pois deixaram ela virar Foi por causa da Maria Que não soube remar Se eu fosse um peixinho E soubesse nadar Eu tirava a Maria Lá do fundo do mar Siri pra cá Siri pra lá Maria é bela E quer casar. A canoa virou (Sua versão) A canoa virou Pois deixaram ela virar Foi por causa da__________ Que não soube remar Se eu fosse um peixinho E soubesse nadar Eu tirava a ______________ Lá do fundo do mar Siri pra cá Siri pra lá __________ é__________ E quer casar. 36 – EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO SOBRE HERANÇAS CULTURAIS. Praticar a arte 1: Os povos indígenas e africanos contribuíram muito para a formação cultural do Brasil. Tanto um quanto o outro possuem características, costumes e tradições que enriquecem o país. Nesta atividade, você irá exercitar seus conhecimentos sobre as heranças deixadas pelos indígenas e pelos africanos. Faça uma associação dos itens descritos a seguir com os seus percussores. HERANÇAS DEIXADAS PELOS ANTIGOS Andar descalço Iemanjá Berimbau Descansar na rede Samba Banho diário Canoa Leite de coco Armadilhas para caça Cana-de-açúcar Azeite de dendê Mandioca Cestos de palha Colares de miçangas e adornosde penas Tatuagens e pinturas corporais Praticar a arte 3: Além dos africanos e dos índios, outros povos, como os italianos, espanhóis, árabes e japoneses, contribuíram para o enriquecimento da cultura brasileira. Faça uma pesquisa e descubra as influências que a cultura brasileira recebeu desses povos. Vale pesquisar sobre culinária, danças, superstições etc. Depois, traga o resultado de sua pesquisa para a sala de aula e apresente-a aos colegas. Praticar a arte 2: Depois de ter completado os quadros da atividade anterior sobre as heranças deixadas pelos povos indígenas e africanos na cultura brasileira, escolha três delas e, em uma roda de conversa, sob orientação do professor, explique aos colegas a razão de sua escolha. ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ 37 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO SOBRE CULTURA POPULAR. Praticar a arte 1: A cultura popular surge das tradições e dos costumes de um povo. Trata-se de uma manifestação cultural que envolve arte, música, dança, folclore, literatura etc. A seguir você tem um conjunto de imagens que fazem parte de algum tipo de manifestação cultural. Identifique as suas definições e aproveite para aprender mais um pouco sobre cada uma delas. - Ritmo musical e dança brasileira com origem no estado de Pernambuco, misturando marcha, maxixe e elementos da capoeira. Foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. - Festa que se originou na Grécia, de 600 a 520 a.C. Por meio dessa festa, os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e para produção. - Gênero musical que deriva de um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras. - Gênero literário popular escrito, frequentemente, na forma rimada, originado em relatos orais e, depois, impresso em folhetos. - Expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música. - Trabalho manual ou produção de um artesão (aquele que produz objetos pertencentes à cultura popular). Praticar a arte 2: O boi-bumbá é uma das manifestações folclóricas mais conhecidas no Brasil. Para representar essa história, que, além de cantoria, envolve muita dança e dramatização, o boi é decorado artisticamente. A seguir, são apresentados dois bois para você enfeitar. Dê um nome para cada um deles, como ocorre na região Norte do país, com a competição entre os bois Caprichoso e Garantido, e deixe-os bem bonitos para uma festa folclórica. 38 – OS IORUBÁS: CONHECENDO AS RAÍZES AFRICANAS. Considerados um dos maiores grupos étnicos da Nigéria, os iorubás possuem uma cultura milenar e tradicionalmente africana. Falam a língua iorubá e vivem, em grande parte, no sudoeste da Nigéria. A formação deste povo deu-se em um núcleo aborígene muito antigo, criado em torno da cidade de Ifé, na Nigéria. A oralidade é uma tradição iorubá que se mantém até os dias atuais nos Poemas Sagrados de Ifá (Ifá é o nome de uma divindade africana). Por meio desses poemas, essa civilização preserva seu legado onde quer que esteja, na sua terra natal ou até mesmo em outras partes do mundo, como o continente americano. A palavra oral para os iorubás tem um peso sagrado, e é por meio dela que os costumes, as crenças e a herança dessa cultura podem ser transmitidos sucessivamente, de uma geração para outra.Com a leitura da poesia intitulada “Cuide de suas maneiras”, a seguir, pode-se ter uma noção da importância que esses povos dão à educação e à honra dentro dos seus costumes. A cultura iorubá espalhou-se pelo mundo e é praticada por mais de 100 milhões de pessoas em diversos países, entre eles o Reino Unido, Estados Unidos, Costa do Marfim, Haiti, Bahamas e Brasil. O Brasil tem uma forte ligação com essa cultura, trazida pelos africanos escravizados que aqui chegaram, procedentes da Nigéria. É a cultura africana, dentre outras, de maior influência no país, sendo a sua maior predominância no estado da Bahia. Os iorubás, ou nagôs, como também são conhecidos no Brasil, trouxeram ao país uma arte tradicionalmente africana, desenvolvida a partir de muita sensiblidade e habilidade técnica. Essa arte inclui cerâmicas, a tecelagem, as peças fundidas e os ornatos (enfeites ) de contas. Influência na música brasileira: É muito comum ouvir dizer que a música popular brasileira nasceu na África, pois foram os africanos, mais precisamente os iorubás, que deram ritmo às músicas nacionais. Os instrumentos musicais, principalmente os de percussão, foram introduzidos na cultura brasileira pelos africanos que aqui chegaram e, tornaram-se “ferramentas” essenciais nas composições e nos arranjos musicais. Congada, cavalhada e moçambique são ritmos africanos que conquistam e percorrem todo o Brasil. E o afoxé, trazido ao país pelos iorubás, também é um ritmo de forte presença na nossa cultura. Capoeira – Origem africana: Os africanos, ao chegarem no Brasil colônia no século XVI, trouxeram a tradição da dança ao som de músicas. Essa tradição seria usada mais tarde como uma forma de proteção, já que, sendo escravos, os maus-tratos e as práticas violentas eram constantes na vida deles. Sendo assim, uniram-se aos movimentos de suas danças um ritmo e os adaptaram a um tipo de luta: a capoeira. A capoeira é uma arte marcial que utiliza elementos da dança. Assim como a música, a dança e o ritmo, ela se tornou um forte instrumento de resistência cultural dos africanos que vieram para o Brasil. Os terreiros próximos às senzalas eram usados para a sua prática. A função da capoeira era aliviar o estresse do trabalho e manter a saúde física dos seus praticantes. O nome capoeira vem do local onde essa luta era praticada: em campos com pequenos arbustos que, na época, eram chamados de capoeira ou capoeirão. 39 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIAÇÃO DO POEMA E MESTRE BIMBA. Praticar a arte 1: Os “Poemas Sagrados de Ifá” são importantes na educação dos iorubás, pois é por meio deles que a sua cultura se preserva e pode ser trasnmitida de uma geração para outra. Na poesia “Cuide de suas maneiras”, pode-se perceber a preocupação desses povos em manter a boa educação para ser bem aceito na sociedade e viver melhor. Aproveitando o exemplo dos iorubás, e com ajuda de seu professor, crie uma poesia com as palavras a seguir. Algumas delas serão lidas na classe. Praticar a arte 2: Na história da capoeira surge um importante personagem: Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba. Ele foi o criador da capoeira regional baiana. Ele promoveu transformações nos apectos físicos e simbólicos da capoeira, incorporando técnicas de outras lutas, criando rituais, como por exemplo, o da formatura, incorporando à capoeira uma linguagem acadêmica, que aproximou, assim, da cultura das classes sociais mais elevadas. No espaço abaixo, desenhe uma roda de capoeira, crie as personagens e os instrumentos usados. Inspire-se na letra da música apresentada e nas imagens: 40 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIAÇÃO DE MÁSCARAS AFRICANAS. A criação de máscaras é uma arte tradicional para os iorubás. São usadas por eles em rituais de toda espécie, como, por exemplo, cerimônias religiosas, nascimentos, casamentos e funerais. Dependendo do tipo de ritual, a máscara será mais simples ou mais trabalhada. A seguir, seguem alguns exemplos de máscaras africanas. Praticar a arte 2: Nesse espaço você criará uma máscara africana mais elaborada, com maiores detalhes. Você pode aplicar miçanças e paetês, pedaços de papéis coloridos etc. Para decorar. Praticar a arte 1: Agora e a sua vez de criar máscaras. Como você faria uma máscara para ser usada num ritual mais simples? E como essa máscara seria para um ritual mais importante? Use os espaços a seguir para criar suas máscaras. Depois, apresente-as para a turma e veja qual a reação de seus colegas. Desenhe nesse primeiro espaço a sua máscara mais simples. 41 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: PRODUÇÃO DO CAXIXI – CHOCALHO E PRÁTICA MUSICAL. Grande parte dos ritmos brasileiros que envolvem a nossa música veio da África. O samba, sem dúvida, é o ritmo que mais sofreu influência dos africanos e é um dos mais contagiantes, pois envolve muita percussão, ou seja, é um ritmo formado por fortes batidas e sons diferenciados, que não deixam niguém ficar parado. Um instrumento de percussão muito usado na formação dos ritmos brasileiros, e trazido pelos africanos, é o chocalho, também conhecido por outros nomes, como caxixi e ganzá. Praticar a arte 2: Depois do chocalho pronto, é hora de usá-lo. O professor dividirá a classe em três ou quatro grupos. Cada integrante do grupo deverá estar com o seu chocalho. O professor escolherá para cada grupo um som diferente feito pelo chocalho e um som diferente feito oralmente; por exemplo: O grupo 1 vai chacoalhar duas vezes e fazer o som “Bá” com a boca; O grupo 2 vai chacoalhar três vezes e fazer o som “Tin” com a boca; O grupo 3 vai chacoalhar duas vezes e fazer o som “Bê” com a boca; Ogrupo 4 vai chacoalhar duas vezes e fazer o som “Dê” com a boca. Os grupos deverão ficar atentos aos sinais do professor-maestro, pois é ele quem vai administrar qual grupo entrará em ação. Através dessa atividade, você conhecerá um pouquinho de como um grupo musical ou uma orquestra funcionam. Vai poder trabalhar com o chocalho, um instrumento africano atraente e divertido, e também soltar a voz. Praticar a arte 1: Você criará um instrumento de percussão para poder chocoalhar e, quem sabe, criar um ritmo diferente com seus colegas. Para montá-lo, serão necessários: - Uma garrafa PET com tampa, vazia e limpa (pequena). - Uma porção de algum grão, como milhor, feijão ou arroz. Para chacoalhar o seu chocalho, você poderá usar diversos tipos de materiais, tais como: Como fazer o sedu chocalho: 1º - Com a garrafa limpa e seca, jogue a porção dos grãos dentro dela. 2º - Feche a garrafa com a tampa, você pode por cola na rosca da tampa para se certificar que seu chocalho não abrirá. 3º - Depois de fechado começe a decorá-lo como desejar. É só usar os materiais disponíveis e muita criatividade. 4º - Espere secar a tinta ou a cola que você usou no trabalho e depois é só chacoalhar. Praticar a arte 3: Os africanos possuem habilidades técnica e muitas sensibilidade para produzir a sua arte. Entre os produtos artísticos africanos, encontram-se às estampas com desenhos coloridos, que, na verdade, são símbolos que representam provérbios e aforismos (regras ditas em pequenas falas). Crie sua estampa no espaço reservado, usando como exemplo as figuras expostas a seguir: 42 – AS EXPRESSÕES DA ARTE URBANA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. Você sabia que há muita arte presente nas ruas das cidades? Ela pode estar em muros, viadutos e até mesmo no meio das praças. É chamada de arte urbana. Esse tipo de arte reúne expressões artísticas no nosso cotidiano. Ela se manifesta em forma de grafismo, instalações e intervenções em espaços urbanos. Grafite: O grafite é uma das principaisexpressões de arte urbana. É conhecido e praticado em todo o mundo. Durante muito tempo, foi visto como um ato de candalismo; entretanto, hoje, é aceito como uma manifestação artística. Na idade contemporânea, em que vivemos, essa manifestação artística surgiu em 1970, em Nova York, Estados Unidos. Inicialmente, eram apenas marcas nos muros e paredes das cidades, mas, aos poucos, com o uso de técnicas e desenhos diferenciados, foi se tornando uma arte mais sofisticada. O grafite chegou no Brasil somente no fim da década de 1970, na cidade de São Paulo. No início, havia muita influência norte- americana nos traços. Com o passar do tempo, no entanto, os brasileiros imprimiram sua marca, criando um estilo de grafite reconhecido como um dos melhores do mundo. Adesivos: Os adesivos decorativos são ilustrações feitas em vinil e fixadas em superfícies lisas, geralmente em muros ou paredes das grandes cidades. Esses adesivos também são colados em fachadas de lojas e comércios em geral para decorá-los. Nesse caso, imprimem um visual diferente às ruas das metrópoles. Esse tipo de arte é feito em indústrias, por essa razão, é muito mais fácil adquirir adesivos do que produzir o grafite. Arte em estêncil: Nessa técnica, o artista usa um molde de uma imagem ou desenho. O molde pode ser feito de vários materiais, como o papelão, por exemplo, e ser usado mais de uma vez. O importante é que seja rígido, mais fácil de recortar. Essa técnica começou a ser empregada para estampar tecidos. Em seguida, foi usada na criação de cartazes com objetivos políticos e, mias tarde, passou a estampar paredes e muros urbanos. Instalações urbanas: São obras artísticas expostas, por um período predeterminado, em espaços públicos. O objetivo dessas instalações é criar uma interação entre a obra e o espectador, que pode ser o de despertar nele sensações ou simplesmente chamar sua atenção. Intervenções urbanas: Nas ruas das grandes cidades, é possível assistir, em determinados dias, a uma cena de teatro. Esse é um exemplo da arte chamada intervenção urbana. A intervenção também pode ser feita por meio de cartazes, pinturas ou monumentos em um espaço público. Todas essas manifestações artísticas são expostas por um tempo determinado, isto é, elas não ficam para sempre no local. Conhecendo a “Call Parade”: Em 2012, foi realizada, nas avenidas de São Paulo, uma intervenção urbana chamada “Call Parade”, manifestação artística, em que orelhões foram objetos para a criação de uma verdadeira exposição ao ar livre e foram personalizados com pinturas realizadas por diferentes artistas. Intitulado Call Parade, o movimento começou em abril, quando artistas, designers, arquitetos e outros profissionais inscreveram seus trabalhos artísticos para uma seleção. Foram escolhidos projetos bem humorados e que remetem aos elementos culturais de São Paulo. Os vencedores já receberam as cúpulas dos orelhões e começaram a dar nova cara para os esquecidos telefones públicos. Qualquer tipo de arte urbana é uma intervenção no espaço em que se encontra. É uma forma de manifestação social feita por meio da arte. Quando não autorizada, a intervenção é considerada vandalismo, ou seja, um crime contra o patrimônio público. Entretanto, se feita de forma legal e organizada, torna-se um meio para questionamentos e reflexões diante dos acontecimentos no cotidiano do ser humano. trabalhar a arte com tal objetivo torna a obra ainda mais importante, pois ela tem o poder de transformar o ambiente e todos que convivem nele. 43 – EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS E CONCEITOS: OS TIPOS DE ARTE URBANA. Praticar a arte 1: Complete os espaços abaixo com o que você aprendeu sobre “Arte urbana”: Praticar a arte 3: Você conhece e entende um pouco mais sobre os diferentes tipos de arte urbana. Responda, com suas palavras, às questões a seguir. Leia as respostas para os seus colegas. Praticar a arte 2: Se você parar para observar, verá que a arte urbana está bastante presente no nosso cotidiano. Às vezes, não nos damos conta dessa realidade, pois já nos acostumamos com o espaço visual que nos cerca. Junto com o professor e com os colegas de sala, em uma roda de conversa, discuta a respeito desse tema e exponha o seu ponto de vista em relação às questões a seguir. Transforme a sua resposta em um texto dissertativo. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 44 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE GRAFITE E PICHAÇÃO – STICKERS (ADESIVOS). Praticar a arte 1: O grafite é considerado uma das principais expressões de arte urbana. Hoje é composto de novas técnicas e é aceito como uma manifestação artística, mas, anteriormente, quando era conhecido como pichação, era visto como ato de vandalismo. Na sua opinião, existe diferença entre o grafite e a pichação? Qual? Represente, nos muros a seguir, cada uma dessas formas de expressão com muitas cores. Praticara arte 2: Os adesivos decorativos aplicados em muros ou fachadas de lojas permitem um visual atraente e personalizado no espaço em que se encontram. Vamos aplicar, na imagem a seguir, os adesivos divertidos. Recorte e cole-os. Use a sua criatividade. 45 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIAÇÃO E APLICAÇÃO DA ARTE EM ESTÊNCIL. Praticar a arte: Na arte em estêncil, o artista usa um molde que pode ser utilizado mais de uma vez. Usado para estampar tecidos, muros e paredes, o estêncil deve ser feito de material resistente (papel cartão, trasnparência para projetor, papelão, papel paraná etc.), mas fácil de ser recortado. Recorte e cole em um papel mais duro o modelo apresentado abaixo para você aplicar no seu caderno de arte a técnica de pintura por estêncil. 46 – EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO SOBRE ARTE URBANA: CRIAÇÃO DE OPINIÃO E LEITURA DE IDEIA. Praticar a arte 1: Podemos experimentar cada uma das artes do grafismo: o grafite, os adesivos (stickers) e o estêncio. No espaço abaixo, aponte qual deles você mais gostou de fazer. Explique a sua resposta: Praticar a arte 3: Usando as características a seguir, classifique cada um dos tipos de grafismos pertencentes à arte urbana. A resposta é pessoal, portanto a sua poderá ser diferente da dos demais colegas. Praticar a arte 4: Vamos revezar os conceitos estudados sobre a arte urbana. Para isso, você deverá ligar as frases da primeira coluna às correspondentes informações mostradas na segunda coluna. Leiaos textos das duas colunas com aenção. Praticar a arte 2: Se você pudesse criar um molde para usar como estêncil, o que ele representaria? Faça o desenho do molde no espaço a seguir e explique por que você escolheu essa representação. É um meio de questionamentos e reflexões. Torna a obra ainda mais importante, pois ela tem o poder de transformar para melhor quem a criou, e principalmente, quem a aprecia. Intervenção no espaço. A intervenção urbana não legalizada. É possível fazer manifestações sociais, políticas e ideológicas. 47 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE INTERVENÇÃO URBANA: EXPRESSÃO CORPORAL E CONSTRUÇÃO ARTÍSTICA. Para que as intervenções artísticas aconteçam, é necessário um espaço, geralmente público, e obras já pertencentes àquele local. Essas intervenções podem ocorrer em forma de teatro ou por meio de manifestações, em que se usam cartazes, pinturas corporais etc. Praticar a arte 1: Seu professor irá dividir a sala em pequenos grupos que deverão criar intervenções. Imagine que a sala de aula é uma praça ou algo semelhante. Lembre-se de que uma intervenção urbana pode ser um meio para questionamentos e reflexões diante dos acontecimentos no cotidiano do ser humano. você pode usar como temas: limpeza nas salas de aula; respeito aos colegas; preservação da natureza etc. 1º Passo: Registre no espaço para anotação como será a sua intervenção urbana. Pense em como você reagirá, qual material usará, no recurso que precisará, como uma música ou um vídeo etc. Crie um título e um pequeno parágrafo para explicar sua intervenção. 2º Passo: Cole no espaço abaixo uma fotografia da sua intervenção ou peça a um colega de sala para escrever a opinião dele sobre sua arte. Praticar a arte 1: Imagine que você foi chamado para criar uma instalação urbana no meio do pátio da sua escola. Essa instalação terá como tema “A arte para todos” e deverá ser composta pelos objetos destacados ao lado do espaço. Praticar a arte 3: A arte urbana está presente no nosso dia a dia. Para onde quer que vamos, é possível encontrar esse tipo de arte manifestada em várias expressões: grafite, adesivos, estêncil, instalações e intervenções. Na imagem a seguir, você irá incluir algumas dessas formas de arte urbana. Você é quem escolherá qual delas irá usar. Em seguida, pinte a imagem e mostre-a aos seus colegas. Assim, vocês conhecerão um pouco da arte urbana de cada um. 48 – A ARTE RÚSTICA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: TEXTURAS NA MASSA. A arte rústica é aquela que vem geralmente do campo, produzida com matéria-prima local e feita de forma artesanal. Os produtos dessa arte são originais e diferentes dos industrializados, pois carregam consigo características únicas; cada peça apresenta um traço especial. No Brasil, esse tipo de trabalho é responsável pelo sustento de muitas famílias e comunidades. A arte rústica manifesta-se em várias formas de artesanato. Cestaria e trançados: A arte de trançar fibras é uma herança dos índios. Através do trançado de fibras, cordas, palhas etc. é possível produzir redes, chapéus, peneiras, balaios, esterias, entre outrous objetos e adornos. Eles podem ser decorados com diversas cores e formas. Embora produzidos no campo, esses produtos são encontrados facilmente nos centros urbanos, em comércios especializados ou até mesmo em lojas de grifes famosas internacionais. Esse tipo de artesanato é bastante comum nas regiões norte, nordeste e centro- oeste do Brasil, como no Pará, Amazonas, Bahia, Maranhão e Mato Grosso. Madeiras e seus entalhes: Esse tipo de Arte é muito conhecido e antigo. É uma atividade artesanal cujo propósito é transformar um simples desenho em relevo. As madeiras mais favoráveis a esse trabalho são as madeiras macias, por facilitarem o uso de ferramentas cortantes, comumente os formões. Esse material sempre foi muito apreciado, talvez por sua grande quantidade na natureza. O trabalho com a madeira não é difícil, mas exige muita paciência e dedicação. As ferramentas disponíveis no mercado ajudam bastante no trabalho e o resultado é cada vez mais satisfatório. O artesanato em madeira é um mercado em franca expansão e conquista novos admiradores a cada dia. Os bonecos de barro: A cerâmica é uma das formas de arte popular e de artesanato mais desenvolvidas no Brasil. Dividida entre cerâmica utilitária e figurativa, essa arte feita pelos índios misturou- se depois à tradição barrista européia, e aos padrões africanos, e desenvolveu-se em regiões propícias à extração de sua matéria-prima – o barro. Nas feiras e mercados do Nordeste, podem-se ver os bonecos de barro que reconstituem figuras típicas da região: cangaceiros, retirantes, vendedores, músicos e rendeiras. As tramas da renda: A renda é um tecido com padrão de orifícios e desenhos feitos à mão ou à máquina. Os tipos mais comuns são a renda de bilros e a renda de agulha. A renda de bilros é criada pela manipulação de numerosos fios, cada um deles presos a um bilro, sendo em geral trabalhada sobre uma almofada. As primeiras rendeiras surgiram na região nordeste do Brasil; elas elaboravam tramas confeccionadas com linho. Aos poucos este ofício, transmitido de mães para filhas, passou a ser exercitado com matérias-primas como algodão, seda, viscose, náilon e elastano. Os índios artesãos: Datada de antes da chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil, e que se mantém viva até os dias atuais, a arte indígena é um patrimônio sócio-cultural de um povo que viveu a raiz do Brasil, que sobreviveu e fez sua arte daquilo que compõe cada hectare de terra brasileira, com o uso das penas das aves que aqui voavam, das plantas para extrair as tintas e da terra para produzir as belas peças de cerâmica. Penas, tinta, palha e argila são quatro dos materiais mais utilizados pelos indígenas nas confecções de seus utensílios, que se tornaram arte. Mas também tinha a pena de aves silvestres, as tintas oriundas do extrato de plantas nativas, a palha vinda da selva e a argila vinda direto do chão pisado pelos índios durante suas peregrinações pela terra. Praticar a arte: Desenhando na argila commacarrão. Separe um pedaço da argila (Também podemos usar massa de modelar ou massa de biscuit). Selecione vários tipos de macarrões que possuam texturas e formatos diferentes. Você também poderá usar objetos e demais ferramentas que te possibilitem carimbar a massa para criar desenhos. Deixe a sua criatividade fluir. Depois de seco você pode pintar com as cores que desejar. 49 – A HISTÓRIA DO ARTESANATO A origem: O homem sempre teve a necessidade de produzir objetos para ajudálo em suas atividades. Já na época em que ele vivia nas cavernas, produzia objetos com as próprias mãos: polia pedras, tecia fibras e trabalhava com o barro. Podemos dizer que foi assim que surgiu o artesanato. Os materiais empregados na produção de artesanato são variados e, geralmente, de baixo custo. Costumam ser extraídos do próprio local onde ele é produzido. Alguns exemplos são barro, madeira, ferro, fibras vegetais e outras de origem animal, como o couro e chifres. Os objetos artesanais podem ser classificaods como populares, folclóricos ou eruditos e criados com várias funções: utilitária, decorativa, religiosa ou lúdica. E mesmo produzido no campo, são comercializados e muito utilizados na cidade. Um dos significados da palavra “rústico” é “simples, sem acabamento”. No entanto, quando se fala em artesanato como arte rústica, não significa que ele seja um produto mal acabado. Esse termo é usado para se referir a um produto desenvolvido por um processo artesanal, diferente do industrializado. O Protagonista Artesão: O artesão é a pessoa que faz objetos com a próprias mãos. Cada peça feita pelo artesão tem uma marca, ou seja, mesmo que as peças sejam parecidas, elas sempre tem características diferentes, pois o artesão as elabora de forma particular e única. As ferramentas utilizadas pelo artesão, na maioria das vezes, são desenvolvidas por ele mesmo, pois são criadas de acordo com a sua necessidade. O artesão pode criar os objetos ou reproduzir os que ele herdou de outras gerações, ou seja, da tradição familiar. Praticar a arte 1: A arte rústica é a que é desenvolvida no campo. Um dos produtos rústicos ou artesanais mais usados e lembrados, quando se fala em arte rústica, são as peças em cerâmica. Esses artigos costumam ser usados para decorar ou para guardar mantimentos. Sob a orientação do professor, crie peças de cerâmica, com uma pequena quantidade de argila. Faça dois modelos, um maior e outro menor. Você também poderá usa massa de biscuit ou massinha de modelar. Antes de começar sua modelagem artística, desenhe no espaço abaixo o projeto das suas peças. Não se esqueça de pensar na utilidade dela, será para adorno ou terá uma função específica? Terá alças? Tampas? Capriche no projeto. Praticar a arte 2: Observe com atenção as imagens a seguir e assinale as que são consideradas arte rústica. Lembre-se de que os produtos desse tipo de arte são feitos à mão e individualmente. Praticar a arte 3: Observe os modelos de detalhes dos vasos de argila a seguir. Inspire-se para você criar seus próprios ornamentos no modelo ao lado. / 50 – EXERCÍCIO DE OBSERVAÇÃO E INTERPRETAÇÃO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DO ARTESANATO. Praticar a arte 1: A maior característica de um artesão é produzir objetos com as próprias mãos. Por essa razão, as peça, mesmo que semelhantes, nunca serão iguais umas às outras. É daí que nascem a originalidade e o diferencial de uma peça de artesanato. Observe as imagens de objetos rústicos ou artesanais e relacione o artesão aos objetos que ele produziu, de acordo com a numeração das imagens. Praticar a arte 3: Crie com barbante, trançados para decorar o pote artesanal. Voce poderá criar em cima da imagem abaixo ou, se preferir, fora dele e, depois, colar o trançado em sua superfície. Você também poderá usar barbantes de várias espessuras e cores. Praticar a arte 2: Entalhar madeira é um trabalho artesanal. Quando feito com capricho e dedicação, o produto tem um resultado maravilhoso. As madeiras usadas nesse tipo de artesanato são macias, facilitando o manuseio das ferramentas próprias para esse trabalho. Ao entalhar a madeira, o artesão cria um desenho em relevo no objeto, transformando-o numa peça especial. Na ilustração da placa de madeira que se encontra a seguir, crie desenhos que, na sua imaginação, poderiam ser entalhados. 51 – OS INSTRUMENTOS MUSICAIS: CONCEITUAÇÃO E APRECIAÇÃO DE IMAGEM. O que são instrumentos musicais? São objetos destinados a produzir sons para se fazer música, podendo substituir ou acompanhar a voz. A voz, as mãos e os pés foram os primeiros instrumentos musicais do homem. A voz emite sons em forma de melodia e as mãos e os pés produzem sons em forma de ritmo. A voz, as mãos e os pés podem emitir sons ao mesmo tempo, em harmonia. Além de produzir sons com a voz, as mãos e os pés, os seres humanos, há muito tempo, vêm criando instrumentos musicais com esse objetivo. Os primeiros instrumentos desenvolvidos foram os de persussão. Depois, vieram os de sopro, os de cordas, os de teclas e, finalmente, os eletrônicos, assim como os alternativos, que há todo momento, surgem trazendo novidades. Percussão: São mais utilizados para produzir o ritmo da música. Alguns são tocados com as mãos e outros, com baquetas. Sopro: São aqueles que, quando soprados, produzem sons. Esses instrumentos são constituídos de um tubo longo ou curto. A maioria deles possui buracos ou botões no tubo, os quais, quando tapados ou apertados, produzem tons diferentes. Corda: Nestes instrumentos, o som é produzido por meio de cordas. Os instrumentos de cordas, assim como os de sopro, são mais utilizados para a execução da melodia. Alguns são tocados com arcos, outros com os dedos ou palhetas. Teclas: Há ainda os instrumentos de teclas. Esses instrumentos podem ser feitos de forma mecânica, produzindo sons através de vibrações de peças ou eletrônicos. Eletrônicos: São aqueles em que o som é produzido e amplificado por meio da eletricidade. Cada instrumento musical de percussão, sopro, cordas, teclas e eletrônicos tem uma sonoridade característica, que é chamada de timbre. É pelo timbre que podemos identificar qual instrumento está sendo tocado. Alguns instrumentos musicais eletrônicos são capazes de produzir timbres parecidos com o de diversos outros instrumentos, como o teclado. Para tocar uma música, não precisamos utilizar apenas instrumentos musicais tradicionais, como os que vimos até agora. À maneira de alguns músicos, podemos inventar instrumentos musicais utilizando objetos e sucatas (por exemplo, latas, garrafas, tubos e bacias, assim como faz o músico Hermeto Pascoal, ou mesmo o nosso corpo, como o artista Naná Vasconcelos. As notas musicais: Por meio das notas musicais e com muita criatividade é o que os músicos criam ritmos diferentes e atraentes aos nossos ouvidos. As notas musicais representam os sons empregados numa música. As sete notas sucessivamente, ou seja, uma seguida da outra, formam uma série de sons que recebe o nome de escala. Até o século XI, as notas musicais não tinham nomes. Foi Guido d´Arezzo (992-1050), monge italiano, quem criou nomes para elas, os quais permanecem até os dias atuais. 52 – EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO E EXPRESSÃO MUSICAL. Os primeiros instrumentos musicias usados pelo homem foram a voz, as mãos e os pés. Se prestar atenção, você verá que o corpo pode produzir grande variedade de sons. Além de palmas, batidas de pé e voz, também é possível produzir som com o estalar dos dedos, com a respiração e a inspiração e até mesmo com movimentos de boca e língua. Praticar a arte 4: há muito tempo, o homem vem criando instrumentos musicais que se dividem em quatro tipos: os de percussão, os de sopro, os de cordas e os de teclas, alémdos alternativos e os eletrônicos. Complete as frases com a palavra correta. Consulte o banco de palavras para orientar-se. Praticar a arte 1: Com o auxílio do professor, formem grupos de 3 ou 4 pessoas. Cada grupo ficará encarregado de produzir som com uma parte do corpo. - Grupo I: Som com a boca - Grupo II: Som com as mãos - Grupo III: Som com os pés Essa será uma forma divertida de observar e aprender como é possível criar sons utilizando partes do corpo. Para se inspirar, assista aos vídeo do grupo “Barbatuques”. Praticar a arte 2: Criar sons diversos com as partes do corpo é divertido e engraçado. Com os olhos vendados (ou virado de costas para outro participante), tente descobrir qual parte do corpo ele está usando para produzir um som. Praticar a arte 3: Através da dança nosso corpo responde aos estímulos que os sons nos transmite. Identifique os tipos de dança para cada representação dos pés. Praticar a arte 5: No desenho a seguir, há diferentes instrumentos musicais. Após pintar, classifique-os como instrumentos de percussão, sopro, cordas, teclas, alternativos ou eletrônicos: SAPATEADO BALÉ SAMBA DANÇA DO VENTRE BOLERO DANÇA INDIANA HIP HOP VALSA 53 – EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO E PRÁTICA ARTÍSTICA: AS NOTAS MUSICAIS. Praticar a arte 1: É por meio das notas musicais que os músicos criam diversos ritmos. Responda às questões relacionadas a esse tema. a. Quantas são as notas musicais? _____________________________________________________ b. Escreva nos espaços os nomes de cada nota musical. Praticar a arte 3: Crie um desenho para cada nota musical. Se preferir, pode aproveitar as ideias do exercício anterior. Use o espaço a seguir para desenvolver a atividade. Praticar a arte 2: Uma das formas de memorizar as sete notas musicais é criar nomes a partir de suas sílabas, por exemplo: MI – Mingau, FÁ – Farofa, e assim por diante. Crie nomes com as sílabas das notas musicais e memorize-as. 54 – A ARTE ANCESTRAL: OS ÍNDIOS E SUA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. Pintura Corporal: As pinturas são utilizadas pelos indígenas com o objetivo de enfeitar seus corpos em diversos rituais e também como uma forma de proteção contra insetos, contra o sol e contra os maus espíritos. Os indígenas acreditam que as pinturas, quando bem feitas, são capazes de lhes garantir sorte em atividades como a caça, a pesca, as viagens e as guerras. Cada tribo desenvolve seu padrão de pintura conforme seu modo de viver. Em geral, para os dias comuns, a pintura é simples. Quando se trata de festas ou lutas, ela se torna mais requintada, ocupando não só o corpo, mas também a face. Na região do Xingu, em Mato Grosso, os indígenas pintam seus corpos e faces para um ritual chamado “Quarup”, cujo objetivo é homenagear os mortos ilustres. Em algumas tribos, a pintura corporal é função feminina, ou seja, é a mulher quem pinta o corpo do marido e de seus filhos. As tintas usadas pelos indígenas para sua arte corporal são retiradas de plantas e frutos, como o urucum e o jenipapo, e da tabatinga (pó de calcário). As cores retiradas da natureza são: o branco, vindo da tabatinga (calcário), o vermelho, vindo do urucum (coloral) e o preto esverdeado, extraído do jenipapo. A geometria indígena: A geometria está presente nos desenhos que os povos indígenas fazem em seus pinturas corporais e em seu artesanato. Triângulos, quadrados, círculos, linhas e pontos são alguns exemplos de desenhos feitos pelos indígenas para decorar esteiras, cestos e artigos de couro. A arte com as penas e plumas: A arte plumária é usada como enfeite pelos povos indígenas. Os cocares, as máscaras, as aplicações no corpo, os acessórios e os mantos são confeccionados para se tornarem ornamentos elegantes e chamativos. Para isso, as penas e as plumas dos pássaros são bastantes úteis. Pinturas e enfeites com plumas ou outros materiais mostram a importancia o índio n tribo. O cocar: O cocar, além de ser um adorno de grande beleza, simboliza, em algumas aldeias, a posição ocupada pelos membros da tribo, indicando, por exemplo, a posição de chefe. É por meio da disposição das cores no cocar que essa representação é feita. Além da pintura corporal e dos enfeites com penas e plumas, os indígenas usam também sementes de plantas e dentes e ossos de animais em cocares, pulseiras, colares e máscaras. É comum as crianças e jovens usarem enfeites em seu corpo, ao se tornatem adultos, não usarem mais. Um chefe, por exemplo, enfeita-se de modo diferente dos demais índios. 55 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE A ARTE INDÍGENA: PINTURA FACIAL, MATÉRIA-PRIMA NATURAL E PADRÕES GEOMÉTRICOS. A arte indígena possui muitos costumes, entre les a pintura corporal. Com tintas retiradas da própria natureza, os povos indígenas enfeitam-se para caçar, lutar, viajar e pescar. Para cada ocasião, existe um tipo de pintura, podendo esta ser corporal ou apenas facial. Praticar a arte 3: Os povos indígenas sabem usufruir da natureza sem destruí-la e criam produtos originais e personalizados. De alguns frutos, eles retiram a tinta necessária para a pintura do corpo e, dos pássaros, obtém as penas para seus ornamentos. De acordo com esse fato, relacione os itens, escrevendo o número correspondente à cada imagem: Praticar a arte 1: Neste exercício você ira transformar as nossas personagens em índios. Caracterize-as de acordo com a ocasição e o tipo de atividade que a mulher e o homem exercerão. Não se esqueça de que os povos indígenas adoram se enfeitar e, para isso, usam penas e plumas de muitas cores. Praticar a arte 3: Os costumes dos povos indígenas são importantes para a manutenção e a preservação de sua cultura. Eles usam naturalmente a geometria em suas pinturas de maneira criativa e original. Oberve as figuras a seguir e complete-as com os desenhos geométricos. Aplique as cores que desejar. Praticar a arte 2: De acordo com o exercício anterior responda às questões: 56 - EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA SOBRE OS PADRÕES GEOMÉTRICOS NA ARTE INDÍGENA E O FILTRO DOS SONHOS. Praticar a arte 1: No quadro a seguir, há diversos desenhos geométricos para você decorar as faixas como quiser. Existe apenas uma regra: todos os desenhos deverão ser usados. Procure a melhor forma de criar padrões entre eles, encaixando-os da melhor forma. Aplique as cores que desejar. Praticar a arte 2: Os povos indígenas não usam as penas somente na fabricação de cocares. Eles as usam também na produção de brincos, colares e amuletos (objetos que dão sorte), como mostra a imagem a seguir. Como seria o seu amuleto? Desenhe-o no espaço ao lado da imagem e não se esqueca das penas, pois elas o deixarão mais bonito. O apanhador dos sonhos é um amuleto de proteção que a cada dia que passa ganha mais popularidade. Também é muito conhecido como filtro dos sonhos. Sem dúvidas, você já deve ter visto um por aí, seja em tatuagens, decoração de casas e ou até mesmo grafites pela cidade. Ele tem origem indígena norte- americana, recebe vários nomes e seus materiais traduzem mais alguns símbolos. A sua origem advém da cultura indígena norte americana, surgindo dentro da tribo Ojibwa. Eles habitavam a região dos grandes lagos da América do Norte e acreditavam que uma das mais importantes tarefas na vida era decifrar os sonhos. Pois, eram eles quem traziam as mensagens sobre a natureza e a vida. Sendo verdadeiros mensageiros do universo. E é por essa função que o apanhador dos sonhos é tão conhecido e importante. 57 – CONHECENDO O ARTISTA: MAURITS CORNELIS ESCHER. CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. Maurits CornelisEscher (Leeuwarden, Países Baixos, 17 de junho de 1898 - Hilversum, Países Baixos, 27 de março de 1972) é um dos mais conhecidos e celebrados artistas gráficos modernos. Além do trabalho como artista gráfico, ele desenvolveu livros ilustrados, tapeçarias, selos postais e murais. Filho caçula de um engenheiro civil, muda-se com a família aos 5 anos de idade para Arnhem, onde passa a maior parte de sua juventude. Após reprovação em seu exame do ensino médio, Escher decide matricular-se na Escola de Arquitetura e Artes Decorativas em Haarlem no curso de arquitetura. Após uma semana apenas, informou ao seu pai que preferia estudar artes gráficas em vez de arquitetura. Foi aluno de Samuel Jessurun de Mesquita, a quem havia mostrado seus desenhos e linogravuras (variação da xilogravura utilizando linóleo), e que o encorajou a continuar com tal trabalho. É com este mesmo professor que Escher aprenderia as técnicas de desenho e se apaixonaria pela arte da gravura. Estilo artístico: Escher desenvolveu uma vasta obra gráfica, sobretudo em xilografia e litografia, a partir de conceitos matemáticos. Com perícia técnica na gravura, Escher subverteu os princípios da perspetiva para criar estruturas impossíveis. Em ruptura da arte contemporânea, encontrou um novo campo de inspiração entre a bidimensionalidade do papel ou da tela e a realidade tridimensional. Influenciado pelo padrões geométricos, Escher desconstrói-lhes a previsibilidade, acrescentando-lhes movimentos de translação, rotação, reflexão, ou seja, transformações isométricas que permitem movimentar a figura no espaço. Influenciado pela arte islâmica e, em particular pelo geometrismo da decoração azulejar, algumas das composições de Escher derivam da divisão regular do plano numa matriz em que se inserem figuras que se repetem e transfiguram. Praticar a arte: Conhecendo o artista Escher e seu estilo artístico você criará uma pavimentação com o elemento sugerido. Observe o passo a passo. Depois de pronto aplique as cores que desejar. 58 – CONHECENDO O ARTISTA: FRIEDENSREICH HUNDERTWASSER – “AS CINCO PELES”. Hundertwasser foi um criador visionário para sua época, ativista ecológico, defensor da natureza, do bem-estar e da arte, dedicou sua vida e sua produção às mensagens de paz e harmonia do homem com a natureza, bem como o incentivo à criatividade individual nata de cada ser. Friedensreich Hundertwasse nasceu no ano de 1928, em Viena. Filho único e de família judia, foi criado pela mãe viúva que lutava para proteger seu filho da tensão da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, fugindo e se escondendo do exército do Terceiro Reich para poder sobreviver. Desde cedo Hundertwasser já demonstrava seu potencial criativo e sua propensão artística, quando em 1948 entra na Academia de Belas Artes em Viena, onde mesmo apesar de ser respeitado e admirado entre seus colegas e professores, não chega a completar seus estudos por considerar a instituição seguidora de modismos modernistas que iam contra o que ele acreditava ser arte. Cidadão do mundo e dono de um olhar curioso, passou e morou em diversos lugares durante sua vida, se mostrando sempre apaixonado por descobrir outras culturas, ganhava facilmente a simpatia por onde passava. É em Paris que suas atividades artísticas são desenvolvidas mais intensamente, e onde, aos poucos, olhares foram se voltando para sua produção. Apesar de não se enquadrar no universo da arte moderna que nascia na cidade, conseguia ganhar respeito e conquistar seu espaço pela postura que tomava frente a arte e aos artistas. “As cinco peles”: Com o passar dos anos, desenvolveu manifestos onde apresentava pontos importantes para uma nova concepção de mundo, onde homem e natureza eram colocados em um corpo só. Como consequência a essas reflexões filosóficas, ele elaborou a teoria das cinco peles, que costurava toda sua maneira de pensar e agir. A primeira pele seria a epiderme, pele mais próxima de nossa essência; a segunda seria a vestimenta, como passaporte social e como primeiro nível de distinção de homem do mundo; a casa atua como terceira pele; a meio social e cultural atua como quarta pele, agindo sobre a identidade individual e social; e a quinta e última pele seria a natureza, o planeta Terra. Atuava como ativista, ambientalista, artista e arquiteto, porém nenhuma dessas atividades eram desconectadas uma das outras. Seus projetos arquitetônicos eram considerados pelo próprio a realização prática de sua teoria das cinco peles, como um diagnóstico para os problemas do mundo pós-moderno. Seus edifícios propões uma nova visão de cidade, nele homem, urbanização e natureza andam juntos, criando um ambiente de harmonia e beleza. Praticar a arte: Para Hundertwasser, a espiral por ele criada representa o universo, o tempo, a vida. Essa imagem simples se relaciona com sua ideia de ecologia: ela representa a ação, o constante movimento, o ir e vir, o círculo que inicia e fecha em si mesmo. Observe as images abaixo e efita sobre a questão: - A figura em espiral é muito comum na natureza, você já percebeu? Que outras imagens você é capaz de identificar com essa forma? _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ Praticar a arte 2: Agora que você conheceu um pouco sobre a proposta de Hundertwasser, vamos planjear nossa atividade. Com o professor e todos os seus colegas, conversem sobre as questões: a. O que queremos comunicar sobre nossa relação com o planeta nessa pintura? ____________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ b. Que imagem além da espiral iremos usar para comunicar o que pretendemos? ____________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ Praticar a arte 3: De posse daquilo que conhecemos através da forma de se fazer arte proposta pelo artista, produza no espaço abaixo, a sua concepção das “Cinco peles” 59 – ELEMENTOS ARTÍSTICOS DA POP ART: A COLAGEM COMO FORMA DE EXPRESSÃO – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. A colagem é um procedimento muito antigo, porém, foi a partir do século XX, com a obra “Fruteira e copo”, do artista modernista Georges Braque, que ele foi utilizado com caráter artístico por muitos artistas visuais. A colagem foi utilizada como recurso pedagógico pela Bauhaus, na exploração de cores e como alternativa de composição com texturas diversas, aplicando ao plano elementos diversos, como tecidos, papéis, areia, grãos, entre outros. Isso possibilita ao artista explorar cores, texturas e planos distintos. A colagem, derivada da palavra francesa “coller”, ganhou popularidade no início do século XX, e é definida como uma composição artística feita de vários materiais (papel, pano ou madeira) colados em uma superfície. Como processo técnico, a colagem tem uma longa história e remonta ao século XII, quando calígrafos japoneses realizaram os primeiros trabalhos preparando as superfícies de seus poemas, colando pedaços de papel e tecido para criar fundo para suas pinceladas. A linguagem da colagem após o desenvolvimento da indústria gráfica, principalmente da propaganda e da introdução da fotografia e fotomontagem, criou bases para a sua mais forte componente, seja no meio artístico, no design ou na publicidade: a apropriação, a reciclagem e a reinterpretação e reprocessamento do passado coletivo, presente e futuro. A pop art foi um movimento importante para a virada da utilização da colagem e para a relação posterior damesma com o design gráfico. Uma das suas principais características era a crítica sarcástica que fazia a sociedade, por meio dos objetos de consumo. A publicidade, as ilustrações e a banda desenhada eram frequentemente utilizados como inspiração. O consumo se tornou uma unidade de medida de sucesso financeiro e bem-estar psicológico e os artistas como Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Richard Hamilton usavam isso para dialogar na sociedade que estavam inseridos. Traços da pop art e da colagem ainda são usadas em muitas peças e, principalmente, em campanhas publicitárias, devido a incorporar técnicas de fácil adoração, recorrendo a um misto de cores fortes que se torne obrigatoriamente apelativo pelo seu choque visual. Praticar a arte 1: A Pop Art foi um movimento bastante importante para a história da arte e, inovou os procedimentos formais e temáticos na composição das criações, principalmente das gerações artísticas contemporâneas e das seguintes. Observe as imagens de algumas colagens da Pop Art, apontando quais características da Pop Art você consegue perceber nelas: ____________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ Cores, consumo: As colagens na Pop Art: A Pop Art (termo criado por Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular) tem raízes do Dadaísmo e teve seu início no final da década de 1950. Alguns artistas dessa época começaram a estudar símbolos e produtos do mundo da propaganda e começaram a utilizar estes elementos como tema de suas obras. Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado brega, virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos. Praticar a arte 2: Através de recortes de revistas, jornais, livros e até mesmo de imagens impressas da internet, crie uma colagem usando apenas imagens de produtos que são comercializados através de anúncios nesses veículos de comunicação. Você pode inserir frases de efeito para criticar a ideia de que “só é feliz se você comprar”. Crie, com sua colagem, um cartaz para criticar o consumo desenfreado, a produção de lixo que assola nosso planeta, a busca desenfreada por se ter mais coisas etc. Pense nessas ideias para criar. Você pode inserir desenhos e as cores que desejar. Os cartazes poderá ser expostos na sala de aula. 60 – A ARTE E A PUBLICIDADE: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE PROPAGANDA, SLOGAM, JINGLE E CARTAZ. A arte e publicidade ao longo da história: É possível encontrar alguns traços comuns entre a arte e a publicidade, como, por exemplo, a criatividade, a estética e o uso de algumas técnicas semelhantes. A capa do disco “Sgt. Pepper´s”, da banda inglesa The Beatles, por exemplo, é uma colagem de Peter Blake, na qual podemos encontrar elementos da arte e da publicidade. Além da criatividade e da beleza da obra, ela é uma peça publicitária, pois as capas dos discos também servem para vender o que ela contém. Assim como a arte tangenciou a publicidade na Pop Art, um movimento essencialmente gráfico, a publicidade também tangencia as artes em suas formas de produção, meios e suportes utilizados. Chamamos de mídia o suporte físico, e de veículo o local onde ela é difundida. Os suportes são os gráficos, as embalagens, as fotografias, as revistas, os jornais, os panfletos e os cartazes. Os filmes e animações podem apresentar, também filmes publicitários e institucionais, veiculados no cinema, na televisão e na internet. Já em relação aos áudios, o exemplo está ligado aos jingles, aos spots e às trilhas sonoras, veiculados no cinema, na televisão, na internet e nos carros de som. Praticar a arte 1: A Pop Art surgiu da necessidade de alguns artistas de aproximar-se das grandes massas, pois, para eles, a arte moderna havia se distanciado do público por ser de difícil compreensão. Observe as obras de Andy Warhol a seguir e destaque o que as representações de garrafas de Coca-Cola revela sobre o período em que a obra foi produzida. Escreva sua resposta, procurando indicar elementos que justifiquem sua posição. Praticar a arte 2: Com base nos questionamentos em relação à arte e à publicidade, e inspirado na Pop Art, você irá desenvolver uma campanha publicitária. O produto será a “Sopa Delicious”. As características do produto são as seguintes: É cremosa, já vem pronta, basta aquecer, tem baixa caloria, ou seja não engorda, custa muito pouco, vem em embalagem descartável e biodegradável, há duas versões, macarrão com carne e frango com legumes. No espaço a seguir, crie um cartaz de divulgação. Pense em qual seria o rótulo do produto e componha seu cartaz pensando nisso. Você poderá desenhar a sopa com lápis de cor ou canetinha hidrocor. Agora, imagine que você é um músico que faz parte de uma produtora de jingles. Sua produtora recebeu a encomenda de uma fábrica de sopa e você, juntamente com outros colegas, deverá criar um jingle para a campanha de lançamento do novo produto, a “Sopa Delicious”. Escolham uma música que vocês gostem e troquem a letra, encaixando a que vocês criaram. Crie um Slogam para o seu produto. Faça um cartaz para expor. 61 – LEITURA INTERPRETATIVA DE OBRA DE ARTE: DESENVOLVIMENTO DO OLHAR CRÍTICO. Praticar a arte 1: Como vimos, a Pop Art utilizou muito o procedimento da colagem. Assim, ao recorrer a fragmentos de outras imagens, papéis, metais e afins, os artistas criavam um novo objeto, fragmentado, que buscava passar uma nova imagem ao espectador. Com base nessa compreensão e em seus conhecimentos, analise a imagem a seguir, elencando: Domenico "Mimmo" Rotella, foi um artista italiano considerado uma figura importante na arte européia do pós-guerra. Mais conhecido por suas obras de decote e psicogeografia, feitas a partir de pôsteres publicitários rasgados. a. Os materiais usados para a sua composição. b. O efeito gerado. c. Como se apresenta o objeto final em relação à proposta da Pop Art. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ Leia o texto e observe atentamente as imagens publicitárias a seguir, desenvolvidas com base em obras de arte com a inserção de um produto e de uma linguagem publicitária: Praticar a arte 2: Diante das informações apresentadas, do texto e das imagens responda: a. Qual produto está sendo vendido? b. Qual artista serve de inspiração para cada poster? Se preciso faça uma breve pesquisa. c. Como a propaganda consegue ser mais ou menos efetiva dessa maneira? d. Que impacto são gerados no espectador? 62 – O DESIGN NO BRASIL: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA DE DESENHO DE MÓVEIS. “De Stijl”, Neoplasticismo e Bahaus são movimentos modernistas das áreas de artes plásticas, arquitetura e design que compartilharam os mesmo princípios estéticos. De Stijl surgiu na Holanda, no início do século XX, e faz referência à revista com o mesmo nome criada por The van Doesburg e Piet Mondrian. Em 1918, os dois artistas holandeses criaram a revista que se tornou o principal instrumento de difusão do movimento, na qual publicaram o “Manifesto Neoplasticista”. O Neoplasticismo, por sua vez, derivou da abordagem teórica do grupo De Stijl, que propunha a abstração progressiva, na qual as formas são reduzidas a linhas retas horizontais e verticais e são utilizadas cores primárias (azul, vermelho e amarelo), além do preto, do branco e do cinza. A nova concepção artística se caracterizava pela rejeição da ideia de representação das formas da natureza e preconizava que as cores e as formas expressassem a relação pura, ou seja, sem mediação, entre os elementos mínimos. As experiências realizadas pelos artistas neoplasticistas foram muito importantes para a arquitetura, o que fica evidenciado na aplicação do ângulo reto, símbolo do movimento. A Bauhaus, escola ligada à arquitetura e ao design, assimilou muitos dos princípios do De Stijl. A escola foi criada na Alemanha em 1918 e revolucionou o design moderno ao buscar formas e linhas simplificadas, definidas pela função do objeto. O fundamental para a Bauhaus era unir formas e linhas simplificadas, nas quais a função do objeto e a estética têm a mesma importância. Piet Mondrian e o De Stijl: Ao romper com a arte figurativa, o De Stijl concebeu uma nova concepção estética para a pintura abstrata, baseada na busca do equilíbrio perfeito da composição de cores e formas. Mondrian destacou-se dentre o grupo e marcou sua história entre os grandes pintores do século XX, influenciando gerações e corrente abstratas contemporâneas até os dias atuais em diversas áreas. Sua proposta de harmonia entre as formas e cores é tão eficaz que suas composições e seu estilo inconfundíveis foram rapidamente apropriados pela indústria cultural. Assim, Mondrian, tornou-se um ícone da arte abstrata. É comum encontrarmos suas composições em capas de livros, capas de discos, fachadas de lojas, utilitários e tantos outros produtos derivados dos ideias de ordem e harmonia do movimento De Stijl. Breve história do desing no Brasil: O design brasileiro está intimimanete ligado ao Neoplasticismo, à Bauhaus e à arte concreta. O artista italiano radicado no Brasil Eliseu Visconti (1866-1944) foi o percursor do design brasileiro, no início do século XX. Por meio de sua produção de selos e projetos de jarros e vasos em cerâmica, deu o pontapé inicial para o que viria a se tornar, posteriormente, a profissão de designer. Visconti foi o criador do emblema da Biblioteca Nacional do Brasil. Foi a partir dos anos 1950, no entanto, com o surto modernizador que marcou os anos do governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que o design brasileiro ganhou status de especialidade artística. No Rio de Janeiro, Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas transformaram o design brasileiro em design industrial, área focada em criação de produtos, tendo como foco o uso humano, tornando-o conhecido internacionalmente. Outro marco do design nacional foi a criação, em São Paulo, do escritório “forminform”, do qual participaram Geraldo de Barros, Rubens Martins, Walter Macedo e Alexandre Wollner. Praticar a arte: Sérgio Rodrigues (1927-2014), designer carioca, inventou uma linguagem própria que buscava a identidade brasileira ao integrar a arquitetura, o design e o desenho, concebendo um mobiliário (móveis) moderno, confortável e próprio para o clima tropical com a utilização da madeira e do couro. Inspirado na obra desse artista, crie um móvel com as seguintes características: - O material utilizado deve ser de fácil acesso na região em que você vive. - O design deve levar em consideração o clima de sua região. - A funcionalidade do móvel (utilidade) deve ser essencial. - O design deve apresentar formas e linhas simples, definidas pela função do objeto. - Faça o croqui em seu caderno de arte. 63 – CONHECENDO O ARTISTA: PIET MONDRIAN. APRECIAÇÃO DE OBRAS DE ARTE E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. Piet Mondrian (1872-1944) foi o pintor holandês criador do movimento artístico Neoplasticismo, além de tersido colaborador da revista De Stijl e teórico da pintura abstrata. Entre 1908 e 1912, Mondrian passou gradualmente da figurativização para o abstracionismo, com a sequência apresentada ilustra: Ao entrar em contato com o Cubismo, em razão da visita a uma exposição em Amsterdã, foi influenciado em seu trabalho. Em 1917, fundou o Neoplasticismo, desenvolvendo sua obra até os anos 1940; sua fase neoplasticista permaneceu como a mais difundida. Preocupando-se com o equilíbrio em suas obras, Mondrian tornou-se mundialmente famoso ao criar pinturas à primeira vista bastante simples, mas profundas e complexas em harmonia e estrutura. Afinal, Mondrian havia pesquisado o equilíbrio perfeito da composição, abolindo o excesso da cor, da linha e da forma. Na série “Boogie-Woogie”, as barras negras desapareceram e o quadro ficou dividido em múltiplos retângulos de cores vivas. Poucos artistas mantiveram o alto nível de reconhecimento durante toda carreira como Mondrian. Praticando a arte: Faça a ligação entre as obras de arte com as criações do estilista Yves Saint Laurent, observe as características de cada uma delas: Praticar a arte 2: Observe a imagem da obra “Boogie-Woogie”, de Piet Mondrian, e aponte quais características mencionadas sobre a obra do artista você consegue identificar: Praticar a arte 3: Observe a imagem da cadeira “Vermelha e azul”, inspirada pelo grupo De Stijl e indique quais elementos remetem à questão da praticidade e funcionalidade da peça: 64 – CONHECENDO O ARTISTA: THEO VAN DOESBURG - LEITURA DE IMAGEM E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA – PORTA TRECO. Artista plástico, designer gráfico, poeta e arquitecto holandês. Um dos fundadores e líderes do movimento De Stijl. Theo van Doesburg foi uma das figuras vanguardistas de proa dos Países Baixos, e a nível europeu, durante o curto período compreendido entre as duas guerras mundiais. Van Doesburg viria a fundar a revista "De Stijl" que serviu de suporte teórico às propostas plásticas do grupo as quais consistiam, resumidamente, na redução da pintura a formas rigorosamente abstratas e geométricas: uma rede ortogonal de linhas que, no seu encontro, formam quadradose retângulos preenchidos com cores puras e lisas - amarelo, azul e vermelho e, ainda, o preto e o branco. Van Doesburg e os neoplasticistas em geral, tiveram uma extrema importância na arte do séc. XX quer pelas experiências que realizaram, no sentido de exprimirem a realidade apenas pelo equilíbrio do movimento dinâmico da forma e da cor, quer pela influência que exerceram no nível da renovação da arquitetura e do design modernos. Praticar a arte 1: Observe a imagem da obra de arte criada pelo artista Theo Van Doesburg, e em grupo, reflitam sobre as características da obra. Façam suas anotações de observação no espaço. Em seguida, produza uma releitura da obra. Observe as cores e a posição das figuras geométricas. Praticar a arte 2: A Bauhaus assimilou muitos dos princípios do De Stijl e revolucionou o design moderno buscando formas e linhas simplificadas, aliadas à função do objeto. Pensando nisso, vamos criar um objeto unindo beleza e funcionalidade. Crie um objeto utilitário, que pode servir como estojo, porta-treco, suporte de celular, organizador de armários etc. 65 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE A SÉRIE “BICHOS” E “CAIXA DE FÓSFORO”, DA ARTISTA LYGIA CLARK. Praticar a arte 1: Com inspiração na série “Bichos”, de Lygia Clark, vamos criar obras a partir da técnica secular japonesa do origami. O origami usa apenas dobras diferentes, que, combinadas de diversas maneiras, formam representações complexas, assim como as dobraduras e as múltiplas folhas das esculturas de Clark Os “Bichos”, dentro das artes visuais, são o que podemos chamar de “a obra prima” de Lygia Clark. Pois é esta série que a consagra a melhor escultora brasileira em 1961. Unindo neles as heranças concretas da geometria e construtivismo, e movimentos orgânicos através das dobradiças, Clark pretende dar vida às suas obras sempre seguindo as sugestões e possibilidades encontradas no diálogo com a linha orgânica por ela descoberta. Esculturas feitas de alumínio, possuindo formas geométricas articuláveis por suas dobradiças. Lygia Clark torna-se uma das pioneiras na arte participativa ao convidar o observador a “brincar” com os bichos, manipulando-os, dialogando e descobrindo possibilidades de formas para essas estruturas. Com eles, os “Bichos”, é que Clark é consagrada melhor escultora nacional na VI Bienal de São Paulo em 1961. Praticar a arte 2: Lygia Clark, inspirada nos princípios do Neoconcretismo, criou estruturas inusitadas usando caixas de fósforos vazias. Observe as imagens a seguir de suas obras, inspire- se e construa a sua. Você pode aplicar as cores que desejar e acrescentar outras caixas menores que você tiver disponível. Utilize o espaço abaixo para fazer o croqui da sua obra. Pense nas posições que as caixas terão, nas cores e tamanho. 66 – A ARTE CONCRETA E NEOCONCRETA NO BRASIL – CONCEITUAÇÃO E EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO. A Arte Concreta, no Brasil, ganhou força nos anos 1950, com o desenvolvimento econômico, industrial e cultural brasileiro, permitindo que importantes museus de arte fossem fundados com a intenção de divulgar a produção internacional e nacional. Nos anos 1930, o artista Van Doesburg utilizou, pela primeira vez, a expressão: “Arte Concreta” para designar uma modalidade que, mesmo sem implicar uma arte figurativa, se opunha ao Abstracionismo. Para esse artista, a Arte Abstrata traz vestígios simbólicos de uma representação; já para Arte Concreta, os elementos formais (linha, ponto e cor) são o que há de concreto em uma representação pictórica. Em 1950, o MASP (Museu de Arte de São Paulo) organizou uma exposição do conjunto de obras – arquitetura, escultura e pintura, de um dos mais influentes designers do século atual e seguidor da Escola de Design Bauhaus, o suíço Max Bill, que foi fundamental para o conhecimento da Arte Concreta no Brasil. O marco desse movimento foi a criação do grupo Ruptura, cujas obras são caracterizadas pelo uso de figuras geométricas e pela elaboração baseada no raciocínio, e do grupo Frente, cujas obras, que valorizavam a luz e os símbolos, contestavam a Arte Concreta, dando origem ao Neoconcretismo. Características principais da Arte Concreta: - Elaboração artística em busca da forma precisa. - Ênfase na racionalidade, no raciocínio e na ciência. - Uso de figuras abstratas nas artes plásticas. - União entre a forma e o conteúdo na obra de arte. - Na literatura, os poetas concretistas buscavam utilizar efeitos gráficos, aproximando a poesia da linguagem do design. - Uso, na literatura, de recursos visuais, acústicos e fonéticos. Os escritores também trabalhavam o poema, variando os espaços tipográficos e a posição geométrica das palavras. - Busca pela participação ativa do leitor (no caso da literatura concretista). - Envolvimento com temas sociais (a partir da década de 1960). Exemplos de artistas plásticos concretistas: - Theo van Doesburg: pintor e arquiteto holandês. - Max Bill: pintor, escultor, desenhista, designer e arquiteto suíço. - Gottfried Honegger: pintor, escultor e designer gráfico suíço. - Erich Hauser: escultor concretista alemão. Características principais da Arte Neoconcreta: - Oposição ao concretismo, materialismo, cientificismo e positivismo. - Maior subjetividade e expressividade artística. - Liberdade de experimentações e criações artísticas. - Interação do público com a obra. - Abstracionismo e uso de cores e formas geométricas. - Transcendência da arte. - Existencialismo e Humanismo. Os principais representantes do Neoconcretismo foram: - Ferreira Gullar: poeta e crítico de arte maranhense. - Lygia Clark: pintora e escultora mineira. - Lygia Pape: artista carioca. - Hélio Oiticica: artista carioca. - Reynaldo Jardim: jornalista e poeta paulista. - Theon Spanudis: poeta e crítico de arte turco. - Amílcar de Castro: escultor, artista plástico e designer mineiro. - Willys de Castro: artista mineiro. - Hércules Barsotti: artista paulista. - Franz Weissmann: escultor austríaco. Praticar a arte: Utilize a grade quadriculada a seguir para construir uma composição concreta utilizando apenas figuras geométricas de ângulos retos. Você pode optar por realçar os contornos ou não. Aplique as cores que desejar. 67 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE A OBRA “CAMINHANDO”, DA ARTISTA LYGIA CLARK. A poética da obra: A importância das escolhas que fazemos ao longo da vida fica evidente em “Caminhando”. Ao cortar uma tira de papel com a tesoura, o pensamento flui, passamos então a compreender melhor nossos passos. Tomar conhecimento dos próprios atos é uma maneira de escapar da banalidade do dia a dia, de não sucumbir à rotina. Trata-se de um ato criador em que o participante se encontra tão envolvido consigo mesmo que sequer nota a presença da artista e do objeto de arte. Sujeito e obra estão integrados, são uma coisa só. A participação não se resume a uma atitude comportamental, ela é condição da experiência. Nesse sentido, Caminhando é também uma tentativa de negação do objeto artístico. Uma tentativa de transformar o produto num gesto para livrá-lo dos fetiches e das vaidades do mercado. Uma proposição estética e política. Sim, isso é arte, sem dúvida. Mas a arte não é só isso. Lygia Clark criou “Caminhando” há quase meio século, e ainda hoje as pessoas em geral têm dificuldade de lidar com esse tipo de produção que não se pendura na parede ou apoia em pedestais. Lygia nos incentiva a seguir em frente, abrindo novos caminhos, buscando descobrir possibilidades. Não é fácil. Afinal, estabelecer-se num ponto qualquer e permanecer ali é cômodo; ficar estagnado naquele ponto final que não leva mais a lugar algum é uma grande bobagem que a gente tende a cometer o tempo todo. A vida é um processo, a criação é um ato,tudo o que produzimos nasce de um gesto. Quando a materialidade se esgota – e um dia ela há de se esgotar, você verá –, apenas o gesto sobrevive. São as nossas ações que permanecerão no mundo quando nós não estivermos mais. Tudo o que fazemos, é isso que ficará, é a marca que deixaremos. Praticar a arte: O seu “Caminhando”. A proposta da obra “Caminhando” (1964), de Lygia Clark, é que se vivencie, se experimente es e perceba que o resultado depende das proposições de cada um. Assim, o espectador transforma-se em criador de sua própria obra. Com base nessa proposição de Lygia Clark, produza agora o seu próprio “Caminho”. Para isso, você precisa dos seguintes materiais: Uma tira de papel A3, na direção do comprimento, de aproximadamente 10 centímetros. Em qualquer cor que desejar. Cola Branca e tesoura. Siga as orientações das imagens e das respectivas legendas a seguir: 68 – COMPREENDENDO A ARTE CONTEMPORÂNEA: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA A PARTIR DO GRAFITE DE THIAGO MUNDANO. A Arte Contemporânea apresenta uma mescla de estilos, escolas, técnicas e materiais. Assim, o artista contemporâneo tem liberdade para experimentar e propor novos conceitos e, diferente de outros momentos da história da arte, na Arte Contemporânea a quebra de padrões e a busca pelo novo não são mais o foco principal, como foi no Modernismo, por exemplo. Alguns fatores foram determinantes para a instauração da Arte Contemporânea no Brasil, como os avanços tecnológicos, que propiciaram novas experimentações de suporte; a trasnmissão de dados, proporcionando a conexão com outras partes do mundo quase em tempo real; e a Bienal Internacional de São Paulo, cuja criação foi essencial para os novos rumos da produção brasileira, acercando-se de artistas, obras e tendências mundiais. A Bienal International Graffiti Fine Art, por exemplo, que acontece no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque do Ibirapuera, reuni obras de artistas de grafite, expondo um tipo de arte que, muitas vezes, a correira do dia a dia não permite apreciar. Contribuindo assim para dar mais atenção e visibilidade à essa produção artística. Dentre as obras apresentadas, estavam os grafites de Thiago Mundano, cujo tema era a crise hídrica vivida pela cidade de São Paulo. Suas cores e traços são muito expressivos. Na obra “Deserto da Cantareira”, Mundano faz uma alusão ao reservatório responsável pelo abastecimento da cidade. A Bienal é um templo das artes, mas também um espaço provocativo. Ter obras de grafite e de Arte Contemporânea que exponha problemas sociais provoca uma reflexão sobre o espaço e a função da arte. Além de um lugar propício à fruição e à provocação, a Bienal de São Paulo, a partir da sua 31ª edição, propôs uma ação educativa em relação à Arte Contemporânea. Os idealizadores da mostra, valendo-se do título provocativo: “Como falar de coisas que não existem”, propuseram que o verbo “falar” fosser trocado por outros, como “viver com”, “usar”, “lutar contra” ou “aprender”, proporcionando a mudança de enfoque do espectador em relação às obras apresentadas. Thiago Mundano, 25 anos, está à frente do tempo. Engajado socialmente desde a época do colégio, passava suas tardes nas ruas, conhecendo pessoas e pintando suas ideias nos muros da cidade. Voltava pra casa sujo de tinta, mas ciente de que seu trabalho estava ganhando uma direção. Nascido e criado no Brooklin, Mundano estudou em bons colégios e formou-se em publicidade. Com o tempo, o gosto pela arte prevaleceu, e de forma natural, escolheu focar-se no que melhor sabia fazer: desabafar em paredes sem cor. Em seguida, entrou de cabeça na realidade do que ele considera os verdadeiros agentes ambientais de São Paulo: os carroceiros. Com o impulso do grafite, ele trabalha para tirá-los da invisibilidade, através do seu projeto Cidades Recicláveis, já em São Paulo, Buenos Aires, Nova York, para citar algumas cidades. Agora ele difunde o projeto ao redor do Brasil. “O grafite me levou a lugares que jamais chegaria por outro caminho”. Praticar a arte: Pimp my Carroça: Inspirados pela produção artística contemporânea do grafiteiro Thiado Mundano, produza um grafite com uma mensagem na carroça do catador de lixo, que tanto contribui para o meio ambiente em nossas cidades. Pense na importância deles para a coleta seletiva. 69 – A COR: LEITURA DE IMAGEM E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: ILUSTRAÇÃO DE TEXTO E DECOMPOSIÇÃO DA LUZ BRANCA. Observe a seguir a obra do artista Paul Gauguin: Paul Gauguin nasceu em Paris, em 1848. Abandonou a família e o emprego na Bolsa de Paris para se dedicar à pintura. Suas obras mais conhecidas foram pintadas nos mares do sul, principalmente no Taiti. A pintura de Gauguin foi influenciada pelo colorido, retratanto o clima das ilhas tropicais. O artista tinha uma maneira muito própria de pintar a natureza, usando a exuberânica das cores quentes. Paul Gauguin morreu em 1903. Leia os versos desta canção de Caetano Veloso, cantor brasileiro. Depois, sublinhe as cores que aparecem nela. Observe nas imagens a seguir, a cor na natureza e na arte: Cor: Como as cores se misturam? Como conseguir diferentes tons de uma mesma cor? Como usá-las para obter resultados harmônicos ou contrastantes? Esses conhecimentos são interessantes, por exemplo, quando você for escolher as cores para pintar o seu quarto ou para combinar as roupas que usa. Quem desenha ou pinta vê as cores de uma maneira especial. Para o artista a cor não tem valor isoladamente. Ela se modifica quando colocada lado de outra cor. Praticar a arte 1: Faça uma ilustração para a capa de um CD que tenha como carro-chefe a música “Trem das Cores” 70 – AS CORES E AS EMOÇÕES: CONCEITUAÇÃO E EXERCÍCIO DE PESQUISA DE ARTIGOS E LEGENDA DE COR. Do ponto de vista da ciência, os objetos têm a propriedade de refletir a luz. Por exemplo, ao receber a luz do sol, uma laranja reflete apenas a cor laranja e absorve as outras cores. Assim, nossos olhos só percebem a cor laranja, e nós enxergamos a fruta dessa cor. Mas as cores podem sugerir emoções bem mais complexas. Dão sensação de frio, prazer, ódio, amor, paz etc. observe no quadro a seguir, alguns significados psicológicos que as cores podem sugerir. Praticar a arte: Recorte e cole pequenos trechos de artigos de jornais e revistas. Ao lado de cada um, construa uma legenda com algumas cores e seus significados, relacionando o artigo com a cor, seguindo sua opinião. 71 – O ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO: AS FORMAS DESCONSTRUÍDAS ATRAVÉS DOS ÂNGULOS. A arte abstrata geométrica funciona como o puro ato de pintar, ou seja, cobrir uma superfície com cores e formas geométricas. A função do quadro não é retratar objetos ou figuras; a pintura é reduzida a elementos geométricos e cores simples mas o efeito final é muito bonito. Isso faz com que a propaganda, a decoração e a estamparia usem muito a arte abstrata geométrica. Entretanto, muitos críticos dizem que essa arte é fria e reflete mais a interpretação científica do que a emotiva. Os principais representantes desse movimento no Brasil são: Luís Sacilotto, Hélio Oiticia, Waldemar Cordeiro, Maria Bononi e Lygia Clark. Praticar a arte: Montagem abstrata – Podemos fazer uma montagem abstrata, como o trabalho aao lado, com folhas de jornais e revistas. Trace figuras geométricas sobre as folhas de jornais ou revistas, escolha as partes que contém apenas letras (textos). Em seguida, faça uma composição de figuras sobre uma cartolina branca. Vá intercalnado as figuras feitas em papel e as figuras de recorte das páginas dos jornais e revistas. Deixe espaços em branco entre elas. Pinte os espaços deixados com as cores que desejar. Crie um título para a sua composição.Cláudio Tozzi: Nasceu em São Paulo, em 1944. Pertencente a uma geração de artistas contemporâneos, seu trabalho foi influenciado pela arte geométrica. Portanto, em suas obras notamos a presença do abstrato e do geométrico. O artista procura com a cor dar energia ao seu trabalho. Participou de várias exposições no Brasil e no exterior. Seus painéis estão expostos em vários espaços públicos. 72 – A MONOCROMIA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: ESCALA E COLAGEM MONOCROMÁTICA. Monocromia (Mono = único = cromia = cor) é a mistura de uma única cor com o branco ou com o preto, produzindo tonalidades claras ou escuras. Escala de monocromia: Para a montagem da escola de monocromia, você vai precisar de tinta goache nas cores preta, branca e uma terceira cor a sua esolha. Também usará papel canson, tesoura, cola, dois recipientes, pincel, lápis de escrever e régua. - Construa uma tira no papel canson com treze retângulos de 5 cm X 8 cm. Recorte-os. - Pinte um retângulo na cor pura (sem mistura) que você escolheu. Ele será o centro da monocromia. - Coloque uma pequena quantidade de cor pura escolhida em um recipiente e acrescente um pouco de tinta branca. Pinte um dos retângulos com a cor obtida. - Vá acrescentando gradativamente uma quantidade maior de tinta branca à cor pura e, cada novo acréscimo, pinte um retângulo com a cor resultante. Repita esse procedimento cinco vezes, formando a escala cromática clara. - Proceda da mesma forma com a cor preta. - Depois de secos, cole os retângulos sobre uma folha de papel canson, formando composições, obedecendo ou não à gradação da cor, de modo bem criativo, formando um trabalho figurativo ou abstrato. - As medidas são apenas sugestões. Observe o uso da monocromia na obra de diferentes artistas: Praticar a arte: Colagem monocromática: Escolha uma figura de uma revista ou jornal e recorte-a. Delimite a moldura para o seu trabalho conforme o espaço abaixo. Escolha uma cor para o fundo. Pesquise em revistas e jornais vários tons da cor escolhida. Faça recortes e cole-os aqui, formando uma montagem monocromática. Cole a figura escolhida sobre o fundo e observe o efeito que você obteve através do uso da monocromia. 73 – CONCEITO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE SOMBRA E LUZ. Observe a obra do artista Pierre-Auguste Renoir: Renoir (1841-1919), assim como todos os impressionistas, tentava captar a luz em todo o seu esplendor. Para olhar um quadro de Renoir, devemos nos afastar um pouco da pintura pois não há contorno nas paisagens, flores, objetos, pessoas etc. Renoir foi um dos pintores impressionistas que mais expressou suavidade e leveza em suas obras. Podemos experimentar essas sensações ao observá-las. Sombra própria: é aquela formada no próprio objeto, no lado que estiver oposto à fonte de luz. A face que estiver menos iluminada será sempre mais escura do que a que estiver exposta à luz. Observe os exemplos apresentados. Como você pode perceber, a posição da sombra depende da direção da luz. A luz pode vir das laterais, de cima ou de trás. O foco de luz pode ser artificial, uma luminária, por exemplo, ou natural, como a luz do sol entrando pela janela. Sombra projetada: ocorre quando um objeto é iluminado e projeta uma sombra sobre um plano ou sobre outro objeto. A sua própria sombra é um bom exemplo de sombra projetada. Observe os exemplos a seguir. Dependendo da posição da luz do sol a sombra fica em um formato. Luz e sombra: O planeta Terra gira em torno do Sol, que é uma estrela, uma fonte de calor e luz. Esse movimento de translação dura 365 dias, ou seja, um ano. Mas a Terra também gira em torno do seu próprio eixo, gerando o dia (período claro) e a noite (período escura), exercendo a rotação. Os raios de luz, ao incidirem sobre os objetos, iluminam o lado que está voltado para a fonte de luz e o lado oposto fica na sombra, dando ideia de volume aos objetos. No desenho, na pintura, na escultura e na fotografia a sombra é um elemento enriquecedor, produzindo texturas e volume inesperados. Há muitas maneiras de se produzir sombras nos desenhos: Praticar a arte: Demonstre a sombra de cada objeto, considerando que a única fonte de luz venha da lâmpada. Escolha umas técnicas sugeridas para realizar o trabalho: 74 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE SOMBRA PROJETADA/SOMPRA PRÓPRIA E NAS OBRAS DE CLAUDE MONET. Praticar a arte 1: Considerando que a única fonte de luz venha da lâmpada, desenhe a sombra própria e projeta so objeto: A Luminosidade de Claude Monet: Durante os anos de 1892 e 1893, o pintor francês Claude Monet realizou um trabalho magnífico no qual podemos observar a importância da luminosidade na elaboração de uma obra de arte. O artista retratou a catedral da cidade de Rouen em 30 diferentes quadros pintados em diversas horas do dia. Nesses quadros ele demonstra como a luz pode alterar as características de um mesmo tema. Monet usava cores que captavam o efeito da luz sobre o objeto. Como a luz do dia muda muito depressa, o artista pintava com rapidez, deixando na tela pinceladas visíveis. Praticar a arte 2: Considerando que a única fonte de luz venha da lâmpada, desenhe um objeto qualquer com sua sombra própria e a projetada: Praticar a arte 3: Escolha um ambiente ou objeto que você irá reproduzir desenhando. Não se esqueça das sombras própria e projetada e registre abaixo o horário em que foi realizado. 75 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE SOMBRAS COLORIDAS. APLICAÇÃO DE COR. As sombras não têm de ser obrigatoriamente pretas. Observe nas obras de Renoir,a seguir, as diferentes cores utilizadas para construir sombras. Praticar a arte: Elabore um desenho no qual a sombra não seja a cor preta. Utilize materiais como giz pastel oleoso ou seco, goache ou acrílica. Você também pode experimentar nessa atividade o lápis de cor aquarelável ou o goache aguado (pintura lavada). Crie a ficha técnica da sua obra com as informações sobre ela. 76 – A PERSPECTIVA: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: LINHA DO HORIZONTE, PONTO DE FUGA E LINHA CONVERGENTE. Observe a obra a artista plástica Djanira da Motta e Silva: Djanira da Motta e Silva nasceu em Avaré, interior de São Paulo, em 1914. De família humilde, trabalhou na roça desde pequena. Contraiu tuberculose e foi hospitalizada como paciente em estado terminal. Começou a se recuperar depois que teve contato pela primeira vez com pincéis e tintas. Assim, uma a uma, as figuras foram surgindo, bem como o seu gosto e a sua curiosidade pela arte. Conheceu o artista plástico Emeric Marcier, que lhe ensinou pintura e recursos de perspectiva. Recebeu vários prêmios, além de seu trabalho ser reconhecido no mundo artístico. Participou em diversas edições do Salão Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro. E da Bienal Internacional de São Paulo. A artista pintava cenas populares, religiosas, paisagens e aspectos culturais do Brasil de forma simples e ingênua. Para ela a cultura de uma região é a alma de um povo, sua identificação. Por isso afirmou: “Sou uma nativa e não me envergonho disso”. Djanira morreu em 1979, no Rio de Janeiro. Perspectiva: Os folhetos que anunciam prédios de apartamentos e de casas de condomínio costumam ser bonitos, coloridos e bem desenhados. Os arquitetos e projetistas recorrem às regras da perspectiva para dar ideia de profundidade e de volume às paisagens e aos objetos. Vamos conhecer algumas regras de perspectiva: Linha do Horizonte (LH): Quando você está na praia e olha para o mar, você tem a impressão de que o mar e o céu se encontram.Essa linha imaginária de encontro entre o céu e o mar, por exemplo, é chamada de Linha do Horizonte, e ela serve para estabelecer, no desenho, a divisão entre esses dois elementos, assim como olho vê. Ponto de Fuga (PF): Quando você olha para uma paisagem, um ambiente etc., seus olhos se direcionam automaticamente para um único ponto, mas sem perder a imagem do todo. Esse ponto para onde nossos olhos se dirigem é chamado de Ponto de Fuga. Linha Convergente (LC): São linhas que se dirigem a um só ponto. São essas linhas imaginárias que estruturam a direção para o Ponto de Fuga (FG). Ao observer uma imagem, nossos olhos seguem a direção proposta implicitamente para o PF. Praticar a arte 1: Localize a Linha do Horizonte (LH), o Ponto de Fuga (PF) nas obras de arte a seguir, traçando com a régua as Linhas Convergentes (LC): 77 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE LINHA DO HORIZONTE, PONTO DE FUGA, LINHA CONVERGENTE, PRIMEIRO E SEGUNDO PLANOS. Primeiro e Segundo Planos no desenho: Nosso globo ocular é capaz de alcançar profundidade diferentes. Elas são projetadas na nossa mente como figuras maiores, dependendo da distância em que encontramos o objeto a ser observado. Por exemplo, se você estiver em uma praia e avistar um barco em alto-mar ele lhe parecerá pequeno. A medida que ele for se aproximando, ficará cada vez maior, até você enxergá-lo em tamanho real. Para fazer um desenho de uma paisagem, por exemplo, dando a sensação de longe e de perto, devemos observar sempre: - Em primeiro plano, fica o que está mais perto do observador; - Em segundo plano, fica o que está mais distante do observador. Observe a utilização da Linha do Horizonte (LH) e do Ponto de Fuga (PF) em um desenho com perspectiva. Neste cômodo encontramos todos os elementos básicos para a aplicação da perspectiva: - Uma porta com maçaneta, que estão no fundo do desenho, fazendo parte do “segundo plano”. - A maçaneta da porta é o Ponto de Fuga (PF). - Os outros elementos que formam o ambiente, que estão localizados antes da porta, fazem parte do “primeiro plano”. Na construção desse ambiente podemos observar que a partir da identificação do ponto de funga (PF) ficou mais fácil desenhar os outros elementos, obtendo, assim, uma sensação de profundidade. Para que isso aconteça, é necessário traçar linhas convergentes (LC) que funcionam como linhas de apoio, de orientação ao olhar, sempre indo em direção ao ponto de fuga. Praticar a arte: Trace nas imagens a seguir as linhas convergentes (LC), definindo assim onde estão: A Linha do Horizonte (LH), o Ponto de Fuga (PF), o Primeiro Plano, o Segundo Plano. Use cores diferentes de canetinhas hidrográficas, escrevendo as siglas para cada elemento da perspectiva. 78 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CONSTRUINDO UMA COMPOSIÇÃO COM PLANOS – RECORTE E COLAGEM. Praticar a arte: Crie uma cena rural no espaço a seguir. Recorte figuras de diversos animais em diferentes tamanhos. Cole as figuras menores na parte de trás para compor os elementos do segundo plano e as maiores na parte da frente, compondo o primeiro plano. Complete a cena desenhando casas, cercas, montanhas etc. 79 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CONSTRUINDO UM CUBO. Praticar a arte 1: Observe as imagens a seguir para compreender a forma de se desenhar corretamente um cubo seguindo as regras da perspectiva em relação à Linha do Horizonte (LH). Pratique em seu caderno de arte os esquemas abaixo utilizando a régua e canetinhas de diferentes cores para definir cada elemento. Não se esqueça de escrever as siglas. Praticar a arte 3: Trace uma linha acima do quadrado (com 5 cm). No centro da Linha do Horizonte (LH), maque o Ponto de Fuga (PF). O quadrado deve ficar à esquerda do ponto de fuga. Com a régua, trace linhas que sairão das extremidades do quadrado, indo em direção ao ponto de fuga (linhas convergentes). A seguir trace linhas paralelas ao quadrado, formando um cubo. Praticar a arte 4: Repita o exercício com o quadrado acima da linha do horizonte (LH) e à direita do Ponto de Fuga (PF): Praticar a arte 2: Observe os modelos a seguir de traçado de linhas convergentes ao ponto de fuga na Linha do Horizonte (LH). Pratique em seu caderno de arte os esquemas abaixo utilizando a régua e canetinhas de diferentes cores para definir cada elemento. Não se esqueça de escrever as siglas. 80 – LEITURA DE IMAGEM E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: “A ESCOLA DE ATENAS”, DE RAFAEL SANZIO. A perspectiva em diferentes situações: Após observar atentamente essas obras, responda as perguntas interpretativas: Praticar a arte: Observe atentamente as obras de arte apresentadas para responder ao questionário interpretativo a seguir: 1. Que outro título você daria para esse quadro? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2. O que está mais fácil de identificar: o ponto de fuga (PF) ou a linha do horizonte (LH)? Marque-os na obra. 3. Há predominância de cores frias ou quentes? Quais são elas? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4. Em que lugar você acha que está acontecendo essa cena, numa região rual ou urbana? Quais elementos justificam sua resposta? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 5. Você conhece algum lugar que tenha ruas parecidas com essa? Em caso afirmativo, qual cidade? _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ 6. Faça uma descrição dos elementos presentes na obra: _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 1. Quem está em primeiro plano? E em segundo plano? Marque-os na obra. ______________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Marque Platão com um X (Ele está com o dedo indicador apontando para o alto) e Aristóteles com um O (Ele está ao lado de Platão). ______________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. Agora responda: O que você acha que Platão está conversando com Aristóteles? ________________________________________________________ ________________________________________________________ _______________________________________________________ 4. Você sabe o que significa o dedo indicador apontado para o alto, como retratado nessa pintura? Faça uma pesquisa. _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 5. O que está mais fácil de identificar: o ponto de fuga (PF) ou a linha do horizonte (LH)? Marque-os na obra. 81 – RELEITURA DA ARTE: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. Observe as imagem do quadro do pintor Salvador Dalí. Ele realizou esta releiturasobre o tema “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci. Salvador Dalí nasceu em 1904, em Figueira, na Espanha. Foi um dos principais integrantes do Surrealismo (movimento artístico que surgiu em Paris, em 1924, e que valorizava a pesquisa científica e a utilização das imagens que aparecem nos sonhos). Suas obras quase sempre retratam um mundo irreal povoado por imagens que se assemelham a visões ou a sonhos, carregadas de elementos simbólicos. O artista também foi escultor, cenógrafo e desenhista de jóias. Morreu em Barcelona, Espanha, em 1989. Salvador Dalí chamava seus quadros de “fotografias de sonhos pintadas à mão”. Leonardo da Vinci, célebre pintor, arquiteto, cientista, engenheiro e escultor, nasceu em 1452 em Vinci, na Itália. Para ele não havia maior autoridade que o olho, pois o considerava a “janela da alma”. Ele morreu em 1519 na França. Releitura: Releitura é ler novamente, é reinterpretar algo, reconstruindo em outro contexto com um novo sentido. Para realizarmos uma releitura, partimos da obra original, criando um novo trabalho. Porém, não se deve esquecer o respeito à obra original e ao autor. Não podemos confundir releitura e cópia. A cópia é uma mera reprodução. Já a releitura cria, acrescenta e transforma a obra, dando estilo próprio a sua interpretação. A releitura não se refere apenas à pintura, mas a toda manifestação artística, seja ela música, desenho, arquitetura, leitura ou escultura. Você certamente conhece a história da Chapeuzinho Vermelho. O compositor Chico Buarque de Holanda realizou uma releitura desse conto clássico. O trecho ao lado corresponde ao começo do livro. Praticar a arte: Escolha uma canção, copie a letra (coloque os nomes dos autores) e realize uma releitura que poderá ser uma pintura, um desenho, um projeto de uma escultura etc. 82 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE RELEITURAS DE OBRAS DE ARTE. Observe o trabalho de releitura realizado por Salvador Dalí, partindo de uma obra de arte pintada por Jean-Fraçoise Millet: Muitos artistas fizeram e fazem releituras, projetando suas próprias interpretações na criação de novas obras. Observe também as imagens a seguir, das obras do artista Gustav Kandinsky, que buscava traduzir para a pintura o impacto da música de Arnold Shönberg: Praticar a arte: Observe as imagens a seguir. Elas são das obras produzidas pela artista Niki de Saint-Phalle. Escreva ao lado a sua interpretação quanto às sensações e aos sentimentos que as obras lhe proporcionaram. No espaço ao lado, escolha uma das imagens para produzir uma releitura. 83 – ANALISANDO UMA OBRA DE ARTE: TARSILA DO AMARAL E A SEMANA DE ARTE DE 1922. Observe a obra da pintora Tarsila do Amaral, analisando as cores, as formas e os detalhes: Tarsila do Amaral nasceu em Capivari – São Paulo, em 1886. Pintora, escultora e desenhista, suas obras são conhecidas internacionalmente. Estudou com Pedro Alexandrino, no Brasil, e fernand Léger, na França. Casada com o escritor modernista Oswald de Andrade, participou ativamente do movimento antropofágico, que teve o seu marco na Semana de Arte Moderna de 1922. Sua obra se divide em três grandes fases: “Pau-Brasil”, “Antropofágica” e “Social”. O quadro “Antropofagia”, foi símbolo do movimento. Tarsila do Amala morreu em São Paulo no ano de 1973. A Semana de Arte Moderna de 1922 e o Movimento Modernista: O ano de 1922 foi palco de uma série de eventos que iriam marcar para sempre o panorama das artes no Brasil. Vários artistas plásticos participaram da mostra realizada no Teatro Municipal de São Paulo, entre eles: Anita malfatti e Di Cavalcanti. Alguns artistas que na época estavam fora do Brasil mandaram trabalhos para representá-los, como é o caso de Vicente do Rêgo Monteiro e Victor Brecheret. O evento incluiu artes plásticas, arquitetura, música e literatura. O principal objetivo dos artistas envolvidos na Semana de 22 era apresentar um novo caminho para a produção artística nacional, produzindo uma arte verdadeiramente brasileira que rompesse com os modelos importados da Paris acadêmicae, ao mesmo tempo, associada ao ritmo de desenvolvimento das cidades modernas. Praticar a arte: Escolha uma das imagens das obras de arte apresentadas nessa atividade e realize uma releitura. Você pode criar colagens, pintura, desenho etc. 84 – O FOLCLORE BRASILEIRO: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO INTERPRETATIVA. O termo folk – lore (folk = povo; lore – tradições de um povo) foi criado pelo estudioso inglês William John Thoms, em 22 de agosto de 1846. Por isso, 22 de agosto foi consagrado como o Dia do Folclore. Mas a riqueza do folclore ultrapassa os limites colocados pelas datas. Muito antes da criação da palavra, pessoas de diferentes épocas, em diferentes lugares do mundo, já passavam seus conhecimentos de uma geração para outra. Toda manifestação, para ser folclórica, seja ela dança, artesanato, artes plásticas, brincadeiras, músicas, histórias ou conhecimentos medicinais, deve ser aceita e consagrada pelo povo. Inicialmente, três povos contribuíram decisivamente para a riqueza do nosso folclore: os negros, os índios e os portugueses. Hoje, não podemos desprezar também a contribuição dos imigrantes europeus e orientais. Conhecendo algumas danças folclóricas brasileiras: As danças folclóricas representam um conjunto de danças sociais, peculiares de cada estado brasileiro, oriundas de antigos rituais mágicos e religiosos. As danças folclóricas possuem diversas funções como a comemoração de datas religiosas, homenagens, agradecimentos, saudações às forças espirituais, etc. O frevo é dançado principalmente em Pernambuco. O coco nasceu das cantigas de trabalho entoadas pelos escravos nordestinos enquanto quebravam as cascas dos cocos. O samba saiu da senzala como samba de roda, ganhou os salões, as cidades, o país. É o ritmo mais popular no Brasil e deu origem a diferentes estilos: samba-canção, partido alto, fundo de quintal, samba de breque, samba de roda, bossa nova, pagode etc. O cateretê é a música dos índios, é rítmica e cadenciada. Em Goiás e regiões é conhecida como catira. A chula, com características de disputa, é dançada em duas fileiras de dançarinos (homens). No centro ao longo das fileiras são colocadas uma ou duas varas de madeira. Os participantes dançam, pulando sobre as varas para apresentar suas habilidades. O Pezinho é uma dança muito conhecida em Santa Catarina. Os pares fazem uma roda, de mãos dadas, e cantam enquanto tocam o chão com o bicoo do pé direito. No Nordeste e em Minas Gerais, é a brincadeira de roda onde as crianças cantam versos e repetem refrões. Praticar a arte: Você já brincouu de esconde-esconde, amarelinha, passa-anel, barra-manteiga, cabra cega? Empinou pipa, pulou corda ou jogou pião? Escolha uma brincadeira folclórica de seu gosto. Descreva e ilustre-a: 85 – A ARTE LINEAR – CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. A arte linear é criada com linhas que formam composições figurativas ou abstratas. Criar um trabalho com fios (que também são linhas) é divertido e tem um efeito visual incrível. Você pode criar composições abstratas ou figurativas, tecendo fios ou passado pelos pregos fixados sobre uma base de madeira, cortiça ou isopor. Observe os diferentes exemplos de arte linear: Utilize o espaço a seguir para desenhar seu projeto de arte linear: 86 – CONFECÇÃO DE MODELO CIRCULAR DE ARTE LINEAR – FIO OU DESENHO. 87 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE ARTE LINEAR – MODELO QUADRADO – FIO OU DESENHO.88 – ESCULTURA E MODELAGEM: CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. Observe a escultura feita pelo artista Victor Brecheret: Victor Brecheret nasceu em São Paulo em 1894. Aos 13 anos de idade demonstrou sua vocação iniciando seus estudos no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Concluído o curso e com necessidade de aperfeiçoamento na área, viajou para Roma, na Itália. Retornou a São Paulo em 1930, depois de uma temporada em Paris, de onde mandou trabalhos para participar da Semana de Arte Moderna de 1922. Foi considerado o escultor mais importante do Modernismo brasileiro. Brecheret deu uma nova dimensão à escultura, valorizando a construção de uma arte tipicamente brasileira. O escultor viveu o Art Noveau, as tendências da arte francesa e o Cubismo, mas mesmo assim conservou um estilo próprio, inconfundível, com obras estilizadas e geométricas, nas quais retratou e valorizou a cultura do nosso país. Em 1951, participou da I Bienal de São Paulo, sendo premiado como o melhor escultor nacional. Victor morreu em 1955. A escultura: Muitas pessoas acreditam que as pinturas ou esculturas abstratas são apenas obras sem formas, com cores absurdas e figuras distorcidas, criadas ao acaso. Esses pensamentos não correspondem à realidade. Todo artista, antes de iniciar pinturas, esculturas, desenhos ou mesmo fotografias abstratas, faz um projeto do que vai realizar posteriormente. Nele projeto a harmonia das cores, formas, figuras e os dados de pesquisa que envolvem a criação. Somente depois de todo esse estudo é que a obra será iniciada. Algumas vezes as formas das figuras escolhidas pelo artista são retorcidas e modificadas, de modo a exprimirem um sentimento, uma ideia. A diferença entre escultura abstrata e escultura figurativa é que na abstrata o artista representa o elemento como ele o “vê”, enquanto na figurativa ele retrata o elemento da maneira mais próxima possível da realidade. Modelagem em argila: Modelar com argila é uma atividade muito prazerosa. Com um pouco de argila, uma vasilha com água e alguns objetos de diferentes texturas e formatos, como colher, faca com serra, parafusos e garfos, você poide obter efeitos incríveis. Praticar a arte: Realize aqui um projeto para uma escultura abstrata e uma escultura figurativa. Depois execute o seu trabalho utilizando argila: 89 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE LINHAS: DESENHO ESPELHADO E CLONADO. Praticar a arte 1: Observe as diferentes composições produzidas com as linhas em suas mais variadas direções. Nos espaços abaixo, desenhe o espelho de cada composição. Praticar a arte 2: Depois de ter desenvolvido o traço a partir da construção do desenho espelhado, produza uma composição figurativa ou abstrata aplicando alguns modelos de linhas apresentados no exercício anterior. 90 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA A PARTIR DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS. DUAS E TRÊS DIMENSÕES. Praticar a arte: Observe atentamente as imagens a seguir: As imagens mostram composições abstratas com figuras geométricas planas (em duas dimensões), com altura e largura. Através recorte, montagem e colagem das figuras sólidas à seguir, você montará uma composição abstrata gemétrica com figuras que possuam três dimensões: a altura, a largura e a profundidade. Toda a classe juntará em uma mesma obra as formas montadas. 91 – O MOSAICO: BREVE CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA. Mosaico é a arte de criar a partir da composição expressiva e harmoniosa de peças, visualmente separadas umas das outras, mas agrupadas de acordo com cores, linhas, formas e volume. Artistas nacionais e estrangeiros utilizam até hoje essa técnica como forma de expressão. Você pode encontrar mosaicos nos lugares por onde passa no seu dia-a-dia: nas igrejas, nas calçadas, nas fachadas de casas e edifícios, em painéis decorativos etc. O mosaico na arquitetura: O mosaico tem sido empregado não somente em peças de arte, mas também na arquitetura. O arquiteto espanhol Antonio Gaudí realizou prodígios de originalidade, verdadeiras obras-primas com cacos de cerâmica, azulejos e ladrilhos. Anonio Gaudí (1852-1926) foi a principal figura do Modernisno catalão, ramo do movimento Art Nouveau que pretende uma integração entre arte, arquitetura e natureza. A maior parte dos seus trabalhos encontra-se espalhada pela cidade de Barcelona, muitas delas no Parque Güell (1900-1914). Construídas com fragmentos de ladrilhos, azulejos e outros materiais, essas obras tornam o parque parecido com um imenso mosaico. A Igreja da Sagrada Família, um grande projeto de Gaudí, em Barcelona, foi iniciada em 1882 e até hoje está em construção. Mosaico binzantino: Os mosaicos bizantinos retratam figuras sagradas ou de imperadores em posturas solenes e estáticas, quase simétricas. Esses mosaicos, habitualmente fixados e de colorido brilhante, fizeram do interior de muitos templos, como o de Santa Sofia, em Constantinopla (atual Istambul), jóis preciosas e exuberantes. Os íncones, imagens de devoção a Cristo, Nossa Senhora e aos santos, junto com os mosaicos, trazem para a arte bizantina uma beleza ímpar. O mosaico é a expressão máxima que podemos ver da arte bizantina.Ele não servia apenas para decorar as paredes e as abóbodas, mas sim também servia como fonte de instrução e guia espiritual para os fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas,e dos vários imperadores. Praticar a arte: Agora é a sua vez de criar um trabalho utilizando diferentes materiais. Como grãos, botões, clipes de papel, retalhos de tecidos variados, cascas de ovos etc. Para que seu trabalho tenha um bom resultado. - Antes de iniciar a colagem do seu mosaico, realize um projeto, fazendo um desenho com lápis, sobre uma base (utilize o espaço abaixo para registrar suas ideias), você pode usar como base para o seu mosaico algum material mais resistente, como folha de papel canson, papelão, isopor reutilizado, madeira etc. - Espalhe cola branca líquida sobre pequenos pedaços e vá aplicando as peças antes que a cola seque, até completar todo o desenho. - Para que seu trabalho tenha um efeito brilhante, você pode aplicar cola branca líquida ou verniz cristal sobre ele depois que estiver bem seco. 92 – ILUSTRAÇÃO DE TEXTO - O DESENHO ILUSTRATIVO: EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA DE CRIAÇÃO DE TEXTO E ILUSTRAÇÃO. As primeiras ilustrações surgiram nos manuscritos religiosos e documentais. Tinham a função de explicar o texto, dar uma ideia do seu conteúdo às pessoas que não sabiam ler, que eram a maioria da população, ou de documentar uma imagem. Com o passar do tempo, o papel da ilustração se ampliou e o ilustrador ganhou autonomia como profissional e artista. A ilustração pode ser de caráter explicativo, como nos textos técnicos e didáticos, em que sua função é colocar em imagen o que diz o texto, para facilitar a compreensão; mas pode ser também interpretativa, como na literatura. Nesse caso, o ilustrador tem um trabalho mais livre, criativo, dá uma interpretação ao texto e se coloca ao lado do escritor em termos de expressão artística, ampliando e enriquecendo o texto. Praticar a arte 1: Escreva um texto tendo como tema: um passeio pelo museu, um show de música ao ar livre ou, um passeio pela praia. Em seguida, crie uma ilustração para o seu texto. Praticar a arte 2: Observe as imagens sugeridas. Escolha uma, a partir dela, crie uma história sobre o que a imagem mostra. 93 – HISTÓRIA EM QUADRINHOS: CONCEITUAÇÃO E ATIVIDADE PRÁTICA DE CRIAÇÃO DE ENREDO. O Mangá: o mangá é um estilo de história em quadrinhos japonês que vem conquistando cada vez mais leitores no Ocidente. Possui características próprias que o distiguem facilmente. A principal delesé a dramatização intensa, com o traço privilegiando o movimento e a expressividade. Personagens com olhos grandes, imagens em primeiro plano e o uso de onomatopéias (representação gráfica dos sons) integrando a composição do desenho contribuem para o envolvimento emocional do leitor. Os quadrinhos geralmente são desenhados a nanquim e a edição é em preto e branco. História em quadrinhos: Comics trips, bandes dessinés, fumetti. Esses são alguns nomes usados em diversos países para designar as tradicionais histórias em quadrinhos. Contar uma história ou um fato em quadrinhos não é uma idéia nova. O “Estandarte de Ur”, feito em arenito (uma espécie de rocha) e coberto por lápis-lazúli (um mineral de cor azulado), é uma obra dos sumérios, povo que viveu na Mesopotâmia por volta de 3.200 a 2.900 a.C.), que conta, através de quadros, a história da guerra e paz, é uma espécie de história em quadrinhos (HQ). A novidade que a HQ introduziu foi a utilização de balões para os textos e as onomatopéias para a representação de sons, e isso só aconteceu no final do século XIX, no famoso “Yellow Kid” (Garoto Amarelo), publicado nos jornais norte-americanos. Em 1905 o Brasil lança, através do jornal “O Malho”, o gibi chamado “Tico-Tico”, com as personagens Juca e Chiquinho, Reco-Reco, Bolão e Azeitona, criados pelos desenhistas J. Carlos Belmonte, Luís Sá e Paulo Afonso. Hoje, Ziraldo, Laerte, Angeli, Maurício de Souza e outros fazem nossa alegria com uma das mais divertidas formas de HQ. Texto: O texto é um dos elementos utilizados na criação em quadrinhos. Ele pode aparecer na forma de balões ou como letreiros. Para que um texto atinja o seu real objetivo é necessário: - Utilizar linguagem clara. - Seguir um roteiro preestabelecido. - Preocupar-se com o que se comunica e para quem se comunica. - Escolher o tipo de redação que será utilizada no texto.] Mas o desenhista pode criar uma história sem balões, letreiros ou onomatopéias. Ele pode desenvolver uma ideia usando apenas quadrinhos com desenhos. Personagens: Os personagens fazem parte da ação da história. Podem aparecer com fala ou não e ser representados de diferentes formas (objetos, pessoas, animais etc.). Eles demonstram expressões próprias de acordo com a história. Se a fala é triste, por exemplo, o personagem terá expressão de choro. Veja algumas expressões de referência para o seu trabalho. Praticar a arte: Antes de criar uma história com desenhos, o quadrinista pensa no enredo ou argumento. O enredo é o que ele quer contar e como, o desenvolvimento da história: quantas personagens terão, quas situações viverão e como será o desfecho (o fim). Pense em um enredo para a sua história em quadrinhos e escreva as ideias no espaço. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ ________________________________________________________________ Agora, com o enredo escrito, transforme-o em um HQ. 94 – A DANÇA COMO FORMA DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA. Observe as imagens a seguir do artista Yumiko Yoshioka: Na imagem vemos uma apresentação de dança butô, um estilo que combina dança com teatro perfomáticos. O butô, ou “dança das sombras”, como também é denominado, surgiu no Japão depois da Segunda Guerra Mundial e ficou conhecido no mundo depois nos ano 1970. Apresenta características da mistura de duas culturas muito diferentes, a ocidental, com sua modernidade, e a oriental, embasada na tradição milenar japonesa. - Observe atentamente as imagens e reflita: existe alguma relação entre as imagens da apresentação de dança e os elementos que compõe as artes visuais? As danças geralmente apresentam uma coreografia, ou seja, um conjunto de movimentos e uma sequencia de passos que a compõem, seguindo ou não uma trilha sonora. A notação utilizada para registrar esses movimentos também é chamada de coreografia, conforme o sentido original da palavra, que tem origem grega e significa “escrita de dança”. No balé clássico, a coreografia é composta de movimentos padronizados. Nas danças moderna e contemporânea os movimentos são livres. A dança nos dias atuais: a dança é uma arte em constante mudança. Ela pode ser representada em diversos meios: nos teatros, nas ruas, sob a forma de um vídeo ou em qualquer outro ambiente em que possa realizar o propósito artístico para o qual foi criada. Por ser uma expressão artística imaterial e efêmera, a dança é uma obra que não pode ser tocada e que tem duração e existência definidas, encerrando-se a cada apresentação. Ou seja, quem não esteve presente no momento em que a obra aconteceu, não teve contato com a obra propriamente dita, mas pode apreciá-la por meio de seus registros materiais, como fotos, vídeos, figurinos, cenários e documentos. A humanidade e a dança: Na história da humanidade, a dança sempre esteve associada à diversão, às cerimônias e rituais. A dança é um conjunto de movimentos corporais ritmados e, quase sempre, acompanhados por música, no entando, a dança também pode acontecer independente do som. Não é possível indicar com exatidão quando a dança surgiu, porém, por meio de registros visuais, sabemos que ela, ao lado do teatro e da música, era praticada desde a Pré-História. Naquela época, as pessoas já batiam os pés de maneira ritmada, emitindo sons. Posteriormente, uniram os movimentos e sons dos passos às palmas. 95 – A ARQUITETURA COMO FORMA DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA. Observe a imagem da construção arquitetônica a seguir. Ela foi feita pelo arquiteto Frank Gehry. Esse projeto arquitetônico, inspirado nas regatas, sugere-nos barcos velejando em diferentes direções em torno de um cojnunto de lajes, vigas e pilares de concreto. Por meio deste exemplo, podemos notar que a arquitetura alia a arte à técnica, ao projetar edificações e ambientes de forma criativa, utilizando um conjunto de princípios, normas, técnicas e materiais para criar edifícios e espaços urbanos em geral. A harmonia e a simetria: A harmona está no equilíbrio entre todos os elementos que compõe um projeto de arte: forma, traço, cor, entre outros. E é o que cria uma unidade coerente. A simetria é a relação de semelhança entre altura, largura e comprimento de duas ou mais partes de um todo, permitindo uma divisão em partes de formatos ou tamanhos iguais. A harmonia e a simetria estão presentes na arte, na natureza e na arquitetura. Assim, seus conceitos podem ser observados em grandes projetos arquitetônicos, como os do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, observe: Beleza e funcionalidade: além de proporcionar beleza, a arquitetura busca alinhar-se às necessidades de cada lugar. As questões ambientais, tecnológicas, culturaise até mesmo as sociais devem ser levadas em consideração na construção de uma obra arquitetônica. Assim, é pouco adequado pensar que um único projeto possa ser construído da mesma forma em dois lugares distintos. A planta baixa: Planta baixa é o nome dado ao desenho de uma construção vista de cima, sem o telhado. É um esquema da relação entre as formas e medidas dos cômodos. Os projetos arquitetônicos utilizam esse tipo de planta para mapear as medidas em escalas, como dimensões de portas e janelas, espessura de paredes etc. Podem ser acrescidos vasos sanitários, pias, armários, entre outros detalhes da construção. Observe os exemplos de plantas baixas: Praticar a arte: Observe a planta baixa a seguir. Distribua os objetos no seu interior conforme a necessidade dos moradores. Use o modelo decorado ao lado para sua orientação. Aplique as cores que desejar. 96 – PRÁTICA DE INTERVENÇÃO NA IMAGEM POR DESENHO. Praticar a arte: Observe a imagem a seguir para você se inpirar a criar intervenções nas imagens propostas através do desenho. 97 – CONHECENDO A ARTISTA: LAUREN KING – DESENHOS A PARTIR DE FOTOGRAFIAS ANTIGAS. A partir de uma foto antiga de paisagem, a artista Lauren King imagina como seria o restante desse cenário e usa desenho em grafite para estender essa imagem.Seu trabalho é bem convincente. Ela chega a criar espaços que parecem mais real do que a própria foto. Quando a imagem que a artista cria ganha movimento, a coisa fica ainda mais interessante.As seleções das fotos que ela usa também são ótimas, geralmente são postais com imagens divertidas e deliciosas. Praticar a arte: Na imagem antiga a seguir, dê continuidade ao cenário através do desenho usando lápis com diferentes calibres. 98 – CONHECENDO O ARTISTA: EDUARDO SRUR E SUAS INTERVENÇÕES URBANAS CONSCIENTIZADORAS. Imagine a cena: você está andando na rua e é surpreendido por uma estátua vestida com um colete salva-vidas. Ou ainda: passando por uma ponte, surge uma carruagem imperial pregada em seu mastro. Bom, você acabou de se deparar com uma intervenção urbana. Essas manifestações artísticas a céu aberto são uma forma de entretenimento (e reflexão) acessível e muito estimulante, pois, por estarem livres a qualquer pessoa que passar, podem despertar sentidos, sensações e interpretações diferentes. Com tamanha diversidade do público, muitos artistas interventores possuem um caráter mais engajado, produzindo obras que tratam de questões sociais, ambientais e políticas. Eduardo Srur veste monumentos de São Paulo com coletes salva-vidas Um deles é Eduardo Srur, artista plástico paulistano que começou na pintura e ganhou destaque com suas intervenções urbanas de cunho ecológico e social. Ele retrata questões ambientais e do cotidiano nas metrópoles tentando aproximar a arte da vida das pessoas. Com uma obra que promove um novo olhar do público para questões como poluição, desmatamento e desigualdade, ele se tornou reconhecido no cenário artístico brasileiro e fundou em 2005 a ATTACK Intervenções Urbanas, empresa especializada em produzir peças para o espaço urbano que atende grandes marcas em campanhas, especialmente de conscientização. Praticar a arte: Crie, na imagem abaixo, uma intervenção urbana que tenha como mensagem a “Preservação do Meio Ambiente”. 99 – PRATICANDO RELEITURA DE OBRA DE ARTE – “A BONECA”, DE TARSILA DO AMARAL. Praticar a arte: Através da observação da obra de arte você desenvolve a sua capacidade de interpretar a arte e toda a mensagem que ela carrega. Olhe atentamente para a imagem da obra a seguir, perceba as formas e as cores, a posição dos elementos e suas conexões uns com os outros. No espaço ao lado, produza uma releitura da obra, aplicando as cores que desejar. O cubismo foi uma das correntes artísticas surgidas no século XX, nas artes plásticas, sendo Pablo Picasso e Georges Braque os seus fundadores - pintores que Tarsila do Amaral conheceu e teve contato com as técnicas. Esse movimento tratava da natureza por meio de figuras geométricas no mesmo plano, não tendo nenhum compromisso de representar a realidade das coisas, é como se os objetos na pintura estivessem todos aberto de frente para o espectador, há nesse sentido o predomínio de linhas retas, cones, esferas, cilindros etc. 100 – ATIVIDADE DE APLICAÇÃO DE COR: “REGATA EM ARGENTEUIL”, DE CLAUDE MONET.